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Caldeirão da Bolsa

Sonae estuda cisão da unidade industrial do Grupo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por TRSM » 13/3/2003 13:23

Analistas consideram positiva reestruturação da Sonae Indústria; alertam para dívida



Quinta, 13 Mar 2003 12:09

Os analistas classificaram o «spin off» da Sonae como «positiva», destacam o «free float» de 43% da nova empresa, contra os menos de 10% da Indústria, mas alertam para o custo do financiamento que poderá ficar agravado. As acções da SGPS disparavam mais de 11%.

A Sonae SGPS [Cot, Not, P.Target] anunciou ontem que vai destacar a unidade industrial do grupo, criando uma nova empresa que vai incluir a Sonae Indústria (SI) [Cot, Not, P.Target], a Sonae Produtos e Derivados Florestais (SPDF) e a Gescartão, e que terá um «free float» de 43%.

O capital da Indústria [Cot, Not, P.Target], disperso actualmente em Bolsa é de menos de 10%. No final do primeiro semestre do ano transacto, a posição da Sonae SGPS na Indústria ascendia a 94,62%.

A empresa resultante da cisão, terá igualmente em carteira a posição de 29,2% que a SPDF tem na Portucel [Cot, Not, P.Target]. Segundo um analista contactado pelo Negocios.pt, «a Sonae estará à procura de parceiros para a Portucel, de forma a despender o menos dinheiro possível, podendo a Celulose da Caima [Cot, Not, P.Target] da Cofina ser um dos parceiros possíveis, já que é um grupo ibérico com activos na aérea florestal».

No início deste ano, a Sonae [Cot, Not, P.Target] anunciou a ruptura da parceria com a Suzano para concorrer à privatização da Portucel [Cot, Not, P.Target], tendo a Sonae até 30 de Abril para comprar os 49,99% que a empresa brasileira Suzano detém na SPDF.

Numa nota diária, o BPI considera «o já há muito tempo prometido processo de reestruturação» como «positivo», embora alerte que a operação possa levar meses a ser analisada.

Custo de financiamento da Sonae Indústria poderá agravar-se
A mesma casa de investimento diz que esta operação «ajudará a clarificar a estrutura do grupo», acrescentando que o maior desafio consiste agora em levar avante o «spin off» da SI, «dada a sua posição financeira», e tendo em conta que «parte da dívida é garantida pelos activos da Sonae».

Um outro analista contactado pelo Negocios.pt realça «a simplificação da estrutura da empresa, um factor que até aqui tem penalizado, e que dificulta um pouco a análise financeira e a percepção dos investidores» sobre a real capacidade da empresa a operar sozinha. No entanto, e findo o processo, a actual «holding» continuará a ter em carteira activos diversos como a distribuição, as telecomunicações e os centros comerciais.

«O facto dos credores da SI já não terem activos da Sonae como garantia, poderá acarretar um agravamento dos custos de financiamento da empresa», diz a mesma fonte.

Com a separação, «os investidores poderão ver realmente se a empresa isolada tem pernas para andar, dada a sua estrutura», que o analista classifica como «esticada».

A SI anunciou na segunda-feira que os resultados líquidos negativos aumentaram 15,8% em 2002, totalizando 81,8 milhões de euros, «em resultados da conjuntura económica desfavorável e da depreciação das moedas onde a empresa está presente face ao euro».

As acções da Sonae SGPS, que ontem perderam 5,41%, recuperavam 11,43% para 0,39 euros, enquanto a SI recuperava 2,77% para 3,34 euros, a aliviar da desvalorização de 14,7% sofrida na véspera.
 
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son

por jarcorreia » 12/3/2003 22:56

Eu vou especular mas...Tanta coisa dita num dia só? Ainda por cima após prolongado silêncio? Estou convencido que poderá haver relação entre o dito para a área industrial e cenários futuros na Portucel.
jarcorreia
 

por TRSM » 12/3/2003 20:49

Carlos Moreira da Silva passa a presidente da Sonae Indústria

Carlos Moreira da Silva vai abandonar o cargo de presidente da Barbosa e Almeida, para assumir, a partir de 28 de Março, a presidência executiva da Sonae Indústria, empresa que vai ser destacada do Grupo Sonae.
Em conferência de imprensa para apresentar as contas de 2002, a Sonae anunciou que Moreira da Silva vai ser o próximo presidente da Sonae Indústria [SONA], continuando, no entanto, como accionista da Barbosa Almeida.

