O Lado Solar
Be Cool Escreveu:...
A prova de que a competência e a perseverança dos cientistas portugueses, a qualidade da investigação e até as condições para o exercício da mesma já não nos envergonham perante os nossos pares. Fantástico!
European Research Council
A cientista que ganhou 2,5 milhões de euros
Elvira Fortunato, da Universidade Nova, conquista o maior prémio de sempre dado a um investigador português. ´
Virgílio Azevedo in EXPRESSO
17:00 | Sábado, 26 de Jul de 2008
Foi uma semana verdadeiramente louca para a carreira de Elvira Fortunato. Antes ela já soubera por via não oficial que fora contemplada com o primeiro prémio na área da Engenharia do European Research Council (ERC), organização que pela primeira vez atribui em 2008 aqueles que são considerados uma espécie de Prémios Nobel europeus.
O nome do projecto vencedor em inglês é 'Invisible' (Invisível) e propõe-se fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, uma ideia arrojada e inovadora a nível mundial. Mas faltava a carta do ERC com a confirmação oficial.
Só que outros acontecimentos se meteram pelo meio. Na segunda-feira, na véspera de fazer 44 anos, a cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) recebeu uma prenda antecipada fantástica: a reitoria da UNL enviou para os "media" nacionais e estrangeiros um comunicado onde anunciava que a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), dirigida por Elvira, tinha produzido pela primeira vez no mundo transístores com uma camada de papel como material isolante, em vez do tradicional silício.
A notícia entrou imediatamente nas edições "on-line" de vários jornais portugueses, incluindo o Expresso, foi manchete na edição em papel de terça-feira do 'Público', levou Elvira Fortunato nesse mesmo dia ao jornal da noite na SIC, surgiu na edição "on-line" do 'Financial Times' e caiu que nem uma bomba nos meios científicos mundiais. De tal maneira que na quinta-feira à noite, uma pesquisa no Google com as palavras em inglês "paper transistor" (papel transístor) encontrava já mais de quatro milhões de sítios na Internet em todas as línguas - incluindo chinês e russo - a falarem do tema, a maioria deles referindo-se à descoberta da equipa liderada por Elvira Fortunato.
"Nesta semana não consegui simplesmente trabalhar, porque estava sempre a receber telefonemas e "mails" de parabéns, inclusive de pessoas que nem sequer conheço, e pedidos de entrevistas e de informações vindos de revistas e de sítios especializados, principalmente dos EUA", conta a investigadora. A esta agitação juntaram-se ainda contactos de empresas estrangeiras, incluindo a conhecida consultora norte-americana Frost & Sullivan, e convites para conferências fora do país.
Catarina, a filha única de 11 anos de Elvira, ficou contentíssima depois de a ver na SIC e fez-lhe de imediato duas perguntas: "Mãe, agora vais ser uma estrela? E vais ganhar muito dinheiro?". A cientista riu-se, mas, dois dias depois, na quinta-feira à tarde, a resposta às perguntas de Catarina chegava pelo correio: o European Research Council confirmava oficialmente a atribuição do 1º Prémio de 2,5 milhões de euros com a nota máxima da tabela classificativa (8), e incluía o nome de Elvira Fortunato no Top 5 mundial dos investigadores em electrónica transparente.
O prémio é pessoal e traduz-se num financiamento para os próximos cinco anos que a directora do Cenimat poderá utilizar na investigação como quiser, onde quiser e com a equipa que entender. Mas o que fará a cientista ao dinheiro?
"Este dinheiro é fundamental para o centro de investigação, porque vai permitir consolidar a actividade da minha equipa na electrónica transparente, uma área com potencialidades que hoje ninguém imagina". Assim, a maior parte dos 2,5 milhões será aplicada na compra de um microscópio electrónico para observações à nanoescala e fabrico de nanotransístores, e em despesas de pessoal.
Estas despesas incluem a contratação de mais um doutorado e um técnico, e o pagamento de metade do salário de Elvira Fortunato durante cinco anos, "o que significa que posso contratar um professor para dar as minhas aulas, de modo a dedicar-me inteiramente à investigação, sem qualquer prejuízo para a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova". Hoje trabalham com a cientista três alunos de mestrado, dez de doutoramento e seis doutorados estrangeiros oriundos da China, Índia e Sri Lanka.
UMA CARREIRA BRILHANTE
23 de Julho de 2008 - 1º Prémio do European Research Council na área da engenharia (€ 2,5 milhões)
21 de Julho de 2008 Divulgação mundial do fabrico de transístores com papel
26 de Maio de 2008 - Nova geração de mostradores desenvolvidos para a Samsung (telemóveis e outros suportes) é apresentada em Los Angeles Fevereiro de 2008 Contrato com a multinacional japonesa Fuji para o desenvolvimento de células solares de terceira geração
2007 - Nomeada directora do I3N (Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação)
2005 - Prémio de Excelência Científica da Fundação para a Ciência e Tecnologia
1998 - Nomeada directora do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova
Agora a burocracia ...
"Elvira Fortunato está a construir uma tecnologia da nova geração de ecrãs de electrónica transparentes.
Elvira Fortunato alerta que poderá perder-se meio milhão de euros já pago pela empresa coreana.
Uma patente internacional portuguesa para a Samsumg desenvolvida pela equipa da investigadora Elvira Fortunato está em risco de ser descontinuada por falta de pagamento. Em causa está o facto da investigadora não poder usar a verba entregue pela empresa coreana, o ano passado, para pagar as anuidades deste ano. Tudo porque a regra de equilíbrio orçamental imposta pelo Ministério das Finanças às universidade obriga a que os saldos de gerência das instituições de ensino superior tenham de manter-se de um ano para o outro. De acordo com esta regra, qualquer verba que tenha sido paga no ano anterior não poderá ser gasta este ano. O Cinemat, centro de investigação dirigido por Elvira Fortunato, corre assim o risco de perder meio milhão de euros, a verba já investida pela Samsumg neste projecto, para além de outras verbas de serviços a prestar à Fuji e LG, impossíveis de realizar por não se poderem utilizar verbas já pagas.
A investigadora tem tentado desbloquear o caso junto da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), mas até agora "não consegue ver nenhuma luz ao fundo do túnel". O que lhe é dito é que a situação só poderá ser resolvida pela Direcção-Geral do Orçamento. Elvira Fortunato apela, agora, ao Ministério das Finanças para que desbloqueie a situação .[CORTE_EDIMPRESSA]
Em causa está uma tecnologia da nova geração de ecrãs de electrónica transparentes que resultam da utilização dos transístores de óxido de zinco inventados por Elvira Fortunato. Esta tecnologia vai permitir, por exemplo, "ter uma televisão no pára-brisas do carro", descreve a investigadora.
Este é um caso de "burocracia e corte cego na investigação", denuncia, em declarações ao Económico, Elvira Fortunato. "Como é que agora vou conseguir explicar à empresa que me pagou a verba, que a patente está em risco porque o Ministério das Finanças não me deixa utilizar as verbas que me pagaram no ano passado?".
Elvira Fortunato tornou-se uma celebridade na comunidade científica mundial ao receber uma bolsa europeia (ERC) no valor de dois milhões de euros para desenvolver a sua invenção revolucionária de um transístor de papel. Com esta verba financiou a construção do primeiro laboratório de nanofabricação em Portugal na Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova de Lisboa. Na sequência desta investigação, já desenvolveu inúmeras patentes internacionais com diversas empresas, que correm agora o mesmo risco que esta.
