A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.
continuo a pensar que atingido um topo nas taxas de juro a tendencia macro é redireccionar os investimentos para obrigações pois após o topo e a seguinte descida das taxas de juro os cupões de obrigações emitidos durante o topo valorizaram com um prémio de risco muito inferior ao do mercado accionista.
igualmente uma descida de taxas de juros representa concerteza um mau momento economico ou financeiro como é o caso actual.
e isso tenderá caso as situações não sejam imediatamente sanadas a causar um sentimento negativo nos mercados accionistas.
é apenas a minha opinião.
BN
igualmente uma descida de taxas de juros representa concerteza um mau momento economico ou financeiro como é o caso actual.
e isso tenderá caso as situações não sejam imediatamente sanadas a causar um sentimento negativo nos mercados accionistas.
é apenas a minha opinião.
BN
Dialmedia Escreveu:O problema é que em situações normais, quando se reduz as taxas de juro normalmente elas vêm associadas a uma desaceleração da economia, daí que os investidores consideram esse evento "bear", já que as empresas vão começar a perder performance.
No entanto esta é uma situação diferente, se não houver descida das taxas pode ocorrer uma grande crise e a quebra do consumo vai-te repercutir nas empresas.
A única solução para a economia aguentar-se saudável por algum tempo é a quebra das taxas.
Essa descida, no entanto, não deve ser considerada com o o regresso do bull, mas sim um balão de oxigénio até que se avalie os efeitos que esta crise pode vir a ter na economia mundial, bem como as medidas que vão ser tomadas para resolver o problema.
Se se conseguir circunscrever o problema, aí teremos condições para ter um bull saudável.
Não sei se repararam mas a China está a passar ao lado desta crise, Shanghai podia ter aproveitado esta crise para corrigir mas não, se por lá saírem notícias negativas cá para fora em Agosto ou Setembro então é vamos ter um fim de 2007 algo negro.
Dialmedia, uma coisa é a Economia e outra o Mercado de Capitais.
A correlação entre Economia e Mercado de Capitais é zero.
Por isso tantos analistas, com boa formação macroeconómica, lêem tão mal o Mercado.
Os analistas sell side das grandes casas ganham pouco mais que os motoristas dos CEOs (é uma piada mazinha…) e os bons traders ganham mais que os CEOs.
Sempre fui um trader, e, no nosso meio, circulam muitas piadas sobre os analistas.
Aqui vai uma:
P: Qual é a diferença entre um analista sell side e um vendedor de carros usados?
R: O vendedor de carros usados sabe quando está a mentir.
Como falaste em Shangai aqui fica o gráfico mensal do SSE Composite Índex (2002-2006) a cair consistentemente com a economia a disparar…
- Anexos
-
- Shanghai.png (0 Bytes) Visualizado 11021 vezes
Re: Boa Analise de factos
Fogueiro Escreveu:Sorte Escreveu:Apenas uma situação que penso que não estará correta.
" corte de taxas muito bull para as acções"...
Será exactamente o contrario, o corte de taxas será admitir que as coisas estão mal e se iniciará um novo Bear market até as taxas atingirem valores historicamente baixos.
Apenas a minha opinião.
Sorte e Garfield, o que o redhot escreveu é verdade, mas a descida das taxas de juro são sobretudo bullish para as acções porque se tornam activos mais atractivos para investir face às obrigações.
Explicando melhor para onde olha o grande capital:
Actualmente o Per do S&P 500 está em 15,4.
O Per é o inverso da Taxa de Rendimento.
Logo, um cabaz do S&P 500 tem, actualmente, uma taxa de 6,5% (Calculadora Windows: 15,4 teclas 1/x * 100)
A Taxa Directora do FED está em 5,25% – menos 1,25% (prémio de risco) que as acções.
Em relação aos BT 10 anos, que fecharam 6ª feira em 4,73%, o prémio é de 1,77% (mas esta taxa está anormalmente abaixo da directora pela corrida ao quentinho da Divida Federal – é uma situação conjuntural que desaparecerá com o tempo).
