Momento de decisão
Olá,
Gostaria também de desmistificar dois temas:
1. Estarão os Bancos Centrais a injectar dinheiro no sistema, criando assim uma "enorme" montanha de liquidez que justificaria a subida dos preços?
Claro que não.
O que a FED está a fazer é a emprestar dinheiro a curto prazo aos bancos permitindo que os bancos usem as suas reservas até agora intocáveis) como garantia, para assim gerar maior liquidez nas instituições, que estas estão a utilizar para fazer face a necessidades de financiamento resultantes dos problemas de liquidez que persistem no mercado.
O que o FED fez foi permitir aos bancos terem acesso ás suas (dos bancos) próprias reservas de cerca de 40 a 50 Biliões de USD através de operações de financiamento temporário.
Mas até que ponto é que estes 50 Bi são relevantes para um sistema bancário Americano que gere 6,3 Triliões de USD?
Pois é, na realidade as operações da FED influenciam apenas marginalmente a liquidez disponível no sistema, estando apenas a impedir que os Bancos façam vendas abruptas de activos (como por exemplo acções) de um momento para o outro.
Então, o que os bancos fizeram foi fazer as mesmas vendas, mas devagar, segundo um padrão de distribuição, a particulares que não têm acesso a toda a informação, e que não conseguem por isso ter uma percepção tão clara do verdadeiro preço dos activos que estão a comprar.
2. Será que "toda esta liquidez" (virtual / psicológica) está a ser encaminhada para o mercado de acções, "justificando" assim a subida dos preços?
O mercado de acções não é um recipiente para no qual se "ponha" ou "retire" dinheiro, porque cada compra corresponde a uma venda.
Por isso, quem compra não "põe" dinheiro no mercado, e quem vende não "tira" dinheiro do mercado.
Os títulos (que não passam de certificados) limitam-se a mudar de mãos aos preços a que as pessoas aceitaram fazê-lo, mais nada.
Estes presços formam-se com base em expectativas de risco e rentabilidade, e essas expectativas dependem do grau de informação de que cada operador dispõe.
Se assim é, então é fácil perceber que as subidas das últimas semanas são justificadas pelo facto de quem detém os títulos ter "esperança" de os vender mais caros, e não por um qualquer suposto "aumento da liquidez" do lado da procura.
Ora, se assim é, face ao constante aumento do preço, então vai chegar o momento em que quem detém o papel vai achar que "chegou o momento" de vender, e nesse momento vão ver que não existe interesse comprador a esses níveis sonhados.
Daí vão simplesmente decorrer ajustamentos de expectativas de quem tem os títulos, por via de redução de preços, até que as expectativas de compradores e vendedores estejam ao mesmo nível, e se possam concretizar os negócios.
NUNCA há mais compradores do qeu vendedores e vice-versa.
O que há é expectativas divergentes quanto à evolução dos preços do mesmo activo, as quais se formam porque há assimetria no acesso à informação, mais nada.
Entretanto, os negócios estão a realizar-se a níveis que todos (compradores e vendedores) reconhecem ser muito elevados, sendo isso que explica o baixo volume de negócios registado recentemente: há cada vez menos gente a acreditar que vale a pena, do ponto de vista de risco e retorno, comprar investimentos a estes preços.
Contudo, os preços ainda se manterão a estes níveis até que se torne evidente que as actuais expectativas são excessivas.
Na verdade, a maioria dos títulos transaccionados a estes preços estão a oferecer rentabilidades abaixo das oferecidas pelas obrigações do tesouro americano, para riscos por natureza mais elevados.
Claro que o smart money sabe isso: as taxas de juro das obrigações Americanas continuam a subir nos prazos mais longos.
A estes níveis, qualquer pressão adicional para aumento das taxas de juro nos prazos mais longos da curva contribuirá para colocar o mercado de acções numa situação insustentável, precipitando as quedas.
Num cenário em que o risco oferecido pelo mercado de acções está demasiado caro, mais cedo ou mais tarde os preços das acções acabarão pois por sofrer perdas abruptas, que voltarão a incorporar nos títulos o seu prémio de risco quando comparados com as obrigações do tesouto.
Junto gráfico que mostra a curva inverida de taxas de juro que mostra que o smart money está investido em obrigações longas.
Será que o mercado de acções vai continuar a subir muito mais?
