Caldeirão da Bolsa

Lá Irão... e arredores

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Os acontecimentos precipitam-se

por atomez » 22/10/2007 12:33

Os acontecimentos precipitam-se.

O petróleo já passou dos $90. Saberão "eles" algo que o resto de nós não sabe?

Olmert sounds alarm: Iran has crossed red line for developing a nuclear weapon. It’s too late for sanctions

October 22, 2007

This is the message prime minister Ehud Olmert is carrying urgently to French President Nicolas Sarkozy Monday and British premier Gordon Brown Tuesday, according to DEBKAfile’s military and intelligence sources.

Last week, Olmert placed the Israeli intelligence warning of an Iranian nuclear breakthrough before Russian president Vladimir Putin, while Israel’s defense minister Ehud Barak presented the updated intelligence on the advances Iran has made towards its goal of a nuclear weapon to American officials in Washington, including President Bush.

Olmert will be telling Sarkozy and Brown that the moment for diplomacy or even tough sanctions has passed. Iran can only be stopped now from going all the way to its goal by direct, military action.

Information of the Iranian breakthrough prompted the latest spate of hard-hitting US statements. Sunday, Oct. 21, US vice president Cheney said: "Our country, and the entire international community, cannot stand by as a terror-supporting state fulfills its grandest ambitions.''

Friday, the incoming Chairman of the Joint Chiefs of Staff, Adm. Michael Mullen said US forces are capable of operations against Iran’s nuclear facilities or other targets. At his first news conference, he said: “I don’t think we’re stretched in that regard.”

According to DEBKAfile’s sources, the Russian leader warned the ayatollah that the latest development in Iran’s nuclear program prevented him from protecting Tehran from international penalties any longer; the clerical regime’s options were now reduced, he said, to halting its clandestine nuclear activities or else facing tough sanctions, or even military action.

The Russian ruler’s private tone of speech was in flat contrast to his public denial of knowledge of Iranian work on a nuclear weapon. It convinced Olmert to include Moscow in his European itinerary.

Our sources in Iran and Moscow report that Putin’s dressing-down of Khamenei followed by his three-hour conversation with the Israeli prime minister acted as catalysts for Iranian hardliners’s abrupt action in sweeping aside senior nuclear negotiator Ali Larijani Saturday, Oct. 20 and the Revolutionary Guards General Mahmoud Chaharbaghi’s threat to fire 11,000 rockets and mortars at enemy targets the minute after Iran comes under attack.

DEBKAfile’s US military sources disclosed previously that if, as widely reported, Syria is in the process of building a small reactor capable of producing plutonium on the North Korean model, Iran must certainly have acquired one of these reactors before Syria, and would then be in a more advanced stage of plutonium production at a secret underground location.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Keyser Soze » 22/10/2007 9:12

October 22, 2007
Iran’s Former Nuclear Envoy to Aid Successor
By NAZILA FATHI

Imagem
Ali Larijani

TEHRAN, Oct. 21 — Iran’s chief nuclear negotiator, who resigned Saturday, will accompany his replacement to nuclear talks in Rome on Tuesday with Javier Solana, the European Union’s foreign policy chief, the Foreign Ministry said Sunday.

The former chief negotiator, Ali Larijani, who had headed Iran’s negotiating team since 2005, will accompany Saeed Jalili, a deputy foreign minister who was appointed as his successor, Mohammad Ali Hosseini, a Foreign Ministry spokesman, said Sunday, the Iranian Students News Agency reported.

Mr. Hosseini said Iran’s supreme religious leader, Ayatollah Ali Khamenei, who has the final word on all matters of state, and President Mahmoud Ahmadinejad had insisted that Mr. Larijani attend the meeting, the news agency said.

Mr. Larijani, who resigned from his position as the secretary of the Supreme National Security Council, was responsible for leading negotiations with Europe over Iran’s nuclear program. Analysts viewed the resignation as an indication of the growing rift between Mr. Larijani, viewed in the West as a moderate, and Mr. Ahmadinejad, who has been less interested in negotiating over nuclear issues.

However, he remains a member of the council as the supreme leader’s representative.

Mr. Hosseini said it was still not clear weather Mr. Larijani would accompany Mr. Jalili to future meetings as well.

But he added that Mr. Jalili’s appointment did not signal a change in Iran’s nuclear policy. “We have always stressed that the nuclear case is a national issue and our officials will pursue it with sensitivity,” he was quoted by ISNA as saying.

In the meantime, a group of inspectors from the International Atomic Energy Agency arrived in Tehran on Friday to continue their talks on uranium enrichment work, the news agency said. The delegation, headed by Olli Heinonen, the agency’s deputy director, held discussions with Iran’s deputy nuclear negotiator, Javad Vaeedi, two weeks ago. The atomic agency hopes to get answers to its questions about Iranian centrifuges, ISNA reported.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por atomez » 22/10/2007 2:36

Cheney: “We will not allow Iran to have a nuclear weapon"

October 21, 2007

The US vice president said Sunday, Oct. 21, in an address to the Washington Institute for Near East Studies: "Our country, and the entire international community, cannot stand by as a terror-supporting state fulfills its grandest ambitions.''

