A bomba atómica do Money Management?!
Re: A bomba atómica do Money Management?!
Um belo tópico que encontrei por aqui.
Vale a pena ler os posts do Cem sobre Money Management.
Gostava também de perguntar se alguém conhece boa literatura, websites, etc sobre o tema.
Eu acho este tema do money management de extrema importância para o sucesso de um investidor/trader.
Cumprimentos,
Fernando Ferreira
Vale a pena ler os posts do Cem sobre Money Management.
Gostava também de perguntar se alguém conhece boa literatura, websites, etc sobre o tema.
Eu acho este tema do money management de extrema importância para o sucesso de um investidor/trader.
Cumprimentos,
Fernando Ferreira
- Mensagens: 287
- Registado: 29/11/2007 3:11
Re: Re
Olá Cem,
Gostaria muito de acompanhar o assunto. Qual é o tópico?
Ora aqui está uma excelente ideia, amigo Cem.
Ao incluíres nos teus excelentes artigos esses pequenos pormenores do género "retirado da ideia" de Fulano, "o conceito X" de Beltrano e por ai fora vais permitir que pessoas como eu, leigas na matéria, possam aprofundar um pouco mais os seus conhecimentos indo à procura desses autores.
Quanto mais não seja para o imprescindível contraditório. Estou certo que concordas comigo.
Abraço,
Tiago
Cem pt Escreveu:numa outra thread à parte estou a implementar um pequeno exemplo
Gostaria muito de acompanhar o assunto. Qual é o tópico?
Cem pt Escreveu:retirado da ideia que está por trás do "Turtle System" do Richard Dennis (...) o conceito anti-Martingale do "Scaling into and out a position" do Ralph Vince
Ora aqui está uma excelente ideia, amigo Cem.

Ao incluíres nos teus excelentes artigos esses pequenos pormenores do género "retirado da ideia" de Fulano, "o conceito X" de Beltrano e por ai fora vais permitir que pessoas como eu, leigas na matéria, possam aprofundar um pouco mais os seus conhecimentos indo à procura desses autores.

Quanto mais não seja para o imprescindível contraditório. Estou certo que concordas comigo.
Abraço,
Tiago
Re
Procurando responder sinteticamente:
- Amigo Superwell:
Aplicando a teoria dos jogos de facto a fórmula de Kelly deveria retornar a percentagem óptima de capital disponível de balanço após cada trade.
Aplicada ao infinito deveria retornar um balanço final superior a qualquer outra percentagem aplicada ao capital disponível na carteira, conhecendo-se apenas 2 factores à partida: a taxa de sucesso do método e a razão entre o ganho médio e a perda média de cada jogada.
Para isso temos de saber em primeiro lugar qual é a fórmula exacta e os cuidados a ter na sua aplicação:
%Kelly = W - (1-W)/R
Em que:
W = Percentagem de sucesso (= nº de trades vencedoras / nº total de trades)
R = Rácio Profit / Loss (Média de cada trade vencedora / Média de cada trade perdedora)
Cuidados a ter na aplicação da fórmula:
1) Os rácios W e R só fazem sentido se tiverem sido testados exaustivamente, com pelo menos umas centenas largas de resultados simulados, preferencialmente em todo o tipo de cenários possível.
2) Aplicação somente nos casos em que a totalidade de ganhos acumulados a longo prazo seja superior às perdas acumuladas a longo prazo. Se Ganhos = Perdas a fórmula retornaria um valor nulo e, logicamente, um valor negativo se Perdas > Ganhos.
3) A fórmula só faz sentido aplicar para distribuições estatísticas normais ou de Gauss.
Nos mercados financeiros infelizmente não é isso que sucede, em sessões de forte volatilidade o pânico ou a euforia muitas vezes exacerbados leva a que essas sessões revelem resultados demasiado "esticados" nos seus extremos, tornando a fórmula sem sentido prático nessas situações.
Uma consequência natural negativa para quem tenta aplicar a fórmula ao longo de alguns anos é que vai levar em cima com situações de falência ou quase falência em sessões do tipo "crash", onde os drawdowns arrastarão inevitavelmente para o abismo sistemas de trading de excelentes performances passadas quando menos se espera.
4) Nos mercados a fórmula de Kelly tem de ser vista à luz do histórico da performance dos sistemas de trading e não como método a aplicar para cálculo da percentagem óptima. Neste caso, tendo em conta que a regra número 1 do trader dever ser sempre procurar preservar o seu capital e não procurar maximizar os ganhos expondo-se em simultâneo a riscos de falência, a fórmula de optimização de uma determinada alavancagem deverá levar em linha de conta primordialmente o drawdown esperado para o tempo de negociação a que se vai ficar exposto associado a um coeficiente de segurança, conforme aliás referi no passado.
- Amigo Tiago:
Calma, não exageremos, o livro do Pardo deverá ter certamente outros conceitos interessantes e outras virtudes mas de facto no caso da fórmula de Kelly foi infeliz.
Não tenho nem tive tempo de escrever nenhum livro sobre trading, escrevi muita coisa na net mas está tudo desgarrado, embora reconheça que há muito material para ser actualizado, desenvolvido e melhorado.
No entanto e para quem quiser apreender alguns conceitos, numa outra thread à parte estou a implementar um pequeno exemplo que leva em conta 3 formas diferentes de encarar o Risk Management: a volatilidade do activo através da fórmula "Alavancagem padrão", retirado da ideia que está por trás do "Turtle System" do Richard Dennis, o conceito anti-Martingale do "Scaling into and out a position" do Ralph Vince e da mistura de Martingale com anti-Martingale de um outro conceito novo de acumulação de risco controlado a que chamei de "Piramidagem controlada" do Cem,
para procurar obter a maximização do capital de partida.
Claro que não sei o que se pode vir a gerar no final, estou esperançado contudo que seja um valor elevado.
Posso avançar no entanto que no exemplo em causa estou muito mais concentrado e particularmente interessado na questão do money management do que no trading system que no exemplo em causa é um mero veículo de apêndice. No final da experiência será fácil explicar porquê, espero.
Ficará registada talvez uma das primeiras experiências feitas em sites de mercados na net com um cocktail explosivo que creio ser pioneiro na aplicação simultânea de vários daqueles que podem ser considerados métodos avançados de money management, podendo oferecer muitas pistas novas a explorar a quem se dedique ao trading de uma forma séria e não do tipo jogador.
Bons negócios.
Cem
- Amigo Superwell:
Aplicando a teoria dos jogos de facto a fórmula de Kelly deveria retornar a percentagem óptima de capital disponível de balanço após cada trade.
Aplicada ao infinito deveria retornar um balanço final superior a qualquer outra percentagem aplicada ao capital disponível na carteira, conhecendo-se apenas 2 factores à partida: a taxa de sucesso do método e a razão entre o ganho médio e a perda média de cada jogada.
Para isso temos de saber em primeiro lugar qual é a fórmula exacta e os cuidados a ter na sua aplicação:
%Kelly = W - (1-W)/R
Em que:
W = Percentagem de sucesso (= nº de trades vencedoras / nº total de trades)
R = Rácio Profit / Loss (Média de cada trade vencedora / Média de cada trade perdedora)
Cuidados a ter na aplicação da fórmula:
1) Os rácios W e R só fazem sentido se tiverem sido testados exaustivamente, com pelo menos umas centenas largas de resultados simulados, preferencialmente em todo o tipo de cenários possível.
2) Aplicação somente nos casos em que a totalidade de ganhos acumulados a longo prazo seja superior às perdas acumuladas a longo prazo. Se Ganhos = Perdas a fórmula retornaria um valor nulo e, logicamente, um valor negativo se Perdas > Ganhos.
3) A fórmula só faz sentido aplicar para distribuições estatísticas normais ou de Gauss.
Nos mercados financeiros infelizmente não é isso que sucede, em sessões de forte volatilidade o pânico ou a euforia muitas vezes exacerbados leva a que essas sessões revelem resultados demasiado "esticados" nos seus extremos, tornando a fórmula sem sentido prático nessas situações.
Uma consequência natural negativa para quem tenta aplicar a fórmula ao longo de alguns anos é que vai levar em cima com situações de falência ou quase falência em sessões do tipo "crash", onde os drawdowns arrastarão inevitavelmente para o abismo sistemas de trading de excelentes performances passadas quando menos se espera.
4) Nos mercados a fórmula de Kelly tem de ser vista à luz do histórico da performance dos sistemas de trading e não como método a aplicar para cálculo da percentagem óptima. Neste caso, tendo em conta que a regra número 1 do trader dever ser sempre procurar preservar o seu capital e não procurar maximizar os ganhos expondo-se em simultâneo a riscos de falência, a fórmula de optimização de uma determinada alavancagem deverá levar em linha de conta primordialmente o drawdown esperado para o tempo de negociação a que se vai ficar exposto associado a um coeficiente de segurança, conforme aliás referi no passado.
- Amigo Tiago:
Calma, não exageremos, o livro do Pardo deverá ter certamente outros conceitos interessantes e outras virtudes mas de facto no caso da fórmula de Kelly foi infeliz.
Não tenho nem tive tempo de escrever nenhum livro sobre trading, escrevi muita coisa na net mas está tudo desgarrado, embora reconheça que há muito material para ser actualizado, desenvolvido e melhorado.
No entanto e para quem quiser apreender alguns conceitos, numa outra thread à parte estou a implementar um pequeno exemplo que leva em conta 3 formas diferentes de encarar o Risk Management: a volatilidade do activo através da fórmula "Alavancagem padrão", retirado da ideia que está por trás do "Turtle System" do Richard Dennis, o conceito anti-Martingale do "Scaling into and out a position" do Ralph Vince e da mistura de Martingale com anti-Martingale de um outro conceito novo de acumulação de risco controlado a que chamei de "Piramidagem controlada" do Cem,

Claro que não sei o que se pode vir a gerar no final, estou esperançado contudo que seja um valor elevado.
