BCP - onde anda o $$ dos aumentos de capital? - artigo DN
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BCP - onde anda o $$ dos aumentos de capital? - artigo DN
in DN de 15 Março de 2003
"BCP perde capitais arrecadados
O BCP perdeu no mercado mais de metade do valor que já entrou nos seus cofres em operações de aumento de capital. O banco encaixou desde 1987 e ainda sem contar com os 930 milhões de euros do aumento de capital em curso, um total de 8555 milhões de euros (cerca de 1710 milhões de contos) em aumentos de capital, lançamento de ADR, conversões de obrigações e ofertas públicas de troca de acções de empresas adquiridas, bem como fusões.
O valor contabilístico do BCP, tendo em conta a cotação média de Fevereiro (1,58 euros/acção) era de 4128 milhões de euros, isto é 48% do total arrecadado em aumentos de capital.
A maior parte dos encaixes por aumento de capital, cerca de 6950 milhões de euros, teve lugar desde 2000. De então para cá, concretizaram-se as grandes operações de aquisição de instituições financeiras, como os bancos Mello e Pinto & Sotto Mayor, ou a Companhia de Seguros Império.
Além disso, o BCP ainda encaixou, ao longo dos anos, mais 2033 milhões de euros de resultados retidos, a diferença entre os resultados líquidos e os dividendos distribuídos aos accionistas.
A soma das duas parcelas revela uma entrada de capitais da ordem dos 10.588 milhões de euros, que, em princípio, deveriam estar espelhados nos capitais próprios da instituição financeira.
O problema é que tal não acontece, nem mesmo quando se desconta o goodwill das operações por consolidação e por incorporação num total de 6904 milhões de euros. Feitas as contas, sobram 3684 milhões de euros, mas o total da situação líquida do banco no final do ano passado era de 2188 milhões de euros. Ou seja, faltam 1496 milhões de euros (300 milhões de contos). Se a este valor em falta se adicionarem os 674 milhões de euros relativos ao valor do impairment do goodwill no Pinto & Sotto Mayor, na seguradora Eureko e no Millennium Bank, da Polónia, reconhecidos por um recente comunicado do BCP, então a verba em falta aumenta para 2170 milhões de euros (430 milhões de contos). Contactado, o BCP não comentou a situação até ao fecho da edição.
O BCP também sofreu perdas, embora menores, nas quotas de mercado. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Bancos, em 1994 o conjunto do BCP, Atlântico, Mello e Sotto Mayor tinham 28,6% de quota de mercado no crédito e 30,1% nos recursos de balanço. Em Junho de 2002, essas quotas tinham descido para 26,1% e 23,7%, respectivamente. Enquanto no crédito o desvio é de 2,5%, nos recursos atinge 6,6%. Para se ter uma ideia dos valores envolvidos, o BNC, com 1,3% de quota de mercado, foi comprado pelo Banco Popular por 500 milhões de euros."
"BCP perde capitais arrecadados
O BCP perdeu no mercado mais de metade do valor que já entrou nos seus cofres em operações de aumento de capital. O banco encaixou desde 1987 e ainda sem contar com os 930 milhões de euros do aumento de capital em curso, um total de 8555 milhões de euros (cerca de 1710 milhões de contos) em aumentos de capital, lançamento de ADR, conversões de obrigações e ofertas públicas de troca de acções de empresas adquiridas, bem como fusões.
O valor contabilístico do BCP, tendo em conta a cotação média de Fevereiro (1,58 euros/acção) era de 4128 milhões de euros, isto é 48% do total arrecadado em aumentos de capital.
A maior parte dos encaixes por aumento de capital, cerca de 6950 milhões de euros, teve lugar desde 2000. De então para cá, concretizaram-se as grandes operações de aquisição de instituições financeiras, como os bancos Mello e Pinto & Sotto Mayor, ou a Companhia de Seguros Império.
Além disso, o BCP ainda encaixou, ao longo dos anos, mais 2033 milhões de euros de resultados retidos, a diferença entre os resultados líquidos e os dividendos distribuídos aos accionistas.
A soma das duas parcelas revela uma entrada de capitais da ordem dos 10.588 milhões de euros, que, em princípio, deveriam estar espelhados nos capitais próprios da instituição financeira.
O problema é que tal não acontece, nem mesmo quando se desconta o goodwill das operações por consolidação e por incorporação num total de 6904 milhões de euros. Feitas as contas, sobram 3684 milhões de euros, mas o total da situação líquida do banco no final do ano passado era de 2188 milhões de euros. Ou seja, faltam 1496 milhões de euros (300 milhões de contos). Se a este valor em falta se adicionarem os 674 milhões de euros relativos ao valor do impairment do goodwill no Pinto & Sotto Mayor, na seguradora Eureko e no Millennium Bank, da Polónia, reconhecidos por um recente comunicado do BCP, então a verba em falta aumenta para 2170 milhões de euros (430 milhões de contos). Contactado, o BCP não comentou a situação até ao fecho da edição.
O BCP também sofreu perdas, embora menores, nas quotas de mercado. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Bancos, em 1994 o conjunto do BCP, Atlântico, Mello e Sotto Mayor tinham 28,6% de quota de mercado no crédito e 30,1% nos recursos de balanço. Em Junho de 2002, essas quotas tinham descido para 26,1% e 23,7%, respectivamente. Enquanto no crédito o desvio é de 2,5%, nos recursos atinge 6,6%. Para se ter uma ideia dos valores envolvidos, o BNC, com 1,3% de quota de mercado, foi comprado pelo Banco Popular por 500 milhões de euros."
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