Três outros investigadores da Nova, Mariana Gomes de Pinho, Rodrigo Rodrigues e Miguel Ferreira obtiveram, este ano, bolsas de investigação europeias no valor total superior a três milhões de euros."
p.s. Dra. Elvira, se o estado não desbloquear a sua situação faça um acordo com a Samsung, vá viver para a Coreia e mande f.... estes incompetentes
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
Invest Lisboa
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Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Portugal é o 15.º melhor país para uma mulher ser mãe
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Não percebo nada de moda, mas gosto dos Hush Puppies e da Rita Redshoes ...
Rita Redshoes Escreveu:Aviso à navegação feminina (e não só!): recebi um convite da marca Hush Puppies para desenhar uma linha de sapatos. E aceitei! Se vos apetecer arejar os pezinhos...
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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mais_um Escreveu:Viana do Castelo já exporta
------------------------------
O concelho de Viana do Castelo vai
tornar-se exportador de aerogeradores
através das fábricas da Enercon, que já
enviaram ontem três torres de betão
para a Irlanda, informou fonte municipal.
Durante esta semana serão enviadas
mais quinze pás de rotor para a
Alemanha. A Enercon tem um cluster
eólico em Viana do Castelo.
http://www.oje.pt/pdf
in http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Viana%20do%20Castelo&Concelho=Viana%20do%20Castelo&Option=Interior&content_id=1045826:
A empresa, acrescenta, "exige muito e paga pouco, ou seja, por um lado diz que não é um trabalho de indiferenciados mas os salários andam, na sua grande maioria, entre o salário mínimo e os 500 euros".
Não admira, se é para fazer torres de betão...
Ecotretas
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Viana do Castelo já exporta
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O concelho de Viana do Castelo vai
tornar-se exportador de aerogeradores
através das fábricas da Enercon, que já
enviaram ontem três torres de betão
para a Irlanda, informou fonte municipal.
Durante esta semana serão enviadas
mais quinze pás de rotor para a
Alemanha. A Enercon tem um cluster
eólico em Viana do Castelo.
http://www.oje.pt/pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
E um video de apresentação do país "feito em casa" mas muito, muito melhor que os "oficiais" feitos com muito mais meios:
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Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei:
Pois bem! se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
E para te ensinar a ser correcto já,
coloquei-te na mão a xícara de chá...
Afonso Lopes Vieira 1878-1946
"Europe lies, reclining upon her elbows:
From East to West she stretches, staring,
And romantic tresses fall over
Greek eyes, reminding.
The left elbow is stepped back;
The other laid out at an angle.
The first says Italy where it leans;
This one England where, set afar,
The hand holds the resting face.
Enigmatic and fateful she stares
Out West, to the future of the past.
The staring face is Portugal. "
Fernando Pessoa
<object width="640" height="518"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jPE6fRmCHwk&hl=en_GB&fs=1&rel=0&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/jPE6fRmCHwk&hl=en_GB&fs=1&rel=0&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="518"></embed></object>
Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei:
Pois bem! se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
E para te ensinar a ser correcto já,
coloquei-te na mão a xícara de chá...
Afonso Lopes Vieira 1878-1946
"Europe lies, reclining upon her elbows:
From East to West she stretches, staring,
And romantic tresses fall over
Greek eyes, reminding.
The left elbow is stepped back;
The other laid out at an angle.
The first says Italy where it leans;
This one England where, set afar,
The hand holds the resting face.
Enigmatic and fateful she stares
Out West, to the future of the past.
The staring face is Portugal. "
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As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Atomez Escreveu:Para variar, eis um caso de sucesso nacional em que a inovação e qualidade se impõem internacionalmente.
Clínica Malo
O seu fundador desenvolveu uma tecnologia inovadora de próteses de dentição que é muito mais rápida e mais barata que as existentes a nível mundial.
Tem mais de uma dúzia de patentes, mais de 400 empregados, clínicas em vários países e espera atingir 1 bilião de euros (ou mil milhões se preferirem) de facturação dentro de 1 ano ou 2.
Sempre há excepções que confirmam a regra...
Que é um exemplo, é verdade. Tem realmente um modelo de negócio e uma organização fantástica.
Quanto ao ser mais barato duvido. Mas a qualidade tem um preço.
"In this business if you're good, you're right six times out of ten. You're never going to be right nine times out of ten." by Peter Lynch
http://fundamentalmentebolsa.blogspot.com/
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Para variar, eis um caso de sucesso nacional em que a inovação e qualidade se impõem internacionalmente.
Clínica Malo
O seu fundador desenvolveu uma tecnologia inovadora de próteses de dentição que é muito mais rápida e mais barata que as existentes a nível mundial.
Tem mais de uma dúzia de patentes, mais de 400 empregados, clínicas em vários países e espera atingir 1 bilião de euros (ou mil milhões se preferirem) de facturação dentro de 1 ano ou 2.
Sempre há excepções que confirmam a regra...
Clínica Malo
O seu fundador desenvolveu uma tecnologia inovadora de próteses de dentição que é muito mais rápida e mais barata que as existentes a nível mundial.
Tem mais de uma dúzia de patentes, mais de 400 empregados, clínicas em vários países e espera atingir 1 bilião de euros (ou mil milhões se preferirem) de facturação dentro de 1 ano ou 2.
Sempre há excepções que confirmam a regra...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Falando de coisas tugas positivas, gostaria de realçar a capacidade que os portugueses têm quando é preciso fazer "as coisas bem feitas", como da EXPO 98, e os inventos desportivos que são cá feitos. Os nossos vizinhos Europeus não fariam melhor. Relativamente aos poucos incentivos que o Estado dá para outras modalidades desportivas, que na maioria continuam a ser modalidades amadoras, as coisas são mais complexas do que parece. Eu fui praticante de Taekwondo durante alguns anos e estive de certa forma ligado à Federação Portuguesa de Taekwondo, e posso adiantár-vos que segundo alguns contactos que tive com outros atletas Europeus, as coisas tambem não são faceis. Mas de uma forma geral, penso que temos melhorado ao longo dos anos. Existem algumas modalidades desportivas que pouco são comentadas pelos media, em que temos ganho prémios a nível internacional, como por exemplo kick boxing, onde temos títulos de campeões do mundo na classe feminina.
ááááá´toiro lindoooooo!!!!!!
Cientistas estrangeiros escolhem Portugal
in DN 24/08/2008
Atribuição de bolsas de doutoramento cresceu 77% entre 2005 e 2007
Muitos investigadores estrangeiros estão a escolher Portugal para trabalhar, aproveitando o investimento que o País está a fazer para recuperar do atraso nesta área. Mas são a curiosidade e as relações pessoais que fazem alguns pensar em ficar.
O italiano Andrea Zille veio para Portugal há sete anos. Considera que, "em relação à investigação, o país oferece mais condições que a Itália, com fundos mais bem direccionados", sendo "mais fácil entrar por mérito".
Zille, investigador do grupo de Microbiologia Celular e Aplicada do Instituto de Biologia Biomédica do Instituto de Biologia Molecular e Celular, no Porto, está casado com uma arquitecta portuguesa que conheceu em Veneza, e já fez o doutoramento na Universidade do Minho.