If the Iranian regime continues to practice delay and deceit to buy time, the US and other nations are prepared to take action, Cheney said - without spelling out whether he was referring to military or other action.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por JPtuga » 18/10/2007 22:32

Aparte os formalismos, as variadas guardas nacionais dos vários estados que compôem as reservas do exército norte americano, apesar de estarem normalmente sujeitas ao comando do governador de cada estado, podem ser federalizadas, e nesse caso, ficam sob as ordens do governo central, em Washington.Claro que isso só é possivel em certos casos, como o declarar do estado de sitio, e/ou impôr a lei marcial.
Mas isso não quer dizer que não pudesse haver uma tentativa de derrubar um presidente. O que é dificil é prever se as variadas unidades e comandos do exército e guarda nacional, obedeceriam aos golpistas, pois como foi bem apontado, está muito enraizado a obediência ao comandante em chefe, o presidente, democraticamente eleito.
Sem falar que se há povo que é desconfiado em relação ao seu governo central, é o americano.
Basta ver os casos de teorias de conspiração, as pseudo-tentativas de encubrimento, etc. que algums imaginam ao virar de cada esquina, bem como as pseudo milicias antifederais, armadas até aos dentes.
Deve ser mesmo um, ou o pais do mundo mais dificil, de isso acontecer, pois os seu sistema de governo e de funcionamento do exército tem muitos travões implementados para que tal não aconteça. Mais ainda
com o sistema de controle e uso do arsenal nuclear, desenhado para prevenir ao máximo o uso não autorizado ou acidental dessas armas.
E ainda bem que assim é. Só nos faltava um ditador militar a dirigir a nação mais poderosa do planeta. O bush já faz mais que suficiente...
 
Mensagens: 205
Registado: 29/3/2007 12:40
Localização: Odivelas

por atomez » 18/10/2007 22:08

Cartago Escreveu:A crise dos mísseis em Cuba foi o mais próximo que os EUA estiveram de um golpe militar. A inactividade de Kennedy face ao desastre iminente (na visão dos generais) estava a irritar toda a **pula militar. Não sou especialista neste período da história, mas li algures (numa revista qualquer de história) que os militares estiveram muito perto de afastar o presidente de modo a assumirem o rumo da situação em meio à crise.

Nestas coisas não há impossíveis absolutos, mas os EUA é um país onde é quase impossível que haja um golpe de estado militar.

Porque aquilo é uma federação de estados e o próprio presidente, que é o comandante em chefe das forças armadas, está acima de todos os militares, e tem poderes para mandar bombardear ou invadir qualquer país estrangeiro, mas se quiser mandar tropas para um estado tem de ter autorização do governador desse estado. Esta até foi uma das razões do atraso da ajuda federal na altura do furacão Katrina no estado do Louisiana porque no meio da confusão não conseguiam contactar o governador.

Para fazerem um golpe de estado os militares teriam de tomar conta do geverno central e também dos 50 governos estaduais. Isso seria uma guerra civil porque a Guarda Nacional, uma espécie de GNR - polícia militarizada - lá do sítio depende dos governadores estaduais.

A própria emenda à constituição que dá o direito a qualquer cidadão ter armas de fogo para seu uso pessoal foi aprovada para evitar que o governo central se tornasse num poder tirânico. (Wishful thinking, dirão alguns)

Além de que há uma grande tradição de sujeição dos militares ao poder político. Na 2ª GM o Patton achava que depois de se conquistar a Alemanha e derrubado o nazismo deviam continuar para leste e acabar com a URSS, e foi posto de lado. Na guerra da Coreia o McArthur, comandante supremo das tropas e heroi da guerra contra o Japão, achava que deviam bombardear nuclearmente a Coreia do Norte e a China e foi demitido do cargo. Na guerra fria o LeMay, comandante da força aérea estratégica, achava que se devia fazer um ataque nuclear preventivo contra a URSS e foi posto de lado.

Actualmente até parece que a maioria das altas patentes militares está contra um ataque preventivo ao Irão, mas daí a fazerem um golpe para depôr o Bush vai uma grande distância.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Keyser Soze » 18/10/2007 20:05

o Paquistão tem armas nucleares

Imagem

KARACHI, Pakistan (CNN) -- At least 35 people were killed Thursday night in two explosions that went off near a motorcade carrying former Pakistani Prime Minister Benazir Bhutto, who returned to the country earlier in the day after eight years of self-imposed exile, police sources told CNN.

Bhutto and those with her were not hurt.

Her companions said she reached her destination safely.

"I can see body parts strewn all over the road," said CNN's Dan Rivers, at the scene. "There are dead bodies everywhere. ... It is a large-scale attack, by the looks of things."

Video footage from the scene showed the street jammed with emergency vehicles, and injured victims writhing in the middle of the road.

CNN Producer Syed Mohsin Naqvi said the death toll is likely to rise, as he had seen more than 35 bodies in the aftermath of the blasts.

At the time of the explosions, Bhutto's supporters had packed streets to see her convoy pass.

People's Party Leader Qasim Zia, who was riding on Bhutto's truck, told CNN one of his bodyguards was seriously injured.

The blasts confirmed fears of instability that might coincide with Bhutto's return, which came after she reached an agreement with Pakistani President Pervez Musharraf that will allow her to seek re-election as prime minister
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por Cartago » 18/10/2007 14:10

Dwer Escreveu:eh pá... fizeste-me pensar o impensável.
Um golpe de estado militar nos US.
Ufa! Isso é que era uma coisa para contar aos netos.


A crise dos mísseis em Cuba foi o mais próximo que os EUA estiveram de um golpe militar. A inactividade de Kennedy face ao desastre iminente (na visão dos generais) estava a irritar toda a cúpula militar. Não sou especialista neste período da história, mas li algures (numa revista qualquer de história) que os militares estiveram muito perto de afastar o presidente de modo a assumirem o rumo da situação em meio à crise.

Há um filme mais ou menos recente que retrata esta crise. Parece-me que os militares estavam mais ou menos de acordo que o melhor para resolver aquela crise era um ataque relâmpago à Cuba.

