Indecisão da CGD empurra BCP para queda real de 5,5% em apen
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concordo perfeitamente com o vosso ponto de vista em relação à CGD e não estou a discutir isso.
Penso que não estou a conseguir explicar o meu ponto de vista:
o que afirmo é que os rumores de que os actuais accionistas podem não acompanhar o aumento de capital, é razão suficiente para outros investidores sairem do papél, provocando uma queda de 5,5% como afirmou o TRSM, na perspectiva de virem a recomprar a posição posteriormente ou através do aumento de capital, comprando os direitos.
Penso que não estou a conseguir explicar o meu ponto de vista:
o que afirmo é que os rumores de que os actuais accionistas podem não acompanhar o aumento de capital, é razão suficiente para outros investidores sairem do papél, provocando uma queda de 5,5% como afirmou o TRSM, na perspectiva de virem a recomprar a posição posteriormente ou através do aumento de capital, comprando os direitos.
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Caro Filipe,
Note que vender 2/5 da posição para uma Instituição que controla uma grande posição como a CGD é irrealista de se fazer no mercado nas condições actuais, em que não existe liquidez nem mercado...para absorver tanta acção !! Geralmente, o que acontece é se a CGD não for ao aumento de capital, vão haver manobras de bastidores para que a venda dos direitos desta Instituição se faça a um preço num intervalo previamente acordado com os tomadores firmes e de modo a que a cotação satisfaça Gregos e Troianos. ...!! Se assim não for, e se a cotação for altamente pressionada para baixo por motivos de arbitragem entre Direitos vs Acções, a CGD estaria a dar um enorme tiro no pé, como referiu "implicitamente" o JAS... e o BCP passaria a estar cotado a niveis perfeitamente "ridículos" e que não eram do interesse de nenhuma espécie de accionista... a não ser, quiçá, de alguma potencial raposa .............
Note que vender 2/5 da posição para uma Instituição que controla uma grande posição como a CGD é irrealista de se fazer no mercado nas condições actuais, em que não existe liquidez nem mercado...para absorver tanta acção !! Geralmente, o que acontece é se a CGD não for ao aumento de capital, vão haver manobras de bastidores para que a venda dos direitos desta Instituição se faça a um preço num intervalo previamente acordado com os tomadores firmes e de modo a que a cotação satisfaça Gregos e Troianos. ...!! Se assim não for, e se a cotação for altamente pressionada para baixo por motivos de arbitragem entre Direitos vs Acções, a CGD estaria a dar um enorme tiro no pé, como referiu "implicitamente" o JAS... e o BCP passaria a estar cotado a niveis perfeitamente "ridículos" e que não eram do interesse de nenhuma espécie de accionista... a não ser, quiçá, de alguma potencial raposa .............
Vamos lá ver se o negócio é bom...
... para os actuais accionistas.
Os actuais "desgraçados" accionistas têm, neste momento, a cotação do BCP a 1,53.
- Se os accionistas venderem 2/5 das suas acções eles começam por perder 2/5 dos direitos e os direitos que lhes sobram não darão para recomprar tantas.
- Mas mesmo assim o negócio podria parecer bom pois vendem 2/5 das acções a 1,53, fazem baixar as acções e consequentemente os direitos, compram direitos baratos (suponhamos a 0,05), e recompram as acções a 1,00 Euro. Teriam vendido a 1,53 e recomprariam a 1,125 empochando 0,405 por acção para ficarem com o mesmo número.
- Simplesmente nos outros 3/5 que mantinham teriam perdido 0,53 por acção pelo que o negócio não era rentável para eles...
E esse é o problema da CGD. Já perdeu 134 milhões de contos e parece que quer perder mais com estas partes gagas.
Mas quem são os grandes beneficiados com isto?
- Em primeiro lugar temos o núcleo duro do BCP. Muito provavelmente vão aproveitar a situação para reforçar posições a preços da chuva.
- Em segundo lugar temos os restantes accionistas do BCP que podem fazer o mesmo.
- Em terceiro lugar temos os que estão de fora e querem entrar. Podem fazê-lo a estes preços "baratos" ou podem esperar e comprarem direitos baratos.
- Em quarto lugar, se todos os anteriores se abstiverem, temos um sindicato de 2 bancos a comprar BCP a 1,00 Euro.
No final o BCP, graças a um aumento do seu capital de 40%, fica com uma liquidez suficientemente grande para baralhar e dar cartas... E aí vamos ver se foi ou não foi um "Golpe de Mestre".
