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Caldeirão da Bolsa

A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por lutav » 25/8/2007 21:55

Dialmedia Escreveu:
No começo do século 19, Alexandre Baranov, em nome da Rússia, instalou o novo território montando a sua repartição governamental na cidade fundada com o nome de Nova Arcangel, posteriormente mudado para Sitka. Assegura-se que mais tarde, em 1855 o governo do czar russo ofereceu o Alaska aos Estados Unidos, recusando, porém, a oferta de cinco milhões de dólares que lhe fora feita pelo presidente americano James Buchanan (1791-1868). Contudo, em 1866, quando André Johnson (1808-1875) era o presidente, o território foi adquirido da Rússia pelo preço de 7.200.000 dólares. A transferência da soberania do Alaska ocorreu em Sitka, no dia 18 de Outubro de 1867.


Foi a própria Rússia que vendeu o território, dificilmente conseguirá algo em troca em pleno século XXI.


sim sim, tambem tinha essa ideia, e a questao nao é se consegue ou nao... a questão, é a motivacao para quererem "entrar na posse", nem que seja de parte desse territorio...

meu palpite: a motivacao deles, é apenas o orgulho nacional de recuperar o que ja foi deles! :mrgreen:
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por Dialmedia » 25/8/2007 21:30

No começo do século 19, Alexandre Baranov, em nome da Rússia, instalou o novo território montando a sua repartição governamental na cidade fundada com o nome de Nova Arcangel, posteriormente mudado para Sitka. Assegura-se que mais tarde, em 1855 o governo do czar russo ofereceu o Alaska aos Estados Unidos, recusando, porém, a oferta de cinco milhões de dólares que lhe fora feita pelo presidente americano James Buchanan (1791-1868). Contudo, em 1866, quando André Johnson (1808-1875) era o presidente, o território foi adquirido da Rússia pelo preço de 7.200.000 dólares. A transferência da soberania do Alaska ocorreu em Sitka, no dia 18 de Outubro de 1867.


Foi a própria Rússia que vendeu o território, dificilmente conseguirá algo em troca em pleno século XXI.
 
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por lutav » 25/8/2007 21:23

Fogueiro Escreveu:(...)

http://www.youtube.com/watch?v=NbakN7SLdbk

Encontrei também este link sobre o assunto.

http://www.reformation.org/energy-non-crisis.html


isto do Alasca, ajudaria a explicar, como é que às vezes, aparecem noticias sobre o facto da Russia (e penso que ainda no tempo da URSS), dizer-se com direito a parte do Alasca? :roll:

tamos fdidos com estes gajos! Deve ser mesmo enorme, a quantidade de coisas que nos passa ao lado, inocentes plebeus!

beijos e abraços
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por Fogueiro » 25/8/2007 20:23

Pata, sou agnóstico, não tenho confiança nos pregadores e até adaptei aquela piada dos analistas:

P: Qual a diferença entre um pregador e um vendedor de carros usados?

R: O vendedor de carros usados sabe quando está a mentir.

... pero que las hay, las hay!...

...
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por Pata-Hari » 25/8/2007 19:34

Fogueiro, e qual é a tua opinião acerca da credibilidade do autor e da sua opinião?
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por Fogueiro » 25/8/2007 19:10

Tem havido muita polémica, nos EEUU, sobre os 3 santuários – Florida, Montanhas Rochosas e Alasca – no que representa um entrave a uma autonomia maior em relação à importação de combustíveis fósseis.

Algumas descobertas terão sido classificadas como secretas e os media tradicionais, muito dependentes da publicidade dos interesses instalados, não têm dado o devido eco aos que contestam a politica dos santuários.

Agora, com o YouTube, alguns divulgam coisas obscuras, desconhecidas do grande público.

