BCP...
Penso que nesta guerra pelo BCP, as motivações têm sido várias, e em algumas das situações poderemos estar perante mesquinhas retaliações. Um dos temas que considero mais graves tem a haver com a informação que semanalmente saía nos jornais chegando ao ponto de publicarem uma copia de um memorandum interno do BCP. Onde está o sigilo bancário? O que é caricato, é que quem fosse de dentro do BAnco que pensasse ganhar alguma coisa com isto, o tiro saíu ao lado pois afinal, a lista que provavelmente irá ganhar está bastante afastada das pessoas do banco actualmente no activo.
De acordo com o artigo do DN, o BdP e a KPMG sabiam de tudo, sendo a situação tão grave que levou ao imediato impedimento das recandidaturas do Pinhal e do Beck, não restarão grandes alternativas ao Constancio senão, se demitir também, o que obviamente não cairá bem nas hostes do PS.
De acordo com o artigo do DN, o BdP e a KPMG sabiam de tudo, sendo a situação tão grave que levou ao imediato impedimento das recandidaturas do Pinhal e do Beck, não restarão grandes alternativas ao Constancio senão, se demitir também, o que obviamente não cairá bem nas hostes do PS.
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Alguns accionistas do BCP (entre os quais Joe Berardo) compraram acções com empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos. Estes accionistas são precisamente os mesmos que apoiam Santos Ferreira, que por sua vez foi o responsável máximo pela aprovação dos empréstimos. Pelos vistos, a instabilidade accionista do BCP andou a ser financiada por um banco público.
João Miranda deveria ter localizado no tempo estes empréstimos a Berardo e à TDU para que possamos compreender melhor a situação.
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BCP
ASSALTO AO BCP
João Miranda
investigador em biotecnologia
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De acordo com a versão oficial, o BCP atravessava um período de instabilidade accionista que colocava em risco todo o sistema bancário. Por coincidência, algumas irregularidades descobertas recentemente levaram o Banco de Portugal a intervir. O Banco de Portugal aconselhou os accionistas a não apoiarem 26 antigos administradores do BCP. Um desses administradores, Filipe Pinhal, foi obrigado a retirar a sua candidatura à administração. Os accionistas descobriram que Santos Ferreira era o homem providencial de que precisavam. Por coincidência, Santos Ferreira era também presidente do banco público concorrente do BCP. O Governo deu o seu apoio a esta solução em nome da estabilidade do sistema bancário.
Uma leitura mais atenta revela outra história. Grande parte da instabilidade accionista foi criada por Joe Berardo, um dos principais apoiantes de Santos Ferreira. Santos Ferreira é um socialista e quer levar para o BCP Armando Vara, outro reputado socialista e amigo do primeiro-ministro. O director do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, também é membro do Partido Socialista. Vítor Constâncio vetou os 26 administradores do BCP sem conceder às vítimas qualquer possibilidade de defesa. Ao fazê-lo, impôs Santos Ferreira aos accionistas. As irregularidades atribuídas aos 26 administradores afinal eram antigas. Vítor Constâncio foi incompetente e só agora é que as descobriu. O súbito interesse do Banco de Portugal por problemas antigos sugere uma intervenção cirúrgica a favor de uma das facções em luta pelo BCP. O Banco de Portugal, em vez de se comportar como um regulador neutro, optou por ajudar uma das facções a controlar o BCP. A transferência de Santos Ferreira para o BCP teve a bênção do ministro das Finanças, membro do Partido Socialista, que enquanto presidente da CMVM foi incapaz de detectar as irregularidades que agora são atribuídas aos 26 antigos administradores.
As últimas notícias sugerem uma história ainda mais obscura. Alguns accionistas do BCP (entre os quais Joe Berardo) compraram acções com empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos. Estes accionistas são precisamente os mesmos que apoiam Santos Ferreira, que por sua vez foi o responsável máximo pela aprovação dos empréstimos. Pelos vistos, a instabilidade accionista do BCP andou a ser financiada por um banco público. No próximo dia 15, na assembleia geral do BCP, Santos Ferreira deverá ser eleito presidente do banco. Para essa eleição deverão contribuir votos que correspondem a acções que foram compradas com dinheiro emprestado pelo antigo banco de Santos Ferreira. Se a falta de vergonha for total, é mesmo possível que a Caixa Geral de Depósitos, que é accionista do BCP, vote, por ordens do Governo, no seu antigo presidente.