Logo, as acções estão “baratas” face às aplicações de taxa fixa.
Se esta descer, ficam ainda mais baratas e tendem a subir para manter o spread histórico, que é o prémio que os investidores estão dispostos a pagar na sua relação recompensa/risco.
Sim essas contas parecem-me fazer sentido, e vai de encontro aquilo que penso sobre o corte das taxas de juro (ou melhor: vai de encontro aquilo que me andam a ensinar os livros que ando a ler...).
De qualquer forma também me parece fazer sentido que estas medidas de emergência no corte de taxas de juro e injecção de liquidez pelos BC's, provoquem algum pânico nos accionistas dai esta turbolência.
Depois como diz o fogueiro: O pessoal que costuma segurar as rédeas com mão forte, está todo de férias...e isso não ajuda.
Monkey Trader
"Mais vale estar mais ou menos certo do que exactamente errado." [Warren Buffett]
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lemor Escreveu:...![]()
Podes explicar melhor essa tabela ?
Cumps.
Lemor, esta tabela que mostra quanto um preço tem de subir, após uma queda, para voltar ao nível anterior a esta, evidencia como é absurdo manter posições perdedoras a partir de certos limites.
Fi-la para explicar a alguns amigos, que conservavam em carteira acções que já tinham caído 50, 70, ou mesmo 90% no esvaziar da bolha do milénio.
Se tivessem observado uma disciplina coerente tinham ficado ricos…
Os sell stops de 20% (bull market) e 15% (bear market) que indiquei, são aplicados em diversas situações:
1. Como stop loss, quando atingem essa perda sobre o preço de compra, para preservar o capital (80-85% deste).
2. Como trailing stops, colocados nas ganhadoras quando estas fazem máximos, para preservar os lucros, mas permitir beneficiar do uptrend sem ser stopado, em stops apertados, pelos dips duma subida saudável em dentes de serra.
3. Para zerar o custo da posição: quando uma acção atinge o dobro do preço de compra, colocas um sell stop em 1/2, para recuperar a totalidade do investimento, ficando com as acções remanescentes a custo zero. Se o sell stop não disparar, sobe-o, semanalmente, sobre o fecho da semana anterior e reduzes o número de acções protegidas por ele, pois, à medida que o preço sobe, já não precisas de vender metade para ficar com as remanescentes a custo zero. É a forma segura de tirar o melhor proveito quando acertas numa grande ganhadora.
Se subsistirem dúvidas, não hesites em perguntar.
Re: Boa Analise de factos
Sorte Escreveu:Apenas uma situação que penso que não estará correta.
" corte de taxas muito bull para as acções"...
Será exactamente o contrario, o corte de taxas será admitir que as coisas estão mal e se iniciará um novo Bear market até as taxas atingirem valores historicamente baixos.
Apenas a minha opinião.
Sorte e Garfield, o que o redhot escreveu é verdade, mas a descida das taxas de juro são sobretudo bullish para as acções porque se tornam activos mais atractivos para investir face às obrigações.
Explicando melhor para onde olha o grande capital:
Actualmente o Per do S&P 500 está em 15,4.
O Per é o inverso da Taxa de Rendimento.
Logo, um cabaz do S&P 500 tem, actualmente, uma taxa de 6,5% (Calculadora Windows: 15,4 teclas 1/x * 100)
A Taxa Directora do FED está em 5,25% – menos 1,25% (prémio de risco) que as acções.
Em relação aos BT 10 anos, que fecharam 6ª feira em 4,73%, o prémio é de 1,77% (mas esta taxa está anormalmente abaixo da directora pela corrida ao quentinho da Divida Federal – é uma situação conjuntural que desaparecerá com o tempo).
Logo, as acções estão “baratas” face às aplicações de taxa fixa.