Felizmente para nós, o Bush Filho ainda era um adolescente naquela época.
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian

Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"

Cartago Technical Analysis - Blog
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 496
Registado: 28/3/2006 18:04

Re: LOL

por Rui12ld » 18/10/2007 14:05

Keyser Soze Escreveu:
Green October Escreveu:...um exercito tao forte tao forte mas fez o que fez e deixou sair ca pra fora imagens das lindas coisas que andaram a fazer em Abu Graib...


a piada da "América" é exactamente é essa: tem um sistema de "checks and balances", formais e informais, em que se controlam e auditam a si mesmos, denunciando os seus erros e abusos...depois têm um grande dinamismo e flexibilidade para aprenderem com os erros e evoluirem...

o caso de Abu Graib foi denunciado internamente por um soldado Americano, o Exército investigou o caso baseado na informação, o caso foi tornado público, os media americanos divulgaram sem receio a informação à opinião pública, vários soldados foram levados a Tribunal Marcial, sete foram condenados


... alguns a prisão perpetua.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 400
Registado: 4/2/2004 19:57
Localização: Lisboa

por Dwer » 18/10/2007 13:54

eh pá... fizeste-me pensar o impensável.
Um golpe de estado militar nos US.
Ufa! Isso é que era uma coisa para contar aos netos.
Abraço,
Dwer

There is a difference between knowing the path and walking the path
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3414
Registado: 4/11/2002 23:16

Re: LOL

por Keyser Soze » 18/10/2007 11:26

Green October Escreveu:...um exercito tao forte tao forte mas fez o que fez e deixou sair ca pra fora imagens das lindas coisas que andaram a fazer em Abu Graib...


a piada da "América" é exactamente é essa: tem um sistema de "checks and balances", formais e informais, em que se controlam e auditam a si mesmos, denunciando os seus erros e abusos...depois têm um grande dinamismo e flexibilidade para aprenderem com os erros e evoluirem...

o caso de Abu Graib foi denunciado internamente por um soldado Americano, o Exército investigou o caso baseado na informação, o caso foi tornado público, os media americanos divulgaram sem receio a informação à opinião pública, vários soldados foram levados a Tribunal Marcial, sete foram condenados
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por Keyser Soze » 18/10/2007 11:15

Resign, Retire, Renounce
What should generals do if Bush orders a foolish attack on Iran?

By Fred Kaplan
Posted Wednesday, Oct. 17, 2007, at 7:17 PM ET

From the Joint Chiefs of Staff to U.S. Central Command, most of America's military leaders have expressed wariness about, if not outright opposition to, the idea of bombing Iran.

So, if President George W. Bush starts to prepare—or actually issues the order—for an attack, what should the generals do? Disobey? Rally resistance from within? Resign in protest? Retire quietly? Or salute and execute the mission?

The appropriateness of military dissent is a hot topic among senior officers these days in conferences, internal papers, and backroom discussions, all of which set off emotional arguments and genuine soul-searching.

"What should we have done in the run-up to the war in Iraq?" the generals are asking. "What should I do the next time?" is the tacit question stirring the conscience.

At play here is a tension between two fundamental principles of the military: the duty to provide civilian decision-makers with unvarnished military advice on issues of warfare and the obligation to obey all lawful orders by superiors. Under the Constitution, the president is superior to the highest-ranked general or admiral.

For the past few years, many officers have wrung their hands over the top generals' failure to assert their views as strongly as they should have during the planning stages of the Iraq war. Then-Secretary of Defense Donald Rumsfeld insisted on invading with one-third to half as many troops as the generals were recommending. They knew that disaster loomed, yet after the first round of disagreement, they said nothing.

In April 2006, three years after the war began, six retired generals spoke out against the war plans and called for Rumsfeld's resignation. Critics of the war lauded this "generals' revolt," but many active-duty officers—especially the junior and midlevel officers actually doing the fighting—were repelled. They asked: Where were these generals when they were still wearing the uniform, when their dissent might have meant something? How could they have led us into battle while having so little confidence in the battle plan?

Yet some senior officers believe dissent has no place within the military, especially once a decision is made. Others wouldn't go that far, but the guidelines are murky on where to draw the line. The Uniform Code of Military Justice is clear: All military personnel, including officers, are obligated to obey "lawful orders." In fact, it is a crime, punishable by court-martial, not to obey. The qualifier—"lawful order"—is important: It pre-empts the Nazi defense of war crimes ("I was just following orders" is no excuse if the orders were unlawful), and it's a legitimate way out for conscientious soldiers who do not want to take part in atrocities like My Lai or torture sessions like Abu Ghraib.

But it's one thing for a sergeant to disobey a lieutenant in the frenzy of battle. It's quite another for generals to declare a president's order "unlawful." That's not an act of conscience; it's a coup d'état. (There are some circumstances that could confuse the most honorable officer. For instance, in the last weeks of Richard Nixon's presidency, when Nixon was drinking heavily and teetering on the edge of sanity, Secretary of Defense James Schlesinger directed the Joint Chiefs of Staff to check with him before executing any military orders from the White House. Even then, it's worth noting, the chain of command was circumvented by the civilian defense secretary, not by the chairman of the Joint Chiefs of Staff.)

Outright disobedience of a presidential order, then, is an option that no senior U.S. officer wants even to contemplate—and we should be thankful for that. But in a widely circulated article titled "Knowing When To Salute," published in the July 2007 newsletter of the Army War College's Strategic Studies Institute, retired Lt. Col. Leonard Wong and retired Col. Douglas Lovelace laid out nine options short of disobedience that a senior officer might take when political leaders resist military advice.

If the situation involves little or no threat to national security, they write, an officer can request reassignment, decline a promotion, or take early retirement.

If it involves a high threat to national security, there are several ascending courses of dissent: "public information" (a euphemism for leaking to the press?), writing a scholarly paper, testifying before Congress, engaging in "joint effort" (plotting?)—and, finally, if all else fails to change things, resigning.

There is a huge distinction between retiring and resigning. When officers retire, they do so with full benefits, health care, and continued membership in the fraternity of military officers. When they resign, they give up all of that.

This is why no U.S. general has resigned in more than 40 years—and the last one to do so later asked, without success, for reinstatement.

Yet Wong and Lovelace argued that mere retirement "should not be an option when the threat to national security is high. … It may be personally satisfying to leave the distasteful aspects of a policy battle, but it ignores a responsibility to the nation and the [military] profession to do what is right."