A BA- Fábrica de Vidros Barbosa e Almeida é uma produtora de embalagens de vidro, controlada pelo Grupo Sonae.

Moreira da Silva é um dos nomes propostos para novo administrador da Portucel, onde a Sonae, através da SPDF. controla cerca de 29% do capital.

A Sonae anunciou hoje que a Sonae Indústria vai ser destacada do grupo e incluída numa nova empresa, que incluirá ainda a SPDF e a Gescartão.

Por Luísa Bessa

2003/03/12 19:34:00
 
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por TRSM » 12/3/2003 20:39

Sonae quer reformular parceria com Suzano para Portucel e novos parceiros nacionais



A Sonae SGPS mantém-se interessada em concorrer à privatização da Portucel, disse o presidente da empresa em conferência de imprensa, acrescentando que o objectivo é alterar o molde de parceria com a Suzano e introduzir novos parceiros nacionais.



“Vamos fazer desenvolvimento de alternativas para reforçar a posição na Portucel de reduzida exigência de novos fundos, por isso através de parcerias. A parceria que tínhamos com a Suzano era a ideal, pois tínhamos interesses complementares, mas este processo levou muito tempo”, referiu Belmiro



“Não temos nada a ver com os nórdicos e por isso gostaríamos de vir a reconstituir a parceria que tínhamos mas noutros moldes. Na nossa ideia, o melhor parceiro seria brasileiro, mas também estamos em conversas com outros grupos portugueses”, acrescentou o presidente da holding.



O presidente da Sonae disse ainda que na leitura do decreto-lei da privatização da Portucel “a Gescartão é um activo elegível”.



“Nós estamos no período de seis meses aonde temos direito a uma opção de compra e na altura certa exerceremos o que acharmos melhor”, concluiu o mesmo responsável acerca da reprivatização da Gescartão.



Recorde-se que a Imocapital, empresa detida pela Sonae e pelos espanhóis da Europac que tem uma participação de 65% na Gescartão, tem seis meses para exercer a opção de compra sobre o restante capital da empresa.



Por seu turno, o Governo mantém em curso o processo de registo de uma oferta pública de venda (OPV) sobre os 35% que o Estado, através da Portucel, ainda detém na Gescartão, 25 % para o público em geral e os restantes dez para trabalhadores, emigrantes e pequenos subscritores, e que deverá estar concluída antes dos referidos seis meses.
 
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por TRSM » 12/3/2003 20:37

Sonae vai separar unidade industrial da «holding»; cria empresa com «free float» de 43% (act)

(actualiza com declarações de Belmiro de Azevedo)A Sonae SGPS anunciou hoje que vai destacar a unidade industrial do grupo, criando uma nova empresa que vai incluir a Sonae Indústria, a SPDF e a Gescartão, que terá um «free float» de 43%.
Num comunicado a Sonae SGPS [SON] afirma que «deliberou proceder a um estudo tendo por objectivo analisar a oportunidade da realização de uma cisão da sociedade com vista ao destaque da actividade industrial, incluindo a desenvolvida sob a égide da Sonae Indústria com especial enfoque na salvaguarda de uma estrutura financeira sustentada e da alocação de uma estrutura de gestão especialmente dedicada.».

Em conferência de imprensa para apresentar os resultados de 2002, Belmiro de Azevedo, presidente da Sonae, afirmou no entanto que esta medida está decidida e «não há possibilidade de reverter este processo».

Será criada uma nova empresa, que vai incluir a Sonae Indústria, a Gescartão e a SPDF, que reúne a participação da empresa na Portucel, que soma 29,2%.

Belmiro afirmou, em conferência de imprensa, que a nova empresa terá uma participação de 56,72% dos actuais accionistas da referência, ficando o restante capital disperso em Bolsa. Actualmente a Sonae SGPS controla mais de 90% da Sonae Indústria.

Medida marca inicio da autonomização da Sonae Indústria
«Esta operação vai testar a nossa capacidade no mercado de capitais, porque vai criar uma empresa com um free float muito elevado», explicou Belmiro.

O presidente da Sonae acrescenta que este processo é o «início da autonomização da Sonae Indústria» e que o «destacamento é o momento de responder às criticas que o Grupo Sonae está desfocado».

O «patrão» da Sonae adiantou que a nova empresa será arrumada por três áreas geográficas: Península Ibérica, Brasil; Alemanha, Reino Unido e África do Sul e, por último França e Canada.