Se esta descer, ficam ainda mais baratas e tendem a subir para manter o spread histórico, que é o prémio que os investidores estão dispostos a pagar na sua relação recompensa/risco.
lemor Escreveu:Estava pesquisar na net algo sobre crash de 1987 e encontrei isto:
http://www.lowrisk.com/crash/87vs97.htm
![]()
Algo semelhante com 2007 ?
Lemor, os gráficos estão claramente manipulados, mexeram nas escalas e “normalizaram os preços” até os crashs assumirem o padrão que eles queriam demonstrar.
Basta lembrar que o crash de 1929 foi de – 86,2%, e o de 1987 de – 33,5%.
Nos gráficos, essa diferença de 2,6 vezes maior para o de 1929 face ao de 1987 não aparece, nem aproximadamente, reflectido.
Coloco o gráfico actual do DJ com o mesmo time frame, apenas por curiosidade.
Incluí as MME de 40 semanas em azul (+- 200 dias) que é o utilizado normalmente para definir as tendências de longo prazo, e o de 65 semanas em amarelo (+-325 dias) que é o que uso para os Índices e que melhor tem, historicamente, funcionado como suporte crítico.
A razão de usar uma MM mais longa para os Índices do que para as acções (uso as MM 200 para as acções individuais) é que os Índices distorcem a média global de todas as acções cotadas num Mercado, pois ciclicamente retiram as de pior performance e substituem-nas pelas acções de melhor performance.
- Anexos
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- MME 40 semanas - azul
MME 65 semanas - amarela - Dow Jones desde Dez de 2004.png (0 Bytes) Visualizado 11234 vezes
Editado pela última vez por Fogueiro em 24/8/2007 19:20, num total de 1 vez.
O banner de publicidade superior do Caldeirão é da GE Money, nos jornais e outros sites nacionais que não sejam muito específicos a maioria da publicidade também é de empresas de crédito.
Há um ou dois anos atrás a DECO inclusivé lançou uma reportagem alertando que a classe média-alta já estava com dificuldades em pagar as prestações da casa, pessoas com rendimentos de 5000€ mensais.
Ainda por cima este boom do microcrédito apareceu logo quando a economia estava no fundo, e como sabem os portugueses não são muito dados a poupança, ainda para mais quando se vêm aflitos. Se calhar por cá o véu é que ainda não foi levantado na sua totalidade e poderemos ter algumas surpresas.
Há um ou dois anos atrás a DECO inclusivé lançou uma reportagem alertando que a classe média-alta já estava com dificuldades em pagar as prestações da casa, pessoas com rendimentos de 5000€ mensais.
Ainda por cima este boom do microcrédito apareceu logo quando a economia estava no fundo, e como sabem os portugueses não são muito dados a poupança, ainda para mais quando se vêm aflitos. Se calhar por cá o véu é que ainda não foi levantado na sua totalidade e poderemos ter algumas surpresas.
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redhot Escreveu:De qualquer forma este problema está relacionado com o crédito de alto risco de habitação nos EUA.
Um pouco como as COFIDIS, CREDIFIN, etc. Empresas que emprestam dinheiro sem perguntar se os clientes podem pagar....Sendo assim o que estavam à espera?...
Muitas das pessoas deixaram de pagar, o que é natural...para terem de aceder a este tipo de crédito tinham de ser pessoas com poucas probabilidades de pagar, caso contrário acediam a créditos normais.
Talvez seja um alerta saudável e que crie um "filtro" nessas empresas de forma que as que emprestam dinheiro de forma responsável sobrevivam e as outras saiam do mercado...
Concordo contigo, mas com as taxas de juros que estas empresas levam estão por seu lado algum protegidas e antes de elas aceitarem os créditos têm acesso aos dados do Banco de Portugal para saberem se as pessoas estão na lista negra. Não que seja infalível mas ajuda sempre dar alguma segurança a estas empresas. Quando têm dúvidas exigem sempre fiadores.