Gostaria também de desmistificar dois temas:
1. Estarão os Bancos Centrais a injectar dinheiro no sistema, criando assim uma "enorme" montanha de liquidez que justificaria a subida dos preços?
Claro que não.
O que a FED está a fazer é a emprestar dinheiro a curto prazo aos bancos permitindo que os bancos usem as suas reservas até agora intocáveis) como garantia, para assim gerar maior liquidez nas instituições, que estas estão a utilizar para fazer face a necessidades de financiamento resultantes dos problemas de liquidez que persistem no mercado.
O que o FED fez foi permitir aos bancos terem acesso ás suas (dos bancos) próprias reservas de cerca de 40 a 50 Biliões de USD através de operações de financiamento temporário.
Mas até que ponto é que estes 50 Bi são relevantes para um sistema bancário Americano que gere 6,3 Triliões de USD?
Pois é, na realidade as operações da FED influenciam apenas marginalmente a liquidez disponível no sistema, estando apenas a impedir que os Bancos façam vendas abruptas de activos (como por exemplo acções) de um momento para o outro.
Então, o que os bancos fizeram foi fazer as mesmas vendas, mas devagar, segundo um padrão de distribuição, a particulares que não têm acesso a toda a informação, e que não conseguem por isso ter uma percepção tão clara do verdadeiro preço dos activos que estão a comprar.
2. Será que "toda esta liquidez" (virtual / psicológica) está a ser encaminhada para o mercado de acções, "justificando" assim a subida dos preços?
O mercado de acções não é um recipiente para no qual se "ponha" ou "retire" dinheiro, porque cada compra corresponde a uma venda.
Por isso, quem compra não "põe" dinheiro no mercado, e quem vende não "tira" dinheiro do mercado.
Os títulos (que não passam de certificados) limitam-se a mudar de mãos aos preços a que as pessoas aceitaram fazê-lo, mais nada.
Estes presços formam-se com base em expectativas de risco e rentabilidade, e essas expectativas dependem do grau de informação de que cada operador dispõe.
Se assim é, então é fácil perceber que as subidas das últimas semanas são justificadas pelo facto de quem detém os títulos ter "esperança" de os vender mais caros, e não por um qualquer suposto "aumento da liquidez" do lado da procura.
Ora, se assim é, face ao constante aumento do preço, então vai chegar o momento em que quem detém o papel vai achar que "chegou o momento" de vender, e nesse momento vão ver que não existe interesse comprador a esses níveis sonhados.
Daí vão simplesmente decorrer ajustamentos de expectativas de quem tem os títulos, por via de redução de preços, até que as expectativas de compradores e vendedores estejam ao mesmo nível, e se possam concretizar os negócios.
NUNCA há mais compradores do qeu vendedores e vice-versa.
O que há é expectativas divergentes quanto à evolução dos preços do mesmo activo, as quais se formam porque há assimetria no acesso à informação, mais nada.
Entretanto, os negócios estão a realizar-se a níveis que todos (compradores e vendedores) reconhecem ser muito elevados, sendo isso que explica o baixo volume de negócios registado recentemente: há cada vez menos gente a acreditar que vale a pena, do ponto de vista de risco e retorno, comprar investimentos a estes preços.
Contudo, os preços ainda se manterão a estes níveis até que se torne evidente que as actuais expectativas são excessivas.
Na verdade, a maioria dos títulos transaccionados a estes preços estão a oferecer rentabilidades abaixo das oferecidas pelas obrigações do tesouro americano, para riscos por natureza mais elevados.
Claro que o smart money sabe isso: as taxas de juro das obrigações Americanas continuam a subir nos prazos mais longos.
A estes níveis, qualquer pressão adicional para aumento das taxas de juro nos prazos mais longos da curva contribuirá para colocar o mercado de acções numa situação insustentável, precipitando as quedas.
Num cenário em que o risco oferecido pelo mercado de acções está demasiado caro, mais cedo ou mais tarde os preços das acções acabarão pois por sofrer perdas abruptas, que voltarão a incorporar nos títulos o seu prémio de risco quando comparados com as obrigações do tesouto.
Junto gráfico que mostra a curva inverida de taxas de juro que mostra que o smart money está investido em obrigações longas.
Será que o mercado de acções vai continuar a subir muito mais?
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Olá,
Gostaria de responder os 2 posts anteriores:
1. Datas:
Quanto a datas, estamos conversados: se eu soubesse, estaria rico, mas não sei, infelizmente.