No entanto, reconhece que começar é complicado. "Os bolseiros que estão a começar agora vão encontrar os problemas de insegurança que eu encontrei quando cheguei: passam anos sem um trabalho fixo e sem descontos para a Segurança Social, porque desempenham uma função que não é reconhecida como um trabalho, embora de facto o seja".
O dinamarquês Soren Prag, no Instituto de Medicina Molecular desde o ano passado, destaca que, em Portugal, um investigador "tem de ter um bom desempenho ou, de outra forma, não consegue bolsas para financiar a pesquisa". Agora está "a ter uma relação com uma portuguesa e curioso para compreender melhor a sua cultura".
Há cerca de dois meses, o químico belga Fouzi Mouffouk, especialista em nanotecnologia, trocou Chicago, nos Estados Unidos, pelo Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve.
"Era difícil imaginar-me a sair de uma cidade grande como Chicago para uma pequena, mas a transição correu mesmo muito bem, para mim e para a minha família", diz.
A atribuição de bolsas de doutoramento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia cresceu 77 % (de 1172 para 2078) entre 2005 e 2007 e a atribuição de bolsas de pós-doutoramento aumentou 41%, de 737 para 898 no mesmo período.| LUSA
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in DN 24/08/2008
Atribuição de bolsas de doutoramento cresceu 77% entre 2005 e 2007
Muitos investigadores estrangeiros estão a escolher Portugal para trabalhar, aproveitando o investimento que o País está a fazer para recuperar do atraso nesta área. Mas são a curiosidade e as relações pessoais que fazem alguns pensar em ficar.
O italiano Andrea Zille veio para Portugal há sete anos. Considera que, "em relação à investigação, o país oferece mais condições que a Itália, com fundos mais bem direccionados", sendo "mais fácil entrar por mérito".
Zille, investigador do grupo de Microbiologia Celular e Aplicada do Instituto de Biologia Biomédica do Instituto de Biologia Molecular e Celular, no Porto, está casado com uma arquitecta portuguesa que conheceu em Veneza, e já fez o doutoramento na Universidade do Minho.
No entanto, reconhece que começar é complicado. "Os bolseiros que estão a começar agora vão encontrar os problemas de insegurança que eu encontrei quando cheguei: passam anos sem um trabalho fixo e sem descontos para a Segurança Social, porque desempenham uma função que não é reconhecida como um trabalho, embora de facto o seja".
O dinamarquês Soren Prag, no Instituto de Medicina Molecular desde o ano passado, destaca que, em Portugal, um investigador "tem de ter um bom desempenho ou, de outra forma, não consegue bolsas para financiar a pesquisa". Agora está "a ter uma relação com uma portuguesa e curioso para compreender melhor a sua cultura".
Há cerca de dois meses, o químico belga Fouzi Mouffouk, especialista em nanotecnologia, trocou Chicago, nos Estados Unidos, pelo Centro de Biomedicina Molecular e Estrutural da Universidade do Algarve.
"Era difícil imaginar-me a sair de uma cidade grande como Chicago para uma pequena, mas a transição correu mesmo muito bem, para mim e para a minha família", diz.
A atribuição de bolsas de doutoramento pela Fundação para a Ciência e Tecnologia cresceu 77 % (de 1172 para 2078) entre 2005 e 2007 e a atribuição de bolsas de pós-doutoramento aumentou 41%, de 737 para 898 no mesmo período.| LUSA
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LTCM Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:Explica lá melhor para nós percebermos porque é que a criação da empresa na hora é bom para a trafulhiche?
Para mim, é uma grande medida, sobretudo quando falamos de empreendores que estão a dar os primeiros passos e que se assustam com a morosidade de outrora.
Um abraço,
Ulisses
Julgo que ele se está a referir, se ouvi bem, à quantidade de facturas falsas que foram emitidas por pessoas, ao que parece sem qualquer capacidade empresarial, que criaram empresas na hora e se dedicaram a emitir facturas "de favor" e / ou falsas.
Nota: Também para mim é uma grande medida.
Não só...mas também.
Dando um de muitos exemplos: antes a criação de empresa, digo sociedade comercial, implicava a aferição da legalidade do objecto social pelo conservador... coisa que hoje não acontece, permitindo assim criar sociedades comerciais com objecto ilícito, cuja declaração de ilicitude e consequente nulidade apenas ocorrerá após denúncia e decisão administativa... até lá (i.é., durante 2 ou mais anos) a sociedade continua a actuar no comércio jurídico e a fazer dinheiro ilícito.
Outra: com a intervenção de conservador eram apreciados os estatutos e a sua legalidade (nomeadamente, ao nível dos direitos de voto e participação na assembleia geral). Actualmente, não pretendendo aproveitar-se dos estatutos pré-aprovados (o que não recomendo a ninguém pois são muito vazios e não contemplam as necessidades de cada estrutura social) a realização de novos estatutos est\ao dependentes do crivo de um funcionário administrativo que nem licenciado em Direito é. Daqui resulta o que todos nós sabemos... :S
O mesmo se irá passar com a realização de compra e venda de imóveis em câmaras de comércio ou advogados. A estes últimos é um negócio que interessa e acreditem, por experiência própria, que o SIMPLEX veio dar muita margem de manobra... com todos os aspectos positivos e negativos (trafulhices) que daí são gerados.
Pela minha parte agradeço, porque permitiu ultrapassar alguns obstáculos legais a negócios que tinha entre mãos... que ainda que venham a ser declarados nulos (o que é discutível), nunca o serão antes de decorridos vários anos. Se fosse outrora, provavelmente ainda estariam na mesa do conservador ou, em alternativa, já estariam indeferidos (o que seria discutível, mas seria claramente admitido - em alguns deles, apesar de ser contra os interesses que pretendia salvaguardar, e do ponto de vista jurídico, não poderia deixar de concordar com essa posição do conservador). Com a empresa na hora, foi um problema que ficou resolvido em menos de uma semana

Espero ter feito compreender o porquê do meu comentário. Sem dúvida que alargar as malhas e desburocratizar foi muito bom, mas também existe muito mais peixe podre que passa. E nestas coisas da segurança jurídica (que é algo que não aumenta o PIB, nem o valor das acções...) só sentimos a sua falta quando estamos no lugar de prejudicados...
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Ulisses Pereira Escreveu:Explica lá melhor para nós percebermos porque é que a criação da empresa na hora é bom para a trafulhiche?
Para mim, é uma grande medida, sobretudo quando falamos de empreendores que estão a dar os primeiros passos e que se assustam com a morosidade de outrora.
Um abraço,
Ulisses
Julgo que ele se está a referir, se ouvi bem, à quantidade de facturas falsas que foram emitidas por pessoas, ao que parece sem qualquer capacidade empresarial, que criaram empresas na hora e se dedicaram a emitir facturas "de favor" e / ou falsas.
Nota: Também para mim é uma grande medida.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Be Cool Escreveu:Banco Mundial aplaude Empresa na Hora
Um estudo do banco Mundial sobre as reformas efectuadas em todo o mundo apontou a medida Empresa na Hora,lançada em 2005, que permitiu reduzir o número de procedimentos e o tempo de espera para iniciar um negócio, como um caso de sucesso.
Diario Económico Online com Lusa
No estudo 'Celebrating Reform 2008', citado pela Lusa, o Banco Mundial escreve que "o seu sucesso [da Empresa na Hora] inspirou outros países", tendo Angola e Cabo Verde pedido apoio legal e técnico, com base no modelo português.