Posso avançar no entanto que no exemplo em causa estou muito mais concentrado e particularmente interessado na questão do money management do que no trading system que no exemplo em causa é um mero veículo de apêndice. No final da experiência será fácil explicar porquê, espero.
Ficará registada talvez uma das primeiras experiências feitas em sites de mercados na net com um cocktail explosivo que creio ser pioneiro na aplicação simultânea de vários daqueles que podem ser considerados métodos avançados de money management, podendo oferecer muitas pistas novas a explorar a quem se dedique ao trading de uma forma séria e não do tipo jogador.
Bons negócios.
Cem
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Re: Re
Olá Cem,
Vou devolver o livro e já nem te aconselho a comprá-lo. Afinal, custou 70 euros e ensina com erros o que podia aprender de graça aqui.
A propósito, não pensas reunir os teus textos em livro ou publicá-los numa revista da especialidade?
Um abraço,
Tiago
Cem pt Escreveu:enferma contudo de uma imprecisão quando se refere à fórmula de Kelly
Vou devolver o livro e já nem te aconselho a comprá-lo. Afinal, custou 70 euros e ensina com erros o que podia aprender de graça aqui.

A propósito, não pensas reunir os teus textos em livro ou publicá-los numa revista da especialidade?
Um abraço,
Tiago
Cem,
Pode ser que não esteja a ver bem o filme, mas a estratégia de kelly não é só para calcular a quantidade a investir?
E um rendimento de 50% vs 50% de ganhos vs percas só dá obrigatoriamente 0 se o trade fôr 1:1 certo?
50% vs 50% de ganhos vs percas com o risco 4:1 seria óptimo retorno, acho eu.
Esta formula do kelly é novidade para mim, portanto corrijam-me se estou errado.
cumps
Pode ser que não esteja a ver bem o filme, mas a estratégia de kelly não é só para calcular a quantidade a investir?
E um rendimento de 50% vs 50% de ganhos vs percas só dá obrigatoriamente 0 se o trade fôr 1:1 certo?
50% vs 50% de ganhos vs percas com o risco 4:1 seria óptimo retorno, acho eu.
Esta formula do kelly é novidade para mim, portanto corrijam-me se estou errado.
cumps
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Re
Amigo Tiago:
Obrigado pelo post.
Queria só chamar a atenção que o artigo do Robert Prado no seu conjunto é muito interessante, acaba sem eu saber por focar alguns dos pontos que referi ao longo do tema, enferma contudo de uma imprecisão quando se refere à fórmula de Kelly, um caso particular que deriva do conceito do Optimal f.
Se reparares, para um exemplo de percentagem de trades ganhas de 50% e percentagem de trades perdidas também de 50%, por maior que fosse o valor médio de cada ganho e por muito baixo que fosse o valor médio de cada perda, à partida seria um excelente sistema de trading, se aplicares a fórmula de Kelly que o Pardo indica (que está errada, repito) o valor seria de 0,00% porque o primeiro factor retornaria um resultado de 50%-50% = 0.
Fora esse detalhe penso que o essencial seria o trader focar-se nos conceitos gerais que o Pardo refere.
Abraço e continuação de bons negócios.
Cem
Obrigado pelo post.
Queria só chamar a atenção que o artigo do Robert Prado no seu conjunto é muito interessante, acaba sem eu saber por focar alguns dos pontos que referi ao longo do tema, enferma contudo de uma imprecisão quando se refere à fórmula de Kelly, um caso particular que deriva do conceito do Optimal f.
Se reparares, para um exemplo de percentagem de trades ganhas de 50% e percentagem de trades perdidas também de 50%, por maior que fosse o valor médio de cada ganho e por muito baixo que fosse o valor médio de cada perda, à partida seria um excelente sistema de trading, se aplicares a fórmula de Kelly que o Pardo indica (que está errada, repito) o valor seria de 0,00% porque o primeiro factor retornaria um resultado de 50%-50% = 0.
Fora esse detalhe penso que o essencial seria o trader focar-se nos conceitos gerais que o Pardo refere.
Abraço e continuação de bons negócios.
Cem
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Precisamente sobre este texto do Cem deixo aqui quatro páginas do livro "The Evaluation and Optimization of Trading Strategies" de Robert Prado.
Este autor pensa exactamente o mesmo. Quem gostou e achou muito importante o artigo do Cem deve ler, com toda atenção, estas poucas páginas.
Abraço,
Tiago
Este autor pensa exactamente o mesmo. Quem gostou e achou muito importante o artigo do Cem deve ler, com toda atenção, estas poucas páginas.
Abraço,
Tiago
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Re
Amigo Alex:
Thanks pelo post.
Infelizmente a minha vida profissional pouco tempo livre me tem permitido para vir à net, de vez em quando ainda vá que não vá!
Quanto à Inapa já vai com um sinal de vendida no sistema de trading desde há uns bons meses, para ser mais exacto desde 5 de Março quando fechou nos 2,69.
No entanto estou em crer que é das poucas acções da nossa praça que, quando começar a subir (para isso não só o médio prazo como também o longo prazo terão de estar em consonância, o que não deverá certamente acontecer nas próximas sessões!), tem um bom potencial de subida futuro ao contrário da maioria das acções do PSI 20 que já estão bastante esticadotas. Mas enfim, enquanto o sistema de trading der sinal lá terei de seguir os latidos do bicho...
Abraço amigo, bons negócios e boa época para a nossa Briosa!
Cem
Thanks pelo post.
Infelizmente a minha vida profissional pouco tempo livre me tem permitido para vir à net, de vez em quando ainda vá que não vá!
Quanto à Inapa já vai com um sinal de vendida no sistema de trading desde há uns bons meses, para ser mais exacto desde 5 de Março quando fechou nos 2,69.
No entanto estou em crer que é das poucas acções da nossa praça que, quando começar a subir (para isso não só o médio prazo como também o longo prazo terão de estar em consonância, o que não deverá certamente acontecer nas próximas sessões!), tem um bom potencial de subida futuro ao contrário da maioria das acções do PSI 20 que já estão bastante esticadotas. Mas enfim, enquanto o sistema de trading der sinal lá terei de seguir os latidos do bicho...
Abraço amigo, bons negócios e boa época para a nossa Briosa!
Cem
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Re: Re
Cem Escreveu:Oh vózesmecê, por quem sois, Dona Patarocas!
Há aqui tantos e tão bons traders que, estou certo, pouca gente ligará às posições da minha carteira pessoal.
Acho que hoje em dia o pessoal aprende depressa e é mais disciplinado a seguir os 4 pontos cardeais do trading, extraídos do livro do saudoso Bruce Babcock: identificar a tendência dominante, cortar cedo as perdas, maximizar os lucros e gerir o risco.
Como sabes esta série de mensagens tinha aver com o money management e não com os sinais concretos de sistemas de trading.
Mas uma vez que é a teu pedido aqui ficam as minhas posições actuais dadas pelo sistema de trading que utilizo actualmente em cada um dos activos que analiso diariamente todas as noites:
- Futuros de Índices:
Comprado em S&P 500, Nasdaq 100, PSI 20, DAX 30 e Euro Stoxx 50.
Neutro em IBEX 35.
- Câmbios:
Comprado em EURJPY.
Neutro em EURUSD.
- Futuros de Commodities:
Comprado no Brent.
Neutro no Ouro.
- Acções portuguesas:
Comprado em BCP e EDP.
Neutro em Inapa.
- Acções americanas:
Comprado em EBAY, LRCX, TLAB, VRSN e XRAY.
Neutro em AMAT, NTAP, SPLS, SBUX e SYMC.
Beijinhos e boa sorte.
Cem
Amigo Cem,
faco minhas as palabras da amiga Pata.
Desejo aliás, que nos brinde todas as noites com os indicadores que o Bobby vai "ladrando"... ou pelo menos que nos alerte quando algum desses indices dê sinal de mudanca da direccao do vento.
Só uma pergunta: isso de estar neutro em Inapa, qual é o horizonte temporal que o perdigueiro está a ver a coisa?
Abraco sincero!
Cumprimentos,
Alex Tomás
Alex Tomás
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Re
Oh vózesmecê, por quem sois, Dona Patarocas!
Há aqui tantos e tão bons traders que, estou certo, pouca gente ligará às posições da minha carteira pessoal.
Acho que hoje em dia o pessoal aprende depressa e é mais disciplinado a seguir os 4 pontos cardeais do trading, extraídos do livro do saudoso Bruce Babcock: identificar a tendência dominante, cortar cedo as perdas, maximizar os lucros e gerir o risco.
Como sabes esta série de mensagens tinha aver com o money management e não com os sinais concretos de sistemas de trading.
Mas uma vez que é a teu pedido aqui ficam as minhas posições actuais dadas pelo sistema de trading que utilizo actualmente em cada um dos activos que analiso diariamente todas as noites:
- Futuros de Índices:
Comprado em S&P 500, Nasdaq 100, PSI 20, DAX 30 e Euro Stoxx 50.
Neutro em IBEX 35.
- Câmbios:
Comprado em EURJPY.
Neutro em EURUSD.
- Futuros de Commodities:
Comprado no Brent.
Neutro no Ouro.
- Acções portuguesas:
Comprado em BCP e EDP.
Neutro em Inapa.
- Acções americanas:
Comprado em EBAY, LRCX, TLAB, VRSN e XRAY.
Neutro em AMAT, NTAP, SPLS, SBUX e SYMC.
Beijinhos e boa sorte.
Cem
Há aqui tantos e tão bons traders que, estou certo, pouca gente ligará às posições da minha carteira pessoal.
Acho que hoje em dia o pessoal aprende depressa e é mais disciplinado a seguir os 4 pontos cardeais do trading, extraídos do livro do saudoso Bruce Babcock: identificar a tendência dominante, cortar cedo as perdas, maximizar os lucros e gerir o risco.
