Resumo do Bush blá-blá: WAR UH AH WAR WAR (eom)
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Incognitus
Isso de evitar que o regime do Iraque "distribua" WMD" pelos terroristas é menos de metade do problema... a questão ali é uma tentativa de começar a controlar reservas petrolíferas e iniciar gestão política do médio-oriente.
Os ditos terroristas arranjam WMD através da Coreia do Norte e através do mercado negro das ex-repúblicas soviéticas... não precisam do Iraque se este deixar de ser o que é hoje.
Cump.
Os ditos terroristas arranjam WMD através da Coreia do Norte e através do mercado negro das ex-repúblicas soviéticas... não precisam do Iraque se este deixar de ser o que é hoje.
Cump.
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Info
Os Estados Unidos, a partir do 11 de Setembro, não vão deixar mais maluco nenhum colocar em risco a sua segurança. Isto não é realmente por causa das WMD do Iraque, mas sim do regime do Iraque, que poderia produzir WMD e distribui-las a quem as utilizasse contra os EUA. Os EUA nunca aceitariam prova nenhuma da inexistência das WMD, pois tais provas são menos relevantes que a possível capacidade e vontade de as utilizar do presente regime iraquiano.
Quando os EUA falam de "desarmamento" do Iraque, querem dizer "mudança do regime", é simples. O Kuwait já entendeu isso - ou o Saddam sai a bem, ou sai a mal.
A ONU, perante tal cenário, se se coloca como um entrave à saída do Saddam, será SIMPLESMENTE IGNORADA. A ONU ou seja lá quem for. Os EUA NÃO vão arriscar e deixar aquele regime sobreviver.
E na Coreia do Norte, se ligarem a central de reprocessamento, também pode existir porcaria.
Quando os EUA falam de "desarmamento" do Iraque, querem dizer "mudança do regime", é simples. O Kuwait já entendeu isso - ou o Saddam sai a bem, ou sai a mal.
A ONU, perante tal cenário, se se coloca como um entrave à saída do Saddam, será SIMPLESMENTE IGNORADA. A ONU ou seja lá quem for. Os EUA NÃO vão arriscar e deixar aquele regime sobreviver.
E na Coreia do Norte, se ligarem a central de reprocessamento, também pode existir porcaria.
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- Registado: 6/11/2002 19:27
FT,
A dificuldade em conquistar apoios por esse mundo fora, está a tornar os Estados Unidos cada vez mais dependentes da Grã-Bretanha. Blair é menos duro que Bush nas declarações e os Estados Unidos têm cedido sempre um pouco, devido à forma de estar de Blair. Os britânicos sempre foram muito importantes nestas alianças com os americanos, mas desta vez - face ao isolamento internacional - a sua importância ganha um papel de destaque.
Um abraço,
Ulisses
A dificuldade em conquistar apoios por esse mundo fora, está a tornar os Estados Unidos cada vez mais dependentes da Grã-Bretanha. Blair é menos duro que Bush nas declarações e os Estados Unidos têm cedido sempre um pouco, devido à forma de estar de Blair. Os britânicos sempre foram muito importantes nestas alianças com os americanos, mas desta vez - face ao isolamento internacional - a sua importância ganha um papel de destaque.
Um abraço,
Ulisses
Ulisses Pereira Escreveu:Sinceramente, acho que se nesta altura do campeonato o eixo França/Alemanha deixa passar uma proposta que antecipa a Guerra, cairão, no futuro, em descrédito.
O descrédito já é já actual porque, em especial a França, se estão autenticamante a pôr em bicos de pés, ou aos pulos para chamar as atenções, quando na prática não têm qualquer peso real para fazer valer as suas posições. Ainda mais por terem votado a favor da resolução 1441. E por no fim de contas não apresentarem uma alternativa credível e consistente, é só conversa.
O único motivo válido para a França (ou Russia ou China) vetarem será o de esperarem que a guerra e suas consequências corram muito mal para os EUA/UK (muitas baixas, guerra prolongada, instabilidade generalizada, aumento do terrorismo, extensão da guerra a outros países) e depois poderem capitalizar o descontentamento mundial a seu favor. Mas isso é arriscadíssimo porque os américas também o sabem e vão fazer tudo e mais alguma coisa para tudo corra bem, ou seja, uma guerra muito rápida com poucas baixas de todos os lados e um pós-guerra expedito e sem grandes convulsões. O que não será de todo fácil, mas também perante coisas difíceis é que se vê a capacidade das pessoas...
Ulisses Pereira Escreveu:Já agora... alguém sabe se amanhã já são votadas as ~propostas?
Amanhã é só a apresentação do relatório dos inspectores. Quanto à votação não há data nenhuma prevista, e até há a possibilidade de o UK apresentar uma alteração dando mais uns dias ao Saddam para desarmar com uma data limite concreta. Mas pelo andar da carruagem esse "ultimato" não irá ultrapassar a próxima semana e portanto a votação será mesmo para a semana.
Um abraço também.
Sinceramente, acho que se nesta altura do campeonato o eixo França/Alemanha deixa passar uma proposta que antecipa a Guerra, cairão, no futuro, em descrédito. Duvido que o façam.
Vai ser um dia interessante amanhã com todas aquelas personalidades a falar nas Nações Unidas, incluindo Blix e El Barein (será que é assim que se escreve?). Já agora... alguém sabe se amanhã já são votadas as ~propostas?