In other words, if generals want to protest an impending decision, and if that decision affects (in the generals' view, if it gravely harms) national security, they should fall on their swords, and falling on swords unavoidably hurts. If it doesn't hurt, it's not really falling on a sword. Wong likens it to civil disobedience: Those who engage in that act do so knowing they face jail. Similarly, if an officer decides that he cannot in good conscience carry out the obligations of his commission, he should give up the commission and the benefits that go with it. Ducking out quietly—giving up the responsibilities but not the rewards—is a cop-out.

Generals who stop short of considering resignation are not necessarily selfish. For there is another distinction to draw between the generals' revolt over Iraq and a hypothetical revolt over, say, a decision to attack Iran.

The retired generals who spoke out in 2006 criticized not so much the decision to invade Iraq but rather the way that the invasion was planned and carried out—specifically, Rumsfeld's refusal to send what they considered enough troops.

To many officers, these generals—and many other officers who said nothing—had the right, even the obligation, to speak their minds on troop levels, tactics, and strategy. However, in disputes that involve policy, many of those same officers believe they have no business speaking out in public or even speaking out at all.

Retired Col. Don Snider, a professor at the Army War College who has written extensively on civil-military relations, says officers can engage in dissent only on very narrow grounds. "Officers are the servants, not the masters," he said in a phone interview. "If they can't accept that, they should get out." However, he emphasized, they should get out quietly—that is, they should retire (and maybe explain their actions a few years down the road, after the crisis has blown over). To resign in protest would mean injecting themselves into issues—of policy, politics, and foreign policy—that go beyond a military officer's professional expertise and ethos.

One officer who often thinks about these issues, but who asked not to be identified, agrees with Snider to a point—officers, he says, shouldn't go "outside the lane" in their dissent—but adds that there's a "fine line" between political policy and military judgment. For instance, if a president goes to war on the basis of faulty or jiggered intelligence findings, the decision isn't strictly "policy," since intelligence analysis is also among an officer's professional tasks.

These are the sorts of fine lines that senior officers are mulling and skirmishing over with great intensity right now. If the run-up to Iraq were somehow replayed, it's a fair bet that one or two generals would resign—or retire, then speak out more promptly than they did. (Gen. Greg Newbold, who was the Joint Staff's director of operations at the start of the Bush administration, retired shortly before the invasion but didn't speak out for three years—a lapse that, he later wrote, he regretted.)

If there is a run-up to an Iranian war, what would the generals do? This is not an easy question. But here is my proposal (an easy proposal, some would charge, correctly, since I'm not in the military): If the top officers up and down the chain of command all agreed that an attack on Iran would be a disaster, on whatever grounds, they should do all they can to sway the president—and anyone who has influence over the president—against it. They should arrange to be called before congressional committees and to be asked awkward questions, which would elicit their critical replies. At the final hour, they should threaten to retire or resign en masse and, if that didn't work, they should follow through. (Even if they quietly retired, the fact that three or four or six or eight generals did so at once would have some impact.)

This is a dangerous business. It shouldn't be undertaken often (and even on this outing, it should be done only in coordination with, perhaps at the behest of, civilian officials who agree with their positions—say, the secretaries of defense and state). But if the bombing led to disaster, as many of these officers now believe it would, they must realize—and, given the experience in Iraq, they probably do realize—that they would share the responsibility. The question is: Will anticipation of this responsibility lead them to do something beforehand, if only as recompense for having done too little before the disaster of Iraq?
Fred Kaplan writes the "War Stories" column for Slate. He can be reached at war_stories@hotmail.com.

Article URL: http://www.slate.com/id/2176122/
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

Re: LOL

por Cartago » 18/10/2007 9:10

Rui12ld Escreveu:Numa guerra convêncional contra o Mundo os USA ganhariam essa guerra.


E atenção para a perguntinha que não quer calar:

"Mas e depois?" :mrgreen:

Pode atacar o Irão e ganhar a guerra? Pode, sim senhor!

Atacou o Afeganistão e o Iraque e ganhou a guerra? Ganhou, sim senhor!

Agora dá lá uma vista d'olhos à situação no Afeganistão e no Iraque! Por acaso não lhe vem à mente a pergunta: Mas ganhou pq?? Ganharam a guerra contra exércitos convencionais, mas seguem a perder mais soldados para mortos de fome descalsos e esfarrapados do que para soldados devidamente uniformizados.

Vocês, adoradores da Bushlândia, sobre-estimam demais o poder das armas. As armas convencionais do tio Bush podem destruir 10 ou 15 vezes seguidas o mundo, mas e depois?

O exemplo dado sobre o Vietnam é um exemplo válido. Naquela altura e durante um determinado período os americanos venceram uma guerra contra um exército convencional, mas a guerra de guerrilha provou-se ser fatal para o poderoso exército do tio Sam e... perderam a guerra!

O mesmo está a acontecer no Iraque e é por isso que o tio Bush, por mais que ladre, não vai se atrever a atacar o Irão, um país muito maior e muito mais populoso do que o Iraque, o que significa que possui um número muito maior de potenciais guerrilheiros, muitos deles suicidas.
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian

Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"

Cartago Technical Analysis - Blog
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 496
Registado: 28/3/2006 18:04

Re: LOL

por Rui12ld » 18/10/2007 7:53

Green October Escreveu:o Rui so me faz rir no meio do seu americanismo cego...

desde que perderam o Vietname que ficou claro que nao sao imbativeis

guerra de guerrilha e nao se safam

e se ficam mto tempo para controlar a situação (como agora no Iraque) vao sendo delapidados pelos ataques suicidas e pela opiniao publica

um exercito tao forte tao forte mas fez o que fez e deixou sair ca pra fora imagens das lindas coisas que andaram a fazer em Abu Graib...

eu sou mais americanista que adepto de muçulmanos mas nao sou faccioso, tenho cabeça e olhos e nao costumo usar venda

os Estados Unidos estao à beira da recessao e se calhar o $ que andaram a gastar se calhar fazia jeito agora...

o resto do mundo é que sofre com a subida do petroleo devido a esse grande agente das petroliferas chamado George W.Bush

o que fizeram e estao a fazer no Iraque ja devia ter acabado e ja ultrapassou todas as marcas e vai sair-lhes caro no futuro com consequencias para todos nós que investimos em mercados financeiros

Nos States parece vir aí a deflação e nao a inflação...adeus dólar!