Países tão diferentes como a Eslovénia, Hungria, Egipto, Moçambique, Chile, Brasil, Finlândia, Suécia ou China - indica o mesmo documento - visitaram o serviço Empresa na Hora para conhecer a forma como Portugal facilitou o processo de iniciar uma empresa.
O estudo do Banco Mundial refere que Portugal é agora um dos países onde é mais fácil iniciar um negócio ou começar uma empresa, sendo necessários somente sete procedimentos, sete dias e 600 euros.Em 2005, era necessário que os empresários passassem por 11 procedimentos e esperassem 78 dias, com um custo de dois mil euros, acrescenta.
O objectivo da criação das lojas Empresa na Hora era simplificar o início de actividade aos empresários, tornando possível registar uma empresa em uma hora, conseguindo resolver todos os procedimentos necessários no mesmo local.
Actualmente, as lojas Empresa na Hora já estão em 93 locais em todo o país, segundo o estudo.
A iniciativa do governo português inseriu-se nas reformas da Administração Pública visando reduzir a burocracia, modernizar e simplificar os serviços públicos que, em 2006, se alargaram, formando um conjunto de medidas, o Simplex.
Os Balcões Únicos não se restringem à criação de empresas e dados divulgados pelo Ministério da Justiça em meados de Julho revelam que mais 227 vão ser criados nas Conservatórias até ao final de 2008, aumentando o número total para 658.
"Os Balcões Únicos estão claramente identificados dentro das Conservatórias, têm uma imagem própria, um só preço, uma só prestação de serviço e são efectuados num único local. É o caso da Empresa na Hora, da Associação na Hora, do Documento Único Automóvel, do Balcão das Heranças, do Balcão Divórcio com Partilha, da Casa Pronta, da Sucursal na Hora ou do Nascer Cidadão", refere o Ministério.
LOL, muito bom para a trafulhice...
Eu por mim agradeço

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Banco Mundial aplaude Empresa na Hora
Um estudo do banco Mundial sobre as reformas efectuadas em todo o mundo apontou a medida Empresa na Hora,lançada em 2005, que permitiu reduzir o número de procedimentos e o tempo de espera para iniciar um negócio, como um caso de sucesso.
Diario Económico Online com Lusa
No estudo 'Celebrating Reform 2008', citado pela Lusa, o Banco Mundial escreve que "o seu sucesso [da Empresa na Hora] inspirou outros países", tendo Angola e Cabo Verde pedido apoio legal e técnico, com base no modelo português.
Países tão diferentes como a Eslovénia, Hungria, Egipto, Moçambique, Chile, Brasil, Finlândia, Suécia ou China - indica o mesmo documento - visitaram o serviço Empresa na Hora para conhecer a forma como Portugal facilitou o processo de iniciar uma empresa.
O estudo do Banco Mundial refere que Portugal é agora um dos países onde é mais fácil iniciar um negócio ou começar uma empresa, sendo necessários somente sete procedimentos, sete dias e 600 euros.Em 2005, era necessário que os empresários passassem por 11 procedimentos e esperassem 78 dias, com um custo de dois mil euros, acrescenta.
O objectivo da criação das lojas Empresa na Hora era simplificar o início de actividade aos empresários, tornando possível registar uma empresa em uma hora, conseguindo resolver todos os procedimentos necessários no mesmo local.
Actualmente, as lojas Empresa na Hora já estão em 93 locais em todo o país, segundo o estudo.
A iniciativa do governo português inseriu-se nas reformas da Administração Pública visando reduzir a burocracia, modernizar e simplificar os serviços públicos que, em 2006, se alargaram, formando um conjunto de medidas, o Simplex.
Os Balcões Únicos não se restringem à criação de empresas e dados divulgados pelo Ministério da Justiça em meados de Julho revelam que mais 227 vão ser criados nas Conservatórias até ao final de 2008, aumentando o número total para 658.
"Os Balcões Únicos estão claramente identificados dentro das Conservatórias, têm uma imagem própria, um só preço, uma só prestação de serviço e são efectuados num único local. É o caso da Empresa na Hora, da Associação na Hora, do Documento Único Automóvel, do Balcão das Heranças, do Balcão Divórcio com Partilha, da Casa Pronta, da Sucursal na Hora ou do Nascer Cidadão", refere o Ministério.
Um estudo do banco Mundial sobre as reformas efectuadas em todo o mundo apontou a medida Empresa na Hora,lançada em 2005, que permitiu reduzir o número de procedimentos e o tempo de espera para iniciar um negócio, como um caso de sucesso.
Diario Económico Online com Lusa
No estudo 'Celebrating Reform 2008', citado pela Lusa, o Banco Mundial escreve que "o seu sucesso [da Empresa na Hora] inspirou outros países", tendo Angola e Cabo Verde pedido apoio legal e técnico, com base no modelo português.
Países tão diferentes como a Eslovénia, Hungria, Egipto, Moçambique, Chile, Brasil, Finlândia, Suécia ou China - indica o mesmo documento - visitaram o serviço Empresa na Hora para conhecer a forma como Portugal facilitou o processo de iniciar uma empresa.
O estudo do Banco Mundial refere que Portugal é agora um dos países onde é mais fácil iniciar um negócio ou começar uma empresa, sendo necessários somente sete procedimentos, sete dias e 600 euros.Em 2005, era necessário que os empresários passassem por 11 procedimentos e esperassem 78 dias, com um custo de dois mil euros, acrescenta.
O objectivo da criação das lojas Empresa na Hora era simplificar o início de actividade aos empresários, tornando possível registar uma empresa em uma hora, conseguindo resolver todos os procedimentos necessários no mesmo local.
Actualmente, as lojas Empresa na Hora já estão em 93 locais em todo o país, segundo o estudo.
A iniciativa do governo português inseriu-se nas reformas da Administração Pública visando reduzir a burocracia, modernizar e simplificar os serviços públicos que, em 2006, se alargaram, formando um conjunto de medidas, o Simplex.
Os Balcões Únicos não se restringem à criação de empresas e dados divulgados pelo Ministério da Justiça em meados de Julho revelam que mais 227 vão ser criados nas Conservatórias até ao final de 2008, aumentando o número total para 658.
"Os Balcões Únicos estão claramente identificados dentro das Conservatórias, têm uma imagem própria, um só preço, uma só prestação de serviço e são efectuados num único local. É o caso da Empresa na Hora, da Associação na Hora, do Documento Único Automóvel, do Balcão das Heranças, do Balcão Divórcio com Partilha, da Casa Pronta, da Sucursal na Hora ou do Nascer Cidadão", refere o Ministério.
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A prova de que a competência e a perseverança dos cientistas portugueses, a qualidade da investigação e até as condições para o exercício da mesma já não nos envergonham perante os nossos pares. Fantástico!
European Research Council
A cientista que ganhou 2,5 milhões de euros
Elvira Fortunato, da Universidade Nova, conquista o maior prémio de sempre dado a um investigador português. ´
Virgílio Azevedo in EXPRESSO
17:00 | Sábado, 26 de Jul de 2008
Foi uma semana verdadeiramente louca para a carreira de Elvira Fortunato. Antes ela já soubera por via não oficial que fora contemplada com o primeiro prémio na área da Engenharia do European Research Council (ERC), organização que pela primeira vez atribui em 2008 aqueles que são considerados uma espécie de Prémios Nobel europeus.