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
Parece-me que a demissão de Constâncio seria mau para o país num momento como este
. O homem tem feito um bom trabalho e a coisa é por ele levada a sério.
Não quero com isto dizer que não tem culpas
...mas que justifiquem demissão, não me parece
Mas, nesta odisseia, o homem do rastilho para mim foi o Joe. Pode ser tudo... ter uma má história mas que obrigou a lavantar o véu, lá isso foi
Por debaixo do véu viu-se: facilidades a amigos, lutas de galos, esgrimam-se maçons e homens da opus, eu sei lá...isto está lindo
Uma vergonha...
Parece-me que o mercado está com mão leve no castigo ao BCP
Deveria mostrar-se mais duro e inflexível 

Não quero com isto dizer que não tem culpas


Mas, nesta odisseia, o homem do rastilho para mim foi o Joe. Pode ser tudo... ter uma má história mas que obrigou a lavantar o véu, lá isso foi


Por debaixo do véu viu-se: facilidades a amigos, lutas de galos, esgrimam-se maçons e homens da opus, eu sei lá...isto está lindo



Uma vergonha...



Eu confesso que não vejo qual o problema da CGD fazer crédito para compra de acções do BCP. Quanto muito o problema é da própria CGD que tem que avaliar o risco da operação, nomeadamente avaliando garantias, e preça-la de modo adequado a que o risco incorrido pelo banco seja reduzido. E não me parece que isso tenha sido colocado em questão.
A semana louca do BCP
Não foi calmo, este “reveillon”, para a economia portuguesa. O ano de 2008 começou com mesmo bulício com que fechou o ano de 2007: com BCP. O ritmo dos factos em torno do Millennium é tão acelerado que recomenda uma cronologia própria dentro da semana que passou. Vamos a isto:
--------------------------------------------------------------------------------
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
No sábado de manhã, o ministro das Finanças anunciou o convite a Faria de Oliveira para liderar a Caixa Geral de Depósitos. O PSD rejubilou e, na mesma conferência de imprensa, Teixeira dos Santos defendeu "punição exemplar" para eventuais ilícitos no BCP.
Domingo à noite, Cadilhe avança para o BCP e, em cima da hora, apresenta uma lista e, logo depois, entra em directo no Telejornal da RTP fazendo acusações graves a Constâncio. Está garantido o inesperado confronto com a lista de Carlos Santos Ferreira. E O PS acusou Menezes de pressionar accionistas do banco em apoio a Miguel Cadilhe.
Na segunda-feira, Marques da Silva aceitou a lista de Cadilhe, que voltou a explicar a candidatura. Depois das declarações de Cadilhe, o Banco de Portugal emitiu um comunicado alertando para o risco de envolvimento de administradores do BCP nas irregularidades do banco. E Joe Berardo veio negar interferência política na escolha de Santos Ferreira para o BCP e garantir que o agora presidente demissionário da CGD tem apoio de mais de 60% dos accionistas.
Quarta-feira, o País voltou ao trabalho, já em 2008. Cadilhe foi de novo o homem do dia: disse que conta com uma vaga de fundo dos que pensam “assim, não!” e admitiu pedir votação secreta na Assembleia geral do BCP. A sua lista, que tem um milhão de acções do BCP , abriu a “campanha eleitoral” até à AG. E Bagão Félix defendeu que Constâncio repense a sua continuidade no Banco de Portugal.
Quinta-feira, 3 de Janeiro, a saga continua. Um apoiante de Berardo deve mais de um milhão ao Fisco. E a conta admite rever apoios a Santos Ferreira.
Sexta-feira, o PSD pede a demissão de Constâncio, no dia em que os Directores do BCP São ouvidos pela equipa de Constâncio , o “Público” faz a seguinte manchete: Accionistas do BCP compraram acções com crédito da CGD. A Caixa disse que os alegados empréstimos não tinham nada a ver com a situação actual do BCP. E a CMVM está a analisa acordos de voto entre accionistas do BCP.