Um abraço,
Ulisses
Vai ser um dia interessante amanhã com todas aquelas personalidades a falar nas Nações Unidas, incluindo Blix e El Barein (será que é assim que se escreve?). Já agora... alguém sabe se amanhã já são votadas as ~propostas?
Um abraço,
Ulisses
Houve algo de novo
Ulisses Pereira Escreveu:Novidades? Nenhuma...
Caro Ulisses, concordo com o restante do post excepto esta ultima linha.
Este discurso e respostas foram, quanto a mim, destinadas por um lado ao público americano para que se prepare para uma guerra praticamente inevitável (aí nada de novo).
Mas por outro lado dirigiu-se claramente aos outros membros do CS da ONU ao afirmar preto no branco que a proposta de resolução em cima da mesa vai mesmo ser posta a votos e cada um deles vai ter que "mostrar as cartas" (sic) e declarar publicamente de que lado se encontra. Isto é novo porque se punha a hipótese de não chegarem a ir a votos se sentissem que não iam ganhar ou que alguém ia vetar. E, claro, acrescentou logo que fariam o que tinham a fazer mesmo sem o apoio do CS.
Palpita-me que a moção vai mesmo passar, talvez sem os votos a favor da Alemanha, Síria e França. Os outros vão votar a favor.
Uma vítima de tudo isto está-se já a ver que vai ser mesmo a ONU (e por arrasto a NATO e a UE). Porque se a moção é aprovada então passa a ser vista como um organismo irrelevante face ao poderio americano que apenas serve para sancionar as suas decisões; se não for aprovada então passa a ser irrelevante porque as suas decisões não são cumpridas e não servem para nada.
Quanto ao impacto nos mercados mercados, parece claro que de uma maneira ou de outra a situação vai ficar clarificada até ao fim da próxima semana, o que para os mercados é salutar.
As frases...
BUSH: DIPLOMACY IS THE BEST WAY TO DEAL WITH N. KOREA
BUSH: WE DON'T NEED U.N. APPROVAL TO ACT
BUSH: SADDAM HAS NO INTENTION OF DISARMING
BUSH: MY JOB IS TO PROTECT AMERICA
BUSH: IRAQ IS PART OF THE WAR ON TERROR
BUSH: TOKEN GESTURES BY IRAQ ARE NOT ACCEPTABLE
BUSH: IRAQIS CONTINUE TO HIDE WEAPONS
(in CNBC)
Bush said "I will not leave the American people at the mercy of the Iraqi dictator and his weapons"
Bush said Saddam was stalling. "He's trying to buy time. I can understand why. He's been successful for 12 years,'' the president said.
"These are not the actions of a regime that is disarming. These are the actions of a regime engaged in a willful charade,''
(In AP)
BUSH: WE DON'T NEED U.N. APPROVAL TO ACT
BUSH: SADDAM HAS NO INTENTION OF DISARMING
BUSH: MY JOB IS TO PROTECT AMERICA
BUSH: IRAQ IS PART OF THE WAR ON TERROR
BUSH: TOKEN GESTURES BY IRAQ ARE NOT ACCEPTABLE
BUSH: IRAQIS CONTINUE TO HIDE WEAPONS
(in CNBC)
Bush said "I will not leave the American people at the mercy of the Iraqi dictator and his weapons"
Bush said Saddam was stalling. "He's trying to buy time. I can understand why. He's been successful for 12 years,'' the president said.
"These are not the actions of a regime that is disarming. These are the actions of a regime engaged in a willful charade,''
(In AP)
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Info
Nenhuma novidade neste discurso. Bush continua a seguir o caminho da Guerra, estando já, claramente, naquela fase de convencer a opinião pública americana da necessidade da Guerra.
Não penso que tenha sido convincente, mas acredito que nos próximos dias, Bush, Powell e Runsfeld irão desdobrar-se em declarações, colocando a Guerra como um facto quase inevitável, de molde a reduzir o impacto do seu início nas mentes americanas.
O que é que achei mais interessante:
Já não há mais oportunidades a serem dadas. Saddam esgotou todas as que lhe foram dadas;
Caso se avance para a Guerra, os jornalistas e inspectores que lá estarão terão tempo para sairem do Iraque (isto afasta, por completo, um cenário de Guerra a rebentar de um dia para o outro, de surpresa);
Bush disse algo semelhante a isto: "Se tivermos que defender a nossa nação e o nosso povo, mesmo que sem o aval do Conselho de Segurança, é isso que faremos". Isto é sintomático e é o mesmo que dizer: "Se nos quiserem acompanhar, óptimo. Se não quiserem, não será por isso que não avançaremos".
Moral da História: A Guerra é inevitável e está próxima.
Novidades? Nenhuma...
Não penso que tenha sido convincente, mas acredito que nos próximos dias, Bush, Powell e Runsfeld irão desdobrar-se em declarações, colocando a Guerra como um facto quase inevitável, de molde a reduzir o impacto do seu início nas mentes americanas.
O que é que achei mais interessante:



Moral da História: A Guerra é inevitável e está próxima.
Novidades? Nenhuma...
Resumo do Bush blá-blá: WAR UH AH WAR WAR (eom)
Aquilo foi 1 declaração de guerra, em antecipação à reunião amanhã na ONU.
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