De qualquer forma este problema está relacionado com o crédito de alto risco de habitação nos EUA.
Um pouco como as COFIDIS, CREDIFIN, etc. Empresas que emprestam dinheiro sem perguntar se os clientes podem pagar....Sendo assim o que estavam à espera?...
Muitas das pessoas deixaram de pagar, o que é natural...para terem de aceder a este tipo de crédito tinham de ser pessoas com poucas probabilidades de pagar, caso contrário acediam a créditos normais.
Talvez seja um alerta saudável e que crie um "filtro" nessas empresas de forma que as que emprestam dinheiro de forma responsável sobrevivam e as outras saiam do mercado...
Um pouco como as COFIDIS, CREDIFIN, etc. Empresas que emprestam dinheiro sem perguntar se os clientes podem pagar....Sendo assim o que estavam à espera?...
Muitas das pessoas deixaram de pagar, o que é natural...para terem de aceder a este tipo de crédito tinham de ser pessoas com poucas probabilidades de pagar, caso contrário acediam a créditos normais.
Talvez seja um alerta saudável e que crie um "filtro" nessas empresas de forma que as que emprestam dinheiro de forma responsável sobrevivam e as outras saiam do mercado...
Monkey Trader
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Dialmedia Escreveu:
Se se conseguir circunscrever o problema, aí teremos condições para ter um bull saudável.
Não sei se repararam mas a China está a passar ao lado desta crise, Shanghai podia ter aproveitado esta crise para corrigir mas não, se por lá saírem notícias negativas cá para fora em Agosto ou Setembro então é vamos ter um fim de 2007 algo negro.
Boas,
A resoluçao do problema é extramente dificil, e se pensares que um corte de taxas de juro vai aumentar o recurso ao credito , entao o problema nao só nao se resolve como se agudiza . As enormes quantidades de papel-moeda que foram injectadas no mercado sao apenas e só aquilo que tu disseste : Um balao de oxigenio , que naturalmente depois de consumido voltamos á estaca zero.
A china e India estao ainda no inicio do seu processo de crescimento baseado no recurso ao credito , mas fazem-no á ritmo muito superior ao que americanos e europeus o fizeram no inicio da decada de 90. Por isso quando a bolha do credito asiatica atingir proporçoes de grandeza significativas , nao haverá volta a dar , nem injecçoes massiças de papel-moeda salvarao o mundo financeiro do seu colapso , pelo menos da forma como hoje o conhecemos.
Abraços
O problema é que em situações normais, quando se reduz as taxas de juro normalmente elas vêm associadas a uma desaceleração da economia, daí que os investidores consideram esse evento "bear", já que as empresas vão começar a perder performance.
No entanto esta é uma situação diferente, se não houver descida das taxas pode ocorrer uma grande crise e a quebra do consumo vai-te repercutir nas empresas.
A única solução para a economia aguentar-se saudável por algum tempo é a quebra das taxas.
Essa descida, no entanto, não deve ser considerada com o o regresso do bull, mas sim um balão de oxigénio até que se avalie os efeitos que esta crise pode vir a ter na economia mundial, bem como as medidas que vão ser tomadas para resolver o problema.
Se se conseguir circunscrever o problema, aí teremos condições para ter um bull saudável.
Não sei se repararam mas a China está a passar ao lado desta crise, Shanghai podia ter aproveitado esta crise para corrigir mas não, se por lá saírem notícias negativas cá para fora em Agosto ou Setembro então é vamos ter um fim de 2007 algo negro.

No entanto esta é uma situação diferente, se não houver descida das taxas pode ocorrer uma grande crise e a quebra do consumo vai-te repercutir nas empresas.
A única solução para a economia aguentar-se saudável por algum tempo é a quebra das taxas.
Essa descida, no entanto, não deve ser considerada com o o regresso do bull, mas sim um balão de oxigénio até que se avalie os efeitos que esta crise pode vir a ter na economia mundial, bem como as medidas que vão ser tomadas para resolver o problema.