A semana saldou-se numa queda das acções do BCP superior a 7%. A Espírito Santo Research prevê mais pressão nos títulos.
Não foi calmo, este “reveillon”, para a economia portuguesa. O ano de 2008 começou com mesmo bulício com que fechou o ano de 2007: com BCP. O ritmo dos factos em torno do Millennium é tão acelerado que recomenda uma cronologia própria dentro da semana que passou. Vamos a isto:
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No sábado de manhã, o ministro das Finanças anunciou o convite a Faria de Oliveira para liderar a Caixa Geral de Depósitos. O PSD rejubilou e, na mesma conferência de imprensa, Teixeira dos Santos defendeu "punição exemplar" para eventuais ilícitos no BCP.
Domingo à noite, Cadilhe avança para o BCP e, em cima da hora, apresenta uma lista e, logo depois, entra em directo no Telejornal da RTP fazendo acusações graves a Constâncio. Está garantido o inesperado confronto com a lista de Carlos Santos Ferreira. E O PS acusou Menezes de pressionar accionistas do banco em apoio a Miguel Cadilhe.
Na segunda-feira, Marques da Silva aceitou a lista de Cadilhe, que voltou a explicar a candidatura. Depois das declarações de Cadilhe, o Banco de Portugal emitiu um comunicado alertando para o risco de envolvimento de administradores do BCP nas irregularidades do banco. E Joe Berardo veio negar interferência política na escolha de Santos Ferreira para o BCP e garantir que o agora presidente demissionário da CGD tem apoio de mais de 60% dos accionistas.
Quarta-feira, o País voltou ao trabalho, já em 2008. Cadilhe foi de novo o homem do dia: disse que conta com uma vaga de fundo dos que pensam “assim, não!” e admitiu pedir votação secreta na Assembleia geral do BCP. A sua lista, que tem um milhão de acções do BCP , abriu a “campanha eleitoral” até à AG. E Bagão Félix defendeu que Constâncio repense a sua continuidade no Banco de Portugal.
Quinta-feira, 3 de Janeiro, a saga continua. Um apoiante de Berardo deve mais de um milhão ao Fisco. E a conta admite rever apoios a Santos Ferreira.
Sexta-feira, o PSD pede a demissão de Constâncio, no dia em que os Directores do BCP São ouvidos pela equipa de Constâncio , o “Público” faz a seguinte manchete: Accionistas do BCP compraram acções com crédito da CGD. A Caixa disse que os alegados empréstimos não tinham nada a ver com a situação actual do BCP. E a CMVM está a analisa acordos de voto entre accionistas do BCP.
A semana saldou-se numa queda das acções do BCP superior a 7%. A Espírito Santo Research prevê mais pressão nos títulos.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Quanto a não haver ilícitos não tenho tanta confiança como tu que será essa a conclusão. Infelizmente, temo que seja o oposto.
Mas o que ahco inacreditável em termos da postura do Banco de Portugal é ter tentado inibir de se candidatar ao banco todos os Administradores nesse período, lançando a suspeita sobre todos. Perdoem-me a estúpida comparação, mas faz-me lembrar quando o Octávio Machado estava na ribalta e lançava insinuações para o ar sobre um conjunto de pessoas, sem especificar exactamente quem queria atingir.
E penso que este avanço de Miguel Cadilhe foi quase um grito de revolta e um pensamento: "Mas se eu nunca cometi nenhuma ilegalidade, por que raio podem insinuar que eu estou inibido de me candidatar à gestão do banco?". E, pelo menos, teve o condão de fazer o BdP ter que recuar nessas intenções.
Um abraço,
Uluisses
Mas o que ahco inacreditável em termos da postura do Banco de Portugal é ter tentado inibir de se candidatar ao banco todos os Administradores nesse período, lançando a suspeita sobre todos. Perdoem-me a estúpida comparação, mas faz-me lembrar quando o Octávio Machado estava na ribalta e lançava insinuações para o ar sobre um conjunto de pessoas, sem especificar exactamente quem queria atingir.
E penso que este avanço de Miguel Cadilhe foi quase um grito de revolta e um pensamento: "Mas se eu nunca cometi nenhuma ilegalidade, por que raio podem insinuar que eu estou inibido de me candidatar à gestão do banco?". E, pelo menos, teve o condão de fazer o BdP ter que recuar nessas intenções.