Nas próximas duas semanas são relevantes porque vai haver divulgação de resultados de centenas de empresas nos EUA, já a partir de amanhã.
Todos os investidores estarão de olho nos resultados das tecnológicas (que estão ao actual nível completamente especulado no pressuposto de que os resultados terão crescimentos da ordem dos 20%), e dos Bancos.
Há neste momento alguma apreensão quanto aos resultados da google e da yahoo, porque estão a circular rumores de que estas empresas talvez não tenha, conseguido substituir a quebra das receitas de publicidade de empresas de construção e imobiliária, com receitas de outra proveniência.
Quanto ao mercado em geral, neste momento é esperado, em média, que as empresas anunciem uma queda dos resultados face ao ano anterior de cerca de -0,6%, sendo os priores resultados esperados nos bancos, no sector da construção, e nos materiais básicos.
Quanto aos bancos, esperam-se grandes perdas em todos, com excepção da Goldman Sachs, e em causa estará também a informação que prestarão quanto aos resultados esperados para o Q4.
Quedas inesperadas nos sectores de retalho (consumer discretionary e consumer spensing) serão muito mal recebidas pelo mercado.
Mais importante do que os resultados será a estimativa que as empresas apresentarem para os resultados do Q4.
Para que os actuais níveis de preços sejam remotamente sustentáveis (com boa vontade), então será necessário que, em média, as empresas apontem para crescimento dos resultados na casa ds 10% (20% no caso das tecnológicas), e isto para que o mercado não caia, porque este crescimento já está incorporado nas actuais cotações.
Números abaixo destes valores serão suficientes para desencadear reacções em cadeia.
Porém, com a desvalorização do USD (10%), pode acontecer que os resultados nominais venham mais ou menos em linha com o esperado em termos nominais, escondendo assim, por via do USD fraco, quedas reais nas receitas.
Se assim for, passadas estas duas semanas, se o mercado se aguentar por agora, o próximo ponto de viragem será a reunião da Fed, a 30 de Outubro. Neste momento (hoje), o mercado de renda fixa (obrigações) está a incorporar uma probabilidade de cerca de 30% de novo corte nas taxas.
Caso a FED não corte taxas a 30 de Outubro, e o mercado ainda não tiver corrigido entretanto, então o mercado ficará pendurado por arames, sendo de esperar que as quedas se concretizem algures nas semanas seguintes a essa decisão (a partir do meio de Novembro).
Digo isto porque a FED reune novamente a 11 de Dezembro, sendo de esperar que, se o mercado se tiver partido até essa data, então venha um valente corte de taxas na reunião de Dezembro, que levaria o mercado para o espaço antes do final do ano, a tempo dos bónus chorudos para os banqueiros de investimento.
Notem que uma correcção destes níveis pressupõe, pelo menos, no mínimo, testar os níveis de Agosto, e se estes não aguentarem, serão testados os mínimos de 2006.
2. Ciclo eleitoral
Entre Outubro do ano anterior e Maio do ano eleitoral que precedem a eleição nos EUA, há tipicamente um ponto mínimo no ciclo do mercado de acções, sendo que normalmente o mercado começa a subir para estar em máximos em Novembro, quando se realizam as eleições.
Este andamento do ciclo favorece a re-eleição do partido incumbente, por ter conseguido "resolver o problema" (que ele próprio criou, entenda-se).
Se, inversamente, o mercado estiver em queda entre Maio e Novembro do ano da eleição (2008), o ciclo favorece o partido concorrente.
Se assim for, este é mais um argumento para que as quedas comecem brevemente.
Gostaria de responder os 2 posts anteriores:
1. Datas:
Quanto a datas, estamos conversados: se eu soubesse, estaria rico, mas não sei, infelizmente.
Nas próximas duas semanas são relevantes porque vai haver divulgação de resultados de centenas de empresas nos EUA, já a partir de amanhã.
Todos os investidores estarão de olho nos resultados das tecnológicas (que estão ao actual nível completamente especulado no pressuposto de que os resultados terão crescimentos da ordem dos 20%), e dos Bancos.
Há neste momento alguma apreensão quanto aos resultados da google e da yahoo, porque estão a circular rumores de que estas empresas talvez não tenha, conseguido substituir a quebra das receitas de publicidade de empresas de construção e imobiliária, com receitas de outra proveniência.