Se se conseguir circunscrever o problema, aí teremos condições para ter um bull saudável.
Não sei se repararam mas a China está a passar ao lado desta crise, Shanghai podia ter aproveitado esta crise para corrigir mas não, se por lá saírem notícias negativas cá para fora em Agosto ou Setembro então é vamos ter um fim de 2007 algo negro.

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Garfield Escreveu:em teoria um corte de juros favorece o investimento em obrigações desfavorecendo por isso as acções.
Olá Garfield.
Eu ainda ando a aprender (pescar...) como isto da bolsa funciona. Sou novato ainda, mas não percebo como é que o corte das taxas de juro são más para o mercado de acções e beneficiam as obrigações. A meu ver (posso estar errado) é ao contrário.
Se as taxas de juro forem baixas então:
- os custos financeiros relacionados com crédito das cotadas diminui e o lucro do exercício aumenta.
- Consequentemente o valor das acções irá aumentar tornando o risco de rendibilidade menor.
- Os custos de margin account dos investidores (que as usam...)diminui o que permite alavancagens mais baratas, tornado o investimento com margin account mais atrativo.
Pelo contrário se as taxas de juro aumentam, então pela inversa dos pontos anteriores o risco de investimento em acções aumenta quando comparado com as das obrigações. Os investidores irão fugir para estas largando as acções.
Exemplo:
A SONAE comprou as lojas do Carrefour com crédito do BPI. Se os juros diminuem, menos custos financeiros para a SONAE, logo mais lucro.
Monkey Trader
"Mais vale estar mais ou menos certo do que exactamente errado." [Warren Buffett]
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Bancos centrais fazem campanha global para acalmar mercados
Da Redação
Em São Paulo
Bancos centrais de Estados Unidos, Europa e Ásia injetaram no mercado de seus países quantias acima da média nos últimos dias, com o objetivo de acalmar os investidores, preocupados com a turbulência nas Bolsas de Valores.
Apenas nesta sexta-feira, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) injetou dinheiro no mercado duas vezes. A primeira, no valor de US$ 19 bilhões. Depois, mais US$ 16 bilhões. Nesta semana, o aporte total foi de US$ 84,5 bilhões, número 78% superior aos US$ 50,25 bilhões na semana anterior.
A crise do mercado de hipotecas norte-americano é o motivo da turbulência mundial das Bolsas, fato que leva os bancos centrais a aumentarem a liquidez (quantidade de dinheiro disponível) de forma conjunta.
Nesta sexta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) injetou 61,05 bilhões de euros, equivalente a US$ 83,4 bilhões, ou R$ 160,7 bilhões, em oferta que se estende por três dias.
Ontem, a instituição já havia aportado € 94,84 bilhões (US$ 129,5 bilhões, ou R$ 249,6 bilhões). O objetivo é "assegurar condições em ordem no mercado aberto da zona do euro", disse o BCE, em nota.
O total das operações supera as injeções de recursos feitas pelo BCE imediatamente após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA. Naquela época, 69,3 bilhões de euros (US$ 94,7 bilhões) foram colocados no overnight em 12 de setembro, seguidos por 40,5 bilhões de euros (US$ 55,3 bilhões) no dia seguinte.
Os BCs de Japão e Austrália destinaram a seus mercados, nesta sexta, US$ 8,4 bilhões e US$ 4,2 bilhões, respectivamente. No caso da autoridade monetária australiana, a injeção corresponde ao dobro das intervenções que costuma fazer. Foi a primeira vez que os bancos centrais desses dois países tiveram de tomar essa iniciativa desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
O BC canadense injetou 1,64 bilhão de dólares canadenses (US$ 1,55 bilhão) e divulgou que está em contato com outros bancos centrais sobre a situação global. O da Suíça ofereceu dinheiro aos bancos a uma taxa abaixo do mercado, de 2,6%, pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira.