Um abraço,
Uluisses
Re
Ulisses Pereira Escreveu:JAS, claro que quer. Penso que os seus responsáveis sabem que neste momento, pela primeira vez nos últimos anos, estão sob contestação. Se se provarem as diversas irregularidades em causa, parece-me previsível que comecem a levantar-se as vozes contra os responsáveis do Banco de Portugal que não exerceram correctamente a apertada supervisão que lhes assite.
Pela primeira vez desde que lidera a instituição, Constâncio sabe que o seu lugar começa a queimar...
Ulisses, para mim o grave da questão é que o BdP ande com a ameaça de inibição de todos os Administradores desde 1999 quando as off-shores só passaram a ser ilegais (ou regulamentadas?) a partir de 2005.
O aparecimento de tantos detalhes sobre a actuação do BdP nesses anos faz-me pensar que haverá no BCP muitas armas de arremesso e que isto é apenas uma amostra.
Nota que os financiamentos a accionistas eram perfeitamente legais (e continuam a ser basta ver a notícia de hoje sobre os empréstimos da GGD ao Berardo e Cia em valores que representam 5% do BCP...) e que a compra de acções foi feita por accionistas e não pelo próprio BCP.
Se assim é o BCP nem sequer pode ser acusado de andar a comprar acções próprias e essa parece ser a principal acusação...
(Se não fosse assim a CGD teria que comunicar que andou a comprar mais de 5% do BCP...).
O perdão de dívidas a algumas off-shores é um acto de gestão.
Pode ser que venha a ser classificado como "gestão danosa" mas o que interessa é se os resultados dessas operações foram metidos nas Contas.
Para já tudo indica que sim.
É muito grave que as entidades supervisoras deitem comunicados cá para fora insinuando que ocorreram "ilícitos muito graves" se, a seguir, viermos a concluir que não houve ilícitos nenhuns porque ainda não havia lei ou porque era lícito e foi supervisionado pelo próprio BdP.
De qualquer forma a "história" ainda está no princípio, até ao dia 15 vamos saber muito mais...
JAS
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
JAS, claro que quer. Penso que os seus responsáveis sabem que neste momento, pela primeira vez nos últimos anos, estão sob contestação. Se se provarem as diversas irregularidades em causa, parece-me previsível que comecem a levantar-se as vozes contra os responsáveis do Banco de Portugal que não exerceram correctamente a apertada supervisão que lhes assite.
Pela primeira vez desde que lidera a instituição, Constâncio sabe que o seu lugar começa a queimar...
Um abraço,
Ulisses
Pela primeira vez desde que lidera a instituição, Constâncio sabe que o seu lugar começa a queimar...
Um abraço,
Ulisses
Cada vez melhor...
DiarioEconomico.com Escreveu:Constâncio conhecia ‘off-shores’ desde 2001
Banco de Portugal acompanhou créditos a accionistas, que eram legais na altura.
Pedro Marques Pereira
O Banco de Portugal e a KPMG, o auditor do BCP, conheciam operações de financiamento da compra de acções do banco por ‘off-shores’ detidas por accionistas desde 2001. E acompanharam a par e passo a situação que foi, de resto, resolvida segundo instruções dadas pelo próprio supervisor.
Segundo correspondência entre o Banco de Portugal e o BCP, a que o Diário Económico teve acesso, em 2001, num relatório de acompanhamento das operações de crédito do BCP, assinado por António Marta, o responsável na altura pelo pelouro da supervisão do sistema financeiro do Banco de Portugal, apareciam já diversas operações de crédito a entidades veículo detidas por accionistas como Goes Ferreira e o Grupo Pereira Coutinho, cuja actividade principal era a compra de acções do banco.
As situações, no entanto, nada tinham de ilegal. Na altura, os financiamentos a ‘off-shores’ para compra de acções próprias não estavam regulamentados, ou seja, eram operações normais, segundo fontes conhecedoras do processo. As regras apenas mudaram em 2005, com a adopção das IFRS, as novas normas contabilísticas, que passaram a obrigar os bancos a consolidar essas operações quando o risco continuava no próprio banco – ou seja, quando as garantias do risco de crédito eram as próprias acções. Antes disso, as normas contabilísticas que os bancos eram obrigados a cumprir eram definidas pelo Banco de Portugal que, em caso de dúvidas, emitia esclarecimentos para situações específicas e que poderiam variar de banco para banco.