Como sabes esta série de mensagens tinha aver com o money management e não com os sinais concretos de sistemas de trading.
Mas uma vez que é a teu pedido aqui ficam as minhas posições actuais dadas pelo sistema de trading que utilizo actualmente em cada um dos activos que analiso diariamente todas as noites:
- Futuros de Índices:
Comprado em S&P 500, Nasdaq 100, PSI 20, DAX 30 e Euro Stoxx 50.
Neutro em IBEX 35.
- Câmbios:
Comprado em EURJPY.
Neutro em EURUSD.
- Futuros de Commodities:
Comprado no Brent.
Neutro no Ouro.
- Acções portuguesas:
Comprado em BCP e EDP.
Neutro em Inapa.
- Acções americanas:
Comprado em EBAY, LRCX, TLAB, VRSN e XRAY.
Neutro em AMAT, NTAP, SPLS, SBUX e SYMC.
Beijinhos e boa sorte.
Cem
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- Registado: 18/4/2003 1:58
Re
Muito obrigado a todos pelos comentários simpáticos com que resolveram brindar esta série de mensagens.
Toda esta estratégia de alavancagem tem muito a ver com a experiência acumulada e filtrada de mais de uma dúzia de anos consecutivamente a transacionar produtos derivados.
Creio que muitos erros ou tentativas de criar novos sistemas de abordagem ao money management poderiam ser corrigidos muito cedo, evitando alguns anos de aprendizagem custosos, se conseguirem extrair deste pequeno artigo o essencial do que queria transmitir.
Desejo a todos os traders de produtos derivados excelentes negócios e muito sucesso, esperando que um crescimento saudável da vossa carteira possa de alguma forma ter resultado vagamente de alguns dos conselhos que aqui deixei.
Cem
Toda esta estratégia de alavancagem tem muito a ver com a experiência acumulada e filtrada de mais de uma dúzia de anos consecutivamente a transacionar produtos derivados.
Creio que muitos erros ou tentativas de criar novos sistemas de abordagem ao money management poderiam ser corrigidos muito cedo, evitando alguns anos de aprendizagem custosos, se conseguirem extrair deste pequeno artigo o essencial do que queria transmitir.
Desejo a todos os traders de produtos derivados excelentes negócios e muito sucesso, esperando que um crescimento saudável da vossa carteira possa de alguma forma ter resultado vagamente de alguns dos conselhos que aqui deixei.
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Re: Cont.
Cem Escreveu:
Mas afinal como deve ser empregue o money management? Desde que altura? Que tipo de activos? Em que situações específicas e como?
Estas são perguntas com fácil resposta: o money management deve ser empregue por todos aqueles que estão dispostos a correr riscos elevados, tendo consciência permanente desses riscos, que conheçam a fundo a performance histórica do método de trading que vão empregar, desde que retorne em média, num conjunto de trades aleatórias, um resultado expectável positivo.
Deve ser empregue por aqueles que querem acelerar no menor período de tempo possível os seus lucros para patamares quase inimagináveis mas tem um pequeno senão: deverá ter como condição de partida um capital de trading superior a cerca de 25.000 €, sei que esta condição estará longe de agradar à maioria mas mais tarde explicarei porquê.
O money management é aplicável a qualquer activo que permita ser alavancado nos mercados (contas margem em acções, futuros, opções, warrants, CFDs, etc) de qualquer natureza (câmbios, commodities, acções, obrigações, etc) e a melhor altura de começar a aplicar regras de money management deveria ter sido desde …ontem!
Quanto à melhor forma de calcular o número de acções ou posições a determinado valor da carteira, já lá iremos!
Para adoptar o número de posições optimizadas ao método de trading a empregar temos de ter consciência que quanto mais a conta é alavancada, maior será também o risco. Quanto maior o risco, maior será igualmente a possibilidade de vir a ocorrer aquilo que ninguém quer: a falência ou risco de ruína. O cuidado permanente a ter em adoptar um método qualquer de alavancagem de uma conta deve ter sempre em conta este cutelo da falência que temos de ter consciência que se encontra tanto mais perto da nossa cabeça quanto maior a alavancagem a imprimir à carteira! Usar stops em contas alavancadas, sempre! Mas por vezes, como já expliquei anteriormente, são eles próprios insuficientes. Ocorrências inesperadas de carácter excepcional provocam por vezes spikes exagerados nos movimentos de determinados activos em qualquer dos sentidos. Mesmo sendo acontecimentos muito raros, serão contudo suficientes para arrasar com a carteira de milhares de participantes nos mercados e provocarem crises de proporções inimagináveis, veja-se a Grande Depressão que se seguiu à crise do crash da Bolsa em Wall Street em 1929 que se fez sentir pelo mundo inteiro durante quase meia dúzia de anos.
É por isso que é preciso estimar para todas as classes de activos qual o valor imaginado para cenários do tipo catastrófico e termos consciência que esse cenário também pode vir a suceder connosco!
A defesa do capital tem de ser sempre o nosso objectivo número um, muito mais do que os lucros que gostaríamos de um dia vir a obter, só teremos este capital uma vez na vida e recuperá-lo aos níveis actuais para muitos de nós poderá ser tarde demais, depende da idade de cada um e da vontade de retomar esta actividade depois de um descalabro traumático.
Essas catástrofes que nos poderão ou não vir a afectar ocorrerão com maior probabilidade quanto maior for o período que iremos dedicar ao trading, ao período em que iremos sujeitar a nossa carteira ao risco dum vendaval desse tipo.
Daí não chegar o cálculo de valores extremos extraídos do passado porque a variância nos mercados é extremamente aleatória. Quando dizemos que o drawdown a atingir por um determinado activo pode atingir em 3 anos cerca de 12% num contrato não alavancado, provavelmente estaremos a falar em cerca de 30% num período mais alargado de 20 anos.
Poderão não se dar conta a maioria dos traders nesta altura, mas está comprovado que um rombo no seu capital em qualquer altura do seu período de trading superior a 50%, passando por exemplo um capital de 16.000 € para menos de 8.000 €, provoca um efeito psicológico devastador que o poderá levar a abandonar em definitivo esta actividade!
Não chega portanto a ser necessário levar uma pessoa à falência para o fazer levar-se a retirar deste mundo louco da especulação dos mercados.
Um valor relativamente equilibrado estimado para drawdown máximo a ser atingido por uma conta de trading ao longo de um período alargado de vários anos de trading é universalmente um patamar a rondar os 30%.
Infelizmente este valor do drawdown máximo admissível acaba por prevalecer quando queremos fixar a alavancagem de determinda conta, em especial quando nos restringimos aos mercados Bolsistas.
Alavancagens cujas performances dos sistemas de trading poderiam atingir as 8 ou mesmo as 10 unidades multiplicativas através dos critérios do “Optimal f” ou fracção óptima que são a base da corrente do método de money management mais utilizado pelos profissionais do trading, o método chamado fixo fraccional, a ser adoptadas na prática acabariam por ser um verdadeiro suicídio para quem quisesse manter em risco determinada carteira por mais de 5 ou 6 anos de actividade em mercados de futuros.Por experiência própria e pelo conhecimento que vamos adquirindo pelo contacto que vamos mantendo com muita gente ligada ao ramo, chega-se à conclusão que a alavancagem média adoptada por muitos dos traders nesta actividade ronda normalmente um valor entre os 3 aos 5. MenoIsto significa que quem se dedica ao trading do DAX, onde cada ponto em futuros vale 25 Euros, para se dedicar a sério a esta actividade, necessita de ter um capital à partida entre 7600x25/5 = 38.000 Euros a 7600x25/3 = 63.000 Euros para se poder encaixar no trading de apenas 1 contrato de futuros do DAX.Menos do que isto para um indivíduo se iniciar neste tipo de mercados é uma autêntica roleta russa onde um trader poderá estar morto à nascença, sem o saber, se quer entrar neste mundo incrível do roller-coaster em que ganhos e perdas se desenrolam a velocidades desenfreadas.
Suponham um trader que possui um sistema de trading que tem um histórico de resultados com as seguintes características e um capital de partida de 50.000 Euros que pretende dedicar-se exclusivamente ao trading dos futuros do Euro Stoxx 50, que valem 10 euros por cada ponto do índice e que possuem uma margem de negociação fixada pela corretora de 3.750 € por contrato:
- Taxa de sucesso do sistema (relação entre trades positivas e total das trades): 42%
- Média do lucro líquido de cada negócio positivo: 3,28%
- Média do prejuízo líquido de cada negócio negativo: 1,76%
- Risco médio inicial de cada trade: 2,5%
Para verificar que quantidade de capital pode ser colocado em risco numa única trade sobre o FESX, este trader pode fazer uma verificação de diversos critérios comparativos:
1) Supondo que o FESX se encontra nos 4450 pontos e que o stop de venda protectivo a introduzir deverá ser colocado nos 4410 pontos, sabemos que o trader não pretende perder em cada negócio mais do que 2,5% de todo o seu capital disponível. Logo, estaria disposto a perder neste negócio o limite de:
0,025 x 50.000 € = 1.250 €
Ou seja, se o seu stop fosse atingido, o risco de perda num único contrato seria de:
(4450-4410) x 10 = 400 € / contrato
Logo, poderia arriscar na trade:
1250 € / 400 € / contrato = 3 contratos
2) Se não fosse estabelecido um valor limite de perda por cada negócio, este trader poderia no limite negociar:
50.000 € / 3.750 € = 13 contratos
Isto era o limite máximo de contratos que poderia usar, mas só um maluco colocaria em jogo a totalidade do seu capital arriscando-se a perder tudo em pouco tempo no caso de ocorrência de algumas perdas consecutivas. Qual seria então o capital óptimo adequado a alocar a esta trade, repito, se não fixar um risco de perda isolado por negócio à partida?