Quanto ao mercado em geral, neste momento é esperado, em média, que as empresas anunciem uma queda dos resultados face ao ano anterior de cerca de -0,6%, sendo os priores resultados esperados nos bancos, no sector da construção, e nos materiais básicos.
Quanto aos bancos, esperam-se grandes perdas em todos, com excepção da Goldman Sachs, e em causa estará também a informação que prestarão quanto aos resultados esperados para o Q4.
Quedas inesperadas nos sectores de retalho (consumer discretionary e consumer spensing) serão muito mal recebidas pelo mercado.
Mais importante do que os resultados será a estimativa que as empresas apresentarem para os resultados do Q4.
Para que os actuais níveis de preços sejam remotamente sustentáveis (com boa vontade), então será necessário que, em média, as empresas apontem para crescimento dos resultados na casa ds 10% (20% no caso das tecnológicas), e isto para que o mercado não caia, porque este crescimento já está incorporado nas actuais cotações.
Números abaixo destes valores serão suficientes para desencadear reacções em cadeia.
Porém, com a desvalorização do USD (10%), pode acontecer que os resultados nominais venham mais ou menos em linha com o esperado em termos nominais, escondendo assim, por via do USD fraco, quedas reais nas receitas.
Se assim for, passadas estas duas semanas, se o mercado se aguentar por agora, o próximo ponto de viragem será a reunião da Fed, a 30 de Outubro. Neste momento (hoje), o mercado de renda fixa (obrigações) está a incorporar uma probabilidade de cerca de 30% de novo corte nas taxas.
Caso a FED não corte taxas a 30 de Outubro, e o mercado ainda não tiver corrigido entretanto, então o mercado ficará pendurado por arames, sendo de esperar que as quedas se concretizem algures nas semanas seguintes a essa decisão (a partir do meio de Novembro).
Digo isto porque a FED reune novamente a 11 de Dezembro, sendo de esperar que, se o mercado se tiver partido até essa data, então venha um valente corte de taxas na reunião de Dezembro, que levaria o mercado para o espaço antes do final do ano, a tempo dos bónus chorudos para os banqueiros de investimento.
Notem que uma correcção destes níveis pressupõe, pelo menos, no mínimo, testar os níveis de Agosto, e se estes não aguentarem, serão testados os mínimos de 2006.
2. Ciclo eleitoral
Entre Outubro do ano anterior e Maio do ano eleitoral que precedem a eleição nos EUA, há tipicamente um ponto mínimo no ciclo do mercado de acções, sendo que normalmente o mercado começa a subir para estar em máximos em Novembro, quando se realizam as eleições.
Este andamento do ciclo favorece a re-eleição do partido incumbente, por ter conseguido "resolver o problema" (que ele próprio criou, entenda-se).
Se, inversamente, o mercado estiver em queda entre Maio e Novembro do ano da eleição (2008), o ciclo favorece o partido concorrente.
Se assim for, este é mais um argumento para que as quedas comecem brevemente.
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Gold Chart
Deixo aqui o grafico do Ouro.
Será possível ele sair de uma vez por todas deste range em que se situa desde Maio de 2006?
Está em zona de possível falso break...
um abraço
arnie
Será possível ele sair de uma vez por todas deste range em que se situa desde Maio de 2006?
Está em zona de possível falso break...




um abraço
arnie
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Bons negocios,
arnie
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Não acredito que antes das eleições dos EEUU possa ocorrer qq crash. Nem que precisem de segurar as pontas todas. Seria e derrota imediata dos republicanos...e eles não são tão burros assim. A não ser que o poder dos democratas o force.
Abraço
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maromatics Escreveu:Olá,
Segundo o New York Times, vários dos principais bancos do mundo estão em conversações para criar um fundo com 75 biliões de USD destinado a "aliviar a pressão" de venda que, a verificar-se, poderá por em perigo a economia.
http://www.nytimes.com/2007/10/14/busin ... ref=slogin
Trata-se de uma medida desesperada para tentar evitar o pior.
Infelizmente, os problemas que a economia Americana enfrenta não são temporários: os problemas estruturais são profundos, sendo que será a queda do consumo e do imobiliário a determinar o destino do mercado.
Estamos bull, não estamos...?
Olá maromatics!
Eu já conhecia esta noticia e percebi imediatamente que os grandes bancos já sabem que "o dia do juízo final" se
aproxima e é inevitável.