No caso do BCP, em relação às ‘off-shores’ detidas por accionistas, as regras apenas foram fixadas no início de 2004.
Nessa altura, em antecipação da entrada em vigor das novas regras, o Banco de Portugal escreveu nova carta dirigida a Jardim Gonçalves em que estabelecia que o BCP teria, gradualmente num período de dois anos, até ao final de 2005, que desfazer as posições. Na altura, o supervisor apenas recomendou que se os créditos concedidos nessas condições superassem 10% do capital total do banco, teriam que ser consolidadas a 50% do seu valor.
O banco ficou, a partir daí, encarregue de submeter relatórios sobre a posição dos créditos concedidos a ‘off-shores’ detidas por membros do conselho superior, ou seja, grandes accionistas. A KPMG passou a entregar um ponto de situação semestral sobre estes créditos, com o valor das provisões que o banco teria de fazer para cobrir a diferença entre o valor da carteira e o valor do crédito concedido.
Embora a KPMG não comente oficialmente o assunto, uma vez que está vinculada a sigilo com o seu cliente, fonte próxima da auditora afasta a ideia de, nessas ‘off-shores’, terem sido cometidas quaisquer ilegalidades do ponto de vista contabilístico. “Podem ter havido más decisões de gestão, mas essas ultrapassam o âmbito da nossa análise”, explica a mesma fonte.
A partir daí, as posições começaram a ser desfeitas. Alguns accionistas, deixando de poder usar as acções do BCP como garantia dos empréstimos, venderam as acções ou deram-nas como garantia noutros bancos, pagando parte da dívida e cessando a actividade das ‘off-shores’. Outros terão substituído garantias. Muitos viram as dívidas perdoadas. No relatório e contas relativo a 2005, na nota 48 relativa às demonstrações financeiras, o banco reconhece uma perda de 54 milhões de euros relativa a sociedades ‘offshore’ que incluiam acções do banco nos seus activos.
No seu comunicado de 28 de Dezembro, o Banco de Portugal afirma que a recomendação de que os administradores do BCP desde 1999 não fossem nomeados para novo mandato têm por base “factos relacionados com 17 entidades off-shore cuja natureza e actividade foram sempre ocultadas pelo BCP ao Banco de Portugal, nomeadamente em anteriores inspecções”. O mesmo responsável da KPMG afirma desconhecer de que operações se trata.
Ou seja, as ‘off-shores’ – ou pelo menos algumas delas – poderiam até ser as mesmas, mas o eventual ilícito não estaria relacionado com a concessão do crédito mas com outras operações, que poderão incluir eventuais manipulações do preço dos títulos em bolsa, ou condições em que os créditos foram perdoados, mas que não teriam reflexos do ponto de vista contabilístico, não sendo por isso detectáveis pela auditoria. A KPMG admite que dessas situações possam eventualmente resultar punições para alguns responsáveis, mas não qualquer prejuízo adicional para os accionistas, já que as contas do banco reflectem toda a realidade.
Isto está cada vez melhor...
O BdP quer agora passar por santinho?
JAS
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
eu nao percebo na disto, mas ja neste topico disse varias vezes:
isto tinha esturro; quer alguns timmings (nomeadamente BdP), quer o facto dos apoiantes do Homem da CGD, serem facilmente considerados investidores mais de valias do que de projectos a longo prazo...
Como em muitas outras coisas, o que parece, muitas vezes é....
(JAS, ja vi que comeste bem hoje)
beijos e abraços
isto tinha esturro; quer alguns timmings (nomeadamente BdP), quer o facto dos apoiantes do Homem da CGD, serem facilmente considerados investidores mais de valias do que de projectos a longo prazo...
Como em muitas outras coisas, o que parece, muitas vezes é....

(JAS, ja vi que comeste bem hoje)
beijos e abraços
Re
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt Escreveu:A Caixa Geral de Depósitos (CGD) terá financiado a compra de acções do Banco Comercial Português (BCP) em mais de 500 milhões de euros, entre Janeiro e Junho do ano passado.