Bem... está a baralhar guerra convêncional com economia (apesar de as duas andarem intimamente ligadas). Não percebo pq desanca na economia nos USA qd está é a mais forte do mundo a décadas e assim vai continuar, pelo menos per capita, muitos e largos anos.

Relativamente a questão militar, se ainda refere o Vietname nesta altura do campeonato bem pode referir a guerra civil americana :mrgreen: :mrgreen: . E citar uma prisão iraquiana, para que? O que é que isso acrescenta a nossa discussão? Os USA não tem o melhor recorde sobre direitos humanos, mas certamente podem ensinar muuuiiitos países sobre o cumprimento dos mesmos.

O facto é que já percebi que algumas pessoas não convivem bem com esta actual superioridade militar (que para mim tb é económica e intelectual) dos USA. Mas isso não apaga o facto de referir aquilo que referi nos meus post iniciais deste tópico: Numa guerra convêncional contra o Mundo os USA ganhariam essa guerra.

Abraço
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 400
Registado: 4/2/2004 19:57
Localização: Lisboa

LOL

por Green October » 18/10/2007 4:10

o Rui so me faz rir no meio do seu americanismo cego...

desde que perderam o Vietname que ficou claro que nao sao imbativeis

guerra de guerrilha e nao se safam

e se ficam mto tempo para controlar a situação (como agora no Iraque) vao sendo delapidados pelos ataques suicidas e pela opiniao publica

um exercito tao forte tao forte mas fez o que fez e deixou sair ca pra fora imagens das lindas coisas que andaram a fazer em Abu Graib...

eu sou mais americanista que adepto de muçulmanos mas nao sou faccioso, tenho cabeça e olhos e nao costumo usar venda

os Estados Unidos estao à beira da recessao e se calhar o $ que andaram a gastar se calhar fazia jeito agora...

o resto do mundo é que sofre com a subida do petroleo devido a esse grande agente das petroliferas chamado George W.Bush

o que fizeram e estao a fazer no Iraque ja devia ter acabado e ja ultrapassou todas as marcas e vai sair-lhes caro no futuro com consequencias para todos nós que investimos em mercados financeiros

Nos States parece vir aí a deflação e nao a inflação...adeus dólar!
Green but not span
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 157
Registado: 12/11/2002 2:58

por atomez » 17/10/2007 23:51

Nuclear-armed Iran risks 'World War III,' Bush says

WASHINGTON: President George W. Bush said Wednesday that he thought Russia still wanted to stop Iran from developing a nuclear weapon. But stepping up his own rhetoric, the president warned that for Tehran to possess such a weapon raised the risk of a "World War III."

That comment, made during a 45-minute news conference, came as reporters probed for the president's reaction to a warning Tuesday by President Vladimir Putin of Russia against any military strikes on Iran to halt the nuclear work it has continued in defiance of much of the world. Iran says the program is purely peaceful.

"If Iran had a nuclear weapon, it'd be a dangerous threat to world peace," Bush said. "So I told people that if you're interested in avoiding World War III, it seems like you ought to be interested" in ensuring Iran not gain the capacity to develop such weapons.

"I take the threat of Iran with a nuclear weapon very seriously," he said.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por atomez » 12/10/2007 21:24

Syrian Civil Defense Services Placed on the Ready

October 12, 2007, 12:50 AM

Military sources report that Thursday night, Oct. 11, Syria placed its civil defense services on a state of preparedness and mobilized their reservists.

Government and military hospitals across Syria have also been alerted.

These measures were ordered Tuesday, Oct. 9, and were in place within three days. In contrast, there is no change in the deployment of Syrian forces along the border with Israel on Golan and Mt. Hermon.

Thursday, Syrian defense minister Gen. Hassan Turkmani published a message to the armed forces calling for “readiness to withstand all aggression.”

A day earlier, the Syrian chief of staff, Gen. Ali Habib, said at an officers’ passing-out parade: “Syria is capable of beating off any conspiracies” against the country.

All these measures and this rhetoric strongly indicate the Syrian regime is convinced that either an American or Israeli assault, or attacks by both against Syria and Iran are due shortly.

Syrian president Bashar Assad articulated this fear in an interview published by the Tunisian daily Al-Shorouk Thursday. He said: I am working on the premise that the Americans will attack Iran,” explaining that this was the answer he received when he asked the Iranians how they evaluated the situation.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Keyser Soze » 10/10/2007 20:21

Em causa, resolução que classifica massacre de arménios como genocído

Bush diz que iniciativa do Congresso põe em causa aliança com a Turquia

10.10.2007 - 19h30 AFP, PUBLICO.PT

O Presidente norte-americano mobilizou hoje toda a sua Administração contra uma resolução que o Congresso se prepara para aprovar, classificando de genocídio o massacre de civis arménios levado a cabo pelo Império Otomano, no início do século XX. Para George W. Bush, o texto pode pôr em causa a aliança estratégica dos EUA com a Turquia.

A resolução, que estará hoje em discussão no Congresso, “causaria um grande prejuízo às relações dos EUA com um aliado crucial no seio da NATO e na guerra mundial contra o terrorismo”, avisou Bush.

Pouco antes, o secretário da Defesa, Robert Gates, e a chefe da diplomacia norte-americana, Condoleezza Rice, confrontados pela imprensa, foram mais explícitos sobre os riscos inerentes à aprovação do texto: a Turquia pode suspender a colaboração militar com as forças americanas no Iraque, pondo em causa o sucesso de operações em curso.

