Petróleo e gasolina - vamos a números
Já agora, sabe quantos litros de gasolina dá para fazer com 1 barril de petróleo?
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superbem Escreveu:A gasolina não sobe porque estamos a entrar no ultimo ano do mandato do governo.
Olhando para o gráfico vemos que a gasolina não sobe desde Abril de 2007. As eleições são em Outubro de 2009. É uma diferença de 2 anos e meio...
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A gasolina não sobe porque estamos a entrar no ultimo ano do mandato do governo.
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Este estudo já leva mais de dois anos.
Com a forte alta dos preços do crude achei por bem actualizar mais uma vez este gráfico.
Apesar da forte subida do euro (que amortece o efeito da subida do preço do crude), a verdade é que, mesmo convertido para euros, o preço do petróleo não pára de subir.
Deste modo, se há um ano e meio nos questionávamos (legitimamente) porque é que a gasolina não descia quando o petróleo caía até aos 59 dólares, também agora é caso para nos interrogarmos porque carga de água é que a gasolina não sobe?
Curioso é notar que em dois anos a gasolina subiu 14% (isto dá uma média de 7% ao ano - se calhar é muito menos do que muita gente imagina).
Fico assim com a seguinte dúvida existencial: será que o preço da matéria-prima é assim tão determinante do preço final?
Saudações,
Elias
Com a forte alta dos preços do crude achei por bem actualizar mais uma vez este gráfico.
Apesar da forte subida do euro (que amortece o efeito da subida do preço do crude), a verdade é que, mesmo convertido para euros, o preço do petróleo não pára de subir.
Deste modo, se há um ano e meio nos questionávamos (legitimamente) porque é que a gasolina não descia quando o petróleo caía até aos 59 dólares, também agora é caso para nos interrogarmos porque carga de água é que a gasolina não sobe?
Curioso é notar que em dois anos a gasolina subiu 14% (isto dá uma média de 7% ao ano - se calhar é muito menos do que muita gente imagina).
Fico assim com a seguinte dúvida existencial: será que o preço da matéria-prima é assim tão determinante do preço final?
Saudações,
Elias
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Olá,
Aqui vai o gráfico actualizado.
rnbc, agradeço a oferta, para já devo conseguir actualizar regularmente, de qualquer forma se vir que não consigo, contacto-te.
Obrigado.
1 abraço,
Elias
Aqui vai o gráfico actualizado.
rnbc, agradeço a oferta, para já devo conseguir actualizar regularmente, de qualquer forma se vir que não consigo, contacto-te.
Obrigado.
1 abraço,
Elias
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rnbc Escreveu:Se me quizeres enviar os dados históricos que tens usado eu não me importo de continuar a actualizar o gráfico e colocar aqui 1 vez por mês!
Caro Elias,
em anexo vão instruções de como dar um "Tapa na Pantera".
http://br.youtube.com/watch?v=6rMloiFmSbw
Cheers!
Não faz mal!...
Re: Elasticidade ao preço
relva Escreveu:Nem todos os bens têm a mesma elasticidade ao preço e nos combustíveis a elasticidade é baixa.
Mesmo que a água custasse 10 €/litro, não deixava de a comprar, logo baixa elasticidade.
Isso não é bem assim. Se a água custasse 10 euros por litro provavelmente prestavas mais atenção às fugas e ao desperdício, logo gastavas menos. Provavelmente o teu consumo caía para metade, não porque utilizasses menos mas porque terias mais atenção ao uso que fazias da água.
Da mesma forma, se a gasolina custasse 10 euros por litro provavelmente consideravas seriamente vir de transportes públicos ou dividir o transporte individual com um vizinho ou um familiar.
Estou convicto que essa questão da baixa elasticidade só é verdade dentro de uma certa gama de preços. A partir de certo ponto o consumo será como os díodos: entra em disrupção

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Elasticidade ao preço
Nem todos os bens têm a mesma elasticidade ao preço e nos combustíveis a elasticidade é baixa.