Se atentarem no exemplo que dei atrás acerca da performance a longo prazo de um método de negociação da moeda e do prémio dos respectivos ganhos e perdas, este trader poderia da mesma forma verificar, para este método específico de negociação com as suas probabilidades intrínsecas médias de sucesso, que a percentagem óptima do seu capital total a colocar em risco deveria ser dado pelo cálculo do critério de Kelly ou do “Optimal f”:
W - (1-W) / R
Substituindo,
0,42–(1-0,42)/(3,28/1,76) = 11%
Ou seja, para optimizar o seu capital a longo prazo, este trader deveria usar apenas neste negócio:
0,11 x 50.000 € / 3.750 € / contrato = 1,4 contratos = 1 contrato
3) Drawdown da conta máximo de 30%:
Encaixa-se no cálculo do ponto 1) em que a perda máxima estabelecida foi de 2,5% por negócio, inferior portanto a estes 30% que, a ocorrerem, seria num cenário de crash fora do controlo do trader numa situação de gap gigantesco numa abertura violenta de pânico através de um movimento de descida do mercado, portanto contra a sua posição de compra de posições.
A probabilidade deste acontecimento é difícil de calcular mas pode ser estimada de forma aproximada recorrendo a 2 factores de avaliação: ao histórico passado e a um período de tempo idêntico ao que o trader pretende negociar. O drawdown não resulta apenas de um movimento violento do mercado contra as nossas posições mas quase sempre, em regra geral, resulta do somatório de trades sucessivas em que as perdedoras são a nota dominante, contrariando a performance rotineira de uma curva de capital ascendente.
Conclusão) Conjugando neste exemplo simples as verificações do número máximo de contratos através da perda máxima admissível por trade e da performance histórica deste sistema de trading, rentável mas pouco satisfatório em termos da relação de confiança de resultados a longo prazo, o número máximo de posições a negociar aconselhável para este trader seria apenas de 1 único contrato, estando portanto com uma alavancagem inferior a 1 no âmbito da sua carteira:
( 1 x 4.450 x 10 ) / 50.000 = 0,9
Alavancagens iguais ou inferiores a 1 são já patamares de risco baixos e vagarosos, exactamente ao mesmo nível do trading de acções sem margem.
Para arranque inicial da alavancagem de uma trade estarei assim de acordo com a maioria dos grandes autores no que respeita aos critérios de verificação da posição inicial, ao menor de qualquer um dos seguintes valores:
- Obedecer a um limite de perdas limitadas por negócio.- Não ultrapassar o critério da fracção óptima, baseada no princípio das estratégias de jogo antimartingale, tendo em conta a performance passada do sistema de trading. O problema da minha divergência daqui para a frente prende-se com a continuidade do seguimento destas correntes do money management similares aos métodos baseados neste princípio, como sejam os do tipo fixo fraccional.
- Obedecer a limites de segurança plausíveis de drawdowns violentos, embora o passado não signifique que num futuro próximo estejamos a salvo de ocorrências de carácter e extensão ainda mais assustadoras.
Não deixa de ser um bom exemplo o que se passou num dos finais dos anos 80 no campeonato do mundo de traders profissionais ocorrido de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro do ano completo, onde Larry Williams usando exclusivamente o método de Kelly na alavancagem dos seus activos de futuros baseados em índices accionistas, commodities, bonds e câmbios transformou 10.000 $USD reais da sua conta inicial obrigatória em 1.100.000 $USD.
Segundo explica por palavras o próprio Larry Williams, esta sua conta, após a competição terminar, veio alguns meses depois a sofrer um drawdown monumental de quase 70%! Nessa altura ele não tinha consciência que a limitação da conta a colocar em risco deveria ter em conta as quedas possíveis bruscas descontroladas de capital que eram impossíveis de segurar através dos stops de protecção. Conclusão: teve mesmo muita sorte em ter competido com sucesso através de uma estratégia de overtrading durante o campeonato, sem o saber na altura.
Vemos assim que o método fixo fraccional, cujos princípios foram apresentados pela primeira vez por Ralph Vince à comunidade do trading é hoje consensualmente considerado o sistema base de money management, utilizado pela grande maioria dos traders profissionais e por inúmeros gestores de fundos.
Para muitos dos que procuram soluções para o crescimento do seu capital de trading, fixando como ponto de partida o conjunto dos 3 critérios atrás considerados, pode ser uma boa base de partida que também subscrevo para imprimir o ritmo de alavancagem considerado adequado.
A partir deste ponto inicial uma subida ou uma descida de capital significativos podem-se traduzir na alteração do número de contratos ou acções colocados em risco por forma a manter sempre que possível inalterado o coeficiente de alavancagem, este é o grande princípio do método fixo fraccional do money management aqui considerado.
Se até aqui concordo com as grandes linhas gerais desta metodologia, já o seu controlo de acompanhamento futuro começa a levantar algumas reservas porque poderia ser melhorado.
Como?
Vejamos, na prática este método de gestão do capital, apesar de conter muitas das respostas para o caminho de uma conta se tornar numa super-conta, sofre de alguns contratempos pouco simpáticos, sendo o principal a chamada alavancagem assimétrica.
De facto o maior problema com o método fixo fraccional reside na altura em que o número de contratos ainda é baixo, o que provavelmente sucede com mais de 95% das contas de trading, isto é, quando o capital de trading disponível se encontra abaixo de um patamar de 25.000 € ou 30.000 €.
Apostar com este nível de capital em mais de 1 contrato de futuros correntes é deveras arrojado e resulta quase sempre num triste fracasso ou num retorno traumatizante de enormes prejuízos quando o mercado se resolver virar contra a posição do trader em causa algures durante o período em risco.
Existe por vezes estabelecida no mercado, independentemente do sistema de trading utilizado, a opinião de que se deve apostar um contrato de futuros de um determinado índice bolsista por cada 15.000 € de capital disponível ou ganho.
Se determinado indivíduo tinha à partida por exemplo uma conta inicial de 10.000 € e resolveu começar a apostar 1 contrato de futuros e chegou aos 15.000 € e aí resolveu passar para 2 contratos, pode-lhe suceder que um movimento contrário com metade da amplitude do seu ganho o leve de novo ao ponto de partida: 10.000 € + 5.000 € - 2 x 2.500 € = 10.000 € .
Agora teria de recomeçar novamente uma tarefa árdua, em que investiu muito do seu tempo e dinheiro, para se dar conta que uma desvalorização de cerca de metade do mercado em relação à valorização que o levou a um ponto elevado era suficiente para o colocar de novo no ponto de partida.
Passar esta barreira de poucos contratos para um número considerado aceitável, sensivelmente superior a 10, é realmente uma tarefa extenuante e extremamente difícil. Eu sou testemunha particular deste fenómeno, em que demorei uns bons anos a ultrapassar esta barreira, apesar de saber que possuía boas armas como sistemas de trading de boas performances históricas.
Só mais tarde me dei conta de pequenos detalhes que poderia ter acrescentado a esta estratégia pura do fixo fraccional e que poderiam ter evitado que ficasse alguns anos a fazer uma autêntica corrida repleta de obstáculos sucessivos para muitas vezes ter de retornar perto do ponto de partida. Felizmente
São tempos que já lá vão, agora os verbos chamam-se voar e esperar!Esse detalhe ou acrescento chama-se piramidagem controlada e combina conceitos da estratégia de jogo antimartingale com uma estratégia do tipo martingale!
Cem
Cem muitos parabéns pelo artigo que colocaste. Embora os meus agradecimentos sejam "atrasados" acho sempre interessante puxar para a primeira página um artigo 5 estrelas como este. Alguns traders podem "salvar" as suas contas ao ler tão importante artigo.
O teu post está suuuuuper interessante, muito instrutivo e realmente duma utilidade extrema.
Gostei mesmo muito, pois aborda muitos pontos sobre os quais tenho reflectido bastante, principalmente sobre a temática da desmultiplicação na alavancagem.
O artigo tem verdadeiras pérolas que condensam muita experiência e sabedoria. E é por isso que todos adoramos o caldeirão.... em alguns minutos podemos ler um artigo que nos permite progredir muito e fazer-nos reflectir e melhorar.
Mais uma vez os meus parabéns


Um abraço a todos e pelo amor de Deus, todos os que negoceiam futuros,cfds, forex e afins.... façam um favor a vocês próprios e leiam este tópico todo com atenção

Bons negócios para todos

"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius
"Pague a bondade com bondade, mas o mal com a justiça" --- Confucius
"Experiência e humildade são excelentes veículos para percorrer a via em direcção ao sucesso" --- Thunder o filósofo de meia-tigela
"Pague a bondade com bondade, mas o mal com a justiça" --- Confucius
"Experiência e humildade são excelentes veículos para percorrer a via em direcção ao sucesso" --- Thunder o filósofo de meia-tigela
..
Amigo Cem de facto um tópico e uma exposição excelente sobre um assunto importantíssimo. De resto no seguimento da ssuas outras exposições.
Gostaria de falar de várias coisas, mas foram tantos os pontos tratados que dava para fazer umas tese...
Mas começando por alguns pontos:
De facto é essencial o money management, mas/e indo de encontro ao que refere tenho vindo a repensar este e a adaptar este: Seja ao tipo de trading, seja ao perfil do investidor, seja ao tipo de trading.
Ou seja deverá ter-se em conta vários factores (de resto, como indirectamente, refere na sua exposição).
Assim, a meu ver, as regras de management são interdependentes e naturalmente/necessariamente dependentes dos seguintes pontos:
-Preço (trend - nova, madura, em extinção)
-Size (Seja a % do trade, seja o valor da carteira)
-Targets previsíveis do trade. (A partir de certo nível deixa de compensar a posição!)
-Nível de stops pretendidos (Tal ligado sempre/necessariamente ao Size) - Os stops nunca deveriam ser para serem executados.