Gates admitiu mesmo que um boicote turco às operações americanas poria em causa o abastecimento às unidades militares americanas no país vizinho.

Actualmente, Ancara disponibiliza às forças americanas a base de Incirlink, no Sul do país, e estima-se que 70 por cento do abastecimento por via aérea às forças no Iraque, um terço do combustível e 95 por cento dos blindados enviados para o país transitam pela Turquia.

Esta tarde, a Comissão de Assuntos Externos da Câmara dos Representantes vai discutir o projecto de resolução apresentado pelo congressista Adam Schiff, cuja circunscrição na Califórnia alberga a maioria comunidade arménia dos EUA. Os membros da comissão vão analisar se o texto deverá ser votado em plenário, onde a maioria democrata já se mostrou inclinada a aprová-lo, apesar dos avisos enviados por Ancara.

Vários governos, parlamentos e organizações classificaram como genocídio a campanha de perseguição e deportação contra a minoria arménia, em plena I Guerra Mundial.

Segundo as organizações humanitárias, entre 1915 e 1917, um milhão e meio de arménios foram vítimas de um plano de eliminação sistemática, desencadeado depois de elementos da comunidade se terem aliado ao Exército russo nos combates contra o Império Otomano.

A Turquia admite a morte de milhares de arménios, mas alega que a maioria foram vítimas do caos e das privações que atingiram toda a população durante a Grande Guerra e que acabariam por levar à queda do Império e ao nascimento da República turca.

A Administração norte-americana alega que, ao opor-se à resolução, não pretende ignorar “os sofrimentos trágicos” sofridos pelos arménios, mas sustenta que existem outras formas de resolver o litígio entre as duas comunidades. “Esta resolução não é a melhor forma de responder a estes massacres históricos”, sustentou Bush, já depois de elementos da sua Administração terem garantido que a Casa Branca não reconhecerá a resolução se o Congresso a aprovar.



quarta-feira, 10 de outubro de 2007, 11:38 | Online

Turquia bombardeia rebeldes curdos no Iraque

Jornal afirma que militares promoveram ataques aéreos a bases da guerrilha e rotas de fuga para o norte do país

ANCARA - O Exército turco começou nesta quarta-feira, 10, a bombardear campos suspeitos de abrigar rebeldes curdos instalados em território iraquiano, na região da fronteira, segundo informações da imprensa da Turquia. Porém, o governo dá sinais de que deve promover uma incursão por terra apenas na próxima semana.

Os alvos dos militares são as guerrilhas suspeitas de buscar abrigo na região montanhosa do norte do Iraque, na província de Sirnak. Supostas rotas de fuga estão sendo atacadas por helicópteros enquanto soldados são posicionados em pontos estratégicos.

O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, confirmou nesta quarta que o governo está criando planos para autorizar uma incursão militar no norte do Iraque, a fim de combater rebeldes curdos na área caso isso se torne necessário.

Um membro da administração turca disse que o pedido para que os militares cruzem a fronteira com o Iraque seja aprovado antes do final do feriado religiosos de quatro dias, que acaba no domingo.

Uma operação militar em larga escala pode alavancar a violência em uma das regiões relativamente tranqüilas do Iraque e ameaçar a relação da Turquia com os Estados Unidos, que pedem que Ancara não promova uma incursão no país vizinho.

O Exército turco lançou uma ofensiva em seu lado da fronteira em resposta aos últimos atentados promovidos pelos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em turco).
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por Keyser Soze » 8/10/2007 21:03

JERUSALEM — Two senior Israeli politicians, including the prime minister's closest ally, talked openly Monday about dividing Jerusalem, signaling a possible shift in Israeli opinion about one of the Mideast's most contentious issues.

The dispute over Jerusalem has derailed negotiations in the past, and the latest comments come at a time when Israeli and Palestinian teams are trying to agree on principles guiding future peace talks.

(...)

http://www.huffingtonpost.com/huff-wire ... jerusalem/
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por Keyser Soze » 5/10/2007 8:46

O Ahmadineyad deve estar aterrorizado....se os Americanos se lembram de atacar o Irão com esta nova bomba...

Ciência insólita faz rir e depois pensar
Bomba gay vence Ig Nobel da Paz de 2007
05.10.2007 - 00h31 Marta Ferreira dos Reis

A fórmula da bomba gay é fácil de encontrar na Internet. São três páginas originais, com os componentes rasurados a marcador e algumas notas escritas à mão. Mas a ideia é simples: Usar químicos que influenciem o comportamento humano para desviar a disciplina e moral do inimigo. O curioso exemplo, que ganhou o Prémio IgNobel da Paz 2007 na cerimónia menos ortodoxa da comunidade científica, sugere "afrodisíacos fortes, especialmente químicos que provoquem comportamentos homossexuais".

Os laureados esta noite na 17ª edição dos Prémios IgNobel, na Universidade de Harvard, falam entre outras coisas de aroma de baunilha extraído de estrume, estudos de jetlag e linguagem em ratos e tigelas sem fundo para perceber o problema da obesidade. Ao todo são dez investigações de conteúdo sério, mas improvável. Os prémios são atribuídos todos os anos no início de Outubro e brincam com o lado ignóbil de alguns estudos científicos. Há quem ache ridículo o ênfase que dão ao caricato, mas também há fãs em número suficiente para que a iniciativa da revista satírica "Annals of Improbable Research", que anualmente distingue descobertas que "primeiro fazem rir e depois pensar", sobreviva desde 1991.

O desenrolar da cerimónia na prestigiada universidade norte-americana, pode dizer-se, é tudo menos académico. Pelo meio, apontamentos como um discurso com a palavra "galinha" repetida durante dois minutos seguidos ou a estreia da mini-ópera "Galinha contra Ovo", em alusão ao tema non-sense desta edição, tradições como as palavras de abertura "Welcome, Welcome" ou as de despedida "Goodbye, Goodbye" e um momento solene em que a audiência, cerca de 1200 pessoas, atira aviões de papel para o palco, explicam as reticências dos críticos mais tradicionais. Mas há mais: Os discursos de agradecimento só podem ter um minuto de duração e o tempo é controlado por uma menina de oito anos que berra "estou aborrecida" quando os investigadores se excedem.