Mesmo que a água custasse 10 €/litro, não deixava de a comprar, logo baixa elasticidade.
O ministro dividiu os 150 milhoes por todos os produtos petrolíferos consumidos no país, interessava-lhe desvalorizar o impacto. A Anecra considera o dobro atendendo a quota da Galp em 50% e divide apenas pelo consumo de gasóleo e gasolina. É apenas jogar com o númerador e denominador da fracção consoante a conveniencia, mas como poucos em Portugal se dedicam a fazer contas de dividir e percentagens, alguns sabem baralhar a maioria.
Mesmo que a água custasse 10 €/litro, não deixava de a comprar, logo baixa elasticidade.
O ministro dividiu os 150 milhoes por todos os produtos petrolíferos consumidos no país, interessava-lhe desvalorizar o impacto. A Anecra considera o dobro atendendo a quota da Galp em 50% e divide apenas pelo consumo de gasóleo e gasolina. É apenas jogar com o númerador e denominador da fracção consoante a conveniencia, mas como poucos em Portugal se dedicam a fazer contas de dividir e percentagens, alguns sabem baralhar a maioria.
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De um ponto de vista estritamente económico, o preço de um bem de consumo só está alto demais quando o consumo do dito começa a diminuir.
Mas o pessoal continua a encher o depósito por mais que suba... portanto eles (produtores, gasolineiras, estado) vão sacando cada vez mais.
Se o pessoal não chia é porque consente...
Mas o pessoal continua a encher o depósito por mais que suba... portanto eles (produtores, gasolineiras, estado) vão sacando cada vez mais.
Se o pessoal não chia é porque consente...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Eu adoro estas contas...
No primeiro parágrafo o CEO da GALP diz que são desviados 150M de litros para espanha, e o ministro calcula que isso é cerca de 1%.
No parágrafo seguinte, o presidente da Anecra diz que deve ser o dobro disso, cerca de 300M de litros, ou seja, cerca de 6-7%...
Concordo com a última frase... alguma coisa não bate certo
Um abr
Nuno
No primeiro parágrafo o CEO da GALP diz que são desviados 150M de litros para espanha, e o ministro calcula que isso é cerca de 1%.
No parágrafo seguinte, o presidente da Anecra diz que deve ser o dobro disso, cerca de 300M de litros, ou seja, cerca de 6-7%...
Concordo com a última frase... alguma coisa não bate certo

Um abr
Nuno
Elias Escreveu:
Há semanas atrás, o CEO da Galp Energia estimou que a empresa perde vendas de 150 milhões de litros de combustíveis por ano para Espanha. O ministro das Finanças desvalorizou. «Não podemos ficar indiferentes, mas isso corresponde a 1 por cento do que é consumido no país por ano que, no total, é de 17 mil milhões de litros», sublinhou na altura.
...
«As contas do que se perde para Espanha estão a ser feitas muito por baixo. Estamos a falar apenas da Galp. Mas se contarmos com todas as petrolíferas, estamos a falar de um número bem maior, talvez o dobro, 300 milhões de litros», considera Augusto Cymbron, presidente da Anarec, em declarações à «Agência Financeira». Por tudo isto, a ANAREC acredita que não é apenas 1% dos abastecimentos que está a fugir para Espanha. «Pelo que me transmitem os nossos associados, eu diria que essa fuga é muito maior. Diria que 6 ou 7% dos combustíveis gastos são comprados em Espanha».
E explica: «há cada vez mais carros, os que se vendem são mais do que os que são abatidos e ainda há os que são importados anualmente. Há mais carros no País, nós vemos isso nas estradas, e a venda de combustíveis cai. Alguma coisa não bate certo».
