Discos Pedidos - Glaxo e Jerónimo Martins
O percurso da Jerónimo Martins na Bolsa portuguesa nos últimos 15 anos mostra bem porque é que o mercado accionista é o palco de investimentos de alto risco e entusiasma milhões de investidores pelo mundo fora.
Em 1991 a Jerónimo Martins estava cotada abaixo dos 1,2 euros e no início de 1999, chegou a cotar acima dos 37 vezes. Para quem acreditou na empresa em 1991 e manteve as suas acções, isso significou uma valorização de cerca de 3000% numa década! A seguir a esse máximo histórico, o título iniciou uma violenta correcção, um ano antes dos mercados accionistas ruírem como autênticos baralhos de cartas. Em 2 anos, a Jerónimo Martins caía cerca de 85% negociando perto dos 5 euros! Do céu ao inferno foi um passo bem curto.
Foi uma altura de descrença em relação á Jerónimo Martins. Durante anos, a empresa era vista como um modelo de perfeição ao nível da gestão mas o autêntico fiasco da sua entrada na Polónia – fazendo com que a sua apresentação de resultados em 2000 provocasse uma das suas quedas mais fortes numa só sessão – fez com que o êxodo dos investidores fosse uma realidade. Durante cerca de 2 anos, a acção lateralizou num movimento muito monótono. Ninguém parecia querer saber mais da Jerónimo Martins mas, discretamente, algumas “mãos fortes” foram acumulando acções.
Desde aí, a acção tem construindo uma tendência ascendente muito sólida e discreta, sem subidas muito repentinas e, quando elas acontecem, alguém se encarrega de lançar logo “água fria”, fazendo a cotação corrigir. Parece quase uma “mão invisível” que vai dominando a Jerónimo Martins e fazendo-a seguir o seu caminho ascendente a um ritmo bem compassado.
Não há nenhum sinal que este poderoso “Bull Market” que vive a Jerónimo Martins tenha chegado ao fim. Só ponderarei esse cenário caso a acção quebre o suporte na zona dos 4 euros. Alguns de vós estarão a pensar que aí já é muito tarde e já se deixou escapar uma grande percentagem da correcção. É verdade. Mas todos aqueles que têm vendido nas correcções mais marginais saltaram cedo de mais do grande comboio. No fundo, quem tem uma perspectiva de longo prazo, não pode te a ambição de querer comprar as acções exactamente no fundo e vendê-las exactamente no topo. Porque quem tem essa ambição geralmente deita tudo a perder…
Em termos de curto e médio prazo, só a quebra da zona de suporte entre os 4,5 e os 4,6 euros colocaria os ursos no comando da situação. Até que isso aconteça, as correcções são oportunidades para os touros que se perderam pelo caminho voltar a apanhar o comboio.
Adoro olhar para o gráfico de longo prazo da Jerónimo Martins. Nele encontramos claramente, ao longo do tempo, a ganância, o medo, a euforia, a depressão. E ainda há quem diga que as pessoas e os mercados mudam…
Mais logo, teremos uma edição extra dos "Discos Pedidos".
Um abraço,
Ulisse
Em 1991 a Jerónimo Martins estava cotada abaixo dos 1,2 euros e no início de 1999, chegou a cotar acima dos 37 vezes. Para quem acreditou na empresa em 1991 e manteve as suas acções, isso significou uma valorização de cerca de 3000% numa década! A seguir a esse máximo histórico, o título iniciou uma violenta correcção, um ano antes dos mercados accionistas ruírem como autênticos baralhos de cartas. Em 2 anos, a Jerónimo Martins caía cerca de 85% negociando perto dos 5 euros! Do céu ao inferno foi um passo bem curto.
Foi uma altura de descrença em relação á Jerónimo Martins. Durante anos, a empresa era vista como um modelo de perfeição ao nível da gestão mas o autêntico fiasco da sua entrada na Polónia – fazendo com que a sua apresentação de resultados em 2000 provocasse uma das suas quedas mais fortes numa só sessão – fez com que o êxodo dos investidores fosse uma realidade. Durante cerca de 2 anos, a acção lateralizou num movimento muito monótono. Ninguém parecia querer saber mais da Jerónimo Martins mas, discretamente, algumas “mãos fortes” foram acumulando acções.
Desde aí, a acção tem construindo uma tendência ascendente muito sólida e discreta, sem subidas muito repentinas e, quando elas acontecem, alguém se encarrega de lançar logo “água fria”, fazendo a cotação corrigir. Parece quase uma “mão invisível” que vai dominando a Jerónimo Martins e fazendo-a seguir o seu caminho ascendente a um ritmo bem compassado.
Não há nenhum sinal que este poderoso “Bull Market” que vive a Jerónimo Martins tenha chegado ao fim. Só ponderarei esse cenário caso a acção quebre o suporte na zona dos 4 euros. Alguns de vós estarão a pensar que aí já é muito tarde e já se deixou escapar uma grande percentagem da correcção. É verdade. Mas todos aqueles que têm vendido nas correcções mais marginais saltaram cedo de mais do grande comboio. No fundo, quem tem uma perspectiva de longo prazo, não pode te a ambição de querer comprar as acções exactamente no fundo e vendê-las exactamente no topo. Porque quem tem essa ambição geralmente deita tudo a perder…
Em termos de curto e médio prazo, só a quebra da zona de suporte entre os 4,5 e os 4,6 euros colocaria os ursos no comando da situação. Até que isso aconteça, as correcções são oportunidades para os touros que se perderam pelo caminho voltar a apanhar o comboio.
Adoro olhar para o gráfico de longo prazo da Jerónimo Martins. Nele encontramos claramente, ao longo do tempo, a ganância, o medo, a euforia, a depressão. E ainda há quem diga que as pessoas e os mercados mudam…
Mais logo, teremos uma edição extra dos "Discos Pedidos".
Um abraço,
Ulisse
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A Glaxosmithkline (GSK) está cotada em Londres e em Nova Iorque mas, segundo as regras dos "Discos Pedidos", será analisada com base na cotação de Nova Iorque.
No Verão de 2004, a GSK iniciou uma tendência ascendente que culminou com o máximo registado em Abril deste ano. Face à correcção que se verificou depois desse máximo, estará na hora de voltar a entrar na acção?
Estamos próximos de uma zona chave para responder a esta questão. A zona entre os 54 e os 54,5 dólares é uma forte resistência que, no passado, funcionou como um suporte muito credível mas que, depois de quebrado, tem sido a resistência que tem travado todos os ressaltos do papel.
Só com uma ruptura desta resistência é que acredito haver uma boa oportunidade de compra neste papel. Até lá, qualquer entrada parece-me com uma má relação rentabilidade/risco, já que estamos muito próximos da resistência que tem sido um autêntico tecto para este papel.
A um passo do ceu? Sim. Mas esse é sempre o passo mais difícil
No Verão de 2004, a GSK iniciou uma tendência ascendente que culminou com o máximo registado em Abril deste ano. Face à correcção que se verificou depois desse máximo, estará na hora de voltar a entrar na acção?
Estamos próximos de uma zona chave para responder a esta questão. A zona entre os 54 e os 54,5 dólares é uma forte resistência que, no passado, funcionou como um suporte muito credível mas que, depois de quebrado, tem sido a resistência que tem travado todos os ressaltos do papel.
Só com uma ruptura desta resistência é que acredito haver uma boa oportunidade de compra neste papel. Até lá, qualquer entrada parece-me com uma má relação rentabilidade/risco, já que estamos muito próximos da resistência que tem sido um autêntico tecto para este papel.
A um passo do ceu? Sim. Mas esse é sempre o passo mais difícil
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Enslaved Escreveu:![]()
. Está tudo maluco??
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Tudo, tudo, julgo que ainda não. Mas notam-se alguns sinais preocupantes....
Dá mais 4 ou 5% de queda aos indices e vais ver como isto fica
Editado pela última vez por scpnuno em 17/12/2007 15:21, num total de 1 vez.
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
scpnuno Escreveu:As analises do Ulisses não são yogurtes!!! OK? Não têm prazo de validade, muito menos de 3 dias!!! Ele NÂOOOOOO vai repetir analises!!! Escusam de tentar!!! Não vale a pena insistir!!!
Portanto o Ulisses já analisou os iogurtes com sabor a sardinha ?