A notícia é avançada pelo "Público" que adianta que Joe Berardo, a família Moniz da Maia (Sogema), Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte e José Goes Ferreira receberam crédito da CGD para comprarem acções do BCP, o que lhes tem permitido ter uma palavra a dizer nos destinos do maior banco português.
As operações em causa totalizaram os 500 milhões de euros, só durante o primeiro semestre do ano, e representaram cerca de 5% do capital do BCP por parte de 22 accionistas, segundo o mesmo jornal.
Sendo assim, como o valor actual das acções é inferior ao valor porque foram compradas (muito provavelmente e na sua maior parte acima dos 3,00), os títulos já não devem garantir os empréstimos e o buraco na CGD poderá ser grande...
Como retribuição do favor estes accionistas propõem o ex-Presidente da CGD para Presidente do BCP.
O BdP não tem nada que investigar pois fazer empréstimos a clientes é perfeitamente legal...
E se houver buracos na CGD também deve ser coisa sem importância pois o Estado cobre e os contribuintes pagam.
JAS
P.S. - Moz, outra notícia que também irás considerar "jogo sujo para desacreditar uma das listas", não é?
Mas até ao dia 15 ainda temos muito tempo para saber tudo o resto...
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
Berafo, é uma hipótese, sem dúvida. Contudo, os grandes investidores já estão há tanto tempo com posições muito fortes no BCP que é difícil esperar que possam reforçar muito mais as suas posições. Penso que é uma hipótese a considerar, sem dúvida, mas menos provável do que em condições normais seria.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
JAS,
É o tipo de notícias "complicada". Assim, curtinha para que seja mesmo lida. Sem grande sumo e, na minha opinião, lateral. Dívida de quê, em concreto? Mais jogo sujo para desacreditar uma das listas...
Quanto ao que esperar do papel, duas abordagens muito rápidas:
1. Do ponto de vista fundamental, o PER está tão baixo - como fecho de hoje ficou-se pelos 6,83 - que das duas uma: ou as notícias referentes aos resultados de 2007 são uma catástrofe o que provocará uma subida do PER para valores de referência mais consentâneos com o mercado ou poderá haver especulação quanto a um novo aumento de capital;
2. Do ponto de vista técnico, penso que, como avançou o Ulisses e o luka, o suporte horizontal é interessante (de tal forma que entrei ontem com uma pequena posição em BCP, reforçada hoje). Não concordo com o facto do RSI estar sobrevendido porque não é essa a situação actual. Ainda tem espaço para cair mais considerandoa sobrevenda <30. O MACD está marginalmente bearish. O que ainda me levou mais a entrar nesta fase, podendo estar completamente errado, é o facto do Oscilador Estocástico estar completamente sobrevendido indiciando inversão, mas ainda sem ter cruzado o sinal. Olhando para o gráfico, das últimas 8 vezes que esteve tão sobrevendido, registou-se uma correcção em alta nas sessões seguintes. É uma questão de, como diz o luka, probabilidades... Mas que a "desgraça" pode estar à porta, pode.
Um abraço,
MozHawk
É o tipo de notícias "complicada". Assim, curtinha para que seja mesmo lida. Sem grande sumo e, na minha opinião, lateral. Dívida de quê, em concreto? Mais jogo sujo para desacreditar uma das listas...
Quanto ao que esperar do papel, duas abordagens muito rápidas:
1. Do ponto de vista fundamental, o PER está tão baixo - como fecho de hoje ficou-se pelos 6,83 - que das duas uma: ou as notícias referentes aos resultados de 2007 são uma catástrofe o que provocará uma subida do PER para valores de referência mais consentâneos com o mercado ou poderá haver especulação quanto a um novo aumento de capital;
2. Do ponto de vista técnico, penso que, como avançou o Ulisses e o luka, o suporte horizontal é interessante (de tal forma que entrei ontem com uma pequena posição em BCP, reforçada hoje). Não concordo com o facto do RSI estar sobrevendido porque não é essa a situação actual. Ainda tem espaço para cair mais considerandoa sobrevenda <30. O MACD está marginalmente bearish. O que ainda me levou mais a entrar nesta fase, podendo estar completamente errado, é o facto do Oscilador Estocástico estar completamente sobrevendido indiciando inversão, mas ainda sem ter cruzado o sinal. Olhando para o gráfico, das últimas 8 vezes que esteve tão sobrevendido, registou-se uma correcção em alta nas sessões seguintes. É uma questão de, como diz o luka, probabilidades... Mas que a "desgraça" pode estar à porta, pode.