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Petróleo/gasolina/ gasóleo/Portugal/Espannha/USA
Quem ler o relatório de contas da Galp fica a perceber como se formam os preços:
1 - A margem de refinação é a diferença entre o preço do crude (matéria prima) e o mix de produtos acabados (para simplificar gasolina e gasóleo)
2 - A gasolina é muito influencida pelo consumo nos USA, sendo exportada da Europa (Portugal inclusivé) para os USA. O Consumo/preço nos USA da gasolina (apenas)dispara na Primavera de forma a criar stocks para a driving season de Verão. Nos USA tudo se move a gasolina. Nessa altura todos pagam a gasolina mais cara (Europa, Portugal, Espanha, etc).
3 - Os Preços dos produtos acabados são líquidos, fazem-se cotações diárias (on line)nos vários mercados europeu e Americano para cargas de navios Em USD/ton
4 - O Mercado Ibérico é deficitário em gasóleo e tem excesso de gasolina, porque as refinarias não conseguem optimizar para além de determinados rácios, significando uma ineficiencia. Isto é o resultado da política fiscal que tem menos ISP no gasóleo levando à dieselização. Em 5 anos passou-se do equilibrio para uma relação de 60/40 a favor do gasóleo. Esta tendencia vai continuar com descréscimos da gasolina e aumento do consumo no gasóleo.
5 - A Energia em Portugal não responde directamente à subida de preço. Os combustíveis liquidos decresceram 2 a 3% ao ano enquanto os preços subiram 70%. Se considerarmos, que esta queda é devida à eficiencia dos novos carros a diesel e à passagem de abastecimentos para Espanha, ficamos com o consumo estabilizado. Temos aqui, também, a passagem de consumos de fuel para gás natural e electricidade.
6 - No Outono os preços da gasolina para exportação para os USA cairam de preço enquanto o crude subiu. Perdeu apenas que tem refinarias e os distribuidores puros continuaram a ganhar o mesmo. Ganhou quem tem produção de crude, que lhe custou o mesmo a explorar, mas vendeu muito mais caro. No terceiro trimestre todas as refinadoras apresentaram maus resultados.
7 - o negócio tem de ser visto duma forma vertical com formação de preços em todas as fases da cadeia. As empresas com um bom equilibrio destas 3 partes do negócio, mantém constante a margem, embora perdendo ora na refinação, ora na produção.
8 - Este negócio deve ser visto a nível mundial, pois os preços são formados nos mercados internacionais e de acordo com o controlo da OPEP, do consumo mundial e seus impactos nas infraestruturas de produção e consumo
9 - Se virem a Bloomberg é frequente apresentarem cotações para a gasolina dos USA, permitindo ver a sua relação com o Crude.
1 - A margem de refinação é a diferença entre o preço do crude (matéria prima) e o mix de produtos acabados (para simplificar gasolina e gasóleo)
2 - A gasolina é muito influencida pelo consumo nos USA, sendo exportada da Europa (Portugal inclusivé) para os USA. O Consumo/preço nos USA da gasolina (apenas)dispara na Primavera de forma a criar stocks para a driving season de Verão. Nos USA tudo se move a gasolina. Nessa altura todos pagam a gasolina mais cara (Europa, Portugal, Espanha, etc).
3 - Os Preços dos produtos acabados são líquidos, fazem-se cotações diárias (on line)nos vários mercados europeu e Americano para cargas de navios Em USD/ton
4 - O Mercado Ibérico é deficitário em gasóleo e tem excesso de gasolina, porque as refinarias não conseguem optimizar para além de determinados rácios, significando uma ineficiencia. Isto é o resultado da política fiscal que tem menos ISP no gasóleo levando à dieselização. Em 5 anos passou-se do equilibrio para uma relação de 60/40 a favor do gasóleo. Esta tendencia vai continuar com descréscimos da gasolina e aumento do consumo no gasóleo.
5 - A Energia em Portugal não responde directamente à subida de preço. Os combustíveis liquidos decresceram 2 a 3% ao ano enquanto os preços subiram 70%. Se considerarmos, que esta queda é devida à eficiencia dos novos carros a diesel e à passagem de abastecimentos para Espanha, ficamos com o consumo estabilizado. Temos aqui, também, a passagem de consumos de fuel para gás natural e electricidade.