Mas, será possivel prever/antecipar/adivinhar uma data do acontecimento???

Qualquer pessoa vai dizer o que eu diria...ninguém tem uma bola de cristal and so on, and so on!
Mas, se tivesse que apontar uma data, qual seria?
"Nothing splendid has ever been achieved except by those who dared believe that something inside themselves was superior to circumstance."
Bruce Barton (1886 - 1967) American advertising executive, U.S. congressman
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Olá maromatics
Deixo aqui a visão do SPX contra o Ouro só para ver a real dimensão dos problemas.
No 1º indicador podemos ver que o EURO em 2007 está a cair 9.25% contra o OURO
No 2º indicador podemos ver que o USD em 2007 está a cair 15.36% contra o OURO
No 3º indicador podemos então ver que o SPX nos 10 meses deste ano leva uma valorização de 9.29%
No 4º indicador podemos ver que relativamente ao OURO o SPX está a cair 7.15%
E por ultimo, o 5º indicador mostra a diferença entre o SPX cotado em USD e em OURO. Neste momento o SPX está cotado a 1561.80 pts mas cotado em OURO deveria estar cotado a 1321.91 pts, ou seja, uma queda de apenas 18%
A pergunta que se coloca é a seguinte: How low can the USD go?
um abraço
arnie
Deixo aqui a visão do SPX contra o Ouro só para ver a real dimensão dos problemas.






A pergunta que se coloca é a seguinte: How low can the USD go?
um abraço
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Bons negocios,
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Olá,
Segundo o New York Times, vários dos principais bancos do mundo estão em conversações para criar um fundo com 75 biliões de USD destinado a "aliviar a pressão" de venda que, a verificar-se, poderá por em perigo a economia.
http://www.nytimes.com/2007/10/14/busin ... ref=slogin
Trata-se de uma medida desesperada para tentar evitar o pior.
Infelizmente, os problemas que a economia Americana enfrenta não são temporários: os problemas estruturais são profundos, sendo que será a queda do consumo e do imobiliário a determinar o destino do mercado.
Estamos bull, não estamos...?
Segundo o New York Times, vários dos principais bancos do mundo estão em conversações para criar um fundo com 75 biliões de USD destinado a "aliviar a pressão" de venda que, a verificar-se, poderá por em perigo a economia.
http://www.nytimes.com/2007/10/14/busin ... ref=slogin
Trata-se de uma medida desesperada para tentar evitar o pior.
Infelizmente, os problemas que a economia Americana enfrenta não são temporários: os problemas estruturais são profundos, sendo que será a queda do consumo e do imobiliário a determinar o destino do mercado.
Estamos bull, não estamos...?
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decisão
Bem, caro Maromatics, é certo que isto vai ter que corrigir. Curioso é que as casas devolutas no mapa pertencem á minoria negra mais pobre...
Tambem alguem já postou aqui a lista de bancos e "banquinhos" que viviam de crédito e já fecharam as portas...
Mas os números que vão saindo nos States ainda nos vão enganando...De que serviu o alerta da JPMorgan sobre a Baiou.com? queda em final do dia do mercado e subida no dia seguinte com o número de vendas a retalho. E andam todos a dizer que a economia ainda está forte e que o FED afinal é capaz de não baixar os juros. Areia nos olhos?...
Talvez. O que é certo é que sairam das bolsas uns biliões e a questão é onde para essa massa agora.
Sim, tambem tenho dito e defendido que isto vai ter que cair e só reentrei na semana passada porque vi que o trend , no curtissimo espaço, ainda é para cima.
Mas estou com um dedão no gatilho! A chatice é que quando isto começar a cair é logo com grandes gaps downs...Como eu disse, ainda me vai faltar o chão...
Abraço
Clinico
Tambem alguem já postou aqui a lista de bancos e "banquinhos" que viviam de crédito e já fecharam as portas...
Mas os números que vão saindo nos States ainda nos vão enganando...De que serviu o alerta da JPMorgan sobre a Baiou.com? queda em final do dia do mercado e subida no dia seguinte com o número de vendas a retalho. E andam todos a dizer que a economia ainda está forte e que o FED afinal é capaz de não baixar os juros. Areia nos olhos?...
Talvez. O que é certo é que sairam das bolsas uns biliões e a questão é onde para essa massa agora.
Sim, tambem tenho dito e defendido que isto vai ter que cair e só reentrei na semana passada porque vi que o trend , no curtissimo espaço, ainda é para cima.
