Discos Pedidos - Brisa e Portucel
Durante 11 anos, a Portucel foi uma empresa muito discreta aos olhos dos pequenos investidores. Dada a sua volatilidade abaixo da média, a acção não aparecia nos destaques da Comunicação Social nem ocupava muito espaço dos fóruns de discussão dos investidores. Mas em 2006, com a quebra do anterior máximos históricos, a Portucel soltou amarras, viu o seu preço e volume dispararem.
O “Bull Market” que viveu fê-la ganhar cerca de 150% em pouco mais de dois anos, mas desde o Verão deste ano a acção tem corrigido fortemente. Olhando para o gráfico, há um sinal muito forte de inversão de tendência que foi a quebra da Linha de Tendência Ascendente de longo prazo. Não gosto de ser o mensageiro de más notícias mas, na minha opinião, há sinais claros de que os ursos dominam em todos os horizontes temporais e colocaram um letreiro “Fim do Bull Market” na testa da acção.
Hoje a acção está a cair bastante no primeiro dia a negociar sem direito ao dividendo extraordinário que a empresa vai distribuir. Uma parte da queda tem a ver com esse ajuste ao facto de negociar sem direito a dividendo, mas outra parte é uma queda “real” de cerca de 3%.
O que me fará mudar de ideias em relação à Portucel? Um movimento ascendente que permita à acção voltar para cima da LT quebrada. Claro que podem acontecer ressaltos, mas só o regresso a essa zona permite a recuperação da tendência ascendente. Até lá, peço desculpa mas ando de braço dado com os ursos.
Um abraço,
Ulisses
O “Bull Market” que viveu fê-la ganhar cerca de 150% em pouco mais de dois anos, mas desde o Verão deste ano a acção tem corrigido fortemente. Olhando para o gráfico, há um sinal muito forte de inversão de tendência que foi a quebra da Linha de Tendência Ascendente de longo prazo. Não gosto de ser o mensageiro de más notícias mas, na minha opinião, há sinais claros de que os ursos dominam em todos os horizontes temporais e colocaram um letreiro “Fim do Bull Market” na testa da acção.
Hoje a acção está a cair bastante no primeiro dia a negociar sem direito ao dividendo extraordinário que a empresa vai distribuir. Uma parte da queda tem a ver com esse ajuste ao facto de negociar sem direito a dividendo, mas outra parte é uma queda “real” de cerca de 3%.
O que me fará mudar de ideias em relação à Portucel? Um movimento ascendente que permita à acção voltar para cima da LT quebrada. Claro que podem acontecer ressaltos, mas só o regresso a essa zona permite a recuperação da tendência ascendente. Até lá, peço desculpa mas ando de braço dado com os ursos.
Um abraço,
Ulisses
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Em 2002, quando os investidores assistiam ao desmoronar dos mercados - com as principais Bolsas mundiais a registarem mínimos dos últimos anos – em Portugal uma acção registava máximos históricos: A Brisa.
A Brisa foi colocada no mercado nos finais de 1997, uns meses depois da OPV (Oferta Pública de Venda) da EDP que voltou a atrair os pequenos investidores portugueses ao mercado de capitais e a recolocar a Bolsa como tema de conversa entre os portugueses. O primeiro ano da Brisa no mercado foi excelente com a acção a ganhar mais de 75%.
Contudo, em 1999 o entusiasmo pela acção arrefeceu. As Bolsas mundiais começaram a viver uma euforia desmedida e a praça portuguesa não fugiu à regra, mas a Brisa era considerada uma acção defensiva e os investidores estavam sobretudo interessados nas acções tecnológicas. Por isso, em 1999 e no início de 2000, os investidores que detinham Brisa viam as suas acções a caírem enquanto os restantes títulos voavam num clima de euforia generalizado.
A Brisa tinha deixado de estar na moda. A empresa que um dia apelidei de “Máquina de fazer dinheiro” deixou de ser atractiva para os investidores que, nessa altura, estavam menos interessados nos resultados palpáveis e colocavam os olhos nas expectativas futuras que as empresas tecnológicas apregoavam.
O que se seguiu foi o final da euforia nos mercados e o início de um dos mais violentos “Bear Markets” que há memória. Contudo, o trajecto da Brisa era uma vez mais o oposto e enquanto a maioria das acções se afundava, a empresa concessionária das auto-estradas ia subindo e já este ano atingiu o seu máximo histórico, perante a indiferença dos investidores que quase se esqueceram que existia uma acção chamada Brisa na nossa Bolsa.
Em termos de longo prazo, a beleza da acção impressiona-me. Quase que podemos dizer que a Brisa vive um autêntico “Bull Market” desde que entrou em Bolsa. Não há qualquer sinal de inversão desta poderosa tendência ascendente, pelo que os ursos terão muito trabalho pela frente para destruir uma tendência tão sólida.
Em termos de curto e médio prazo, a situação já é bem menos clara. A Brisa tem estado a lateralizar desde o início do ano, pelo que nem ursos nem touros podem cantar vitória. Quem acompanha as minhas análises, sabe que costumo considerar positivo uma consolidação junto aos máximos históricos e este caso não é excepção. Os ursos arguumentarão que se trata de um movimento de distribuição antes de quedas fortes e os touros defenderão que se trata de um movimento de acumulação antes de disparar. É sempre esta a questão que se coloca e cuja resposta é tão difícil: Acumulação ou distribuição?
