Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Muito fogo de artifício, muito falatório ...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por EURODOLLAR » 16/2/2003 22:40

O Napalm é um agente desflorestador?! LOLLLLLLLLLLLLLLLL
E o VX, é um insecticida para matar moscas?
EURODOLLAR
 

Caro Incognitus

por TimeOut » 16/2/2003 19:47

Incognitus Escreveu:os EUA pouparam as vidas de dezenas/centenas de milhar dos seus militares, e mais ainda do outro lado, entre militares e civis. Além de que na 2 GG ainda era perfeitamente "normal" bombardear extensivamente áreas civis (dado que não existiam bombardeamentos de precisão). E por fim, não foram os EUA que começaram essa guerra.


Gostava só que indicasse o momento em que deixou de ser "normal" bombardear civis... para qualquer exército de qualquer país...
e que em termos de contabilidade já que falou em dezenas/centenas de milhar de vidas poupadas, qual era a população das duas cidades (ignoro qual era até porque é um número que não interessa muito divulgar). Lisboa tem quê? 1 milhão?

Também é interessante a ideia que quem não começa tem carta branca ... muito perigoso...
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 123
Registado: 22/11/2002 0:28
Localização: 16

por Incognitus » 16/2/2003 18:43

1) No caso das bombas atómicas, com o ataque desencadeado pelos EUA, os EUA pouparam as vidas de dezenas/centenas de milhar dos seus militares, e mais ainda do outro lado, entre militares e civis. Além de que na 2 GG ainda era perfeitamente "normal" bombardear extensivamente áreas civis (dado que não existiam bombardeamentos de precisão). E por fim, não foram os EUA que começaram essa guerra.

2) O "agente laranja" era um desflorestador, cujo objectivo era melhorar a visibilidade das forças aéreas em áreas densamente arborizadas. Os seus efeitos nefastos foram secundários. E Há uma diferença entre tentar atingir militares e atingir civis, ou tentar directamente atingir civis.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

por jcapela » 15/2/2003 14:02

O gáz laranja usado abundantemente no Vietnam era um fertilizante,não era uma arma química... nisto de guerras, não há puros, ficam todos bem sujos.
 
Mensagens: 134
Registado: 4/11/2002 22:53

Re: Branqueamento histórico- nunca devemos ter memória curta

por TimeOut » 15/2/2003 12:32

MEDIADOR Escreveu: apesar do seu arsenal e poderio ainda não se viu os eua usar as suas armas(de destruição maciça) contra civis inocentes


Quer dizer que os habitantes de duas cidades japonesas eram terríveis terroristas (o termo ainda não existia na altura) armados até aos dentes, mulheres, crianças e velhos inclusivé?

Se definirmos "terrorista" como combatente que ataca alvos civis inocentes não deve haver país nenhum que possa dizer que nunca o foi (incluindo até Portugal) e se fizessemos uma contabilidade qual era o país que iria para o guiness??
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 123
Registado: 22/11/2002 0:28
Localização: 16

O Antiamericanismo e a Identidade Europeia

por Sol Dado » 15/2/2003 11:48

Por RALF DAHRENDORF
Sábado, 15 de Fevereiro de 2003

A questão de saber como é que a comunidade internacional deve lidar com Saddam Hussein, o implacável ditador do Iraque, é sem dúvida o tema dominante do ano. Num certo sentido, a pergunta já foi respondida: as Nações Unidas estão e vão continuar envolvidas e os Estados Unidos estão e vão continuar a desempenhar o papel principal. Uma intervenção militar para travar o Iraque é o meio que agora se afigura mais provável. Mas até se chegar a esta decisão vários temas quentes vieram à tona.

Um desses temas, claro, diz respeito ao suposto "choque de civilizações": como é possível lidar com um conflito circunscrito à ONU e ao Iraque sem ter em conta a necessidade de manter uma relação dialogante entre as religiões do mundo? Outra questão pode parecer mais paroquial para alguns, mas é também de igual significado em termos globais: como devemos interpretar as diferenças entre a Europa e a América que se tornaram tão evidentes no debate sobre o Iraque? Será isto um exemplo do "choque de civilizações"?