Mas estou com um dedão no gatilho! A chatice é que quando isto começar a cair é logo com grandes gaps downs...Como eu disse, ainda me vai faltar o chão...
Abraço
Clinico
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Já agora II: abaixo estão dois gráficos,
1. Mostra a real "valorização" mercado face ás moedas e ao ouro em 2007.
2. Mostra a real "valorização" do ouro face ás moedas.
Afinal o Bull, se visto em EUR e não em USD não é assim tão pujante, pois não?
E o ouro, que é cotado em USD, não está assim tão valorizado este ano, pois não?
1. Mostra a real "valorização" mercado face ás moedas e ao ouro em 2007.
2. Mostra a real "valorização" do ouro face ás moedas.
Afinal o Bull, se visto em EUR e não em USD não é assim tão pujante, pois não?
E o ouro, que é cotado em USD, não está assim tão valorizado este ano, pois não?
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Já agora, para quem quiser um input mais visual do que está a acontecer nos EUA, o link abaixo mostra um mapa no qual CADA PONTO é uma casa em que a hipoteca foi executada por falta de pagamento.
http://playumbrella.com/earnings/cleveland.jpg
Este mapa é limitado à zona de Cleveland. Transponham para o conjunto dos EUA, se conseguirem.
O mercado está óptimo, há dinheiro por todo o lado...
http://playumbrella.com/earnings/cleveland.jpg
Este mapa é limitado à zona de Cleveland. Transponham para o conjunto dos EUA, se conseguirem.
O mercado está óptimo, há dinheiro por todo o lado...
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decisão
Desculpe meter a colherada, meu caro Life, mas dou-lhe a minha opinião em relação ao mercado portugues.
Há a decorrer neste momento várias coisas que são capazes de suportar o mercado pelo menos em Outubro:
- Algo vai acontecer entre o BCP e o BPI, provavelmente fusão, dado o posicionamento de cada um e o que um e outro vão dizendo. Isto manterá o(s) título(s)ou fará com que subam.
- Algo se deve estar a passar com a J Martins pelas subidas que tem tido (apesar da última correcção)em relação com parceria com sonae distribuição ou com com a compra da parte do retalho da Ahold.Vão subir.
- A PT está nos finalmentes em relação ao spin off da PTM e o sector está a passar por um bom momento. As PTM que se vão receber são um dividendo em espécie, livre de impostos. Ainda falta saber de mais dividendos, o que se vai passar no Brasil com a VIVO, se alguem compra a parte de outrem etc etc.
- Da sonae tambem tem um belíssimo spin off para fazer em Dezembro /Janeiro.
Isto apenas para falar de algumas cotadas que tenho seguido mais.
Em suma, enquanto os números dos States estiverem bons (desemprego, retail sales etc etc), a coisa vai-se aguentando mesmo com pouco volume e ainda teremos algum sossego por aqui em Outubro. melhor será ainda se o FED não baixar as taxas de juro na próxima reunião.
Portanto, vamos corrigir? com certeza !!
Já já? talvez só lá para o mês que vem!
Ainda estamos em Bull? provavelmente, mas com todas as cautelas. Manter sempre uma boa parcela de liquidez.
Abraço
Clinico
Há a decorrer neste momento várias coisas que são capazes de suportar o mercado pelo menos em Outubro:
- Algo vai acontecer entre o BCP e o BPI, provavelmente fusão, dado o posicionamento de cada um e o que um e outro vão dizendo. Isto manterá o(s) título(s)ou fará com que subam.
- Algo se deve estar a passar com a J Martins pelas subidas que tem tido (apesar da última correcção)em relação com parceria com sonae distribuição ou com com a compra da parte do retalho da Ahold.Vão subir.
- A PT está nos finalmentes em relação ao spin off da PTM e o sector está a passar por um bom momento. As PTM que se vão receber são um dividendo em espécie, livre de impostos. Ainda falta saber de mais dividendos, o que se vai passar no Brasil com a VIVO, se alguem compra a parte de outrem etc etc.
- Da sonae tambem tem um belíssimo spin off para fazer em Dezembro /Janeiro.
Isto apenas para falar de algumas cotadas que tenho seguido mais.
Em suma, enquanto os números dos States estiverem bons (desemprego, retail sales etc etc), a coisa vai-se aguentando mesmo com pouco volume e ainda teremos algum sossego por aqui em Outubro. melhor será ainda se o FED não baixar as taxas de juro na próxima reunião.