As dúvidas desfazem-se na entrega dos prémios por genuínos Nobel, os mais prestigiados laureados do mundo. Ontem, já depois do fecho desta edição, terão subido ao palco Craig Mello, Nobel da Medicina em 2006, Roy Glauber, Nobel da Física em 2005, ou Dudley Herschbach, Nobel da Química em 1986, e William Lipscomb, Nobel da Química em 1976.

Este ano os IgNobel foram distribuídos pelos cinco continentes. A reacção é quase sempre igual: Não foi premeditado mas era previsível. Os trabalhos abrangem áreas como a nutrição, aviação, linguística e literatura mas também clássicos como a medicina, física ou química, biologia e paz. Não são anedotas científicas, foram publicados em revistas científicas ou patenteados antes serem galardoados pelo seu lado curioso.

"Não vejo nenhuma contradição em levar uma investigação a sério e receber um IgNobel. Claro que não estávamos a pensar nisso quando desenvolvemos o nosso estudo mas percebemos que a combinação das palavras hamsters, Viagra e jetlag possa ser divertida", disse ao PÚBLICO Diego Golombek, co-autor do estudo que mereceu ontem o IgNobel da Aviação. A equipa de investigadores argentinos, a primeira latino-americana distinguida, descobriu que um dos componentes activos do Viagra tinha um efeito regenerador na molécula responsável pela coordenação do ritmo cardíaco com a luz solar, em ratos.

Fazem ciência com graça

Brian Wansink convidou 62 pessoas para um almoço de sopa à borla. O objectivo era perceber se o comportamento alimentar se alterava se, em vez de doses de sopa, os convidados comessem em tigelas com fundo falso em que o alimento nunca acabava. Segundo o investigador norte-americano, comeram mais 73 por cento do que teriam comido em circunstâncias normais, sem se sentirem cheios. A equipa concluiu que estímulos, como não ver o fim ao que se está a comer, influenciam directamente as quantidades comida. O estudo ganhou o IgNobel da Nutrição.

"As investigações de grande qualidade não têm de ser pesadas e secas. Pode-se pensar fora do tradicional e mesmo assim sair numa revista científica", disse o investigador ao PÚBLICO. Os Ignóbeis "são seriamente divertidos e eficazes porque despertam o interesse de pessoas que normalmente não acham a ciência interessante. Se geram mais interesse e se o fazem de forma divertida, então dão um grande contributo", acrescentou.

Myu Yamamoto desenvolveu um processo para extrair vanilina, o princípio activo da baunilha, a partir de estrume de vaca. A invenção é utilizada numa conhecida geladaria em Massachusetts, nos Estados Unidos. Depois de ter sido homenageado com um gelado, o Yum-a-Moto Vanilla Twist, é o mais recente IgNobel químico.

O prémio de linguística foi para uma equipa de investigadores espanhóis responsáveis pela afirmação: "Os ratos às vezes não conseguem distinguir quando uma pessoa de costas está a falar em holandês ou japonês". "Há uma grande discussão na neurociência acerca da linguagem humana. Resultados recentes, como os nossos e os de outros laboratórios, mostram que os processos de aquisição e processamento da linguagem não são exclusivamente humanos mas partilhados por outras espécies e desenvolvidos por propósitos não linguísticos", disse ao PÚBLICO Juan Toro, co-autor do trabalho.

"A maior parte dos estudos que ganham Ignóbeis são sérios, só que abordam os problemas de forma inovadora. É verdade que desde o início sabíamos que um artigo que misturasse linguagem e ratos ia chamar a atenção das pessoas", acrescentou.

Johanna van Bronswijk começou nos anos 1970 a fazer o inventário de todos os seres vivos encontrados em camas e mobiliário envolvente - insectos, aranhas, pseudo-escorpiões, crustáceos, bactérias, algas e fungos. "Fiquei muito surpreendida quando fui nomeada para um IgNobel. Nunca tinha pensado nisto desta maneira. Por outro lado, acho que projectos como este podem ajudar a superar o abismo entre a ciência e o público em geral", disse.

O IgNobel da Medicina foi para um insólito estudo sobre os efeitos colaterais de engolir espadas, o da Literatura para o problema do artigo "the" na língua inglesa quando se quer ordenar coisas por ordem alfabética e o da economia para um mecanismo para apanhar ladrões instantaneamente, inventado por Kuo Cheng Hsieh, um investigador de Taiwan que não chegou a ser contactado porque terá "desaparecido misteriosamente", disse a organização em comunicado.

Os novos laureados juntam-se a pérolas da ciência como um estudo galardoado que dizia que os buracos negros do universo preenchiam todos os requisito para serem o Inferno, a invenção de um flamingo de plástico cor-de-rosa ou um despertador enervante que se esconde dos donos sonolentos para os obrigar a sair da cama. "Se não ganhou um prémio e especialmente se ganhou, melhor sorte para o ano", é normalmente a última frase da cerimónia.

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1306622
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

por afonsinho » 2/10/2007 19:59

Correram o exército todo para encontrar soldados para essa foto então... :P
 
Mensagens: 357
Registado: 3/9/2006 1:50

por The Mechanic » 2/10/2007 13:43

" Encontro de matraquilhos

O Presidente Norte-Coreano Kim Jong Il recebeu hoje o Presidente Sul-Coreano Roh Moo-hyun em Pyongyang .
Á parte o facto de nenhum dos dois ter mais de metro e meio de altura, o que é mais interessante é que , em 50 anos este ser apenas o 2º encontro do género . O Presidente Sul-Coreano atravessou a fronteira a pé e encontrou-se com o seu homólogo , tendo-se depois dirigido pra uma conhecida marisqueira da Pyongyang onde degustaram pratos mistos de Terriers , Basset hounds e Pinchers anões . A paz segue assim o seu rumo ..."

