Venda do Novo Banco pode representar 8% do M&A na banca europeia este ano

[Ulisses Pereira]

Caro visitante,

Concordo quando diz que a antecipação destes movimentos pode produzir bons resultados. Mas há aqui algumas coisas que gostaria de comentar.

Explo:
Na anterior guerra os mercados desataram a subuir no 1º dia e ao 3º cairam.
Tinha alguma lógica passar-se agora o mesmo?

Na anterior Guerra, isso não sucedeu. Os mercados subiram dias e dias seguidos, depois do deflagrar da Guerra.

Diz o Ulisses; mas agora o sentimento de medo não existe, não é tanto. Não concordo, penso que agora, com tropa no chão, o perigo é bem pior.

Acredito que sim. Os riscos de mais mortos são agora bem maiores que 1991. Contudo, eu não estava a falar de teorias racionais sobre Guerra. Estava a referir-me ao sentimento geral do mundo ocidental, sobretudo dos investidores. Se viveu 1991, decerto se lembrará da tensão que existia na altura. Ninguém se atrevia a dizer que ia ser uma operação ia ser fácil e isso foi bem visível nos mercados, com quedas sobre quedas até ao início da Guerra.

Hoje, quando se vê as entrevistas aos cidadãos comuns em portugal ou nos Estados Unidos, todos estão tranquilos e assumem como um dado adquirido uma vitória fácil. Aliás, se o medo estivesse presente, não tinha havido aquelas violentas subidas alguns dias antes do início da Guerra.

Se esta falta de medo é justificável ou não, isso já é outra história. A verdade é que o potencial de subida seria muito maior se o medo estivesse elevado...

Um abraço,
Ulisses

[Camisa Roxa]

já me tinha dado um lucro de 20% em 3 dias em Outubro

Estou a ver que é a aposta certa nestes rallies!

Um abraço!

[Visitante]

Por acaso, não estou nada de acordo com o que aqui foi dito.
Os cenários estão corretos, a logica de pensamento dos trader é que está errada.
Entao o trading de curto prazo (é do que aqui se trata) não é um jogo antecipação?
Então se fosse assim haviam muitos perdedores e alguns ganhadores?

Explo:
Na anterior guerra os mercados desataram a subuir no 1º dia e ao 3º cairam.
Tinha alguma lógica passar-se agora o mesmo?
Diz o Ulisses; mas agora o sentimento de medo não existe, não é tanto. Não concordo, penso que agora, com tropa no chão, o perigo é bem pior.

O que nos temos que entender é a forma como os nossos opositores raciocinam e tentar antecipar os seus movimentos.
Certo?

[Antunes]

...

Por isso, com todo este optimismo, qq situação menos favorável pode vir a resultar em quedas fortes. Além disso, os títulos onde estava (ADCT e INTC) estavam já a apresentar sinais de exaustão. Sobretudo a primeira. Saio com um ganho bastante razoável, sobretudo com a ADTC (21% na primeira entrada - onde é que eu conseguia isto em duas semanas ca em Portugal? - e outro ganho com um reforço maior de quase 9%).

u2u

Em Portugal houve uma menina que subiu quase 25% em menos de 3 semanas... Sinceramente continuo a não perceber qual a diferença a não ser o facto de ser habitual os Portugueses gabarem o que é dos outros e não perceberem que nós também temos coisas muito boas neste país à beira mar...

[u2u]

... por causa das tosses, sai em 2/3 das minhas posições. Achei mais conveniente ir para o fim de semana um pouco mais liberto da pressão. Sabe-se lá o que vai acontecer até segunda-feira.

Não se espere nenhuma evolução muito favorável: tipo Saddam foi morto, pq mesmo que tal acontecesse ou tivesse acontecido, o Iraque nunca o admitiria tão cedo. Seria a capitulação total.

Por isso, com todo este optimismo, qq situação menos favorável pode vir a resultar em quedas fortes. Além disso, os títulos onde estava (ADCT e INTC) estavam já a apresentar sinais de exaustão. Sobretudo a primeira. Saio com um ganho bastante razoável, sobretudo com a ADTC (21% na primeira entrada - onde é que eu conseguia isto em duas semanas ca em Portugal? - e outro ganho com um reforço maior de quase 9%).

Mantenho uma pequena posição noutro título que me parece ainda ter chances de subida, pois não anda muito em paralelo com o indice Nasdaq. Até porque nessa estou praticamente a zeros.