AGORA faz toda a diferença, a médio prazo não deve fazer diferença nenhuma... O que eu acho estúpido é a CGD, com esta atitude dúbia, estar a prejudicar-se a si própria. E nota que a CGD não está a vender a sua participação nem o conseguiria. Basta pensar que cada 1% do BCP representa mais de 23 milhões de acções e os volumes não mostram vendas que se pareçam com isso.
JAS
Os actuais "desgraçados" accionistas têm, neste momento, a cotação do BCP a 1,53.
Filipe Escreveu:E se os accionistas não acompanharem o aumento de capital?
1 - Direitos vêm para Zero
2 - Então os accionistas vendem 2/5 das que detêm e vão recompralas com os direitos que não venderam ao preço de 1 euro no AC.
3 - O preço do BCP vem para 1 euro.
- Se os accionistas venderem 2/5 das suas acções eles começam por perder 2/5 dos direitos e os direitos que lhes sobram não darão para recomprar tantas.
- Mas mesmo assim o negócio podria parecer bom pois vendem 2/5 das acções a 1,53, fazem baixar as acções e consequentemente os direitos, compram direitos baratos (suponhamos a 0,05), e recompram as acções a 1,00 Euro. Teriam vendido a 1,53 e recomprariam a 1,125 empochando 0,405 por acção para ficarem com o mesmo número.
- Simplesmente nos outros 3/5 que mantinham teriam perdido 0,53 por acção pelo que o negócio não era rentável para eles...
E esse é o problema da CGD. Já perdeu 134 milhões de contos e parece que quer perder mais com estas partes gagas.
Mas quem são os grandes beneficiados com isto?
- Em primeiro lugar temos o núcleo duro do BCP. Muito provavelmente vão aproveitar a situação para reforçar posições a preços da chuva.
- Em segundo lugar temos os restantes accionistas do BCP que podem fazer o mesmo.
- Em terceiro lugar temos os que estão de fora e querem entrar. Podem fazê-lo a estes preços "baratos" ou podem esperar e comprarem direitos baratos.
- Em quarto lugar, se todos os anteriores se abstiverem, temos um sindicato de 2 bancos a comprar BCP a 1,00 Euro.
No final o BCP, graças a um aumento do seu capital de 40%, fica com uma liquidez suficientemente grande para baralhar e dar cartas... E aí vamos ver se foi ou não foi um "Golpe de Mestre".
Filipe Escreveu:Não concordo quando dizes que relativamente à queda do BCP, não interessa se a CGD subscreve ou não o aumento, porque este está garantido pelo sindicato bancário. Pois para a evolução do preço do BCP agora, esse factor faz toda a diferença.
AGORA faz toda a diferença, a médio prazo não deve fazer diferença nenhuma... O que eu acho estúpido é a CGD, com esta atitude dúbia, estar a prejudicar-se a si própria. E nota que a CGD não está a vender a sua participação nem o conseguiria. Basta pensar que cada 1% do BCP representa mais de 23 milhões de acções e os volumes não mostram vendas que se pareçam com isso.
JAS
JAS escreveu
" Quanto a mim esta é uma falsa justificação. O que é que interessa que a CGD subscreva ou não? Se não subscreverem está garantido que o sindicato bancário subscreve TODAS as que sobrarem... "
Não concordo quando dizes que relativamente à queda do BCP, não interessa se a CGD subscreve ou não o aumento, porque este está garantido pelo sindicato bancário.
Pois para a evolução do preço do BCP agora, esse factor faz toda a diferença.
se os actuais accionistas forem ao aumento, os direitos deverão rondar os 0,22 centimos e as acções deverão permeanecer à volta dos 1,55.
MAS
E se os accionistas não acompanharem o aumento de capital?
1 - Direitos vêm para Zero
2 - Então os accionistas vendem 2/5 das que detêm e vão recompralas com os direitos que não venderam ao preço de 1 euro no AC.
3 - O preço do BCP vem para 1 euro.
Então para resumir as ideias, se se verificar que CGD não vai ao aumento de capital, vamos antecipar a eventual queda da acções e vendemos já.
logo penso ser relevante a notícia dada e não é uma falsa justificação para a queda das acções do BCP como afirmas-te em cima.
um abraço filipe
" Quanto a mim esta é uma falsa justificação. O que é que interessa que a CGD subscreva ou não? Se não subscreverem está garantido que o sindicato bancário subscreve TODAS as que sobrarem... "
Não concordo quando dizes que relativamente à queda do BCP, não interessa se a CGD subscreve ou não o aumento, porque este está garantido pelo sindicato bancário.
Pois para a evolução do preço do BCP agora, esse factor faz toda a diferença.
se os actuais accionistas forem ao aumento, os direitos deverão rondar os 0,22 centimos e as acções deverão permeanecer à volta dos 1,55.