O nome do projecto vencedor em inglês é 'Invisible' (Invisível) e propõe-se fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, uma ideia arrojada e inovadora a nível mundial. Mas faltava a carta do ERC com a confirmação oficial.
Só que outros acontecimentos se meteram pelo meio. Na segunda-feira, na véspera de fazer 44 anos, a cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) recebeu uma prenda antecipada fantástica: a reitoria da UNL enviou para os "media" nacionais e estrangeiros um comunicado onde anunciava que a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), dirigida por Elvira, tinha produzido pela primeira vez no mundo transístores com uma camada de papel como material isolante, em vez do tradicional silício.
A notícia entrou imediatamente nas edições "on-line" de vários jornais portugueses, incluindo o Expresso, foi manchete na edição em papel de terça-feira do 'Público', levou Elvira Fortunato nesse mesmo dia ao jornal da noite na SIC, surgiu na edição "on-line" do 'Financial Times' e caiu que nem uma bomba nos meios científicos mundiais. De tal maneira que na quinta-feira à noite, uma pesquisa no Google com as palavras em inglês "paper transistor" (papel transístor) encontrava já mais de quatro milhões de sítios na Internet em todas as línguas - incluindo chinês e russo - a falarem do tema, a maioria deles referindo-se à descoberta da equipa liderada por Elvira Fortunato.
"Nesta semana não consegui simplesmente trabalhar, porque estava sempre a receber telefonemas e "mails" de parabéns, inclusive de pessoas que nem sequer conheço, e pedidos de entrevistas e de informações vindos de revistas e de sítios especializados, principalmente dos EUA", conta a investigadora. A esta agitação juntaram-se ainda contactos de empresas estrangeiras, incluindo a conhecida consultora norte-americana Frost & Sullivan, e convites para conferências fora do país.
Catarina, a filha única de 11 anos de Elvira, ficou contentíssima depois de a ver na SIC e fez-lhe de imediato duas perguntas: "Mãe, agora vais ser uma estrela? E vais ganhar muito dinheiro?". A cientista riu-se, mas, dois dias depois, na quinta-feira à tarde, a resposta às perguntas de Catarina chegava pelo correio: o European Research Council confirmava oficialmente a atribuição do 1º Prémio de 2,5 milhões de euros com a nota máxima da tabela classificativa (8), e incluía o nome de Elvira Fortunato no Top 5 mundial dos investigadores em electrónica transparente.
O prémio é pessoal e traduz-se num financiamento para os próximos cinco anos que a directora do Cenimat poderá utilizar na investigação como quiser, onde quiser e com a equipa que entender. Mas o que fará a cientista ao dinheiro?
"Este dinheiro é fundamental para o centro de investigação, porque vai permitir consolidar a actividade da minha equipa na electrónica transparente, uma área com potencialidades que hoje ninguém imagina". Assim, a maior parte dos 2,5 milhões será aplicada na compra de um microscópio electrónico para observações à nanoescala e fabrico de nanotransístores, e em despesas de pessoal.
Estas despesas incluem a contratação de mais um doutorado e um técnico, e o pagamento de metade do salário de Elvira Fortunato durante cinco anos, "o que significa que posso contratar um professor para dar as minhas aulas, de modo a dedicar-me inteiramente à investigação, sem qualquer prejuízo para a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova". Hoje trabalham com a cientista três alunos de mestrado, dez de doutoramento e seis doutorados estrangeiros oriundos da China, Índia e Sri Lanka.
UMA CARREIRA BRILHANTE
23 de Julho de 2008 - 1º Prémio do European Research Council na área da engenharia (€ 2,5 milhões)
21 de Julho de 2008 Divulgação mundial do fabrico de transístores com papel
26 de Maio de 2008 - Nova geração de mostradores desenvolvidos para a Samsung (telemóveis e outros suportes) é apresentada em Los Angeles Fevereiro de 2008 Contrato com a multinacional japonesa Fuji para o desenvolvimento de células solares de terceira geração
2007 - Nomeada directora do I3N (Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação)
2005 - Prémio de Excelência Científica da Fundação para a Ciência e Tecnologia
1998 - Nomeada directora do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova
A prova de que a competência e a perseverança dos cientistas portugueses, a qualidade da investigação e até as condições para o exercício da mesma já não nos envergonham perante os nossos pares. Fantástico!
European Research Council
A cientista que ganhou 2,5 milhões de euros
Elvira Fortunato, da Universidade Nova, conquista o maior prémio de sempre dado a um investigador português. ´
Virgílio Azevedo in EXPRESSO
17:00 | Sábado, 26 de Jul de 2008
Foi uma semana verdadeiramente louca para a carreira de Elvira Fortunato. Antes ela já soubera por via não oficial que fora contemplada com o primeiro prémio na área da Engenharia do European Research Council (ERC), organização que pela primeira vez atribui em 2008 aqueles que são considerados uma espécie de Prémios Nobel europeus.
O nome do projecto vencedor em inglês é 'Invisible' (Invisível) e propõe-se fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, uma ideia arrojada e inovadora a nível mundial. Mas faltava a carta do ERC com a confirmação oficial.
Só que outros acontecimentos se meteram pelo meio. Na segunda-feira, na véspera de fazer 44 anos, a cientista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (UNL) recebeu uma prenda antecipada fantástica: a reitoria da UNL enviou para os "media" nacionais e estrangeiros um comunicado onde anunciava que a equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), dirigida por Elvira, tinha produzido pela primeira vez no mundo transístores com uma camada de papel como material isolante, em vez do tradicional silício.
A notícia entrou imediatamente nas edições "on-line" de vários jornais portugueses, incluindo o Expresso, foi manchete na edição em papel de terça-feira do 'Público', levou Elvira Fortunato nesse mesmo dia ao jornal da noite na SIC, surgiu na edição "on-line" do 'Financial Times' e caiu que nem uma bomba nos meios científicos mundiais. De tal maneira que na quinta-feira à noite, uma pesquisa no Google com as palavras em inglês "paper transistor" (papel transístor) encontrava já mais de quatro milhões de sítios na Internet em todas as línguas - incluindo chinês e russo - a falarem do tema, a maioria deles referindo-se à descoberta da equipa liderada por Elvira Fortunato.
"Nesta semana não consegui simplesmente trabalhar, porque estava sempre a receber telefonemas e "mails" de parabéns, inclusive de pessoas que nem sequer conheço, e pedidos de entrevistas e de informações vindos de revistas e de sítios especializados, principalmente dos EUA", conta a investigadora. A esta agitação juntaram-se ainda contactos de empresas estrangeiras, incluindo a conhecida consultora norte-americana Frost & Sullivan, e convites para conferências fora do país.
Catarina, a filha única de 11 anos de Elvira, ficou contentíssima depois de a ver na SIC e fez-lhe de imediato duas perguntas: "Mãe, agora vais ser uma estrela? E vais ganhar muito dinheiro?". A cientista riu-se, mas, dois dias depois, na quinta-feira à tarde, a resposta às perguntas de Catarina chegava pelo correio: o European Research Council confirmava oficialmente a atribuição do 1º Prémio de 2,5 milhões de euros com a nota máxima da tabela classificativa (8), e incluía o nome de Elvira Fortunato no Top 5 mundial dos investigadores em electrónica transparente.
O prémio é pessoal e traduz-se num financiamento para os próximos cinco anos que a directora do Cenimat poderá utilizar na investigação como quiser, onde quiser e com a equipa que entender. Mas o que fará a cientista ao dinheiro?
"Este dinheiro é fundamental para o centro de investigação, porque vai permitir consolidar a actividade da minha equipa na electrónica transparente, uma área com potencialidades que hoje ninguém imagina". Assim, a maior parte dos 2,5 milhões será aplicada na compra de um microscópio electrónico para observações à nanoescala e fabrico de nanotransístores, e em despesas de pessoal.
Estas despesas incluem a contratação de mais um doutorado e um técnico, e o pagamento de metade do salário de Elvira Fortunato durante cinco anos, "o que significa que posso contratar um professor para dar as minhas aulas, de modo a dedicar-me inteiramente à investigação, sem qualquer prejuízo para a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova". Hoje trabalham com a cientista três alunos de mestrado, dez de doutoramento e seis doutorados estrangeiros oriundos da China, Índia e Sri Lanka.
UMA CARREIRA BRILHANTE
23 de Julho de 2008 - 1º Prémio do European Research Council na área da engenharia (€ 2,5 milhões)
21 de Julho de 2008 Divulgação mundial do fabrico de transístores com papel
26 de Maio de 2008 - Nova geração de mostradores desenvolvidos para a Samsung (telemóveis e outros suportes) é apresentada em Los Angeles Fevereiro de 2008 Contrato com a multinacional japonesa Fuji para o desenvolvimento de células solares de terceira geração
2007 - Nomeada directora do I3N (Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação)
2005 - Prémio de Excelência Científica da Fundação para a Ciência e Tecnologia
1998 - Nomeada directora do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat) da Universidade Nova
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Segurança Rodoviária
Número de mortos nas estradas desceu para metade entre 2000 e 2006
06.07.2008 - 08h43 Lusa
O número de mortos nas estradas portuguesas diminuiu para metade entre 2000 e 2006, tendência que se registou nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Os bons resultados obtidos por Portugal entre 2000 e 2006 contribuíram para que fosse distinguido em Bruxelas pelo European Transport Safety Council - Conselho Europeu de Segurança Rodoviária.
Em declarações à Lusa, o presidente da ANSR, Paulo Marques, referiu que "a partir de 2000 a curva de sinistralidade registou uma tendência decrescente e em 2006 Portugal ficou apenas a seis por cento daquilo que é a média da União Europeia em 25 Estados-membros".
Segundo o responsável, Portugal "tem sido o país que mais tem vindo sucessivamente a diminuir a sinistralidade".
Desde 1975 e até 2000, Portugal obtinha os piores indicadores de sinistralidade rodoviária ao nível da União Europeia, tendo ficado marcado o ano de 1991, quando se registaram 48.953 acidentes e causaram 2.475 mortos e 12.548 feridos graves.
A tendência inverteu-se entre 2000 e 2006 - período em que se reduziu em 30 por cento os acidentes nas estradas – com uma diminuição para metade do número de mortos e de feridos graves.
Neste período a maior redução no número de mortos verificou-se nos acidentes fora das localidades e nos atropelamentos, que baixaram para mais de metade.
De acordo com os dados da ANSR, em 2000 ocorreram 44.159 acidentes com vítimas, de que resultaram 1.629 mortos e 6.918 feridos graves.
Dos 1.629 mortos, 634 verificaram-se em acidentes dentro das localidades, 275 fora das povoações, 337 em peões e 383 em desastres com veículos de duas rodas.
Por sua vez, em 2006 registaram-se 35.680 acidentes que causaram 850 mortos, dos quais 115 foram acidentes fora das localidades, 393 no interior das povoações, 137 com peões e 205 em desastres com veículos de duas rodas, e 3.483 feridos graves.
Tendência manteve-se nos primeiros seis meses deste ano
A tendência de redução também é notória nos primeiros seis meses deste ano.
Segundo o Ministério da Administração Interna, entre 1 de Janeiro e 21 de Junho morreram 327 pessoas nas estradas portuguesas, menos 43 do que em igual período de 2007.
O número de feridos graves também diminuiu no mesmo período, durante o qual se registaram um total de 1.078, menos 315 do que em período homólogo do ano passado.
O presidente da ANSR destacou a melhoria da rede viária, a introdução de medidas de acalmia de tráfego urbano, as inspecções periódicas, o aumento das coimas, a obrigatoriedade dos condutores dos veículos pesados usarem cintos de segurança como algumas das medidas que ajudaram na redução do número de acidentes e de mortos nas estradas.
Paulo Marques enumerou ainda as alterações do código da estrada em 2005, a obrigatoriedade do pagamento das coimas no local e o aumento da fiscalização por parte das forças de segurança como outros factores.
Portugal tem como ambição diminuir para 579 o número de mortos nas estradas até 2015, equivalente a uma redução de 31,9 por cento face a 2006.
Entram hoje em vigor as alterações ao Código da Estrada, que prevêem a cassação da carta de condução, mediante a autorização do presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, quando forem praticadas tês contra-ordenações muito graves ou cinco contra-ordenações entre graves e muito graves.
Nestes casos, a carta de condução só voltará a ser concedida dois anos após a cassação.
Paulo Marques disse que as alterações ao Código da Estrada vão facilitar o processamento das contra-ordenações e permitem uma clarificação da cassação da carta de condução.
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Segurança Rodoviária
Número de mortos nas estradas desceu para metade entre 2000 e 2006
06.07.2008 - 08h43 Lusa
O número de mortos nas estradas portuguesas diminuiu para metade entre 2000 e 2006, tendência que se registou nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Os bons resultados obtidos por Portugal entre 2000 e 2006 contribuíram para que fosse distinguido em Bruxelas pelo European Transport Safety Council - Conselho Europeu de Segurança Rodoviária.
Em declarações à Lusa, o presidente da ANSR, Paulo Marques, referiu que "a partir de 2000 a curva de sinistralidade registou uma tendência decrescente e em 2006 Portugal ficou apenas a seis por cento daquilo que é a média da União Europeia em 25 Estados-membros".
Segundo o responsável, Portugal "tem sido o país que mais tem vindo sucessivamente a diminuir a sinistralidade".
Desde 1975 e até 2000, Portugal obtinha os piores indicadores de sinistralidade rodoviária ao nível da União Europeia, tendo ficado marcado o ano de 1991, quando se registaram 48.953 acidentes e causaram 2.475 mortos e 12.548 feridos graves.
A tendência inverteu-se entre 2000 e 2006 - período em que se reduziu em 30 por cento os acidentes nas estradas – com uma diminuição para metade do número de mortos e de feridos graves.
Neste período a maior redução no número de mortos verificou-se nos acidentes fora das localidades e nos atropelamentos, que baixaram para mais de metade.
De acordo com os dados da ANSR, em 2000 ocorreram 44.159 acidentes com vítimas, de que resultaram 1.629 mortos e 6.918 feridos graves.
Dos 1.629 mortos, 634 verificaram-se em acidentes dentro das localidades, 275 fora das povoações, 337 em peões e 383 em desastres com veículos de duas rodas.
Por sua vez, em 2006 registaram-se 35.680 acidentes que causaram 850 mortos, dos quais 115 foram acidentes fora das localidades, 393 no interior das povoações, 137 com peões e 205 em desastres com veículos de duas rodas, e 3.483 feridos graves.
Tendência manteve-se nos primeiros seis meses deste ano
A tendência de redução também é notória nos primeiros seis meses deste ano.
Segundo o Ministério da Administração Interna, entre 1 de Janeiro e 21 de Junho morreram 327 pessoas nas estradas portuguesas, menos 43 do que em igual período de 2007.
O número de feridos graves também diminuiu no mesmo período, durante o qual se registaram um total de 1.078, menos 315 do que em período homólogo do ano passado.
O presidente da ANSR destacou a melhoria da rede viária, a introdução de medidas de acalmia de tráfego urbano, as inspecções periódicas, o aumento das coimas, a obrigatoriedade dos condutores dos veículos pesados usarem cintos de segurança como algumas das medidas que ajudaram na redução do número de acidentes e de mortos nas estradas.
Paulo Marques enumerou ainda as alterações do código da estrada em 2005, a obrigatoriedade do pagamento das coimas no local e o aumento da fiscalização por parte das forças de segurança como outros factores.
Portugal tem como ambição diminuir para 579 o número de mortos nas estradas até 2015, equivalente a uma redução de 31,9 por cento face a 2006.
Entram hoje em vigor as alterações ao Código da Estrada, que prevêem a cassação da carta de condução, mediante a autorização do presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, quando forem praticadas tês contra-ordenações muito graves ou cinco contra-ordenações entre graves e muito graves.
Nestes casos, a carta de condução só voltará a ser concedida dois anos após a cassação.
Paulo Marques disse que as alterações ao Código da Estrada vão facilitar o processamento das contra-ordenações e permitem uma clarificação da cassação da carta de condução.
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Portugueses envolvidos na descoberta de semicondutor inovador
Uma equipa internacional de físicos, que integra investigadores portugueses das universidades do Porto e do Minho, anunciou a descoberta de um semicondutor com características inovadoras, que abre novas possibilidades de aplicação na área da electrónica.
«Até agora, para variar a gama de energia era preciso actuar na estrutura química do semicondutor, basicamente construindo um novo, mas este novo semicondutor permite fazer essa variação mudando apenas a tensão eléctrica, rodando um botão no laboratório», afirmou hoje João Lopes dos Santos, da Universidade do Porto, em declarações à Lusa.
Este investigador do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto integra a equipa de teóricos que colaborou na modelização do novo semicondutor.
A equipa inclui também Eduardo Castro, do mesmo departamento, e Nuno Peres, da Universidade do Minho, considerado um dos teóricos mais destacados a nível mundial na área do grafeno, um material descoberto há cerca de três anos que é utilizado no novo semicondutor.
«Na modelização da interpretação dos dados dos resultados experimentais deste novo material foram utilizados os nossos modelos teóricos«, salientou João Lopes dos Santos.
O investigador salientou a importância da descoberta agora anunciada, recordando que »toda a indústria electrónica é baseada em semicondutores«.
«Esta descoberta abre novas possibilidades de aplicação, mas tudo ainda depende do que se conseguir fazer em termos práticos, porque, neste momento, apenas existem demonstrações de laboratório», acrescentou.
João Lopes dos Santos assinalou ainda o facto de se estar perante «um campo de pesquisa baseado num material novo (grafeno)».
O docente frisou que o investigador português Nuno Peres «é um dos mais destacados especialistas mundiais» neste material.
O novo semicondutor foi concebido a partir da sobreposição de duas camadas de grafeno, material que se admite que possa vir a substituir o silício na composição dos semicondutores aplicados em dispositivos electrónicos.
Este inovador semicondutor foi preparado no Laboratório de André Geim, na Universidade de Manchester, Inglaterra, onde também tinha sido descoberto o grafeno, em 2004.
Diário Digital / Lusa
12-12-2007 16:16:00
Engenho português à conquista de Dacar
A leveza e o sistema de refrigeração são apontados como trunfos
Pedro Oliveira fez em 2007 a sua estreia no Rali Lisboa-Dakar, estava bem classificado, em 21.º da geral, quando o motor da sua moto "partiu" por sobreaquecimento. O piloto português ficou nas dunas da Mauritânia, a sete quilómetros do final da etapa, mas não se resignou à sua sorte e decidiu abordar o sucedido através de uma perspectiva empreendedora.
Foi assim que resolveu criar a Dakar Teck Adventure Team e em Março deste ano apresentou o projecto de uma moto, a ser desenvolvida em Portugal, ao Centro de Tecnologia Mecânica da Universidade de Aveiro. "Tive de me alicerçar numa instituição que dominasse áreas de estudo que eu não conhecia: desde a utilização dos materiais, à resistência e fiabilidade. Fiquei desde logo satisfeito, porque o projecto foi recebido de braços abertos", sublinha o piloto.
Após meses passados na investigação e na concepção dos diversos elementos deste modelo, nasceu a primeira moto "portuguesa" a participar no Lisboa-Dakar. Desde então e até à hora da partida para o mais duro rali do mundo, a 5 de Janeiro, alguns pormenores ainda serão melhorados.
Com o fito de reduzir ao máximo os imprevistos durante a prova, o mecânico, Luís Torres, e o director de equipa, Elísio Paulo, ajudam a delinear toda a estratégia, a partir do "quartel-general" da Dakar Teck, em Sandim, Vila Nova de Gaia.
Por sua vez, Pedro Oliveira garante que esta é uma moto bem mais fiável do que a que pilotou este ano.
O piloto português de 33 anos partiu de uma base, quadro e motor de 450 cc, de uma Yamaha WR, e acompanhou a concepção de tudo o resto. Todos os componentes em carbono foram produzidos pela empresa MR AutoSport, ao passo que as peças em alumínio ficaram a cargo dos engenheiros da Universidade de Aveiro.
Moto ágil e "intuitiva"
A opção pouco vulgar de escolher a fibra de carbono como material primordial prendeu-se com a leveza do conjunto final: apenas 150 quilos. O resultado é um modelo ágil, "uma moto 'intuitiva', fácil de conduzir, devido também à sua estreiteza e centro de gravidade muito baixo."
Se o grande problema na edição passada foi o sobreaquecimento do motor, tudo isso foi levado em conta nesta versão nacional, com o desenvolvimento de um novo sistema de refrigeração: design mais estreito, que permite a melhor entrada do ar para arrefecer o óleo do motor, e ventoinhas com radiadores especiais para a água. "No Rali Dakar vamos a 130 ou 140 quilómetros por hora e qualquer reacção tem de ser instantânea, já que o caminho é cheio de pedras e valas. Esta moto tem mostrado uma resposta incrível nesse aspecto, já que preferimos a segurança à velocidade de ponta", ressalva Pedro Oliveira.
Os testes têm revelado precisamente um modelo bem mais capaz para superar as adversidades que as restantes motos da sua série. Razão pela qual, Pedro Oliveira se sente realizado pela opção que fez e já só pensa na hora da partida, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, para demonstrar o verdadeiro valor do seu en- genho. No entanto, só quando passar nas margens do Lago Rosa, com Dacar à vista, é que piloto e equipa poderão classificar esta missão "como um sucesso."