Abraços e bons negócios.

u2u

[Ulisses Pereira]

Razão Pura,

Não subiram sempre, mas quase! Sobretudo, durante as primeiras semanas subiram muito forte.

Contudo, em 1991, o medo era enorme e isso levou a que o mercado só subisse mesmo depois da Guerra começar, pois antes as bolsas não paravam de cair por causa do medo da Guerra. Como tu disseste, desta vez as bolsas começaram a subir antes da Guerra e o medo não está presente. A Guerra é dada já como ganha, algo que não acontecia nessa altura. Por isso, acredito que este optimismo desmesurado pode fazer com que a maioria dos compradores já esteja dentro do mercado, faltando novos compradores para puxar isto para cima.

Beijos,
Ulisses

[Razao_Pura]

Ulisses,

Tenho uma dúvida a que se calhar já respondeste algures no forúm:
Durante a ofensiva americana na primeira guerra do Golfo (Jan-Fev. 1991) os mercados subiram sempre durante a duração das operações no terreno correcto? Porque é que agora achas que será diferente e os mercados começarão a cair ao fim de 2 ou 3 dias? será porque subiram nos dias que antecederam a guerra?

Bjs.

[ABsurdo]

com o primeiro ponto.

O 3ª cenário também me parece correcto desde que substituas os meses por semanas (a convicção de uma guerra rápida é tao consensual que havendo a mínima desconfiança de que afinal nao sao só 5 ou 6 dias, poderá dar-se um selloff).

Abraço
ABsurdo

[Ulisses Pereira]

Questão interessante!

Vou aqui colocar alguns cenários quanto à duração da Guerra e aquilo que eu acredito serem as consequências para o mercado:

A Guerra termina daqui a uns dias. É um cenário não muito famoso para os ursos, pois a motivação destas subidas (a Guerra) iria esgotar-se e, embora pudesse dar mais um dia de fortes subidas, poderia ter acabado aí a festa.

A Guerra dura mais umas semanas. Para os touros era um cenário positivo. Apesar de algumas retracções pelo caminho, o mercado iria continuar na sua trajectória ascendente, motivado pela notícia do final da Guerra que todos sabem que irá surgir, mais cedo ou mais tarde.

A Guerra arrasta-se durante meses. O pior cenário possível para os touros. No fundo, enquanto durar semanas, os touros continuam a comprar com base no cenário anterior (o das semanas). Quando o tempo continua a passar e a Guerra sem terminar, começa-se a perceber as consequências económicas de uma Guerra longa e até os próprios países que estão a atacar começarão a sentir o crescente desconforto da opinião pública. Aí sim, as coisas poderão complicar-se.

Um abraço,
Ulisses

[Elias]

Ulisses,

Penso que é consensual que esta subida pré-guerra (a prolongar-se pelos primeiros dias de conflito) já era esperada pelo mercado.

Penso que tb toda a gente espera uma descida no final da guerra.

A questão que se coloca, quanto a mim, é esta: e se a guerra se prolongar para além do previsto? Isto é, por alguns meses... Isto não pode subir até ao céu... OU PODE???

1 abraço,
Elias

[Ulisses Pereira]

Uma coisa é certa... se a Guerra terminar depressa, é altamente provável que se possa atingir aí o topo dos próximos tempos.

[Ulisses Pereira]

Como sabem, nos dias que antecederam a Guerra, fui deixando aqui a minha ideia de que o mercado estava a antecipar a Guerra com fortes subidas e que isso se iria manter, pelo menos, até aos primeiros dois ou três dias de Guerra.

Estamos, nesta altura, no terceiro dia de Guerra e as subidas continuam imparáveis um pouco por todo o mundo (até em Portugal, vejam só! ). E agora? Agora a próxima posição que irei tomar será a abertura de posições curtas sobre os principais índices mundiais. Mas quando?

Esta é a grande questão e de difícil resposta. Continuo à espera de ver os primeiros sinais de fraqueza para abrir a minha posição, mas até agora os mercados ainda não mostraram o menor sinal de falta de força.

É disso que estou à espera. De um sinal que os curtos entraram em pânico e que a euforia tomou, por completo, conta do mercado. Esses sinais, seguidos de fraqueza seriam aquilo que me faria abrir posições curtas. Para já, nada disso se verifica e eu continuo de fora a ver estas fantásticas subidas.

Ulisses