-Sentimento do mercado
-Numero daquele trade na linha e as suas ODDS.
E de acordo com estas variáveis então usa-se da estratégia adequada.
-Pessoalmente estou de acordo, seja com técnicas de Martingale, seja Antimartingale mas umas vezes usa-se uma outras outra (Algo como o Cem refere, embora com variantes. VG: Se estamos contra a trend do mercado e contra o sentimento (provavlemente é caso para estar parado) mas entrando numa posiçãseria um erro entrar em com um scaling de Martingale.
Já se estamos a favlor da trend e do sentimento o scaling, porque será no fundo de uma das tais pernas do w fará todo o sentido.
- É certo que devem sempre e em qualquer posição, ser usados stops. Mas os Stops, são para uma emergência, ou seja não é suposto serem executados! Pessoalmente considero que o stop tem de estar lá porque tem mesmo, mas antes de ser atingido tem de se reconhecer que a posição foi errada! Deixar a posição exposta à esperança, mesmo depois de dizermos que já não entraríamos naquela posição, (especialmente em derivado) é a meu ver é um erro.
- Sobre os stops, abaixo das tais pernas do W terão sempre claro a ver com o tamanho da perda admissível, e por conseguinte com o size da posição.
Não se usa um size maior em que a perda ultrapassa o valor máximo admissível para aquele trade, nesse caso como estará de acordo, reduz-se o size para colocarmos o stop no sítio adequado sem atingir o valor máximo de perda admissível, .
- Quanto a questão da sua Piramidagem controlada, o aguardar pelo topo, e o facto de o trader não se desfazer de posições nesse topo, e sim aguardar e reforçar em scáling, próximo do fundo do W.
Se bem que funcione, conduz também a que numa correcção como a de Fevereiro possam os lucros da posição desaparecer todos!
Correcção ao que referi! Não desaparecem todos porque está como referiu o Cem, o trailing stop, abaixo da perna do W para garantir que estas perdas não se alongam. Mas os lucros do ultimo W esvaíram-se!
Mas se fosse possível: sair de posições longas, em todos os topos e entrar em posições curtas nesse mesmo momento para sair ao atingir o fundo da perna do W.
Isto ad eternum e associado a estratégias martingale se a favor da trend/sentimento e Anti-Martingale se contra!
Claro que ainda teríamos de adequar tal ao timeframe em que necessariamente terá de usar (tipo triple screen) os vários timeframes.
Não sei, são pensamentos, não tão estruturados como gostaria, mas que resultam do último sistema que ando a construir!
Fica a consideração!
Com os melhores cumprimentos,
Gostaria de falar de várias coisas, mas foram tantos os pontos tratados que dava para fazer umas tese...
Mas começando por alguns pontos:
De facto é essencial o money management, mas/e indo de encontro ao que refere tenho vindo a repensar este e a adaptar este: Seja ao tipo de trading, seja ao perfil do investidor, seja ao tipo de trading.
Ou seja deverá ter-se em conta vários factores (de resto, como indirectamente, refere na sua exposição).
Assim, a meu ver, as regras de management são interdependentes e naturalmente/necessariamente dependentes dos seguintes pontos:
-Preço (trend - nova, madura, em extinção)
-Size (Seja a % do trade, seja o valor da carteira)
-Targets previsíveis do trade. (A partir de certo nível deixa de compensar a posição!)
-Nível de stops pretendidos (Tal ligado sempre/necessariamente ao Size) - Os stops nunca deveriam ser para serem executados.
-Sentimento do mercado
-Numero daquele trade na linha e as suas ODDS.
E de acordo com estas variáveis então usa-se da estratégia adequada.
-Pessoalmente estou de acordo, seja com técnicas de Martingale, seja Antimartingale mas umas vezes usa-se uma outras outra (Algo como o Cem refere, embora com variantes. VG: Se estamos contra a trend do mercado e contra o sentimento (provavlemente é caso para estar parado) mas entrando numa posiçãseria um erro entrar em com um scaling de Martingale.
Já se estamos a favlor da trend e do sentimento o scaling, porque será no fundo de uma das tais pernas do w fará todo o sentido.
- É certo que devem sempre e em qualquer posição, ser usados stops. Mas os Stops, são para uma emergência, ou seja não é suposto serem executados! Pessoalmente considero que o stop tem de estar lá porque tem mesmo, mas antes de ser atingido tem de se reconhecer que a posição foi errada! Deixar a posição exposta à esperança, mesmo depois de dizermos que já não entraríamos naquela posição, (especialmente em derivado) é a meu ver é um erro.
- Sobre os stops, abaixo das tais pernas do W terão sempre claro a ver com o tamanho da perda admissível, e por conseguinte com o size da posição.
Não se usa um size maior em que a perda ultrapassa o valor máximo admissível para aquele trade, nesse caso como estará de acordo, reduz-se o size para colocarmos o stop no sítio adequado sem atingir o valor máximo de perda admissível, .
- Quanto a questão da sua Piramidagem controlada, o aguardar pelo topo, e o facto de o trader não se desfazer de posições nesse topo, e sim aguardar e reforçar em scáling, próximo do fundo do W.
Se bem que funcione, conduz também a que numa correcção como a de Fevereiro possam os lucros da posição desaparecer todos!
Correcção ao que referi! Não desaparecem todos porque está como referiu o Cem, o trailing stop, abaixo da perna do W para garantir que estas perdas não se alongam. Mas os lucros do ultimo W esvaíram-se!
Mas se fosse possível: sair de posições longas, em todos os topos e entrar em posições curtas nesse mesmo momento para sair ao atingir o fundo da perna do W.
Isto ad eternum e associado a estratégias martingale se a favor da trend/sentimento e Anti-Martingale se contra!
Claro que ainda teríamos de adequar tal ao timeframe em que necessariamente terá de usar (tipo triple screen) os vários timeframes.
Não sei, são pensamentos, não tão estruturados como gostaria, mas que resultam do último sistema que ando a construir!
Fica a consideração!
Com os melhores cumprimentos,
TraderT - www.forumdebolsa.com
Aquilo que possa escrever neste fórum será uma mera opinião própria da questão em causa, sem nenhuma garantia de qualquer tipo e sem ser um conselho ou recomendação.
Aquilo que possa escrever neste fórum será uma mera opinião própria da questão em causa, sem nenhuma garantia de qualquer tipo e sem ser um conselho ou recomendação.
Re
- Amigo lmm:
Há quanto tempo, até pensava que já tinhas deixado de vir a estas bandas.
Só falta o K. aparecer por aí para juntar aquela velha equipa da viragem do século.
Mais uma vez deixaste o teu raciocínio claríssimo e transparente, é evidente que a emoção joga um papel preponderante neste tipo de estratégia e em especial quando a piramidagem ultrapassa o 3º ou o 4º ciclo, é quase como correr no cimo de um penhasco muito alto e estreito mas tens que ter pára-quedas a dobrar para o caso de tropeçares!
Por isso digo que os índices accionistas, entre outros, não são aconselháveis a esta técnica de alavancagem.
O Bin Laden durante a noite pode acabar com vários milhões de traders à velocidade de um fósforo, sem que os stops nada consigam fazer. Pensar nisso é aterrador, mas de resto já estou relativamente vacinado para o stress dos mercados e hoje em dia as minhas próprias carteiras de futuros (já andam espalhadas por várias corretoras, para evitar que caso uma delas vá ao charco ainda me posso entreter noutros lados) têm um peso muito maior nas commodities e câmbios do que em índices bolsistas.
Enfim, olha, vai mas é aparecendo porque de certeza que deixaste muitas saudades nos grandes artigos de qualidade com que nos brindavas a todos!
Teríamos todos muito a ganhar com esse teu regresso a estas lides.
Aquele abraço,
Cem
Há quanto tempo, até pensava que já tinhas deixado de vir a estas bandas.
Só falta o K. aparecer por aí para juntar aquela velha equipa da viragem do século.
Mais uma vez deixaste o teu raciocínio claríssimo e transparente, é evidente que a emoção joga um papel preponderante neste tipo de estratégia e em especial quando a piramidagem ultrapassa o 3º ou o 4º ciclo, é quase como correr no cimo de um penhasco muito alto e estreito mas tens que ter pára-quedas a dobrar para o caso de tropeçares!
Por isso digo que os índices accionistas, entre outros, não são aconselháveis a esta técnica de alavancagem.
O Bin Laden durante a noite pode acabar com vários milhões de traders à velocidade de um fósforo, sem que os stops nada consigam fazer. Pensar nisso é aterrador, mas de resto já estou relativamente vacinado para o stress dos mercados e hoje em dia as minhas próprias carteiras de futuros (já andam espalhadas por várias corretoras, para evitar que caso uma delas vá ao charco ainda me posso entreter noutros lados) têm um peso muito maior nas commodities e câmbios do que em índices bolsistas.
Enfim, olha, vai mas é aparecendo porque de certeza que deixaste muitas saudades nos grandes artigos de qualidade com que nos brindavas a todos!
Teríamos todos muito a ganhar com esse teu regresso a estas lides.
Aquele abraço,
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Re
- Amigo CN:
Abraço para Saigão!
Conforme prometido deixei para hoje a conclusão do que queria dizer acerca desta matéria.
- Amigo LTCM:
De facto terminei, mas de certeza que deixei também muitas pistas para pensar!
Se estiver certo creio que posso ter posto algumas pessoas a pensar se vale ou não a pena dedicarmo-nos unicamente ao mercado dos derivados e aqui diria que sim se e apenas se estiverem conscientes dos riscos a assumir, se forem bastante imunes às emoções, da experiência acumulada e da certeza em cumprirem à risca um trading plan assumidamente performante e baseado em muita disciplina nas ordens a transmitir.
- Amigo Dwer:
Oi, tudo bem contigo?