Um dele é um ex-missionário no Alasca, que publicou um livro e o divulga no YouTube.
São 8 pequenos filmes de alguns minutos, que entram em território proibido…

http://www.youtube.com/watch?v=NbakN7SLdbk

Encontrei também este link sobre o assunto.

http://www.reformation.org/energy-non-crisis.html
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mercados

por Clinico » 25/8/2007 8:30

Meu Caro Fogueiro, grato pela paciencia e pela amabilidade. Cá espero o comentário do fim de semana.
Neste momento estou totalmente liquido de acções, mantendo apenas os 4 fundos que detenho, com bons lucros, desde Julho de 2005.
Um abraço
Clinico
 
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Re: todo o cuidado é pouco

por Fogueiro » 25/8/2007 0:10

Clinico Escreveu:Eu já começo a desconfiar que ficamos a ver passar navios (oportunidades)neste crash!! Os numeros que sairam hoje nos EUA são referentes a Julho! Portanto vamos ter céu azul até á saida dos números referentes a Agosto?? Já perdemos a oportunidade na Galp, na PT na sonae, etc etc...
Ás vezes esperar muito pela estabilidade tem um preço alto!
Vamos a ver se isto vem realmente testar mínimos! porque se for para recomprar aos preços quase antes do crash, então "batatas"!! mais valia ter lá deixado ficar o que estava... :roll: :roll:
Abraços
Clinico


Há que pagar o preço da segurança, caro Clínico.

Em 14 de Maio de 2005, durante uma correcção acompanhada dos habituais sell-off, as minhas carteiras também estavam com 50% de liquidez, como agora.

Fui reler o que nesse dia escrevi noutro fórum, e resolvi copiar para aqui: há muitas semelhanças e algumas diferenças com o que agora se está a passar. Mas fiquei satisfeito por ver que a minha actuação não mudou em mais de dois anos… e que resulta:

Um choque em cadeia.

Dois carros têm um acidente sem importância. Mas, porque há nevoeiro, piso molhado ou apenas distracção, muitos outros condutores não conseguem evitar bater-lhes. E aquilo que começou por ser um pequeno acidente transforma-se numa tragédia com mortos, feridos graves e dezenas de viaturas destruídas.

O dólar, face à melhoria dos deficits gémeos, valoriza-se. As commodities, incluindo o crude, que são pagas em dólares, ajustam o preço dos físicos às suas moedas de origem, caindo os contratos dos futuros, em dólares.

Os Hedge Funds que estão longos em commodities e energia e curtos em dólares, entram em competição, para desatar o nó antes dos outros. Gera-se o pânico. O volume brutal, movimentado estes dias, em commodities, energia e moeda vai muito para além de uma simples rotação.

E o refúgio nos Treasury Bonds a 10 anos foi impressionante, com compras massivas ao melhor, realizadas por fundos. A recente emissão perdeu 5% do seu Yield num dia!

Um trend destes é difícil de parar, tal como o choque em cadeia em piso molhado.

Porque podem seguir-se enormes pedidos de resgate nos Fundos, antes que as partes valham ainda menos. Curiosamente o maior perigo vem dos Fundos europeus e asiáticos, que não têm as cláusulas de prazos de resgate longos, da maioria dos americanos.

Não há pior situação para os preços como quando os vendedores não vendem porque querem, mas porque são obrigados a isso.

Como tudo isto, analisado objectivamente, não passa de uma sobre-reacção, acelerada pelo disparo dos Stop loss em cadeia, talvez o fim-de-semana faça assentar a poeira e, na segunda-feira, haja uma travagem eficaz.

Por mim, sinto-me bem com 50% de liquidez. Se o pânico continuar e as empresas de Energia e Minérios (que continuam a ser tão necessários como há 10 dias para satisfazer a procura da China e Índia) atingirem preços de saldo, quero ser comprador e não vendedor.

A outra guerra:

Diz-se que, para se iniciar um Bull Market é necessário escalar uma “muralha de medo”.
Parece que alguém está a tentar, pois o Nasdaq ia por outra estrada, viu o choque em cadeia à distância, e nem parou para olhar.

O NYSE, o Amex, o CME, o Nymex e o Forex é que estavam por lá todos a dizer que a culpa era do outro, a tentar salvar os vivos, a avaliar os estragos e, alguns, até já a negociar com sucateiros os seus carros amolgados.

Sabendo-se motor dos anteriores Bull Markets subiu 0,7 % (Composite) 1,1% (Nas100) e o seu filhote preferido, o dos Semicondutores, nada menos de 2,8% (querida Dell) ! Não fez mais do que dar continuidade ao up trend iniciado em 29 de Abril, depois daquele duplo (ou triplo?) fundo. A novidade é que fechou acima da sua MM50, coisa que não acontecia desde princípio de Março.