Um abraço,
MozHawk
latsilva Escreveu:Estou a pensar vender GALP para comprar BCP, Inapa e Portucel.
O BCP assim que estabilizar vai dar um grande salto e considero as duas listas concorrentes com alguma credibilidade.
Eu não me precipitaria. A galp é uma acção, até ver, bullish. As outras três estão (pelo menos no curto-médio prazo) claramente bearish. Tecnicamente, o mais indicado será esperar por um sinal de força. Ou então uma entrada com um stop abaixo dos suportes de referência. É só uma opinião, não me interprete mal

BN
Surfar a Tendência - Análises técnicas, oportunidades, sugestões de investimento e artigos didácticos
Re: E esta, hem?
curvedair Escreveu:JAS Escreveu:Vocês não sabiam porque andava o BCP a cair?
Julgavam que era para ir tocar nessa coisa do suporte como diz a AT do Ulisses?
Nada disso... Deve ser este rapazinho que anda a vender para pagar ao Fisco...JAS
Are you serious?...
Imaginemos que isto é verdade; então fará sentido o que alguém disse há algum tempo atrás, que esta "caça" aos devedores ao Fisco só iria atrapalhar a economia deste País.
Ora, esta queda em parafuso da quotação do BCP deve atrapalhar um pouco a nossa Economia.
Por outro lado, este cerrar de pagamentos coersivos ao Fisco, parece cada vez mais o Voodoo Economics falado no filme Ferris Bueller's Day Off; a partir de um certo ponto, a economia de um País não ganha nada com consequentes aumentos de impostos.
Acho que o JAS estava a brincar... certo?

Surfar a Tendência - Análises técnicas, oportunidades, sugestões de investimento e artigos didácticos
Re: E esta, hem?
JAS Escreveu:Vocês não sabiam porque andava o BCP a cair?
Julgavam que era para ir tocar nessa coisa do suporte como diz a AT do Ulisses?
Nada disso... Deve ser este rapazinho que anda a vender para pagar ao Fisco...JAS
Are you serious?...
Imaginemos que isto é verdade; então fará sentido o que alguém disse há algum tempo atrás, que esta "caça" aos devedores ao Fisco só iria atrapalhar a economia deste País.
Ora, esta queda em parafuso da quotação do BCP deve atrapalhar um pouco a nossa Economia.
Por outro lado, este cerrar de pagamentos coersivos ao Fisco, parece cada vez mais o Voodoo Economics falado no filme Ferris Bueller's Day Off; a partir de um certo ponto, a economia de um País não ganha nada com consequentes aumentos de impostos.
Decisão de voto da Teixeira Duarte só é divulgada na AG
A Teixeira Duarte, accionista do BCP com cerca de 6,2% do capital, ainda não decidiu como vai votar na assembleia geral de dia 15, encontrando-se a reflectir sobre a sua posição face ás listas apresentadas, desde 28 de Dezembro, quando encontraram diferenças nas propostas que contrariavam o consenso que tinha sido alcançado.
Diario Económico Online
De acordo com a agência Lusa, que cita uma fonte oficial da empresa, a necessidade de reflexão "aconteceu antes de Miguel Cadilhe apresentar a sua lista", frisando a mesma fonte que este período de consideração foi desencadeado no dia 28 de Dezembro, quando se verificou "que a formalização das propostas apresentadas divergiam do consenso que tinha sido alcançado".
A empresa salienta que "o objectivo número um" neste processo "tem sido procurar consensos", no entanto, "a formalização das propostas acabou por não coincidir com o consenso alargado que parecia estar encontrado [...], deparámo-nos com uma situação diferente", afirmou a fonte da Lusa.