Com uma tendência ascendente de longo prazo tão poderosa a proteger os touros, acredito que a maior probabilidade é de estarmos perante um reagrupar dos touros antes do assalto final ao máximo histórico, essa poderosa resistência na casa dos 10,45 euros. Contudo, em termos de rentabilidade/risco talvez só compensa entrar no papel em caso de ruptura dessa resistência.
A Brisa continua a não ser uma acção espectacular. Muitos continuam a considerá-la mais uma obrigação do que uma acção. Mas continua a ser uma “máquina de fazer dinheiro”. Em Bolsa e fora dela.
(Ufa! A Análise da Portucel tem que ser mais curtinha)
A Brisa foi colocada no mercado nos finais de 1997, uns meses depois da OPV (Oferta Pública de Venda) da EDP que voltou a atrair os pequenos investidores portugueses ao mercado de capitais e a recolocar a Bolsa como tema de conversa entre os portugueses. O primeiro ano da Brisa no mercado foi excelente com a acção a ganhar mais de 75%.
Contudo, em 1999 o entusiasmo pela acção arrefeceu. As Bolsas mundiais começaram a viver uma euforia desmedida e a praça portuguesa não fugiu à regra, mas a Brisa era considerada uma acção defensiva e os investidores estavam sobretudo interessados nas acções tecnológicas. Por isso, em 1999 e no início de 2000, os investidores que detinham Brisa viam as suas acções a caírem enquanto os restantes títulos voavam num clima de euforia generalizado.
A Brisa tinha deixado de estar na moda. A empresa que um dia apelidei de “Máquina de fazer dinheiro” deixou de ser atractiva para os investidores que, nessa altura, estavam menos interessados nos resultados palpáveis e colocavam os olhos nas expectativas futuras que as empresas tecnológicas apregoavam.
O que se seguiu foi o final da euforia nos mercados e o início de um dos mais violentos “Bear Markets” que há memória. Contudo, o trajecto da Brisa era uma vez mais o oposto e enquanto a maioria das acções se afundava, a empresa concessionária das auto-estradas ia subindo e já este ano atingiu o seu máximo histórico, perante a indiferença dos investidores que quase se esqueceram que existia uma acção chamada Brisa na nossa Bolsa.
Em termos de longo prazo, a beleza da acção impressiona-me. Quase que podemos dizer que a Brisa vive um autêntico “Bull Market” desde que entrou em Bolsa. Não há qualquer sinal de inversão desta poderosa tendência ascendente, pelo que os ursos terão muito trabalho pela frente para destruir uma tendência tão sólida.
Em termos de curto e médio prazo, a situação já é bem menos clara. A Brisa tem estado a lateralizar desde o início do ano, pelo que nem ursos nem touros podem cantar vitória. Quem acompanha as minhas análises, sabe que costumo considerar positivo uma consolidação junto aos máximos históricos e este caso não é excepção. Os ursos arguumentarão que se trata de um movimento de distribuição antes de quedas fortes e os touros defenderão que se trata de um movimento de acumulação antes de disparar. É sempre esta a questão que se coloca e cuja resposta é tão difícil: Acumulação ou distribuição?
Com uma tendência ascendente de longo prazo tão poderosa a proteger os touros, acredito que a maior probabilidade é de estarmos perante um reagrupar dos touros antes do assalto final ao máximo histórico, essa poderosa resistência na casa dos 10,45 euros. Contudo, em termos de rentabilidade/risco talvez só compensa entrar no papel em caso de ruptura dessa resistência.
A Brisa continua a não ser uma acção espectacular. Muitos continuam a considerá-la mais uma obrigação do que uma acção. Mas continua a ser uma “máquina de fazer dinheiro”. Em Bolsa e fora dela.
(Ufa! A Análise da Portucel tem que ser mais curtinha)
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Ulisses Pereira Escreveu:Venceu a Portucel, com recurso ao photo-finish
Vejo que algumas pessoas votaram em algumas acções objecto de análises recentes neste mesmo espaço. Deixo aqui os links para essas análises:
Sonae SGPS: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59399&start=25
EDP e Altri: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59338&highlight=discos
BCP: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59372&postdays=0&postorder=asc&highlight=discos&start=25
se nao custasse muito abrias uma excepçao e analisavas tambem a galp. (ja sabes, quando é bom, da-se a mao querem logo o braço)

lutav Escreveu:lutav Escreveu:galp (desempatado!)
agora sim!



Não havia empate! era a 1ª a ser votada depois da mensagem do Ulisses ganhou a PTI
NHA NHA NHA



Abração,
Carrancho
PS- deixa lá fica para a próxima
Abraço,
Carrancho
Carrancho
Venceu a Portucel, com recurso ao photo-finish
Vejo que algumas pessoas votaram em algumas acções objecto de análises recentes neste mesmo espaço. Deixo aqui os links para essas análises:
Sonae SGPS: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59399&start=25
EDP e Altri: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59338&highlight=discos
BCP: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59372&postdays=0&postorder=asc&highlight=discos&start=25

Vejo que algumas pessoas votaram em algumas acções objecto de análises recentes neste mesmo espaço. Deixo aqui os links para essas análises:
Sonae SGPS: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59399&start=25
EDP e Altri: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?t=59338&highlight=discos
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