Tecnicamente, mais uma ou duas semanitas assim, e todas as suas médias móveis (dos 10 aos 200 dias) fazem uma super Golden Cross. Seria ouro sobre azul, passe o pleonasmo, e outros indicadores apontam para essa possibilidade: o Stochastic voltou aos valores de Dezembro, o MACD virou positivo, o que não acontecia desde meados de Janeiro.
O “sell in May and go away” pode, este ano, ser substituído por um rali de Verão.

A minha estratégia:

Cancelar todas as ordens de compra que estejam no sistema. Porque as quedas podem ser muito maiores, permitindo comprar mais barato.

Cancelar todos os Stop loss (estavam em 15%) activos. Porque a Carteira E+M já tem 50% de liquidez e, em situação de pânico, as vendas ao melhor arriscam-se a ser ruinosas.
Prefiro decidir caso a caso de acordo com as informações que o Mercado der.


Em Dezembro seguinte lê-se isto num post meu:

De vez em quando comento a filosofia aplicada na gestão da carteira. Recentemente houve uma troca de MPs com o Forense “semprefrio” que ilustra a vertente segurança.
Com a sua devida autorização, transcrevo aqui essas MPs:

De: semprefrio
Para: Fogueiro
Colocada: 2005-12-22 23:33
Assunto: Uma curiosidade

Estive a fazer umas contas e penso que as tuas 20 posições iniciais mantidas até hoje te permitiriam uma rentabilidade na ordem dos 73,1%, sem contar dividendos.
Acho que não me enganei nas contas.
As melhores posições seriam: ABP +202,5% e PLLL +261,4%
Só terias uma posição negativa: TMR -26,8%
Contei com a existência de 2 splits: FDG e LNG. Não sei se me falhou algum.

De: Fogueiro
Para: semprefrio
Colocada: 2005-12-23 02:17
Assunto: Uma curiosidade

Sim, seria essa rentabilidade.
Com a tomada de lucros e rotação feita, é actualmente de 61%.
Olhando para traz teria sido preferível ter ficado quieto. Mas o que aconteceu, na prática, é que o sector energia deu 3 vezes sinal de venda, bem como algumas acções individuais, o que me levou a colocar profit-stops. Quase todos os preços, passados os profit-taking dos Hedge Funds voltaram acima dos stops. Mas, nessas alturas, eu admitia que pudesse ser inversão de tendência, e, “by the book”, coloquei os stops.
Creio que tomei as decisões acertadas pois ganhei em segurança o que perdi em rentabilidade.

De: semprefrio
Para: Fogueiro
Colocada: 2005-12-23 10:29
Assunto: Uma curiosidade

É verdade. A segurança tem sempre o seu preço.

Além disso, terias partilhado muito menos do teu conhecimento e experiência nestas coisas. E isto seria menos bom para a restante comunidade.


Nos primeiros 11 meses de vida, que terminaram em 31 Dez de 2005, esta carteira ganhou 64,6 %, apesar de ter tido, durante algum tempo, 50% de liquidez.

Voltando ao presente: durante o fim-de-semana deixarei aqui um comentário sobre o momento actual.

...
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por Clinico » 24/8/2007 20:51

:evil: :evil: :evil:
Se iiixto não desce para a semana...para valores bem baixinhos... vou passar a dedicar-me á...á...á medicina!!! :mrgreen:
hehe
Abraços
Clinico
 
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por Pata-Hari » 24/8/2007 20:26

o clínico está a capitular na espera, hehe.
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todo o cuidado é pouco

por Clinico » 24/8/2007 20:20

Eu já começo a desconfiar que ficamos a ver passar navios (oportunidades)neste crash!! Os numeros que sairam hoje nos EUA são referentes a Julho! Portanto vamos ter céu azul até á saida dos números referentes a Agosto?? Já perdemos a oportunidade na Galp, na PT na sonae, etc etc...
Ás vezes esperar muito pela estabilidade tem um preço alto!
Vamos a ver se isto vem realmente testar mínimos! porque se for para recomprar aos preços quase antes do crash, então "batatas"!! mais valia ter lá deixado ficar o que estava... :roll: :roll:
Abraços
Clinico
 