Equipamento português integra missão Atlantis
Um equipamento totalmente produzido em portugal vai integrar a missão que começa esta quinta-feira com o lançamento da nave espacial Atlantis. A sonda EuTEMP, produzida pela Efacec, vai medir temperaturas que serão depois enviadas e analisadas na Terra.
( 10:32 / 06 de Dezembro 07 )
Um equipamento totalmente concebido em Portugal com o objectivo de medir a temperatura em «fases críticas de instalação desse na Estação Orbital Europeia» vai integrar a missão que começa esta quinta-feira com a partida da nave espacial Atlantis.
Ouvido pela TSF, o administrador-executivo do grupo Efacec explicou que este equipamento «vai ser transportado na Space Shuttle para a Estação Orbital e depois vai ser instalado na parte exterior da Estação Orbital».
Alberto Barbosa adiantou ainda que será durante a «fase crítica» da passagem deste equipamento de dentro para fora da estação orbital que este equipamento, denominado de EuTEMP, começará a fazer as suas medições.
Nesse momento, acrescentou este administrador, irão ocorrer «variações bruscas de temperatura», sendo que este equipamento construído pela Efacec não estará alimentado.
«A sonda EuTEMP, que desenvolvemos, irá fazer uma medida e um registo de temperaturas e várias grandezas físicas para depois serem analisadas em tempo deferido aqui na Terra», explicou.
Em declarações à agência Lusa, Alberto Barbosa assinalou ainda o facto de ser a «primeira vez que um voo espacial integra tecnologia portuguesa de raiz».
«É a primeira vez que vai ser instalado um módulo, em que todo o processo, desde a concepção até ao desenvolvimento, passando pelo projecto, hardware e software, electrónica e mecânica, foi totalmente produzido em Portugal pelos engenheiros da Efacec», adiantou.
O EuTEMP, que foi concebido durante mais de dois anos, é uma unidade de medida e aquisição de temperatura de pequenas dimensões, autónoma e alimentada por baterias e que foi construído de modo a resistir às temperaturas do ambiente espacial pelo menos durante vários dias após o seu lançamento.
Esta sonda transmitirá os seus dados para a Terra, através do novo laboratório espacial Columbus, tendo o EuTEMP sido construído para se manter três anos no espaço, podendo funcionar de forma isolada durante 30 adias.
A Efacec tem ainda em curso outros projectos do género, como o CTTB, que tem o objectivo de testar o comportamento de diferentes tecnologias electrónicas quando sujeito a determinados ambientes do espaço.
Pedro Lamy conquista campeonato Le Mans Series
Publico Escreveu: Automobilismo: Pedro Lamy conquista campeonato Le Mans Series
11.11.2007 - 14h20 Lusa
O português Pedro Lamy e o francês Stéphane Sarrazin (Peugeot 908) conquistaram ontem o título do campeonato de automobilismo Le Mans Series, ao concluírem as mil milhas do Brasil na segunda posição.
Lamy, que já tinha sido o primeiro português a pontuar na Fórmula 1 e obtido, este ano, o segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans (o melhor registo de um piloto luso na mítica prova de resistência) juntou agora a estes feitos o título no campeonato Le Mans Series.
Com uma "dobradinha" no circuito de Interlagos – a vitória na corrida foi para o carro pilotado pelo francês Nicolas Minassian e pelo espanhol Marc Gené –, a Peugeot concluiu da melhor maneira uma temporada que dominou por completo, assegurando seis vitórias em outras tantas corridas, triunfos repartidos em partes iguais pelos seus carros da equipa.
A única falha da temporada da Peugeot acabou por se verificar na mítica 24 horas de Le Mans, com o Peugeot que integrava Pedro Lamy a ficar em segundo, atrás de um Audi R10 TDI.
Para assegurar o título, bastava a Lamy e Sarrazin terminarem no segundo posto, independentemente da posição que ocupasse a equipa francesa Jean-Christophe Boullion e Emmanuel Collard, os seus principais rivais na luta pelo campeonato.
Depois de garantida na sexta-feira a "pole position" para a prova, a Team Peugeot Total tinha tudo para poder gerir a corrida, mas acabou por apanhar um grande susto logo no início, quando um pequeno problema na volta de aquecimento a obrigou a partir da última posição da "grelha" de partida.
Depois de rectificada a anomalia, o piloto português iniciou uma recuperação assinalável, completada pelo seu companheiro de equipa.
Depois de ter ascendido à segunda posição, ainda antes da metade da corrida, a dupla luso-francesa optou por gerir o andamento, até porque Boullion e Collard estavam para trás e muito dificilmente os poderiam incomodar.
A precisar de ficar à frente do Peugeot de Lamy, o Pescarolo-Judd de Collard e Boullion também teve um início de corrida complicado, tendo um triângulo da suspensão defeituoso atrasado bastante esta equipa, que acabou no quarto lugar, a distantes 20 voltas dos vencedores e a oito de Lamy.
Muitos Parabêns




SE NÃO FOSSE PARA GANHAR...
[/quote]Notícias
Le Mans Series: Campeonato termina em Interlagos
Lamy pode ser Campeão
O campeonato Le Mans Series terminará no próximo sábado, com a realização dos 1000 Quilómetros de Interlagos, a sua derradeira prova. Pedro Lamy, no Brasil desde ontem «porque tudo começa já na quarta-feira, com os primeiros treinos», está em vantagem na frente do “ranking” de pilotos, com dois pontos de avanço sobre Jean-Christophe Boullion, da Pescarolo Sport, bastando «terminar na frente do Pescarolo para ser campeão.»
Porém, a sua tarefa não se afigura muito fácil, apesar de “candeia que está na frente alumiar duas vezes”, como diz o ditado: «É preciso que não surjam nenhuns problemas, pois caso contrário as coisas ficam mais difíceis para nós.»
Lamy, que já correu por diversas vezes na pista brasileira, faz equipa com Stephane Sarrazin num dos dois Peugeot 908 HDI oficial, sendo de salientar que, mesmo que vençam a prova, Nicolas Minassian e Marc Gené já não podem, matematicamente, sagrar-se campeões. A prova de Interlagos é a que este ano terá uma grelha mais exígua, pois apenas 24 carros se inscreveram.
JLA, Quarta 7, às 15:09
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Engenharia: Jovem engenheiro português premiado internacionalmente
1 de Novembro de 2007, 17:06
Lisboa, 01 Nov (Lusa) - João Ramôa Correia, docente do Departamento em Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico (IST), venceu um prémio internacional que distingue contribuições excepcionais de jovens engenheiros.
O prémio, denominado "Outstanding Young Engineers Contributions" foi atribuído pela International Association for Bridge and Structural Engineering (IABSE) na categoria de jovens engenheiros com menos de 35 anos, em Weimar, na Alemanha.
O jovem engenheiro português ganhou o prémio no âmbito do estudo de novos materiais que possam substituir o aço e o betão na construção.
Actualmente pesquisam-se materiais compostos que têm origem na indústria aeronáutica e aeroespacial e o investigador do IST estuda a resistência desses novos materiais ao fogo.
A IABSE, fundada em 1929, é composta por 4000 membros, de 100 países e está ligada a todos os aspectos do planeamento, design, construção e manutenção de infra-estruturas civis.
CC.
Lusa/fim
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só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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O nosso grande objectivo para Portugal é podermos um dia afirmar que todas as crianças e jovens tiveram uma experiência Junior Achievement.
http://www.japortugal.org/
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