Assim sendo, a deliberação da Teixeira Duarte, só será conhecida em princípio na assembleia geral, a decorrer no dia 15 neste mês, que irá eleger os novos órgãos sociais do maior banco privado português.
"Expressaremos a nossa posição na assembleia geral", avançou apenas o responsável, ressalvando que a Teixeira Duarte está com o BCP, sendo um projecto no qual acreditam.
A Teixeira Duarte, accionista do BCP com cerca de 6,2% do capital, ainda não decidiu como vai votar na assembleia geral de dia 15, encontrando-se a reflectir sobre a sua posição face ás listas apresentadas, desde 28 de Dezembro, quando encontraram diferenças nas propostas que contrariavam o consenso que tinha sido alcançado.
Diario Económico Online
De acordo com a agência Lusa, que cita uma fonte oficial da empresa, a necessidade de reflexão "aconteceu antes de Miguel Cadilhe apresentar a sua lista", frisando a mesma fonte que este período de consideração foi desencadeado no dia 28 de Dezembro, quando se verificou "que a formalização das propostas apresentadas divergiam do consenso que tinha sido alcançado".
A empresa salienta que "o objectivo número um" neste processo "tem sido procurar consensos", no entanto, "a formalização das propostas acabou por não coincidir com o consenso alargado que parecia estar encontrado [...], deparámo-nos com uma situação diferente", afirmou a fonte da Lusa.
Assim sendo, a deliberação da Teixeira Duarte, só será conhecida em princípio na assembleia geral, a decorrer no dia 15 neste mês, que irá eleger os novos órgãos sociais do maior banco privado português.
"Expressaremos a nossa posição na assembleia geral", avançou apenas o responsável, ressalvando que a Teixeira Duarte está com o BCP, sendo um projecto no qual acreditam.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
E esta, hem?
Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt Escreveu:José Jorge Valério, accionista fundador do BCP e apoiante das propostas que Joe Berardo vai levar à assembleia geral (AG) do banco, deve mais de um milhão de euros ao fisco.
O seu nome consta da lista de contribuintes singulares devedores de mais de um milhão de euros publicada no passado dia 1 de Janeiro pela Direcção-Geral dos Impostos (DGI).
Vocês não sabiam porque andava o BCP a cair?
Julgavam que era para ir tocar nessa coisa do suporte como diz a AT do Ulisses?
Nada disso... Deve ser este rapazinho que anda a vender para pagar ao Fisco...
JAS
Na Bolsa como no Poker há que ter uma boa mão...
pvg80713 Escreveu:tiagopt Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:
Navete, não são precisas boas ou más notícias para fazer mexer as cotações.
Até porque com tudo o que tem acontecido nos últimos tempos, o BCP deve estar quase imune a más noticias. Quem não vendeu/deixou de comprar com tudo o que aconteceu nos últimos tempos, não seria coerente se o fizesse agora.
Pode parecer exagerado da minha parte mas penso que a próxima semana será crucial para o BCP, pode começar a definir-se o seu rumo nos próximos meses/anos.
BN
na próxima semana, não concordo. Mas na seguinte sim.
Exacto, fiz mal as contas

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BCP sobre o Suporte

Ulisses Pereira Escreveu:Mas quem está no papel, vender agora estará a fazê-lo na pior altura. Agora que a acção está junto a 2 suportes muito importantes faz muito mais sentido esperar para ver se esses suportes são quebrados e, se o for, aí sim toma-se essa decisão. Perde-se um pouco mais, é verdade, mas dá-se oportunidade à acção de reagir em alta onde há mais probabilidades de o fazer.
Um abraço,
Ulisses
O BCP desde meados de setembro anda a lateralisar entre a zona dos 3.30 e dos 2.75€ (suporte).
Estamos assim:
-sobre uma zona de suporte 2.75 importante
-com o RSI em Oversold
=> a probabilidade de reagir em alta é estatisticamente favoravel.

mas o grafico de médio prazo fala melhor que eu ...

- Anexos
-
- BCP no ponto de compra
- bcp.png (241.25 KiB) Visualizado 5248 vezes
Editado pela última vez por Luka! em 3/1/2008 20:57, num total de 5 vezes.
... if you feel like doubling up a profitable position, slam your finger in a drawer until the feeling goes away !
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