MAS
E se os accionistas não acompanharem o aumento de capital?
1 - Direitos vêm para Zero
2 - Então os accionistas vendem 2/5 das que detêm e vão recompralas com os direitos que não venderam ao preço de 1 euro no AC.
3 - O preço do BCP vem para 1 euro.
Então para resumir as ideias, se se verificar que CGD não vai ao aumento de capital, vamos antecipar a eventual queda da acções e vendemos já.
logo penso ser relevante a notícia dada e não é uma falsa justificação para a queda das acções do BCP como afirmas-te em cima.
um abraço filipe
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A actuação da CGD...
Filipe Escreveu:Se os actuais accionistas não acompanharem o aumento de capital, podemos ver o preço dos direitos cairem para perto de zero.
Se tiveres direitos na mão, a transaccionarem a 3 ou 4 centimos, o que é que fases???? vendes as acções e subscreves o aumento de capital a um euro. neste caso podemos ver o BCP nos 1,10 por exemplo. não é um senário impossivel.
Filipe, vamos por partes...
1) Se os actuais accionistas não acompanharem o aumento de capital com certeza que venderão os direitos;
2) Havendo uma grande quantidade de direitos à venda o preço destes desce para valores próximos de Zero;
3) Se os direitos valem Zero a cotação do BCP tende para 1,00 Euro...
4) Se a cotação do BCP tender para 1,00 o prejuízo da CGD passa de 134 milhões de contos (apenas...) para 155 milhões de contos.
Nesse caso acho que deviam demitir a Administração da CGD...
E sabes porquê? Porque além de já terem perdido 134 milhões de contos, foram votar favoravelmente um Aumento de Capital para ainda provocarem uma queda maior do BCP e perderem, por causa da sua actuação, mais 21 milhões de contos...
(e nota que são milhões de contos e não milhões de euros...)
Eu cá por mim não me importo nada de comprar os direitos ao preço da chuva.
JAS
JAS, o problema da CGD não acompanhar o aumento de capital tem a ver, segundo o meu ponto de vista, com os direitos.
Se os actuais accionistas não acompanharem o aumento de capital, podemos ver o preço dos direitos cairem para perto de zero.
Se tiveres direitos na mão, a transaccionarem a 3 ou 4 centimos, o que é que fases????
vendes as acções e subscreves o aumento de capital a um euro.
neste caso podemos ver o BCP nos 1,10 por exemplo. não é um senário impossivel.
um abraço, filipe
Se os actuais accionistas não acompanharem o aumento de capital, podemos ver o preço dos direitos cairem para perto de zero.
Se tiveres direitos na mão, a transaccionarem a 3 ou 4 centimos, o que é que fases????
vendes as acções e subscreves o aumento de capital a um euro.
neste caso podemos ver o BCP nos 1,10 por exemplo. não é um senário impossivel.
um abraço, filipe
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Indecisão da CGD???
TRSM Escreveu:A indecisão da Caixa Geral de Depósitos, o maior accionista do Banco Comercial Português com 8,39%, sobre se irá acompanhar ou não o aumento de capital de 930 milhões de euros que a instituição liderada por Jardim Gonçalves irá realizar, já levou a uma desvalorização do título de 5,5% desde dia 25 de Fevereiro, já depois de ter caído mais de 10% devido ao ajuste ao reforço de capital.
Quanto a mim esta é uma falsa justificação. O que é que interessa que a CGD subscreva ou não? Se não subscreverem está garantido que o sindicato bancário subscreve TODAS as que sobrarem...
Portanto dizerem que é por este motivo ou dizerem que é por culpa do Saddam é igual.
TRSM Escreveu:Fonte oficial da CGD afirmou à Agência Financeira que, relativamente ao aumento de capital do BCP, “achamos que é uma boa operação, tanto que votámos favoravelmente na Assembleia-Geral do BCP. No entanto, continuamos a avaliar a operação”.
Esta, na verdade, é a parte mais engraçada da notícia.
Então a CGD vota favoravelmente o aumento de Capital sem saber se tem capital disponível?
Como é evidente tem que concordar que é "uma boa operação" para os actuais accionistas... Mas depois está com estas hesitações do "entra ou não entra"?
Está claro que é escandaloso que o Banco Estatal tenha um investimento daquele montante num banco privado, que não tenha investimentos parecidos nos restantes bancos privados e que, agora, ainda vá investir mais no mesmo banco.
Mas enfim... Se não pensaram nisso até agora pior ainda será descobrir isso a meio do negócio.