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por Pata-Hari » 24/8/2007 18:27

nylows ainda simpáticamente a manterem-se abaixo dos 40...
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por silva_lopes » 24/8/2007 6:51

Viva,

Segundo a leitura deste PDF, tb é apontado o dedo a Soros. Achei de interessante leitura, Buffett Vs Soros, aqui fica:

http://www2.egi.ua.pt/xxiiaphes/Artigos ... uffett.PDF
 
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por Fogueiro » 24/8/2007 1:08

Obrigadinho pelo jeitinho, caro Branc0...

Prefiro seguir dia a dia, respeitar o que o Mercado nos diz. Temos agora o teste da barata que é ver se 6ª feira, dia dos medos de passar um fim de semana com muito risco na mão, o NYLOW se mantém abaixo de 40…

Mas, Branc0, já que referiste 1997…

Achei sempre muito estranha a crise de 1997, a chamada Crise Asiática (quando a moeda tailandesa se desvalorizou 18% de um dia para o outro, infectando toda a região, que sofreu uma grande fuga de capitais), que alastrou ao resto do Mundo incluindo os EEUU.

Desta vez é a crise das fantasias/descalabro do crédito nos EEUU que alastra ao resto do Mundo.

Toda a gente sabia, em 1997, que os lucros das TIs iam explodir com o pânico do bug do milénio.

Nas empresas havia task-forces a preparar planos de contingência já há algum tempo. (lembram-se? para poupar memória, que era então muito cara, os computadores antigos só usavam 2 dígitos para o ano e uma mudança de século não estava assumida).

As listas de encomendas de soft e hardware para as múltiplas cópias de segurança, para além de novos programas e computadores para substituir os antigos iam crescendo, e nenhum fornecedor parecia ter capacidade instalada para fazer frente a esta avalanche de pedidos.

Deu muito jeito, a crise e aquela queda, (mesmo assim de apenas 18% no Dow Jones), a quem estava bem informado, fez uma boa leitura e já antevia a enorme valorização que iriam ter as TIs. Falou-se do dedo do Soros no gatilho que foi a moeda tailandesa…
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por Be Cool » 24/8/2007 1:06

Crise financeira 2007-08-24 00:05
Turbulência chega a Espanha e ameaça Portugal
O regulador da bolsa espanhola anunciou que existem pelo menos 14 fundos expostos ao ‘subprime’.

Luís Reis Ribeiro


A crise financeira dos créditos de alto risco (‘subprime’) chegou a Espanha, o principal cliente das exportações portuguesas e principal investidor directo estrangeiro em Portugal.

Apesar do crescimento robusto – 3,7% previsto para este ano – os economistas frisam que a economia espanhola, a quarta da zona euro, é das que mais cuidados inspiram no actual contexto de crise financeira, uma vez que a sua expansão está muito dependente da construção e venda de casas – o sector emprega cerca de 13% da população activa – o desemprego é alto e o endividamento não pára de subir.

Ontem, no plano financeiro, o regulador espanhol dos mercados (CNMV) fez mais um aviso sério à navegação: existem 14 fundos de investimento domésticos com dinheiro aplicado em activos ‘subprime’ (em Portugal, a CMVM também falou).

Luís Mira Amaral, gestor e ex-ministro da Indústria, frisa que se ocorrerem problemas mais sérios em Espanha isso afectará logo “as exportações nacionais de minerais e materiais destinados à construção”. Depois, há ainda o perigo de retracção no consumo das famílias espanholas, acrescenta. Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, defende que há perigo de contágio da crise financeira “por via do peso que Espanha tem em Portugal”.

Embora afaste um cenário de colapso do imobiliário em Espanha, Jean-Michel Six, economista-chefe da Standard & Poor’s (S&P) que segue aquele mercado, sublinha que “a predominância de hipotecas indexadas a taxas de juro variáveis significa que os efeitos das taxas de juro mais altas deverão ser sentidos mais rapidamente” em Espanha do que no resto da Europa.