Sem dúvida que as diferenças agora visíveis entre a América e a Europa são profundas e não estão confinadas a um arrefecimento temporário das relações germano-americanas ou a uma troca meio séria de diatribes sobre "os 'cowboys' americanos" e a "velha Europa". A verdade é que até os intelectuais experimentaram sentimentos contraditórios.

Quando o historiador britânico Timothy Garton Ash, num texto do "New York Review of Books", diferenciou os EUA da Europa, parafraseando o título de um famoso livro, ao afirmar que "os americanos são de Marte e os europeus são de Vénus", alguns leitores americanos criticaram o retrato sexual de uma Europa efeminada e de uns EUA machões. No entanto, Garton Ash está entre os europeus mais pró-americanos, cujas opiniões sobre uma Europa unida estão mais próximas das dos seus muitos amigos na "nova" Europa pós-comunista do que das posições da França e da Alemanha.

Mas as visões sobre aquilo que a Europa é e devia ser estão realmente no centro do actual antiamericanismo. Os países europeus estão a mover-se inexoravelmente para a "união cada vez mais próxima" que o tratado fundador de Roma exige. Há um mercado único, coroado - para a maioria dos países - pela moeda única; há uma convenção constitucional que vai propor um novo tratado de base, talvez em meados de Junho: há planos ambiciosos para uma política comum de Negócios Estrangeiros e de Segurança e ainda outras políticas comuns. Então qual é o problema?

Provavelmente o problema mais fundamental é o de que a integração europeia já não alimenta a imaginação dos europeus. Ainda há euro-entusiastas, mas entre os povos da Europa prevalece a indiferença e, em alguns países, uma suave hostilidade. Mesmo a moeda única ainda não pegou: é útil, mas de certo modo "estrangeira". Subjacente a tudo isto há uma pergunta que persiste: porque é que estamos a fazer isto? Qual é a razão decisiva que fornece a força motriz para uma "união cada vez mais próxima"?

Nos anos 50, a resposta era simples: os europeus nunca mais devem entrar em guerra uns contra os outros. Pelo contrário, precisam de se manter unidos contra a ameaça comunista. Cinquenta anos depois, estes objectivos já não são relevantes. A união económica beneficiou muitos; mas não é o tipo de força motriz que seja inspiradora. Mais recentemente, a ideia de uma "identidade europeia" tem estado em voga. A União Europeia supostamente expressa-a, mas como é que esta identidade pode ser definida?

Este é o ponto em que muitos começam a utilizar uma linguagem que define a Europa por distinção, ou melhor, por contraste em relação aos Estados Unidos - a Europa como a anti-América. Durante a guerra fria, aquilo que era então a União Soviética fornecia a "raison d'être" para a União Europeia; na era da globalização, são os EUA.

A diferença e o contraste entre os dois lados do Atlântico têm uma longa linhagem, claro. A cultura europeia e o comércio americano, a profundidade do pensamento europeu e o materialismo americano - estes são temas velhos e estafados. Hoje, muitos utilizariam uma linguagem mais subtil, apontado aquilo que consideram o capitalismo selvagem americano e contrapondo-o às economias de mercado com preocupações sociais da Europa. Internacionalmente, a Europa aprecia combinações multilaterais e a América prefere avançar sozinha.

De outro ponto de vista estereotipado, a Europa mergulha na complexidade das questões, enquanto a América opta por linhas simples de conflito - ou estão connosco ou contra nós. É fácil perceber como a crença nestas diferenças dificulta o debate sobre o Iraque.

Daqui resulta que muitas personalidades europeias começam a definir as suas intenções a favor da União por oposição às dos EUA. O euro tem de se aguentar face ao dólar e - "Viva!" - agora está acima da paridade. A política externa europeia tem de fornecer um contrapeso ao da hiperpotência do outro lado do Atlântico.