Portanto, vamos corrigir? com certeza !!
Já já? talvez só lá para o mês que vem!
Ainda estamos em Bull? provavelmente, mas com todas as cautelas. Manter sempre uma boa parcela de liquidez.
Abraço
Clinico
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Rui,
Peço desculpa, é jargão, e devia ter traduzido.
ABCP: papel comercial garantido por bens.
Tipicamente são o equivalente a letras ou livranças, mas garantidos por um bem, que pode ser um automóvel, uma casa, acções...o que quer que seja que possa ser executado e que não seja uma mera garantia pessoal.
Equity: acções.
Dados do S&P: vai a http;//www.stockcharts.com
e faz uma busca sobre SPX.
Se quiseres ver o NASDAQ 100, procura por NDX, e o Dow Jones Industrial Average, é DJIA.
Podes ver também o DAX, procurando por $DAX.
Bom estudo!
Peço desculpa, é jargão, e devia ter traduzido.
ABCP: papel comercial garantido por bens.
Tipicamente são o equivalente a letras ou livranças, mas garantidos por um bem, que pode ser um automóvel, uma casa, acções...o que quer que seja que possa ser executado e que não seja uma mera garantia pessoal.
Equity: acções.
Dados do S&P: vai a http;//www.stockcharts.com
e faz uma busca sobre SPX.
Se quiseres ver o NASDAQ 100, procura por NDX, e o Dow Jones Industrial Average, é DJIA.
Podes ver também o DAX, procurando por $DAX.
Bom estudo!
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Pensem que se sentaram no carrinho da frente de uma montanha russa. Pensem na excitação que sentem quando o carrinho começa a andar, e o gozo que dá a subida lenta e segura até ao topo. Que bela vista que se tem daqui de cima!! Isto é lindo!!
Chegado o topo, sente-se uma calma fantástica. Tudo é óptimo aqui, não é?
Depois, lentamente, começam a sentir a gravidade a puxar o vosso carrinho, e começam a gritar, porque começam a ver a queda à frente.
Mas, estranhamente, há silêncio e gargalhadas atrás de vós. Estão a gozar convosco, não percebem porque vocês estão a gritar!
Mas vocês gritam cada vez mais alto! Mas os outros continuam a desfrutar da vista, do prazer de estar no topo.
Quando finalmente todos os carros ultrapassam o topo, todos os passageiros começam a gritar em pânico ao mesmo tempo.
E vocês pensam: porque é que me meti nisto????









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maromatics Escreveu:Life,
Realmente não sigo o mercado Português, lamento.
Ainda assim, acredito que será difícil que o mercado Português não seja influenciado pelo mercado Americano...
Mas mais uma vez, insisto que se coloque a si mesmo(a) a seguinte pergunta:
QUAL É VERDADEIRAMENTE O MEU APETITE PELO RISCO???
Dito de outra forma: para ganhar x, quanto é que não me importo rigorosamente NADA de perder?
Eu não quero perder rigorosamente nada.
Sigo a regra nº1 do "Bufas": Nunca perder dinheiro em bolsa."
E a regra nº2: "Nunca esquecer a regra nº1."
"Nothing splendid has ever been achieved except by those who dared believe that something inside themselves was superior to circumstance."
Bruce Barton (1886 - 1967) American advertising executive, U.S. congressman
Bruce Barton (1886 - 1967) American advertising executive, U.S. congressman
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Life,
Realmente não sigo o mercado Português, lamento.
Ainda assim, acredito que será difícil que o mercado Português não seja influenciado pelo mercado Americano...
Mas mais uma vez, insisto que se coloque a si mesmo(a) a seguinte pergunta:
QUAL É VERDADEIRAMENTE O MEU APETITE PELO RISCO???
Dito de outra forma: para ganhar x, quanto é que não me importo rigorosamente NADA de perder?
Realmente não sigo o mercado Português, lamento.
Ainda assim, acredito que será difícil que o mercado Português não seja influenciado pelo mercado Americano...
Mas mais uma vez, insisto que se coloque a si mesmo(a) a seguinte pergunta:
QUAL É VERDADEIRAMENTE O MEU APETITE PELO RISCO???
Dito de outra forma: para ganhar x, quanto é que não me importo rigorosamente NADA de perder?
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