A mesma fonte destacou que a Sonae Indústria tem uma dimensão de significativa, sendo o maior produtor de painéis e grande dispersão geográfica, e que irá agora focar-se na floresta, produtos de fibra, pasta e papel.

Num comunicado a empresa afirma que «é preocupação do Conselho de Administração que a ponderação desta operação se compatibilize com todos os interesses envolvidos, pelo que uma deliberação final apenas será tomada em resultado das conclusões do estudo ora iniciado para o qual não foi ainda delineado calendário formal».

Assim, com a concretização desta medida, a Sonae SGPS vai ter na distribuição (Modelo Continente) e telecomunicações (SonaeCom) e centros comerciais (Sonae Imobiliária), a sua principal actividade.

Segundo as contas de 2002 hoje apresentadas pela empresa, o negócio de derivados de madeira registou receitas de 1,49 mil milhões de euros, a que equivale a cerca de 23,5% do total do grupo.

A Sonae Indústria acumulou prejuízos de 81,8 milhões de euros em 2002.

As acções da Sonae SGPS encerraram nos 0,35 euros, a cair 5,41%.

Por Luísa Bessa e Nuno Carregueiro

2003/03/12 18:40:00
 
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por TRSM » 12/3/2003 19:57

Sonae SGPS estuda retirar área industrial da holding



A Sonae SGPS está a estudar retirar a área industrial, incluindo as actividades desenvolvidas sob a égide da Sonae Industria, da holding anunciou a empresa em comunicado.



Segundo o comunicado existe um “enfoque na salvaguarda de uma estrutura financeira sustentada e da alocação de uma estrutura de gestão especialmente dedicada”.



A holding de Belmiro de Azevedo referiu ainda que “uma deliberação final apenas será tomada em resultado das conclusões do estudo ora iniciado para o qual não foi ainda delineado calendário formal”.



Refira-se que a Sonae Industria tem sido um dos activos que mais tem afectado o desempenho e as finanças da Sonae SGPS, nomeadamente, devido à reestruturação em curso na alemã Glunz, controlada pela Tafisa, holding internacional para a área dos aglomerados de madeira.
 
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aghhh....

por Info » 12/3/2003 19:53

...isto parece que a candeia aqui anda muito atrás do carro de bois...

Quando li o "Assunto" pensei que seria a bomba na SON.. tipo... "após estudo decidiu-se proceder à cisão de...blá..blá..até final de Abril..Maio..qq coisa".
Sempre era uma maeira airosa de expurgar da sgps as "chupadoras de resultados negativos"... mas parece que só ainda há umas fresezitas....
incipiente...incipiente


Cump.
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Sonae estuda cisão da unidade industrial do Grupo

por TRSM » 12/3/2003 19:42

Sonae estuda cisão da unidade industrial do Grupo



Quarta, 12 Mar 2003 18:18

A Sonae SGPS anunciou hoje que o Conselho de Administração da empresa está a proceder a um estudo com o objectivo de analisar a oportunidade de realizar uma cisão no grupo, com o destaque da actividade industrial.

Num comunicado a Sonae SGPS [Cot, Not, P.Target] afirma que actividade industrial que poderá ser destacada inclui «a desenvolvida sob a égide da Sonae Indústria com especial enfoque na salvaguarda de uma estrutura financeira sustentada e da alocação de uma estrutura de gestão especialmente dedicada».

«É preocupação do Conselho de Administração que a ponderação desta operação se compatibilize com todos os interesses envolvidos, pelo que uma deliberação final apenas será tomada em resultado das conclusões do estudo ora iniciado para o qual não foi ainda delineado calendário formal», acrescenta a empresa liderada por Belmiro de Azevedo.

Caso se concretize esta operação os negócios industriais da Sonae serão destacados do grupo, não tendo a empresa esclarecido qual o seu futuro.

«O Conselho de Administração informará o mercado logo que, sobre esta matéria, seja tomada decisão», acrescenta a mesma fonte.

Segundo as contas de 2002 hoje apresentadas pela empresa, o negócio de derivados de madeira registou receitas de 1,49 mil milhões de euros, a que equivale a cerca de 23,5% do total do grupo.

A Sonae Indústria acumulou prejuízos de 81,8 milhões de euros em 2002.

As acções da Sonae SGPS encerraram nos 0,35 euros, a cair 5,41%.
 
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