Não tenho este método de money management testado, o conceito é relativamente recente, parece intuitivo a casar bem com o tipo de sistemas de trading que uso e os primeiros resultados práticos são mais que espectaculares, mas é preciso muita paciência do tipo: como apanhar a onda ideal no surfing?! Só ao chegar à praia sabemos o resultado e só para aí uma em cada quinze ou vinte apanha grandes piramidagens!
Quanto ao conceito de desfazer posições nos topos dos "w" de facto isso é possível, trata-se de uma variante à piramidagem controlada que não quis trazer para aqui para não complicar o conceito base.
No fundo é estabelecer um preço limite de venda, apenas para as posições de reforço piramidais, baseado na extensão por exemplo da última linha de swing ascendente ou na média das linhas de swing ascendentes ou ainda por exemplo na amplitude da maior das 2 últimas linhas de swing ascendentes, a imaginação aqui pode ser fértil.
Se a venda for executada no ciclo seguinte repõe-se o número de contratos habitual de reforço, calculado inicialmente e acrescido do número de contratos vendido junto ao topo do swing anterior.
Há muitas outras outras possibilidades de combinações possíveis, evidentemente.
Abraços a todos.
Cem
Abraço para Saigão!
Conforme prometido deixei para hoje a conclusão do que queria dizer acerca desta matéria.
- Amigo LTCM:
De facto terminei, mas de certeza que deixei também muitas pistas para pensar!
Se estiver certo creio que posso ter posto algumas pessoas a pensar se vale ou não a pena dedicarmo-nos unicamente ao mercado dos derivados e aqui diria que sim se e apenas se estiverem conscientes dos riscos a assumir, se forem bastante imunes às emoções, da experiência acumulada e da certeza em cumprirem à risca um trading plan assumidamente performante e baseado em muita disciplina nas ordens a transmitir.
- Amigo Dwer:
Oi, tudo bem contigo?
Não tenho este método de money management testado, o conceito é relativamente recente, parece intuitivo a casar bem com o tipo de sistemas de trading que uso e os primeiros resultados práticos são mais que espectaculares, mas é preciso muita paciência do tipo: como apanhar a onda ideal no surfing?! Só ao chegar à praia sabemos o resultado e só para aí uma em cada quinze ou vinte apanha grandes piramidagens!
Quanto ao conceito de desfazer posições nos topos dos "w" de facto isso é possível, trata-se de uma variante à piramidagem controlada que não quis trazer para aqui para não complicar o conceito base.
No fundo é estabelecer um preço limite de venda, apenas para as posições de reforço piramidais, baseado na extensão por exemplo da última linha de swing ascendente ou na média das linhas de swing ascendentes ou ainda por exemplo na amplitude da maior das 2 últimas linhas de swing ascendentes, a imaginação aqui pode ser fértil.
Se a venda for executada no ciclo seguinte repõe-se o número de contratos habitual de reforço, calculado inicialmente e acrescido do número de contratos vendido junto ao topo do swing anterior.
Há muitas outras outras possibilidades de combinações possíveis, evidentemente.
Abraços a todos.
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Oi 100,
Estava à espera da conclusão do teu exercício e não fiquei decepcionado, pois o sumo é realmente excelente. Mas não me loguei aqui só para te dizer isso lol... falar de money management dissociado de outros elementos do trading não é fácil, mas conseguiste passar a mensagem de forma muito clara. Pessoalmente, já tentei implementar um processo de incremento de posições com o evoluir do long pull, mas sempre sem sucesso prático idêntico ao descrito. É, com certeza, um problema meu e não da tese, pois assenta em pressupostos sãos, mas o meu factor limititativo prende-se com a relevância emocional do valor da posição em aberto.
Independentemente das vantagens objectivas de estratégias do tipo Anti-Martingale associadas ao Optimal F, a "importância" do montante em risco a partir de determinado ponto começa a pesar sobre esta minha cabecinha e leva-me a pensar demasiado sobre o que o mercado vai fazer a seguir, o que não quero!
Lendo o teu comentário na página atrás relativo ao trader que estava a limitar o crescimento da conta devido à implementação de uma estratégia de money management menos optimizada não pude deixar de sorrir dado que eu próprio, claramente, padeço de mal idêntico, só que assumido.
Provavelmente nunca irei ficar verdadeiramente milionário dado que a partir de dado momento o valor da aposta em jogo começa a causar-me coçadeiras atrás da orelha, mas o facto de ainda estar a contrariar a estatística das contas arrebentadas ao final destes anitos já serve consolação. Talvez esta minha limitação se prende com o facto de estar a gerir o meu próprio dinheiro e não o de terceiros, mas tudo me leva a crer que esta segunda hipótese nunca passará disso mesmo uma hipótese...
Só para te chocar um pouco mais, não só entro sempre com posições reduzidas como ainda por cima vou tirando sempre dinheiro da conta de trading à medida que vai crescendo na base de... apanho o trend do lado correcto e sigo até ter indicação da inversão da tendência - retiro cerca de 50% para comprar brinquedos, desde que remanesça suficiente para a nova "campanha" e, volta tudo ao início... pois, nunca vou ser mesmo milionário mas ao menos vou mantendo níveis de sanidade socialmente aceitáveis. Este é, porventura, o único reparo que me ocorre colocar ao teu raciocínio e que se prende com a natureza humana de quem implementa pois é preciso, a partir de certo momento, muita cabeça fria para gerir tanto unrealized profit. Espero que tenhas tu a carola necessária para tanto pois vai dar jeito para o tal pequeno banco de investimentos que ainda irá nascer
Abraços para everybody tutti!
Estava à espera da conclusão do teu exercício e não fiquei decepcionado, pois o sumo é realmente excelente. Mas não me loguei aqui só para te dizer isso lol... falar de money management dissociado de outros elementos do trading não é fácil, mas conseguiste passar a mensagem de forma muito clara. Pessoalmente, já tentei implementar um processo de incremento de posições com o evoluir do long pull, mas sempre sem sucesso prático idêntico ao descrito. É, com certeza, um problema meu e não da tese, pois assenta em pressupostos sãos, mas o meu factor limititativo prende-se com a relevância emocional do valor da posição em aberto.
Independentemente das vantagens objectivas de estratégias do tipo Anti-Martingale associadas ao Optimal F, a "importância" do montante em risco a partir de determinado ponto começa a pesar sobre esta minha cabecinha e leva-me a pensar demasiado sobre o que o mercado vai fazer a seguir, o que não quero!
Lendo o teu comentário na página atrás relativo ao trader que estava a limitar o crescimento da conta devido à implementação de uma estratégia de money management menos optimizada não pude deixar de sorrir dado que eu próprio, claramente, padeço de mal idêntico, só que assumido.
Provavelmente nunca irei ficar verdadeiramente milionário dado que a partir de dado momento o valor da aposta em jogo começa a causar-me coçadeiras atrás da orelha, mas o facto de ainda estar a contrariar a estatística das contas arrebentadas ao final destes anitos já serve consolação. Talvez esta minha limitação se prende com o facto de estar a gerir o meu próprio dinheiro e não o de terceiros, mas tudo me leva a crer que esta segunda hipótese nunca passará disso mesmo uma hipótese...
Só para te chocar um pouco mais, não só entro sempre com posições reduzidas como ainda por cima vou tirando sempre dinheiro da conta de trading à medida que vai crescendo na base de... apanho o trend do lado correcto e sigo até ter indicação da inversão da tendência - retiro cerca de 50% para comprar brinquedos, desde que remanesça suficiente para a nova "campanha" e, volta tudo ao início... pois, nunca vou ser mesmo milionário mas ao menos vou mantendo níveis de sanidade socialmente aceitáveis. Este é, porventura, o único reparo que me ocorre colocar ao teu raciocínio e que se prende com a natureza humana de quem implementa pois é preciso, a partir de certo momento, muita cabeça fria para gerir tanto unrealized profit. Espero que tenhas tu a carola necessária para tanto pois vai dar jeito para o tal pequeno banco de investimentos que ainda irá nascer

Abraços para everybody tutti!
Posso bem ser o pior trader da História:
Quando o mercado está comigo tenho sempre contratos a menos;
Quando o mercado está contra mim tenho sempre contratos a mais!
Quando o mercado está comigo tenho sempre contratos a menos;
Quando o mercado está contra mim tenho sempre contratos a mais!
Cem,
implementaste esta estratégia de MM em metastock?
Se sim, podes dar-nos alguma luzes de como fazer?
Suponho que utilizas o system tester. Senão que software utilizas para backtesting?
Estou a pedir-te a maneira de implementar o money management, logo será na secção do entry size do system tester. Como calculas o valor para a piramidagem?
implementaste esta estratégia de MM em metastock?
Se sim, podes dar-nos alguma luzes de como fazer?
Suponho que utilizas o system tester. Senão que software utilizas para backtesting?
Estou a pedir-te a maneira de implementar o money management, logo será na secção do entry size do system tester. Como calculas o valor para a piramidagem?
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Re: Money Management by Cem
CN Escreveu:Caro Cem,
Obrigado por lancares o debate e por partilhares ideias e conhecimentos. Nao tenho (ainda) nada para partilhar. Fico a espera da continuacao do artigo.
Abraco.
CN
Caro Cem, diga pelo menos se o artigo continua, ou foi só para nos deixar a pensar?
Abraço e BN
LTCM
Cont.
Se tivermos futuros comprados sobre o S&P 500, que presentemente transaciona no patamar dos 1500 pontos e tivermos activo um stop defensivo de venda do tipo GTC (good til cancel) a 1470 pontos, o que acontece se o mercado abrir no dia seguinte a 1300 pontos? A resposta é deprimente: o stop realmente dispara, não ao valor pensado dos 1470 mas sim aos 1300 pontos! Que chatice…
Para cobrir este tipo de riscos de aberturas em gap só se vê uma possibilidade de hedging possível em similares do mesmo activo: comprar opções Put com strike próximo do nosso ponto em que gostaríamos de sair, ou seja, perto dos 1470.