6 - No Outono os preços da gasolina para exportação para os USA cairam de preço enquanto o crude subiu. Perdeu apenas que tem refinarias e os distribuidores puros continuaram a ganhar o mesmo. Ganhou quem tem produção de crude, que lhe custou o mesmo a explorar, mas vendeu muito mais caro. No terceiro trimestre todas as refinadoras apresentaram maus resultados.
7 - o negócio tem de ser visto duma forma vertical com formação de preços em todas as fases da cadeia. As empresas com um bom equilibrio destas 3 partes do negócio, mantém constante a margem, embora perdendo ora na refinação, ora na produção.
8 - Este negócio deve ser visto a nível mundial, pois os preços são formados nos mercados internacionais e de acordo com o controlo da OPEP, do consumo mundial e seus impactos nas infraestruturas de produção e consumo
9 - Se virem a Bloomberg é frequente apresentarem cotações para a gasolina dos USA, permitindo ver a sua relação com o Crude.
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Não acredito muito nesta teoria. Em Espanha a carga fiscal é muito menor e ainda assim os preços da gasolina nesse país também não têm aumentado (ainda no sábado lá estive e verifiquei que a diferença de preços é a mesma do ano passado: 29 cêntimos por litro).
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Cá temos algo que ajuda a explicar o estranho comportamento do preço da gasolina ultimamente. Afinal, ter-se uma das cargas fiscais mais elevadas do mundo sobre os combustíveis sempre tem as suas vantagens...

Agência Financeira Escreveu:Impostos travam maior escalada
Combustíveis sobem dentro de 3 semanas
2007/11/14 08:20EditorialAAAA
A elevada carga fiscal sobre os combustíveis está a «amortecer» as subidas dos preços.
Segundo o «Jornal de Notícias», a «ironia», sublinhada pela Associação das Petrolíferas (Apetro) não impede, ainda assim, que a gasolina 95 acumule a maior subida desde 2004 e que o gasóleo já tenha aumentado 12,9% desde Janeiro. E, nas próximas semanas, à boleia da «vertiginosa» subida das cotações internacionais dos refinados, os portugueses podem esperar mais agravamentos.
Desde o início do ano, a gasolina 95 aumentou 8,7%, mais do dobro da subida verificada em todo o ano passado. O gasóleo está a subir mais do triplo face a 2006, um ano em que, apesar das oscilações, os preços dos combustíveis-em linha com as cotações internacionais-variaram pouco. Este ano, o preço dos refinados-que segue o do petróleo-está com as maiores subidas de «sempre», sublinha o secretário-geral da Apetro, José Horta. Só nos últimos 15 dias, as cotações subiram 100 dólares, em linha com os máximos históricos do petróleo, que quase atingiu a barreira psicológica dos 100 dólares. E nas próximas duas a três semanas este aumento vai reflectir-se nos preços ao público, afirma.
Ainda assim, as subidas estão abaixo do que seria de esperar, tendo em conta a relação entre as variações do petróleo e da cotações internacionais dos refinados, por um lado, e o preço de venda ao público, por outro. E porquê? «É irónico, mas a carga fiscal está a servir de 'almofada», explica José Horta. Só na gasolina, os impostos pesam 61% no preço e no gasóleo valem 50%. «Os aumentos das cotações internacionais que servem de referência aos preços finais incidem sobre uma parte do preço apenas, o que amortece as subidas», afirma.
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sargotrons Escreveu:Tens os dados do consumo (e muitos mais) no site da Direcção Geral de Energia e Geologia (http://www.dgge.pt/) no link "Estatísticas e Preços".
Já agora tb há um relatório trimestral (http://www.autoridadedaconcorrencia.pt/ ... 007_2T.pdf) da AAC com a análise destes dados e outros mais. Afirmam que o consumo de gasolina 95 e gasóleo baixaram 6,2% e 1,7% respectivamente no periodo de Maio de 2006 a Maio de 2007. Como se pode verificar no teu gráfico é a altura que abrange a inflexão do preço da gasolina. Agora passo-te a pasta para verificares se de Maio de 2007 até à data, o aumento do preço verificado se correlaciona com uma maior baixa de consumo.
cheers
sargotrons,
Não me esqueci deste assunto, mas ainda não me foi possível fazer a análise. Contudo, encontrei uma notícia (já tem 2 meses e meio) que dá alguns números sobre a dimensão da fuga para Espanha. Esta fuga é bastante maior do que eu pensava.
1 abraço,
Elias
Anarec alerta que situação é pior do que parece
Espanha rouba 7% das vendas de combustíveis a Portugal
2007/08/29 13:05 Paula Gonçalves Martins
Espanha está a roubar cada vez mais negócios a Portugal. O dos combustíveis é apenas um exemplo e este desvio pode representar já 7% do total. O cálculo é da Anarec.
Há semanas atrás, o CEO da Galp Energia estimou que a empresa perde vendas de 150 milhões de litros de combustíveis por ano para Espanha. O ministro das Finanças desvalorizou. «Não podemos ficar indiferentes, mas isso corresponde a 1 por cento do que é consumido no país por ano que, no total, é de 17 mil milhões de litros», sublinhou na altura.
Mas a realidade pode ser bem pior. A Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Anarec) acredita que o desvio de consumo de combustíveis para Espanha é bem maior.
A associação, que representa gasolineiras um pouco por todo o País, garante que os abastecimentos em Espanha são cada vez mais e que já não são apenas os «saltinhos» que os portugueses dão ao outro lado da fronteira ao fim-de-semana que estão a roubar negócio a Portugal.
300 milhões de litros vêm de Espanha todos os anos
«As contas do que se perde para Espanha estão a ser feitas muito por baixo. Estamos a falar apenas da Galp. Mas se contarmos com todas as petrolíferas, estamos a falar de um número bem maior, talvez o dobro, 300 milhões de litros», considera Augusto Cymbron, presidente da Anarec, em declarações à «Agência Financeira».
«Só se fala das famílias portuguesas que vão abastecer ao outro lado da fronteira. Não se fala das empresas que abastecem a frota toda de automóveis e camiões do lado de lá. Nem dos camiões que, vindos de fora, abastecem em Espanha, antes de entrarem no nosso País, vão onde têm de ir e depois só voltam a abastecer em Espanha, quando saem do País. Centenas de espanhóis, turistas e que vêm a trabalho, fazem o mesmo. O nosso país é muito estreito, dá para ir de um lado ao outro e voltar com um depósito de combustível, sem abastecer», lamenta.
Mais carros, mais trânsito, menos vendas de combustíveis
E a estes factores, Augusto Cymbron junta outro. «Nos últimos dois ou três anos, fala-se de quedas anuais na venda de combustíveis em Portugal. São quedas pequenas, de 2 ou 3%. Mas isto não quer dizer que o consumo esteja a cair. Quer dizer é que está a haver uma transferência progressiva dos abastecimentos para Espanha. E, contas feitas, se compararmos com as vendas de 2003 ou 2004, já se acumula uma queda de 9%».
Por tudo isto, a ANAREC acredita que não é apenas 1% dos abastecimentos que está a fugir para Espanha. «Pelo que me transmitem os nossos associados, eu diria que essa fuga é muito maior. Diria que 6 ou 7% dos combustíveis gastos são comprados em Espanha».
E explica: «há cada vez mais carros, os que se vendem são mais do que os que são abatidos e ainda há os que são importados anualmente. Há mais carros no País, nós vemos isso nas estradas, e a venda de combustíveis cai. Alguma coisa não bate certo».
Fonte: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... 2&main_id=
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Petróleo inverte tendência e desvaloriza após divulgação das reservas dos EUA
O petróleo inverteu a tendência de ganhos registada ao longo da sessão, depois do Departamento de Energia ter anunciado que as reservas de crude dos EUA caíram menos do que o esperado pelos analistas.
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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
O petróleo inverteu a tendência de ganhos registada ao longo da sessão, depois do Departamento de Energia ter anunciado que as reservas de crude dos EUA caíram menos do que o esperado pelos analistas.
O West Texas Intermediate (WTI) [Cot], transaccionado no mercado norte-americano, seguia a descer 1,28% para cotar nos 95,46 dólares, depois de ter fixado um novo recorde nos 98,62 dólares durante a parte inicial da sessão. Em Londres, o "brent" [Cot] caía 0,87% para 92,45 dólares, tendo atingido o recorde nos 95,19 dólares na parte inicial da negociação.
Os preços da matéria-prima reagiram em queda ao facto do Departamento de Energia dos EUA ter revelado esta tarde que as reservas norte-americanas de petróleo caíram, na semana passada, em 821 mil barris. Apesar de se ter registado uma quebra, esta foi menor do que a estimativa dos analistas consultados pela Bloomberg, que previam uma descida dos inventários de 1,5 milhões de barris.
Além da quebra nos "stocks" de petróleo, o Departamento de Energia dos EUA revelou um aumento de 98 mil barris nos inventários de destilados, quando os analistas consultados pela Bloomberg apontavam para uma quebra de 450 mil. Ainda assim, em Nova Iorque, o gasóleo para aquecimento subiu 1,2% para um novo recorde nos 2.6394 dólares o galão.
Após a divulgação das reservas dos EUA, os preços mantiveram a tendência de subida, devido aos receios de escassez da matéria-prima, numa altura em que se vive um período de tensão entre a Turquia e os rebeldes do PKK na fronteira com o Iraque, país que detém as segundas maiores reservas de petróleo, e em que algumas petrolíferas tiveram de interromper a exploração no Mar do Norte, devido à aproximação de uma tempestade.
Estes factores têm levado o petróleo a fixar máximos consecutivos. Em Nova Iorque, o petróleo aproximou-se da fasquia dos 100 dólares por barril.
O petróleo inverteu a tendência de ganhos registada ao longo da sessão, depois do Departamento de Energia ter anunciado que as reservas de crude dos EUA caíram menos do que o esperado pelos analistas.
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O petróleo inverteu a tendência de ganhos registada ao longo da sessão, depois do Departamento de Energia ter anunciado que as reservas de crude dos EUA caíram menos do que o esperado pelos analistas.
O West Texas Intermediate (WTI) [Cot], transaccionado no mercado norte-americano, seguia a descer 1,28% para cotar nos 95,46 dólares, depois de ter fixado um novo recorde nos 98,62 dólares durante a parte inicial da sessão. Em Londres, o "brent" [Cot] caía 0,87% para 92,45 dólares, tendo atingido o recorde nos 95,19 dólares na parte inicial da negociação.
Os preços da matéria-prima reagiram em queda ao facto do Departamento de Energia dos EUA ter revelado esta tarde que as reservas norte-americanas de petróleo caíram, na semana passada, em 821 mil barris. Apesar de se ter registado uma quebra, esta foi menor do que a estimativa dos analistas consultados pela Bloomberg, que previam uma descida dos inventários de 1,5 milhões de barris.
Além da quebra nos "stocks" de petróleo, o Departamento de Energia dos EUA revelou um aumento de 98 mil barris nos inventários de destilados, quando os analistas consultados pela Bloomberg apontavam para uma quebra de 450 mil. Ainda assim, em Nova Iorque, o gasóleo para aquecimento subiu 1,2% para um novo recorde nos 2.6394 dólares o galão.
Após a divulgação das reservas dos EUA, os preços mantiveram a tendência de subida, devido aos receios de escassez da matéria-prima, numa altura em que se vive um período de tensão entre a Turquia e os rebeldes do PKK na fronteira com o Iraque, país que detém as segundas maiores reservas de petróleo, e em que algumas petrolíferas tiveram de interromper a exploração no Mar do Norte, devido à aproximação de uma tempestade.
Estes factores têm levado o petróleo a fixar máximos consecutivos. Em Nova Iorque, o petróleo aproximou-se da fasquia dos 100 dólares por barril.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
sargotrons Escreveu:Tens os dados do consumo (e muitos mais) no site da Direcção Geral de Energia e Geologia (http://www.dgge.pt/) no link "Estatísticas e Preços".
Já agora tb há um relatório trimestral (http://www.autoridadedaconcorrencia.pt/ ... 007_2T.pdf) da AAC com a análise destes dados e outros mais. Afirmam que o consumo de gasolina 95 e gasóleo baixaram 6,2% e 1,7% respectivamente no periodo de Maio de 2006 a Maio de 2007. Como se pode verificar no teu gráfico é a altura que abrange a inflexão do preço da gasolina. Agora passo-te a pasta para verificares se de Maio de 2007 até à data, o aumento do preço verificado se correlaciona com uma maior baixa de consumo.
cheers
Ok, vou ver o site que indicas e verei que análise é possível fazer. Depois darei notícias.
1 abraço,
Elias
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Elias Escreveu:Pois terei todo o gosto, se me disseres onde obter os dados do consumo.
Tens os dados do consumo (e muitos mais) no site da Direcção Geral de Energia e Geologia (http://www.dgge.pt/) no link "Estatísticas e Preços".
Já agora tb há um relatório trimestral (http://www.autoridadedaconcorrencia.pt/ ... 007_2T.pdf) da AAC com a análise destes dados e outros mais. Afirmam que o consumo de gasolina 95 e gasóleo baixaram 6,2% e 1,7% respectivamente no periodo de Maio de 2006 a Maio de 2007. Como se pode verificar no teu gráfico é a altura que abrange a inflexão do preço da gasolina. Agora passo-te a pasta para verificares se de Maio de 2007 até à data, o aumento do preço verificado se correlaciona com uma maior baixa de consumo.
cheers
Não faz mal!...
Elias Escreveu:sargotrons Escreveu:Concerteza não é em nenhum estudo meu ou em algum específico que te cite agora, falo baseado na ideia geral que os medias me formaram na minha cabeça.
Percepção individual, portanto. E manipulada pelos medias
Sim e fiz questão de deixar isso sub entendido. Tento ter um filtro...e esta ideia passou.
Elias Escreveu:Sim sim à conta da fuga de condutores que vão abastecer em Espanha
E não só, o consumo de similares como o gasóleo, menos domingueiros, etc. Vou mandar mais um bitaque, o consumo de gasóleo aumentou e o preço tb aumentou mais comparativamente à gasolina.
Elias Escreveu:E o que te faz crer que o governo está mortinho para aumentar o imposto?
Estava previsto no orçamento de estado de 2007 um aumento intercalar
Elias Escreveu:Pois terei todo o gosto, se me disseres onde obter os dados do consumo.
Já meti em trabalhos, não prometo nada mas vou procurar.
Não faz mal!...
sargotrons Escreveu:Concerteza não é em nenhum estudo meu ou em algum específico que te cite agora, falo baseado na ideia geral que os medias me formaram na minha cabeça.
Percepção individual, portanto. E manipulada pelos medias

sargotrons Escreveu:Noticias de bombas a encerrar
Mas nota que quando abrem novas bombas elas não são notícia. E olha que abrem muito mais do que fecham.
Quando eles noticiam uma bomba que fecha, não estão a noticiar o fecho da bomba, mas sim a desgraça alheia do coitadinho que viu o negócio ir pelo cano.
sargotrons Escreveu:e da baixa de consumo.
Sim sim à conta da fuga de condutores que vão abastecer em Espanha

sargotrons Escreveu:Para além do facto do governo estar mortinho de aumentar o imposto e não o faz.
E o que te faz crer que o governo está mortinho para aumentar o imposto?
sargotrons Escreveu:Já que és o homem dos gráficos se calhar poderias incluir os dados do consumo para ver se correlaciona com o preço e se sim apartir de que valores. Ou não!
Pois terei todo o gosto, se me disseres onde obter os dados do consumo.
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