- Mensagens: 76
- Registado: 6/12/2007 13:30
Pedragas Escreveu:Nyk Escreveu:Cimpor
Pensei que quisesses TDU
Isso é que era espetacular


"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe

Bolas, o Ulisses é demasiado bem educado pá!
(eu não)
Vou explicar em português:
As analises do Ulisses não são yogurtes!!! OK? Não têm prazo de validade, muito menos de 3 dias!!! Ele NÂOOOOOO vai repetir analises!!! Escusam de tentar!!! Não vale a pena insistir!!! Aquelas que ele mencionou como já analisadas, NÃO VÃO ser analisadas outra vez antes do fim do ano, a não ser que haja um cataclismo ou pior!
Os gajos que forem "chatos como a potassa" e insistirem em repedir as mesmas, apanham cartão amarelo e a consequente suspensão nas 3 edições seguintes dos discos pedidos!!!
Tá claro assim, querem com molho ou chamo a Pata?
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Re: Discos Pedidos - 8ª Edição
karlitos Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:
No caso de pertencerem ao PSI 20 não podem já ter sido analisadas nos "Discos Pedidos". Ou seja, não é possível votar na Galp, Mota, Brisa, Portucel, Sonae SGPS, BCP, Sonae Indústria, REN, EDP e Altri.
Um abraço,
Ulisses

"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Re: Discos Pedidos - 8ª Edição
Ulisses Pereira Escreveu:
No caso de pertencerem ao PSI 20 não podem já ter sido analisadas nos "Discos Pedidos". Ou seja, não é possível votar na Galp, Mota, Brisa, Portucel, Sonae SGPS, BCP, Sonae Indústria, REN, EDP e Altri.
Um abraço,
Ulisses