Estar no entanto a misturar acções com opções para estratégias defensivas é algo sofisticado que não se enquadra no espírito das estratégias de money management que venho aqui defendendo, ficará para um dia mais tarde este tipo de debate.
O mais simples neste caso é relembrar o conselho dado no início: alavancagens elevadas não se coadunam com activos do tipo accionista, estão mais talhadas para activos do tipo non-stop, como os câmbios e historicamente para vários tipos de commodities em que a abertura em gap é acontecimento deveras raro em relação à frequência com que tal sucede nos índices accionistas.
Mesmo que sucedam aberturas em gap mais frequentes em determinados futuros de mercadorias (commodities), desde que historicamente não se sujeitem a crashes de dimensão significativa, como sucede infelizmente nos mercados accionistas devido a situações de pânico extremo, podemos considerar que se encaixam neste padrão aceitável de uma estratégia de money management do tipo anti-martingale com recurso suplementar a piramidagem controlada.
A escolha e a responsabilidade dependem em última instância do perfil de risco de cada um porque no fundo esse risco está lá sempre, associado a uma perda irreversível do capital, cada vez que baixarmos as nossas guardas e defesas, neste caso baseadas em ordens stop.
O risco associado aos mercados de derivados só se coaduna e aplica a traders com elevada experiência de negociação e conscientes dos riscos que estão a assumir. O tiro que lhe pode sair pela culatra pode ser enorme e a perda será certamente irreparável. A falência dos traders de derivados infelizmente é mais frequente do que possam imaginar, um estudo recente nos USA mostrou que cerca de 80% são afastados deste palco ao fim de menos de 6 meses de actividade. Portanto, atenção redobrada aos traders de risco, este campeonato só resulta para alguns!
Afinal o que é isto da piramidagem controlada que estou a propor?
Vou tentar explicar como funciona este método.
Sabemos que os mercados se regem por comportamentos claramente não lineares. Para ser mais concretos podemos acrescentar que evoluem em swings em forma de “w” em que cada perna do “w” tem uma amplitude diferente e desconhecida à partida.
Em tendências muito estáveis em que o sentido dos mercados é por exemplo do tipo crescente ou ascendente, o que podemos constatar é que os “w” sucessivos que vão acontecendo ao longo do tempo se caracterizam por vales e topos do “w” cada vez mais elevados.
O que fazer neste caso? A resposta é óbvia, se tiver um sistema de trading que detecte as fases iniciais de formação de uma tendência: compramos com uma quantidade de capital em risco equivalente à minimização dos factores entretanto já apontados anteriormente para uma estratégia do tipo anti-martingale, ou seja, conjugação da fórmula de Kelly, risco de perda máxima de acordo com a ordem de stop defensiva inicial a colocar e drawdown máximo permitido, extraindo o valor mínimo calculado para estes factores de escolha.
Ok, estamos comprados e agora vamos monitorizando a trade.
Se o sentido do mercado se virar contra a nossa posição desde cedo, paciência, o stop de venda será accionado e assumimos a perda limitada. As perdas fazem parte do trading game, assumi-las é a coisa mais natural deste mundo, sem dramas.
O interessante virá a suceder se acertarmos na mouche, isto é, no sentido da tendência. Neste caso sabemos que mais cedo ou mais tarde o mercado irá começar os seus swings crescentes em forma de “w”.
A forma mais natural de efectuar este tipo de acompanhamento é deixarmo-nos ir na onda até onde ela nos quiser levar.
Aqui não há ou não deve haver qualquer tipo de procura de topos e fundos por parte do trader, essa eventual actividade inglória de tentativa de descoberta dos extremos está vocacionada a fracassar, acreditem-me, o mercado ditará por ele mesmo as suas leis direccionais e é nele que temos de focar a estratégia do que viremos a fazer em caso de continuação de subidas ou da conclusão do movimento ascensional. O plano de trading tem de prever todas as possibilidades.
Ao continuar um movimento ascendente, a forma mais correcta de monitorizar o mercado é ir subindo gradualmente o valor dos stops defensivos de venda de fecho das posições compradas, à medida que novos máximos vão sendo alcançados. É aquilo que na gíria do trading chamamos a técnica dos trailing stops.
Os stops têm de estar normalmente colocados abaixo dos vales dos swings, que identificamos como uma boa zona intermédia de suporte do mercado. Se o mercado vai quebrando suportes temos de ficar alertas, é sinal que a tendência inicial pode estar em perigo. O stop tem de ser colocado no nível a partir do qual acreditamos que a tendência deixa de ter força, só assim faz sentido usar stops.
Além disso temos de atender também a uma colocação de distância relativamente confortável que permita ao mercado respirar o seu próprio ritmo no curto prazo, isto é, poder dar azo à sua volatilidade intrínseca de puxões sucessivos do tipo aleatório, a que pode estar sujeito em time-frames mais reduzidas, que sabemos existirem, sendo parte integrante do movimento desse mercado.
Filtrar e distinguir estes mini-swings respiratórios e atribuir essa distância de folga para colocar os stops é uma tarefa que vai aparecendo com a experiência que vamos adquirindo ao longo de muitos anos de negociação.
Quando determinados swings correctivos fazem com que o mercado desça a um tal ponto que este se aproxima bastante dos nossos valores de stops, sabemos que das duas uma: ou o negócio vai fechar brevemente porque o mercado vai atingir o nosso stop ao estar lá quase a tocar ou então, com um risco muito reduzido porque sabemos que o stop só permitirá perder uma quantidade reduzida de capital por estar tão próximo do fecho, é altura de acrescentar mais uma percentagem idêntica de contratos longos ou comprados nesta vizinhança do stop.
Neste 2º cenário está o início da chamada piramidagem controlada, porque agora ou o mercado continua a corrigir e as posições são todas fechadas com um resultado praticamente idêntico ao das posições iniciais ou em alternativa o mercado retoma a tendência, terminando o swing correctivo antes do stop ser atingido.
Aí os lucros vão-se exponenciando visto que a cada nova aceleração no sentido da tendência corresponde uma nova posição reforçada com mais contratos ou posições de risco.
Os stops vão continuando a ser ajustados em regime de trailing stop para todas as posições e cada vez que houver nova correcção com o mercado quase a atingir o stop de venda, acrescenta-se nova compra piramidal que vai sendo acrescentada ao pecúlio anterior acumulado.
Em boas tendências, que podem demorar muitos meses ou até anos, vão-se deste modo acumulando ciclos de piramidagem que podem constituir no fecho da tendência um número de posições que chegam a ultrapassar mais de 10 vezes a posição inicial de compra desde que o sistema de trading detectou o início da tendência.
Apanhar tendências estáveis e longas infelizmente não é muito comum mas, ao apanhá-las, podem significar para a nossa conta uma diferença substancial no valor final do capital ganho e que pode ser medido em termos médios, não vou atrapalhar ou assustar mais as pessoas para indicar como cheguei a este valor, pelo número aproximado multiplicativo de (n-1)/2 , sendo “n” o número de ciclos de correcção em que foram reforçadas as posições iniciais.
Isto é, suponham que tínhamos escolhido os futuros do Brent e que neste caso estávamos com 4 contratos iniciais comprados na altura em que o Brent transacionava a 68 $USD por barril, sabendo-se que por cada $USD por barril de cotação um contrato de futuros vale 1000 $USD.
Se apanharmos uma onda excelente de swings sucessivos ascendentes que nos permitam acumular ao longo de 9 correcções cada vez mais altas um valor acumulado de 4+9x4=40 contratos na altura do fecho das posições, se o valor de venda de fecho for no futuro de por exemplo 85 $USD, o valor do lucro esperado nesta trade no simples sistema de money management de anti-martingale seria de: 4x(85-68)x1000 = 68.000 $USD, ao passo que se usássemos a técnica da piramidagem controlada os ganhos médios nessa mesma trade, com os mesmos sinais de compra e venda dados pelo sistema de trading adoptado, poderiam aproximar-se dos (9-1)/2x68.000 = 272.000 $USD !
Em resumo, mantendo um controlo de risco vigiado desta forma, tendo em conta tudo o que atrás foi dito acerca do tipo de activos alavancados a seleccionar, estabelecendo como técnica inicial de entrada uma posição alavancada em derivados ou similares através de técnicas de minimização de risco de aposta do tipo anti-martingale com o uso do “Optimal f”, perdas limitadas por trade e drawdowns limites, a piramidagem controlada pode dar origem a uma diferença substancial por via de uma grande aceleração do capital que se venha a ganhar, tendo como contrapartida negativa apenas perdas adicionais quase irrelevantes em relação à posição de entrada.
O curioso deste método de multiplicação da piramidagem de posições é que após o 2º ciclo de reforço de posições, o saldo da trade é, para sistemas de trading do tipo tendencial, quase sempre superior ao saldo comparativo do método anti-martingale inicial. A explicação para este simples facto reside nos ganhos entretanto acumulados na trade com as novas posições piramidais, a ultrapassarem de forma clara o risco da perda eventual acrescida que sempre sucede no último ciclo de compra piramidal.
A todos o meu obrigado pelos comentários, sugestões e ideias novas que foram colocando ao longo deste artigo sobre uma nova técnica proposta de money management.
Bons negócios e quem quiser aproveitar algumas das pistas e ideias aqui desenvolvidas apenas gostaria no futuro de vir a saber se por acaso lhe foram úteis, estou certo que sim, que apareça muita gente rica em pouco tempo!
Cem
Para cobrir este tipo de riscos de aberturas em gap só se vê uma possibilidade de hedging possível em similares do mesmo activo: comprar opções Put com strike próximo do nosso ponto em que gostaríamos de sair, ou seja, perto dos 1470.