A crise do ‘subprime’ está a precipitar um forte aumento da taxa de juro mercado (Euribor, a que é usada nos empréstimos), que ontem atingiu 4,8%, o valor mais alto de quase sete anos. Para além disso, mesmo que a crise passe e as Euribor normalizem, é quase garantido que as margens praticadas pelos bancos (‘spreads’) vão ficar mais altas, reflectindo critérios de concessão de crédito mais apertados, esperam os especialistas.

O BCE continua a emprestar dinheiro barato aos bancos, mas voltou a indiciar anteontem que está a preparar uma nova subida de juros a 6 de Setembro, de 4% para 4,25%, o que aumentaria ainda mais as prestações bancárias. Resultado: os rácios de endividamento tenderão a crescer “particularmente em Espanha”, onde o sector imobiliário “poderá estar exposto a condições de crédito mais apertadas”, sublinha Eric Chaney, economista-chefe da Morgan Stanley Europa.

Jean-Michel Six sublinha ainda que “há já algum tempo que prevemos uma desaceleração do mercado imobiliário espanhol, e que isso terá um impacto no sector da construção”. “Estamos preocupados porque a construção tem um peso de 13% no emprego e um abrandamento forte terá implicações negativas”, juntou.

Um dos sinais já evidentes é a travagem a fundo na evolução dos preços das casas, o outro é a queda na construção, algo que no entender da S&P reflecte uma correcção “que poderá não ser inteiramente suave”.

Banca continua ávida por dinheiro
Os bancos da zona euro continuam ávidos por dinheiro barato. O empréstimo extraordinário anunciado pelo BCE, no valor de 40 mil milhões a três meses, apenas satisfez um terço dos pedidos feitos pelos bancos, indicou ontem o banco central. À operação concorreram 146 instituições, sendo que o valor requerido foi 60% mais elevado do que na última cedência de liquidez (também a três meses) realizada pelo banco central, no passado dia 25 de Julho. A injecção de liquidez visava “normalizar” o mercado, mas falhou o objectivo uma vez que as taxas de juro Euribor acabaram o dia em alta, aproximando-se dos 4,75%, o valor mais alto em quase sete anos. Desde que eclodiu a crise, o BCE injectou mais de 250 mil milhões de euros, quase 80% da liquidez oferecida por vários bancos centrais mundiais.

CMVM continua a investigar
A exposição directa dos portugueses à crise do ‘subprime’ é “muito reduzida”, reiterou ontem a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em comunicado. No entanto, o regulador das bolsas prometeu que “dará conta de qualquer elemento informativo novo que se mostre relevante para os investidores”. Segundo a CMVM, até ao momento foram suspensos dois fundos de investimento em Portugal, o BNP Paribas Parvest Dynamic ABS e o WestLB Compass Fund, na sequência dos créditos malparados no ramo hipotecário de alto risco dos Estados Unidos. Até agora, a Comissão apurou 212 investidores em situação de risco, que investiram “aproximadamente” 19,5 milhões de euros.

BNP reabre fundos
Os três fundos que desencadearam a crise aguda do ‘subprime’ no dia 9 de Agosto vão ser reabertos, anunciou ontem o BNP Paribas. Em comunicado, o maior banco cotado francês, confirmou que o seu ABS Euribor e ABS Eonia voltarão ao mercado na próxima terça-feira, e que na quinta seguinte será a vez do Parvest Dynamic ABS. Segundo a Reuters, os fundos perderam quase 25% do seu valor entre 27 de Julho e 7 de Agosto, o último dia de negociação normal. A última cotação mostrava que os três fundos valiam 1,593 mil milhões de euros, mas o BNP já disse que o valor deverá continuar a cair entre 2% a 5%, mas avisa que estas estimativas poderão mud
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por Branc0 » 23/8/2007 23:09

Fogueiro Escreveu:eheheh, Branc0, o teu gráfico não está grande... está enooooooooooooorme... :!:

Um jeitinho nele... pleaaaaaaaaaaaaaaaase :) :!:


Your wish is my command. Já agora, o que achas dos valores de 97 comparados com os que temos até agora?
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por Fogueiro » 23/8/2007 22:59

eheheh, Branc0, o teu gráfico não está grande... está enooooooooooooorme... :!:

Um jeitinho nele... pleaaaaaaaaaaaaaaaase :) :!:
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Re: Bem me enganou o gráfico NYLOW

por Fogueiro » 23/8/2007 22:50

MOHAMED Escreveu:Como o Zero não está no fundo do gráfico, parecia-me que ainda estava acima de 50 :mrgreen:

É o que dá ver a coisa em 2 segundos...

