Montenegro anuncia redução de IRS nas rendas, isenção de mais-valias e maior dedução à coleta

[domhenri]

E é isto o maior grupo financeiro português... parece mais as eleições do Benfica. Vai ser linda a Assembleia general. Basta ler os comentários dos leitores/pequenos accionistas na página online do Publico onde estas noticias vão saindo. Uns são a favor, ou porque o Cadilhe é do Norte ou porque é laranjinha ou porque é mais fotogénico, outros são contra porque são rosa e embirram com os laranjas... enfim! E todos se congratulam por haver duas listas pois assim podem escolher e tomar partido, seja lá por que motivo escolham.
E assim se encara esta encenação de capitalismo á portuguesa.

Para mim, o que vem ao de cima (não me surpreende pois já tenho muitos anos deste país, fora e dentro) é mais uma vez a gritante pobreza da elite que "governa" este país. Quer o Cadilhe, quer o Ferreira quer o Jardim Gonçalves (e todos os que vêm atrás) não passariam de simples contabilistas num banco inglês ou americano que se preze. Estes "gestores" são os exemplos tipicos duma geração formada em Universidades MEDIOCRES (as portuguesas dos anos 50-70 - que continuam mediocres...), numa sociedade mediocre (ou já se esqueceram do que era o ambiente cultural e cientifico deste país nos anos 50-70??) e que apenas conseguiram o sucesso que têm porque nunca tiveram concorrência e porque usaram melhor o "chico-espertismo" que confere sucesso na vida publica deste país.
Se estes senhores tivesse sido expostos a uma sociedade capitalista aberta e onde a inteligencia, rigor e competência profissional fossem os valores que ditam o sucesso, nunca passariam de contabilistas. E isto não se aplica só ao Vara, aplica-se a todos, do Cadilhe ao Gonçalves.

E aplica-se a outros niveis da nossa sociedade- o nosso Presidente com um PhD numa Universidade inglesa de segunda-linha chegou onde chegou...

A questão é saber quando é que nos livramos desta geração RASCA??
Vamos de qualquer modo ter que lhes pagar as reformas douradas como prémio de terem desperdiçado oportunidades únicas (p.Ex. com a adesão à CEE) )e deixado o país como está... enquanto os que cá ficam têm que roer os ossitos.

E a segunda questão, aberta aqui ao pessoal do Caldeirão, que me parece doutra geração e com outra experiencia de vida, é saber se existe potencial de mudança na geração que se segue ou se esta foi afinal formada pelos mesmos Profs mediocres e apenas vão replicar os comportamentos que aprenderam??

A minha esperança é que exista gente suficiente com outros percursos e que tenham sido expostos a outras exigências e que tenham força para pegar nesta país tão maltratado.

[domhenri]

Do Publico:

O ex-presidente do Banco de Fomento Exterior (depois integrado no BPI) Miguel Cadilhe (ex-administrador do BCP e ex-ministro das Finanças) acaba de entregar a sua lista candidata à liderança do Conselho de Administração do BCP que integra Miguel Cadilhe, Alexandre Bastos Gomes (actual gestor do BCP), Bagão Félix (ex-ministro e da área seguradora do BCP), João Carvalho das Neves (especialista em "corporate governance"), Carlos Alcobia, Rui Horta e Costa (UBS e ex-CFO da EDP) e Meira Fernandes (ex-BFE).

[Sei lá]

Vamos também aguardar pela lista do Cadilhe para ver se não é uma resposta do PSD... seria mau demais que fosse.

[JAS]

E o voto é secreto...

JAS

[Sei lá]

Há um certo numero de caras que não me importaria de ver caso o Cadilhe vencesse

Vamos a ver se os apoios à lista de Santos Ferreira se mantém como estão...

[lutav]

por tudo o que ja disse antes no topico do BCP...

(e que tambem está no post original neste topico!)



GO Cadilhe GO!

[MozHawk]

Afinal não se trata de um jardim à beira-mar plantado?!

Fartar-me-ia de rir se o Santos Ferreiro e companheiro Vara não ganhassem a contenda. Todo o processo em si é "feio", de parte a parte, e é merecedor de uma resposta à altura por parte dos accionistas (e instituições do Estado ainda independentes).