Um abraço ,

The Mechanic
Anexos
kimjongil_narrowweb__300x425,0.jpg
kimjongil_narrowweb__300x425,0.jpg (0 Bytes) Visualizado 5455 vezes
" Os que hesitam , são atropelados pela retaguarda" - Stendhal
"É óptimo não se exercer qualquer profissão, pois um homem livre não deve viver para servir outro "
- Aristoteles

http://theflyingmechanic.blogspot.com/
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4564
Registado: 16/12/2004 15:48
Localização: Sintra

por atomez » 30/9/2007 22:57

Artigo de Seymour M. Hersh no The New Yorker

O New Yorker não é nenhum tabloide e este tio costuma estar muito bem informado. Tem na fama ter denunciado os massacres no Vietname.

O artigo é longo mas é vale a pena -- o marketing político muda mas o objectivo mantém-se.

E quando acontecer os mercados, a economia e os nossos bolsos vão-se ressentir.

Ah pitroil, a quanto obrigas...

Shifting Targets
The Administration’s plan for Iran.
by Seymour M. Hersh


The President’s position, and its corollary—that, if many of America’s problems in Iraq are the responsibility of Tehran, then the solution to them is to confront the Iranians—have taken firm hold in the Administration. This summer, the White House, pushed by the office of Vice-President Dick Cheney, requested that the Joint Chiefs of Staff redraw long-standing plans for a possible attack on Iran, according to former officials and government consultants. The focus of the plans had been a broad bombing attack, with targets including Iran’s known and suspected nuclear facilities and other military and infrastructure sites. Now the emphasis is on “surgical” strikes on Revolutionary Guard Corps facilities in Tehran and elsewhere, which, the Administration claims, have been the source of attacks on Americans in Iraq. What had been presented primarily as a counter-proliferation mission has been reconceived as counterterrorism.

The shift in targeting reflects three developments. First, the President and his senior advisers have concluded that their campaign to convince the American public that Iran poses an imminent nuclear threat has failed (unlike a similar campaign before the Iraq war), and that as a result there is not enough popular support for a major bombing campaign.

The second development is that the White House has come to terms, in private, with the general consensus of the American intelligence community that Iran is at least five years away from obtaining a bomb.

And, finally, there has been a growing recognition in Washington and throughout the Middle East that Iran is emerging as the geopolitical winner of the war in Iraq.

...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por atomez » 28/9/2007 21:12

Isto é de um jornal israelita:

Deixem falar o Ahmadinejad

Let's face it. We need all the help we can get, on the diplomatic sphere as well as in the area of international understanding of our defense concerns. That's where our man in Tehran comes in. Mahmoud Ahmadinejad is simply one of Israel's premier diplomatic and security assets. His expressed views make Israel look pragmatic, clear-eyed, non-paranoid.

He has denied away the Nazi Holocaust as a myth. He has, as well, denounced Israel for Nazi-like actions. Referring to last year's Lebanon war, he was quoted as saying "Just like Hitler, the Zionist regime is just looking for a pretext for launching military attacks" and "is now acting just like him." And, just for good measure, he added: "What this regime is doing is even worse than Genghis Khan."

He is unparalleled. Asked by CBS whether he considered his stated desire to visit Ground Zero as an insult to the American people, he asked why it should be considered as such.

We couldn't have created the man if we had tried. He is everything we want in a neo-Haman nemesis.

His remarks have been such that it was no problem for Dan Gillerman, Israel's UN ambassador, to suggest in an address to the Conference of Presidents of Major Jewish Organization, that a Ahmadinejad visit Ground Zero was comparable to a visit by a resurrected Hitler to Auschwitz.

Let the man talk. Let the Iranian president speak his mind, all he wants.

You never know what favor he's going to do us next.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Cartago » 28/9/2007 19:07

Atomez Escreveu:
The man played us for suckers -- just like any PR-hungry celebrity who spins reporters and editors.

Cá pour moi o pessoal interpreta muito mal o sentido do que eles dizem.

É que eles mesmo quando se dirigem a nós, ocidentais, não estão fundamentalemte a falar para nós mas sim para a sua própria audiência interna.

O que o Ahmadi-Nejad foi fazer a NY não foi um discurso para nos convencer do que quer que seja. Ele dirige-se ao mundo muçulmano, e ao mundo árabe em especial, fazendo-se aparecer como "O" verdadeiro lider do islamismo que tem a coragem de ir à toca do lobo enfrentá-los cara a cara.

Há (sempre houve) uma grande disputa interna no mundo islâmico sobre quem é o verdadeiro lider que, tal como Saladino há séculos, vai ser capaz de unificar o mundo islâmico e derrotar os infieis. Primeiro têm de derrotar os inimigos internos e impôr-se como lideres perante as massas para depois enfrentarem o resto do mundo.

O mesmo faz o Bin-Laden com os seus clips televisivos. Embora esse no último tenha referido temas como a fome em África, a poluição e aquecimento global que são temas na berra (para não dizer na moda) no ocidente e que para eles não dizem nada.


Ainda bem que esclareceste o autor da frase, já que o seu teor encaixa-se no discurso tanto de um quanto de outro.
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian

Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"

Cartago Technical Analysis - Blog
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 496
Registado: 28/3/2006 18:04

por Keyser Soze » 28/9/2007 16:20

Axis of Evil


Maz Jobrani
<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/veKxwx_rmGU"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/veKxwx_rmGU" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object>


Ahmed Ahmed
<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fkfzTRMj2Lk"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/fkfzTRMj2Lk" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object>


Aron Kader
<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/KEh7Ircr8XA"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/KEh7Ircr8XA" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="350"></embed></object>
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3299
Registado: 8/2/2006 17:32

AnteriorPróximo

Quem está ligado: