Bolsas versus economias
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Como alguém disse antes de mim: Wall Street previu com sucesso 9 das 4 recessões económicas das ultimas decadas o que diz tudo sobre a ligação entre uma coisa e outra.
Pelos vistos (depende da altura da frase original) esta é a 10ª vez que Wall Street prevê uma recessão vamos a ver se as recessões sobem para 5 ou se ficam em 4.
Alguns números que têm estado a sair não batem certo com as previsões de recessão (os pedidos de subsidio ainda hoje desceram quando tendem a aumentar nos periodos que antecedem um abrandamento económico) de maneira que ainda muita coisa está em aberto.
Obviamente que algo está podre na "rua do muro" mas ainda não é 100% claro se isto é realmente uma recessão ou apenas uma crise financeira. Para comparar graficos o mais fácil é vermos 1997 (crise asiatica) e 1998 (crise Russa) para um exemplo de uma crise financeira e 2001 (bolha tecnológica faz pop) para uma recessão.
E não esquecer o fundamental: a economia rege-se por factos: capacidade de produção e de consumo desses bens enquanto os mercados se rege por sentimentos e percepções.
De chamar a atenção que as candles são semanais... pode não parecer que nas crises financeiras não há quedas acentuadas mas há... em 1997 o fundo foi encontrado 14% abaixo do máximo e em 1998 o duplo fundo foi feito perto dos 23% afastado dos máximos do ano.
Ficam os gráficos.
Pelos vistos (depende da altura da frase original) esta é a 10ª vez que Wall Street prevê uma recessão vamos a ver se as recessões sobem para 5 ou se ficam em 4.
Alguns números que têm estado a sair não batem certo com as previsões de recessão (os pedidos de subsidio ainda hoje desceram quando tendem a aumentar nos periodos que antecedem um abrandamento económico) de maneira que ainda muita coisa está em aberto.
Obviamente que algo está podre na "rua do muro" mas ainda não é 100% claro se isto é realmente uma recessão ou apenas uma crise financeira. Para comparar graficos o mais fácil é vermos 1997 (crise asiatica) e 1998 (crise Russa) para um exemplo de uma crise financeira e 2001 (bolha tecnológica faz pop) para uma recessão.
E não esquecer o fundamental: a economia rege-se por factos: capacidade de produção e de consumo desses bens enquanto os mercados se rege por sentimentos e percepções.
De chamar a atenção que as candles são semanais... pode não parecer que nas crises financeiras não há quedas acentuadas mas há... em 1997 o fundo foi encontrado 14% abaixo do máximo e em 1998 o duplo fundo foi feito perto dos 23% afastado dos máximos do ano.
Ficam os gráficos.
- Anexos
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Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Penso que haja uma justificação economica/fundamental.
O Fed tem uma atitude mais agressiva, cortando taxas, embaratecendo o dinheiro, o que leva à inflação (de bens alimentares, imobiliário, activos financeiros...) e incentivando maiores alavancagens.
Já o BCE continua com a mesma retórica de combate à inflação, manutenção de taxas, etc.
Consequência disto poderá ser a apreciação do € face ao USD, diminuindo exportações europeias, penalizando resultados, etc etc.
O Fed tem uma atitude mais agressiva, cortando taxas, embaratecendo o dinheiro, o que leva à inflação (de bens alimentares, imobiliário, activos financeiros...) e incentivando maiores alavancagens.
Já o BCE continua com a mesma retórica de combate à inflação, manutenção de taxas, etc.
Consequência disto poderá ser a apreciação do € face ao USD, diminuindo exportações europeias, penalizando resultados, etc etc.
Bolsas e Economia
Caro crg,
O problema do euro forte é que a maioria das economias asiáticas e da América latina continua atracada ao dólar (ancorada). Assim. quando o euro se valoriza face ao dolar, os produtos desses países que competem com os europeus tornam-se mais baratos e provocam dificuldades de concorrência na europa e nos outros mercados.
A curto prazo a balança comercial da zona melhora pela diminuição do custo das importações, mas a longo prazo a situação inverte-se (é um fenómeno designado J-Curve).
No que diz respeito às bolsas, elas são máquinas de avaliar, pelo que elas vivem de expectativas futuras e não do que se passa no presente. Por isso as bolsas caem quando as expectativas se invertem. Muitas vezes elas invertem-se tão simplesmente porque as expectativas que estão instaladas já são demasiado optimistas e não podem ser revistas em alta. Nesse cenário, que rendibilidade adicional podem os investidores esperar ao deter as acções?
cumprimentos
fundamentalista
O problema do euro forte é que a maioria das economias asiáticas e da América latina continua atracada ao dólar (ancorada). Assim. quando o euro se valoriza face ao dolar, os produtos desses países que competem com os europeus tornam-se mais baratos e provocam dificuldades de concorrência na europa e nos outros mercados.
A curto prazo a balança comercial da zona melhora pela diminuição do custo das importações, mas a longo prazo a situação inverte-se (é um fenómeno designado J-Curve).
No que diz respeito às bolsas, elas são máquinas de avaliar, pelo que elas vivem de expectativas futuras e não do que se passa no presente. Por isso as bolsas caem quando as expectativas se invertem. Muitas vezes elas invertem-se tão simplesmente porque as expectativas que estão instaladas já são demasiado optimistas e não podem ser revistas em alta. Nesse cenário, que rendibilidade adicional podem os investidores esperar ao deter as acções?
cumprimentos
fundamentalista
- Mensagens: 34
- Registado: 21/1/2008 21:22
Ulisses Pereira Escreveu:É verdade que, em termos de longo prazo, essa relação existe. E também é verdade que esse desfasamento é que faz com que muitos reputados analistas macroeconómicos não tenham sucesso nos mercados financeiros.
Em relação à segunda parte da questão, a observação também é pertinente. Contudo, há que recordar que, por exemplo, entre 2005 e 2007 o DAX, por exemplo, valorizou-se cerca de 100% enquanto os índices norte-americanos não ultrapassaram os 50%. Penso que a conclusão é que as flutuações, de há uns anos para cá, têm sido mais fortes na Europa do que nas terras do Tio Sam.
Um abraço,
Ulisses
As taxas altas por si só não me parece que seja o maior problema. O problema principal é o diferencial crescente relativamente às taxas dos States, com a consequente valorização do euro em relação ao dólar. Deste modo, a economia europeia acaba por estar a suportar o mergulho da economia americana, procurando a última manter-se à tona à custa do afundamento lento da primeira (as empresas europeias não aguentam). Deste modo, afogam-se as duas, sem que a nossa tenha a responsabilidade da deles. Parece-me injusto!
Abraço.
É verdade que, em termos de longo prazo, essa relação existe. E também é verdade que esse desfasamento é que faz com que muitos reputados analistas macroeconómicos não tenham sucesso nos mercados financeiros.
Em relação à segunda parte da questão, a observação também é pertinente. Contudo, há que recordar que, por exemplo, entre 2005 e 2007 o DAX, por exemplo, valorizou-se cerca de 100% enquanto os índices norte-americanos não ultrapassaram os 50%. Penso que a conclusão é que as flutuações, de há uns anos para cá, têm sido mais fortes na Europa do que nas terras do Tio Sam.
Um abraço,
Ulisses
Em relação à segunda parte da questão, a observação também é pertinente. Contudo, há que recordar que, por exemplo, entre 2005 e 2007 o DAX, por exemplo, valorizou-se cerca de 100% enquanto os índices norte-americanos não ultrapassaram os 50%. Penso que a conclusão é que as flutuações, de há uns anos para cá, têm sido mais fortes na Europa do que nas terras do Tio Sam.
Um abraço,
Ulisses
Bolsas versus economias
Já disse o respeitado Ulisses e muito bem que "existe a ilusão de que Economia e Bolsa são a mesma coisa". No entanto, penso que existe uma correlação fundamental entre ambas, ainda que um pouco (por vezes anormalmente muito) desfasada no tempo.
Actualmente, se compararmos Europa com EUA, observamos que enquanto a economia europeia está menos mal que a norte americana (por enquanto), as bolsas europeias (este ano) estão bem pior que a bolsa americana (as primeiras com quedas da ordem dos 16% enquanto que as últimas com quedas da ordem dos 10%.
Penso que seria interessante perscrutar as razões principais de tal realidade.
Começo por dar o mote: seguramente os bancos centrais têm uma boa dose de responsabilidade.
Cumprimentos.
Actualmente, se compararmos Europa com EUA, observamos que enquanto a economia europeia está menos mal que a norte americana (por enquanto), as bolsas europeias (este ano) estão bem pior que a bolsa americana (as primeiras com quedas da ordem dos 16% enquanto que as últimas com quedas da ordem dos 10%.
Penso que seria interessante perscrutar as razões principais de tal realidade.
Começo por dar o mote: seguramente os bancos centrais têm uma boa dose de responsabilidade.
Cumprimentos.
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