Estar no entanto a misturar acções com opções para estratégias defensivas é algo sofisticado que não se enquadra no espírito das estratégias de money management que venho aqui defendendo, ficará para um dia mais tarde este tipo de debate.
O mais simples neste caso é relembrar o conselho dado no início: alavancagens elevadas não se coadunam com activos do tipo accionista, estão mais talhadas para activos do tipo non-stop, como os câmbios e historicamente para vários tipos de commodities em que a abertura em gap é acontecimento deveras raro em relação à frequência com que tal sucede nos índices accionistas.
Mesmo que sucedam aberturas em gap mais frequentes em determinados futuros de mercadorias (commodities), desde que historicamente não se sujeitem a crashes de dimensão significativa, como sucede infelizmente nos mercados accionistas devido a situações de pânico extremo, podemos considerar que se encaixam neste padrão aceitável de uma estratégia de money management do tipo anti-martingale com recurso suplementar a piramidagem controlada.
A escolha e a responsabilidade dependem em última instância do perfil de risco de cada um porque no fundo esse risco está lá sempre, associado a uma perda irreversível do capital, cada vez que baixarmos as nossas guardas e defesas, neste caso baseadas em ordens stop.
O risco associado aos mercados de derivados só se coaduna e aplica a traders com elevada experiência de negociação e conscientes dos riscos que estão a assumir. O tiro que lhe pode sair pela culatra pode ser enorme e a perda será certamente irreparável. A falência dos traders de derivados infelizmente é mais frequente do que possam imaginar, um estudo recente nos USA mostrou que cerca de 80% são afastados deste palco ao fim de menos de 6 meses de actividade. Portanto, atenção redobrada aos traders de risco, este campeonato só resulta para alguns!
Afinal o que é isto da piramidagem controlada que estou a propor?
Vou tentar explicar como funciona este método.
Sabemos que os mercados se regem por comportamentos claramente não lineares. Para ser mais concretos podemos acrescentar que evoluem em swings em forma de “w” em que cada perna do “w” tem uma amplitude diferente e desconhecida à partida.
Em tendências muito estáveis em que o sentido dos mercados é por exemplo do tipo crescente ou ascendente, o que podemos constatar é que os “w” sucessivos que vão acontecendo ao longo do tempo se caracterizam por vales e topos do “w” cada vez mais elevados.
O que fazer neste caso? A resposta é óbvia, se tiver um sistema de trading que detecte as fases iniciais de formação de uma tendência: compramos com uma quantidade de capital em risco equivalente à minimização dos factores entretanto já apontados anteriormente para uma estratégia do tipo anti-martingale, ou seja, conjugação da fórmula de Kelly, risco de perda máxima de acordo com a ordem de stop defensiva inicial a colocar e drawdown máximo permitido, extraindo o valor mínimo calculado para estes factores de escolha.
Ok, estamos comprados e agora vamos monitorizando a trade.
Se o sentido do mercado se virar contra a nossa posição desde cedo, paciência, o stop de venda será accionado e assumimos a perda limitada. As perdas fazem parte do trading game, assumi-las é a coisa mais natural deste mundo, sem dramas.
O interessante virá a suceder se acertarmos na mouche, isto é, no sentido da tendência. Neste caso sabemos que mais cedo ou mais tarde o mercado irá começar os seus swings crescentes em forma de “w”.
A forma mais natural de efectuar este tipo de acompanhamento é deixarmo-nos ir na onda até onde ela nos quiser levar.
Aqui não há ou não deve haver qualquer tipo de procura de topos e fundos por parte do trader, essa eventual actividade inglória de tentativa de descoberta dos extremos está vocacionada a fracassar, acreditem-me, o mercado ditará por ele mesmo as suas leis direccionais e é nele que temos de focar a estratégia do que viremos a fazer em caso de continuação de subidas ou da conclusão do movimento ascensional. O plano de trading tem de prever todas as possibilidades.
Ao continuar um movimento ascendente, a forma mais correcta de monitorizar o mercado é ir subindo gradualmente o valor dos stops defensivos de venda de fecho das posições compradas, à medida que novos máximos vão sendo alcançados. É aquilo que na gíria do trading chamamos a técnica dos trailing stops.
Os stops têm de estar normalmente colocados abaixo dos vales dos swings, que identificamos como uma boa zona intermédia de suporte do mercado. Se o mercado vai quebrando suportes temos de ficar alertas, é sinal que a tendência inicial pode estar em perigo. O stop tem de ser colocado no nível a partir do qual acreditamos que a tendência deixa de ter força, só assim faz sentido usar stops.
Além disso temos de atender também a uma colocação de distância relativamente confortável que permita ao mercado respirar o seu próprio ritmo no curto prazo, isto é, poder dar azo à sua volatilidade intrínseca de puxões sucessivos do tipo aleatório, a que pode estar sujeito em time-frames mais reduzidas, que sabemos existirem, sendo parte integrante do movimento desse mercado.
Filtrar e distinguir estes mini-swings respiratórios e atribuir essa distância de folga para colocar os stops é uma tarefa que vai aparecendo com a experiência que vamos adquirindo ao longo de muitos anos de negociação.
Quando determinados swings correctivos fazem com que o mercado desça a um tal ponto que este se aproxima bastante dos nossos valores de stops, sabemos que das duas uma: ou o negócio vai fechar brevemente porque o mercado vai atingir o nosso stop ao estar lá quase a tocar ou então, com um risco muito reduzido porque sabemos que o stop só permitirá perder uma quantidade reduzida de capital por estar tão próximo do fecho, é altura de acrescentar mais uma percentagem idêntica de contratos longos ou comprados nesta vizinhança do stop.
Neste 2º cenário está o início da chamada piramidagem controlada, porque agora ou o mercado continua a corrigir e as posições são todas fechadas com um resultado praticamente idêntico ao das posições iniciais ou em alternativa o mercado retoma a tendência, terminando o swing correctivo antes do stop ser atingido.
Aí os lucros vão-se exponenciando visto que a cada nova aceleração no sentido da tendência corresponde uma nova posição reforçada com mais contratos ou posições de risco.
Os stops vão continuando a ser ajustados em regime de trailing stop para todas as posições e cada vez que houver nova correcção com o mercado quase a atingir o stop de venda, acrescenta-se nova compra piramidal que vai sendo acrescentada ao pecúlio anterior acumulado.
Em boas tendências, que podem demorar muitos meses ou até anos, vão-se deste modo acumulando ciclos de piramidagem que podem constituir no fecho da tendência um número de posições que chegam a ultrapassar mais de 10 vezes a posição inicial de compra desde que o sistema de trading detectou o início da tendência.
Apanhar tendências estáveis e longas infelizmente não é muito comum mas, ao apanhá-las, podem significar para a nossa conta uma diferença substancial no valor final do capital ganho e que pode ser medido em termos médios, não vou atrapalhar ou assustar mais as pessoas para indicar como cheguei a este valor, pelo número aproximado multiplicativo de (n-1)/2 , sendo “n” o número de ciclos de correcção em que foram reforçadas as posições iniciais.
Isto é, suponham que tínhamos escolhido os futuros do Brent e que neste caso estávamos com 4 contratos iniciais comprados na altura em que o Brent transacionava a 68 $USD por barril, sabendo-se que por cada $USD por barril de cotação um contrato de futuros vale 1000 $USD.
Se apanharmos uma onda excelente de swings sucessivos ascendentes que nos permitam acumular ao longo de 9 correcções cada vez mais altas um valor acumulado de 4+9x4=40 contratos na altura do fecho das posições, se o valor de venda de fecho for no futuro de por exemplo 85 $USD, o valor do lucro esperado nesta trade no simples sistema de money management de anti-martingale seria de: 4x(85-68)x1000 = 68.000 $USD, ao passo que se usássemos a técnica da piramidagem controlada os ganhos médios nessa mesma trade, com os mesmos sinais de compra e venda dados pelo sistema de trading adoptado, poderiam aproximar-se dos (9-1)/2x68.000 = 272.000 $USD !
Em resumo, mantendo um controlo de risco vigiado desta forma, tendo em conta tudo o que atrás foi dito acerca do tipo de activos alavancados a seleccionar, estabelecendo como técnica inicial de entrada uma posição alavancada em derivados ou similares através de técnicas de minimização de risco de aposta do tipo anti-martingale com o uso do “Optimal f”, perdas limitadas por trade e drawdowns limites, a piramidagem controlada pode dar origem a uma diferença substancial por via de uma grande aceleração do capital que se venha a ganhar, tendo como contrapartida negativa apenas perdas adicionais quase irrelevantes em relação à posição de entrada.
O curioso deste método de multiplicação da piramidagem de posições é que após o 2º ciclo de reforço de posições, o saldo da trade é, para sistemas de trading do tipo tendencial, quase sempre superior ao saldo comparativo do método anti-martingale inicial. A explicação para este simples facto reside nos ganhos entretanto acumulados na trade com as novas posições piramidais, a ultrapassarem de forma clara o risco da perda eventual acrescida que sempre sucede no último ciclo de compra piramidal.
A todos o meu obrigado pelos comentários, sugestões e ideias novas que foram colocando ao longo deste artigo sobre uma nova técnica proposta de money management.
Bons negócios e quem quiser aproveitar algumas das pistas e ideias aqui desenvolvidas apenas gostaria no futuro de vir a saber se por acaso lhe foram úteis, estou certo que sim, que apareça muita gente rica em pouco tempo!
Cem
- Mensagens: 715
- Registado: 18/4/2003 1:58
Money Management by Cem
Caro Cem,
Obrigado por lancares o debate e por partilhares ideias e conhecimentos. Nao tenho (ainda) nada para partilhar. Fico a espera da continuacao do artigo.
Abraco.
CN
Obrigado por lancares o debate e por partilhares ideias e conhecimentos. Nao tenho (ainda) nada para partilhar. Fico a espera da continuacao do artigo.
Abraco.
CN
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