Na Coréia, a autoridade monetária local informou nesta estar pronta para injetar recursos nos mercados se necessário. Na Noruega, o BC fez empréstimo de 45 bilhões de coroas (US$ 7,80 bilhões) na quinta-feira e disse que isso deu ampla liquidez aos bancos.
Malásia, Indonésia, Filipinas e Taiwan também agiram nesta sexta para dar suporte a suas moedas, vendendo dólares, segundo operadores, em meio a temores de que a turbulência dos mercados de crédito cheguem à região.
(Com informações de EFE, Reuters e Valor Online)
Da Redação
Em São Paulo
Bancos centrais de Estados Unidos, Europa e Ásia injetaram no mercado de seus países quantias acima da média nos últimos dias, com o objetivo de acalmar os investidores, preocupados com a turbulência nas Bolsas de Valores.
Apenas nesta sexta-feira, o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) injetou dinheiro no mercado duas vezes. A primeira, no valor de US$ 19 bilhões. Depois, mais US$ 16 bilhões. Nesta semana, o aporte total foi de US$ 84,5 bilhões, número 78% superior aos US$ 50,25 bilhões na semana anterior.
A crise do mercado de hipotecas norte-americano é o motivo da turbulência mundial das Bolsas, fato que leva os bancos centrais a aumentarem a liquidez (quantidade de dinheiro disponível) de forma conjunta.
Nesta sexta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) injetou 61,05 bilhões de euros, equivalente a US$ 83,4 bilhões, ou R$ 160,7 bilhões, em oferta que se estende por três dias.
Ontem, a instituição já havia aportado € 94,84 bilhões (US$ 129,5 bilhões, ou R$ 249,6 bilhões). O objetivo é "assegurar condições em ordem no mercado aberto da zona do euro", disse o BCE, em nota.
O total das operações supera as injeções de recursos feitas pelo BCE imediatamente após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA. Naquela época, 69,3 bilhões de euros (US$ 94,7 bilhões) foram colocados no overnight em 12 de setembro, seguidos por 40,5 bilhões de euros (US$ 55,3 bilhões) no dia seguinte.
Os BCs de Japão e Austrália destinaram a seus mercados, nesta sexta, US$ 8,4 bilhões e US$ 4,2 bilhões, respectivamente. No caso da autoridade monetária australiana, a injeção corresponde ao dobro das intervenções que costuma fazer. Foi a primeira vez que os bancos centrais desses dois países tiveram de tomar essa iniciativa desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
O BC canadense injetou 1,64 bilhão de dólares canadenses (US$ 1,55 bilhão) e divulgou que está em contato com outros bancos centrais sobre a situação global. O da Suíça ofereceu dinheiro aos bancos a uma taxa abaixo do mercado, de 2,6%, pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira.
Na Coréia, a autoridade monetária local informou nesta estar pronta para injetar recursos nos mercados se necessário. Na Noruega, o BC fez empréstimo de 45 bilhões de coroas (US$ 7,80 bilhões) na quinta-feira e disse que isso deu ampla liquidez aos bancos.
Malásia, Indonésia, Filipinas e Taiwan também agiram nesta sexta para dar suporte a suas moedas, vendendo dólares, segundo operadores, em meio a temores de que a turbulência dos mercados de crédito cheguem à região.
(Com informações de EFE, Reuters e Valor Online)
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Caros Forenses,
Deixo para amanhã as respostas e comentários a alguns posts que colocaram neste tópico pois, depois de uma semana em mar Almirante (calão náutico que significa mar bravo, em contraponto com o mar de Senhoras, que é quando está calmo) quero fazê-lo com tranquilidade.
Todavia não posso deixar de comentar hoje as injecções, em 2 dias, de cerca de $300 mil milhões de vários Bancos Centrais com o BCE à cabeça seguido da Reserva Federal americana, mas também os da Austrália, Japão e Canadá, que se saiba.