Um abraço,
MozHawk

[Pata-Hari]

Fonte: público

Banca: Menezes diz que transferência de gestores é própria do "quarto mundo"
30.12.2007 - 15h23
Por Lusa, PUBLICO.PT
Miguel Madeira/PUBLICO (arquivo)

Menezes diz que Santos Ferreira e Armando Vara são "politicamente marcados"
Luís Filipe Menezes diz que a passagem de dois responsáveis "politicamente marcados" de um banco público para uma instituição bancária rival é uma prática própria do "quarto mundo".

O líder do PSD, que falava à margem de uma deslocação ao Funchal, diz ser “bizarro que dois dos principais responsáveis politicamente marcados de uma instituição financeira estatal passem para o banco rival no mesmo dia”, numa referência à saída Carlos Santos Ferreira e Armando Vara da administração da Caixa Geral de Depósitos para se candidatarem à liderança do BCP.

Apesar de sublinhar que cabe aos accionistas do BCP a escolha, Menezes entende que este tipo de situações, “só acontece em economias do quarto mundo” e não “numa economia de mercado escorreita”.

O presidente dos sociais-democratas defende que “deveriam existir regras” contra este tipo de transferências, “na medida em que essas personalidades, independentemente do seu valor técnico, mas muito marcadas politicamente, levam atrás de si carteiras de clientes, ‘know how’ estratégico, algo de inaceitável do ponto de vista da concorrência”.

Menezes anunciou ainda que o PSD vai chamar ao Parlamento o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, para "explicarem se tiveram ou não conhecimento de alguns dos factos" relacionados com "a gestão bancária de alguns administradores do BCP" em 2004, agora sob investigação.

Nesse ano, Constâncio já era governador do Banco de Portugal e Teixeira dos Santos era presidente da Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM).

Quanto à nomeação de Faria de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva e militante do PSD, para a presidência da CGD, Menezes lembrou que “há uma tradição a ser respeitada que é haver, pelo menos do ponto de vista simbólico, um equilíbrio de poderes” entre o Banco de Portugal e a Caixa.

“Sempre foi assim no passado, sempre deve ser assim no futuro", disse, contrapondo que não lhe interessa “a conversa do Bloco Central”, “trata-se de sensatez”.

Questionado sobre as reacções de alguns ministros à posição que assumiu no início da semana – exigindo a nomeação de um dirigente próximo do PSD para a Caixa –, Menzes disse que “em 30 anos” de política”, nunca a tamanha demonstração de “má educação, insulto, insolência e arrogância intolerável”.

Esta é linda.. a nossa legislação está mesmo adaptada Às necessidades actuais, não está?

2.500.000
é o valor máximo, em euros, das coimas que eventualmente podem ser aplicadas a gestores do BCP na sequência das investigações da CMVM que indiciam ilícitos muito graves praticados entre 1999 e 2007.

[domhenri]

Do Publico

Miguel Cadilhe vai avançar com uma lista para o Conselho de Administração Executivo (CAE) do Banco Comercial Português (BCP) liderada por si, apurou o PÚBLICO. A candidatura do ex-ministro das Finanças, ex-administrador executivo do BCP, será entregue por volta das 19h00 de hoje, depois ter dado conhecimento aos supervisores e ao actual CEO do banco.

O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do BCP, Germano Marques da Silva, abrirá a proposta só amanhã.

Na equipa de gestão proposta por Cadilhe, e que terá sete elementos, consta o nome do gestor (e professor do ISEG) João Carvalho das Neves.

A iniciativa de Cadilhe surge como protesto pela atitude do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, de ter vindo a público “condenar” todos os membros dos órgãos sociais do BCP desde 1999, antes do final das investigações que estão a decorrer à sua governação, e sem que os visados tenham sido ouvido no âmbito do processo.

A acção de Cadilhe pode quebrar a frágil unanimidade que se regista à volta da lista de Carlos Santos Ferreira e de Armando Vara, dois dirigentes socialistas viabilizados por Constâncio.