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Caldeirão da Bolsa

António Borges acusa cotadas de prejudicar minoritários

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Reconheço...

por CyberNet » 12/3/2003 17:26

Reconheço que concordo consigo;

O que eu quero mais pragmáticamente dizer é que em termos Académicos essas discussões são não só legitimas mas necessárias para que se aprofundem os factos, se divulguem os factos e possivelmente se sensibilize as pessoas para esses mesmos factos.

Em termos Práticos as pessoas face à inépcia das entidades responsáveis devem agir em comformidade e não esperar pelas actuações distantes no tempo no sentido de abordarem e posteriormente solucionarem esses factos!
Claro que Ulisses nunca disse que tinhamos de esperar, eu sei!

No fundo interessa distinguir: os termos Académicos (nível da discussão) e os termos Práticos (nivel da actuação).
O ideal é que ambos os termos convergissem e assim as pessoas pudessem tirar o devido partido!

Caso isso não aconteça (o que é o caso) as pessoas devem agir e procurar soluções alternativas.
Se elas existem, podemos-nos considerar pessoas com sorte!

Neste sentido (termos Académicos) deixo aqui mais "lenha para a fogueira": OPA's Potestativas: sua Constitucionalidade.



Um abraço
CyberNet
CyberNet
 

por Ulisses Pereira » 12/3/2003 15:24

Cybernet,

Então quando algúém fala do que é mal também é criticado porque isso já está mal há muito tempo?

Para mim, intervenções no sentido de tentar fazer evoluir de uma forma positiva o nosso mercado são sempre de aplaudir, mesmo que estas maleitas já sejam antigas.

Um abraço,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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Mas...

por CyberNet » 12/3/2003 15:11

Alguém ainda dá importância à nossa Bolsita quando uma das empresas do PSI20 mais conceituadas - Cimpor - faz dia cerca de 3 mil e tal acções num dia?
Que o BCP não interessa a um cliente quanto mais a um accinista?
Que a Sonae - apenas o maior Grupo Privado Português está em condições técnicas - a continuar assim - de falir? Com os seus miseraveis 0.3 e poucos centimos por acção? Ou de ser tomado por algum tubarão estrangeiro que ofereça um preço IRRECUSÁVEL!

Como dizia eu há cerca de três anitos: este País está FALIDO. Não tem futuro.

Como diz um amigo meu: nós somos Feios, Maus e Porcos.
Tramamos o vizinho do alheio e depois... estamos à espera do quê no longo prazo?
Do milagre da multiplicação dos pães?

Sabem o que fez Amorim após ter estado naquele grupo de celebridades a pressionar o poder politico para que os Centros de Decisão ficassem em Portugal?
- Vendeu 75% do Banco BNC aos Espanhois!!!
Hehehehehehehehehehehehehehehehehehehe!!!
Ele fez o que todos fazem: "CAGOU E ANDOU". O último a sair que feche a porta!

Não brinquemos com coisas sérias: Isso que é constatado aí atrás - Ulisses Pereira - já o foi à 8 anos... sim sim... 8 ANOS... não é agora que...

Enfim:
Nasdaq, AMEX, DAX, IBEX,... you know!!



Jinhos... (Desta vez)
CyberNet
 

OLHA LÁ OH ANTONIETA...

por CyberNet » 12/3/2003 14:52

Eu ofereci um macaquinho girinho ao Jardim Zoologico com a garantia que o mantinham limpo e penteadinho.

Reparo agora ao fim destes meses que não cumpriram a promessa!
É normal.

Cá em Portugal, em tempo de crise ninguém cumpre com nada:
- não pagam dentro dos prazos
- não acabam os serviços dentro do prazo estipulado
- fogem aos impostos e (in)segurança (anti)social
- só querem futebol, feijoadas e...
- Até estes dois vão maus.

A pergunta: Não queres apenas uma vez por semana ir pentear o macaquinho e oferecer uns trocos para que ele não coma frangos contaminados?



Atentamente,
Um admirador
CyberNet
 

por Ulisses Pereira » 12/3/2003 14:52

Isto é um tema bastante importante e que espero que reacenda o debate sobre esta matéria. Por exemplo, a blindagem do núcleo duro das empresas é algo que tem que começar a ser posto em causa, pois prejudica, geralmente, os pequenos accionistas.

Felizmente, a questão das "golden shares" - outra aberração - vai terminar por imposição da União Europeia. Mas esta questão que António Borges levanta é muito pertinente.

Ulisses

P.S. Continuo a achar inacreditável como é que a OPA sobre a Cimpor não andou para a frente...
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António Borges acusa cotadas de prejudicar minoritários

por TRSM » 12/3/2003 14:27

António Borges acusa cotadas de prejudicar minoritários

O economista António Borges acusa as empresas cotadas de prejudicarem os accionistas minoritários, propondo, para evitar essa situação, a criação de mais associações de investidores em Portugal que defendam os seus interesses.
Para o vice-presidente da Goldman Sachs International, há necessidade de proteger os accionistas minoritários em Portugal, uma vez que os dominantes limitam o espaço de intervenção dos detentores de pequenas posições em empresas.

A divulgação de toda a informação decorrente da actividade do grupo, em particular «as transacções entre os accionistas de referência e a própria empresa, será essencial para proteger os minoritários no mercado de capitais», afirmou Borges.

O presidente do Instituto Europeu de «Corporate Governance» defende ainda o reforço da independência dos administradores das empresas, sublinhando que «numa grande parte das empresas europeias é demonstrada a promiscuidade entre a gestão e os accionistas de referência».

Todavia, António Borges entende que a existência de accionistas de referência nas cotadas nacionais é «globalmente positiva», mas este modelo terá que se adaptar à dinâmica do mercado, impedindo os eventuais prejuízos dos minoritários.

Este responsável entende que o modelo ideal para a governação das empresas nacionais deveria passar pelo facto dos accionistas de referência não deterem a maioria do capital, por forma a evitar gestões unilaterais das empresas.

Borges disse ao Negocios.pt que a melhor forma de proteger os accionistas «é garantir que tenham a possibilidade de realizar (quando se sintam prejudicados) o verdadeiro valor das suas acções quando optarem pela sua venda, algo que não acontece na Europa, mas ocorre nos EUA».

«Temos que criar um mercado mais aberto e com mais acesso ao controlo das empresas, eliminando todas as limitações aos direitos de voto e permitir, ao mesmo tempo, que o controlo das empresas portuguesas seja decidido por investidores portugueses, espanhóis, franceses ou alemães».

Para fomentar esta dinâmica, Borges garante que o Governo, entidades reguladoras e os próprios emitentes têm um papel preponderante a desempenhar. Os investidores também poderão reforçar os seus interesses com a criação de associações que «têm que ser mais vigorosas» em relação ao que acontece actualmente.

2003/03/12 12:50:00
 
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