A última vez que isto foi feito foi em Setembro de 2001, depois do atentado terrorista às Torres Gémeas.
Na sequência do disparo das taxas interbancárias (taxas a que os bancos emprestam uns aos outros) porque a oferta era inferior à procura, os Bancos Centrais entraram no jogo emprestando dinheiro de forma a trazer esta taxa para próximo da taxa directora actual do FED (5,25%).
Estas intervenções são sempre feitas de surpresa para “entalar” os especuladores que tomaram dinheiro a taxas altas para colocarem a taxas ainda mais altas, e assim travar futuras “jogadas” – é o velho ditado do medo que guarda a vinha… costumam resultar quando cirúrgicas.
Deixo para amanhã as respostas e comentários a alguns posts que colocaram neste tópico pois, depois de uma semana em mar Almirante (calão náutico que significa mar bravo, em contraponto com o mar de Senhoras, que é quando está calmo) quero fazê-lo com tranquilidade.
Todavia não posso deixar de comentar hoje as injecções, em 2 dias, de cerca de $300 mil milhões de vários Bancos Centrais com o BCE à cabeça seguido da Reserva Federal americana, mas também os da Austrália, Japão e Canadá, que se saiba.
A última vez que isto foi feito foi em Setembro de 2001, depois do atentado terrorista às Torres Gémeas.
Na sequência do disparo das taxas interbancárias (taxas a que os bancos emprestam uns aos outros) porque a oferta era inferior à procura, os Bancos Centrais entraram no jogo emprestando dinheiro de forma a trazer esta taxa para próximo da taxa directora actual do FED (5,25%).
Estas intervenções são sempre feitas de surpresa para “entalar” os especuladores que tomaram dinheiro a taxas altas para colocarem a taxas ainda mais altas, e assim travar futuras “jogadas” – é o velho ditado do medo que guarda a vinha… costumam resultar quando cirúrgicas.
ehheeh está bem scpnuno, acho que realmente deves aproveitar para recuperar desta semana de loucos e dormir porque amanha por esta hora podes estar novamente com insónias
eu cá vou apanhar ar fresco na moleirinha para perder o aroma dos mercados e desligar disto por umas horas para entrar em estágio para o grande evento de amanha. ehehhehehhe
saudações desportivas
e bons negocios

eu cá vou apanhar ar fresco na moleirinha para perder o aroma dos mercados e desligar disto por umas horas para entrar em estágio para o grande evento de amanha. ehehhehehhe
saudações desportivas
e bons negocios
Garfield Escreveu:em teoria um corte de juros favorece o investimento em obrigações desfavorecendo por isso as acções.
(Garfield, hoje podemos ir dormir mais cedo - deixa lá que eles não devem cortar as taxas de juro durante esta noite - e se cortarem, logo se vê na 2ª feira)
Abraços lagartos (apesar da vista)
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
Re: Boa Analise de factos
Sorte Escreveu:Apenas uma situação que penso que não estará correta.
" corte de taxas muito bull para as acções"...
Será exactamente o contrario, o corte de taxas será admitir que as coisas estão mal e se iniciará um novo Bear market até as taxas atingirem valores historicamente baixos.
Apenas a minha opinião.
Baixar as taxas de juros significa cortar custos relacionados com juros nas cotadas (cortar despesa) o que implica + lucro. Penso eu...
Monkey Trader
"Mais vale estar mais ou menos certo do que exactamente errado." [Warren Buffett]
"Mais vale estar mais ou menos certo do que exactamente errado." [Warren Buffett]
Fogueiro Escreveu:O Cramer mais calmo, na 4ª feira, no show do humurista Stephen Colbert:
http://www.comedycentral.com/shows/the_ ... ndex.jhtml
Na lista de videos, mais abaixo, é o do dia 8/8 que tem a foto do Cramer.
Fabuloso....
Monkey Trader
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