Mas a partir de agora já não me enganam mais


Só com os 5 últimos dias:


.
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por Branc0 » 23/8/2007 22:37

Pata-Hari Escreveu:Entretanto, estamos com dois dias de nylows abaixo de 40. Os indices europeus estão já a valores de fim de julho, estando nós a desenhar um V em vez dos bonitos fundos em U. Cada vez mais me inclino para a hipotese que o Fogueiro levanta de virmos a re-testar mínimos.


Tive a curiosidade de ir ver o mini crash de 97 e reparei que teve 5 dias abaixo de 40 até se queixar novamente.

Usei as datas de 1997-10-15 até 1997-11-30. O dia exacto do "crash" foi a 27 de outubro se não me engano.

De notar no entanto duas diferenças:
1) O sell-off inicial não parece ter sido tão mau como este

2) Os valores bateram no mínimo de 16 no primeiro dia e vieram a aumentar, ao contrario de agora que vêm a diminuir.

EDIT: Grafico editado a pedido de varias familias :)
Anexos
nylows97.GIF
nylows97.GIF (0 Bytes) Visualizado 7623 vezes
Editado pela última vez por Branc0 em 23/8/2007 23:04, num total de 1 vez.
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por Garfield » 23/8/2007 22:31

Pata-Hari Escreveu:Cada vez mais me inclino para a hipotese que o Fogueiro levanta de virmos a re-testar mínimos.


Espero bem que sim :wink: Estou prontinho para ir aos saldos. :shock:
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por MozHawk » 23/8/2007 22:18

Apenas uma pequena nota para o nosso mercado, o PSI20 fechou o gap na sessão de hoje. Mas lá que isto tudo não está com grande cara, não.

Um abraço,
MozHawk
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Bem me enganou o gráfico NYLOW

por JUKIMSUNG » 23/8/2007 22:01

Como o Zero não está no fundo do gráfico, parecia-me que ainda estava acima de 50 :mrgreen:

É o que dá ver a coisa em 2 segundos...

Mas a partir de agora já não me enganam mais
 
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por Pata-Hari » 23/8/2007 20:55

Entretanto, estamos com dois dias de nylows abaixo de 40. Os indices europeus estão já a valores de fim de julho, estando nós a desenhar um V em vez dos bonitos fundos em U. Cada vez mais me inclino para a hipotese que o Fogueiro levanta de virmos a re-testar mínimos.
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por Fogueiro » 23/8/2007 19:33

Este post é só para "puxar" o das 17:23, pois o sistema não está a mostrar o 1º, quando muda de pg.
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por Fogueiro » 23/8/2007 16:23

Bem, isto é postado com delay mas só agora consegui entrar no Fórum:

Gás natural nos EEUU.

Foram divulgados os stocks referentes a 17 de Agosto, e, em linha com o esperado, estão a aproximar-se do intervalo das médias de 5 anos.

Storage Highlights:
Working gas in storage was 2,926 Bcf as of Friday, August 17, 2007, according to EIA estimates. This represents a net increase of 23 Bcf from the previous week. Stocks were 77 Bcf higher than last year at this time and 333 Bcf above the 5-year average of 2,593 Bcf. In the East Region, stocks were 137 Bcf above the 5-year average following net injections of 40 Bcf. Stocks in the Producing Region were 146 Bcf above the 5-year average of 758 Bcf after a net withdrawal of 15 Bcf. Stocks in the West Region were 51 Bcf above the 5-year average after a net drawdown of 2 Bcf. At 2,926 Bcf, total working gas is above the 5-year historical range.


Ver gráfico na pg anterior, que actualiza todas as 5ª feiras, excepto quando há um feriado nos dias anteriores, em que a divulgação passa para 6ª feira.
Editado pela última vez por Fogueiro em 23/8/2007 19:35, num total de 1 vez.
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