JAS
Indecisão da CGD empurra BCP para queda real de 5,5% em apen
Indecisão da CGD empurra BCP para queda real de 5,5% em apenas uma semana
A indecisão da Caixa Geral de Depósitos, o maior accionista do Banco Comercial Português com 8,39%, sobre se irá acompanhar ou não o aumento de capital de 930 milhões de euros que a instituição liderada por Jardim Gonçalves irá realizar, já levou a uma desvalorização do título de 5,5% desde dia 25 de Fevereiro, já depois de ter caído mais de 10% devido ao ajuste ao reforço de capital.
Fonte oficial da CGD afirmou à Agência Financeira que, relativamente ao aumento de capital do BCP, “achamos que é uma boa operação, tanto que votámos favoravelmente na Assembleia-Geral do BCP. No entanto, continuamos a avaliar a operação”.
Para manter a sua posição, a CGD terá de desembolsar 78 milhões de euros.
Recorde-se que alguns dos principais accionistas do BCP, como a Eureko e a Teixeira Duarte já tinham dito à Agência Financeira que iriam acorrer ao aumento de capital, enquanto que o presidente da EDP, Francisco Sanchéz, adiantou à Agência Financeira que a parceria com o maior banco privado português seria pela manter, uma indicação de que também devem acompanhar. O mesmo se passou com o ABN e com a Banca Intesa/BCI, que já confirmaram que iriam acorrer ao aumento de capital.
De referir ainda que os accionistas do BCP já viram as suas acções perderem 32% do seu valor durante os primeiros dois meses de 2003, e desde o início do ano passado, os títulos já desceram 62,5%, muito por culpa dos problemas de capitalização com que o banco se vem debatendo.
Para solucionar esse problema, o BCP avançou com um plano de recapitalização e de refocagem no core-business que inclui uma emissão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções no montante de 700 milhões de euros, assim como a emissão de 375 milhões de euros de dívida perpétua realizada. Está ainda sobre a mesa a venda de uma posição na Seguros & Pensões, para além de outras alienações de activos considerados não estratégicos.
Este aumento de capital de 930 milhões de euros foi o último passo no âmbito do plano. Entre os dias 14 e 25 de Março decorrem a negociação dos direitos de subscrição, com o último dia de subscrição a acontecer no dia 31 de Março. A entrada das novas acções em Bolsa dar-se-á no dia 8 de Abril.
A indecisão da Caixa Geral de Depósitos, o maior accionista do Banco Comercial Português com 8,39%, sobre se irá acompanhar ou não o aumento de capital de 930 milhões de euros que a instituição liderada por Jardim Gonçalves irá realizar, já levou a uma desvalorização do título de 5,5% desde dia 25 de Fevereiro, já depois de ter caído mais de 10% devido ao ajuste ao reforço de capital.
Fonte oficial da CGD afirmou à Agência Financeira que, relativamente ao aumento de capital do BCP, “achamos que é uma boa operação, tanto que votámos favoravelmente na Assembleia-Geral do BCP. No entanto, continuamos a avaliar a operação”.
Para manter a sua posição, a CGD terá de desembolsar 78 milhões de euros.
Recorde-se que alguns dos principais accionistas do BCP, como a Eureko e a Teixeira Duarte já tinham dito à Agência Financeira que iriam acorrer ao aumento de capital, enquanto que o presidente da EDP, Francisco Sanchéz, adiantou à Agência Financeira que a parceria com o maior banco privado português seria pela manter, uma indicação de que também devem acompanhar. O mesmo se passou com o ABN e com a Banca Intesa/BCI, que já confirmaram que iriam acorrer ao aumento de capital.
De referir ainda que os accionistas do BCP já viram as suas acções perderem 32% do seu valor durante os primeiros dois meses de 2003, e desde o início do ano passado, os títulos já desceram 62,5%, muito por culpa dos problemas de capitalização com que o banco se vem debatendo.
Para solucionar esse problema, o BCP avançou com um plano de recapitalização e de refocagem no core-business que inclui uma emissão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções no montante de 700 milhões de euros, assim como a emissão de 375 milhões de euros de dívida perpétua realizada. Está ainda sobre a mesa a venda de uma posição na Seguros & Pensões, para além de outras alienações de activos considerados não estratégicos.
Este aumento de capital de 930 milhões de euros foi o último passo no âmbito do plano. Entre os dias 14 e 25 de Março decorrem a negociação dos direitos de subscrição, com o último dia de subscrição a acontecer no dia 31 de Março. A entrada das novas acções em Bolsa dar-se-á no dia 8 de Abril.
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