Olhando mais de perto, frases simplistas como estas são profundamente perturbadoras. Os oito (agora nove ou mais) governos que assinaram a declaração Aznar-Blair-Berlusconi de apoio aos EUA perceberam isso. Insistiram nos valores ocidentais unidos, os valores do iluminismo e da liberdade. Estes valores são partilhados pela Europa e pelos EUA - e por mais alguns - e merecem ser defendidos numa aliança. Quando se trata de valores, qualquer tentativa de dividir as tradições americana e europeia será sempre pouco sensata. Pode ser que estes valores partilhados tornem mais difícil encontrar a tão desejada identidade europeia. Mas alimentar a construção europeia com sentimentos antiamericanos, mesmo que sem intenção, seria intelectualmente desonesto, moralmente suspeito e politicamente perigoso para todos os europeus amantes da liberdade.
 
Mensagens: 333
Registado: 8/11/2002 8:29

Guerra e Paz

por Sol Dado » 15/2/2003 11:34

Por HELENA MATOS
Sábado, 15 de Fevereiro de 2003

No mundo ocidental, no ano de 2003, não estamos entre a guerra e a paz. Estamos entre a guerra e a chantagem. Só resta saber até onde podemos ceder à chantagem, sem pormos em causa a nossa própria segurança

"Guerra e Paz" é o título dum romance. Não é infelizmente uma opção que possamos fazer na Europa no ano de 2003. Tal como não o foi muito frequentemente no passado. "A posteriori" admiramo-nos com a ingenuidade dos que cederam tudo para fazerem a paz com quem não a queria ter. Mas só nos admiramos "a posteriori" porque, no momento em que a questão se coloca, ceder é sempre mais fácil. O inferno e os campos de batalha estão cheios de belicistas, mas não faltam lá também aqueles que quiseram a paz a qualquer preço.

No mundo ocidental, no ano de 2003, não estamos entre a guerra e a paz. Estamos entre a guerra e a chantagem. Só resta saber até onde podemos ceder à chantagem, sem pormos em causa a nossa própria segurança. Com a Coreia do Norte a estratégia de ceder à chantagem revelou-se uma armadilha: durante anos, à Coreia do Norte foram oferecidos combustíveis e alimentos. Em troca os dirigentes daquele país comprometiam-se a não desenvolverem programas nucleares. Em 2003, chegam todos os dias tonitruantes comunicados provenientes de Pyongyang prometendo reduzir a cinzas a Coreia do Sul, os EUA ou o Japão, pois a Coreia do Norte já possui uma ou duas bombas nucleares e prepara-se para testar mísseis de longo alcance com capacidade para atingirem os EUA e o Japão.

E agora espera-se que o "Querido Líder" continue a fazer avançar e recuar na cena internacional essas bombas, como se estivesse a brincar com a sua colecção de combóios eléctricos? Aguarda-se que o Japão ataque preventivamente? Que a China resolva o problema com a eficácia do aparelho comunista e a desenvoltura do capitalismo? Que a Hyundai suborne mais alguns altos dirigentes norte-coreanos? E se a Coreia do Norte atacar e matar milhares de pessoas, acendem-se-lhes umas velas por alma e diz-se que há que dar uma oportunidade à paz?

A grande questão é até onde é que, em nome da paz, se pode ir nas cedências? No caso da Coreia do Norte foi-se claramente longe de mais e tal como se devem exigir responsabilidades aos governos que atacam ou se propõem atacar sem fundamento outros países, é também imperioso que se questionem os governos que colocam os seus povos em situações extremas de vulnerabilidade. É esta pergunta que tem de ser feita no caso da Coreia do Norte e é também esta pergunta que, no caso do Iraque, se deve colocar aos governos alemão, belga e francês.

Não possuindo Saddam bombas como a Coreia do Norte, e apenas armas químicas e biológicas, até onde podemos ceder sem corrermos o risco de pormos a nossa vida em risco? Quantos milhões de europeus estão dispostos a morrer em consequência do antraz que Saddam tem? Ou por envenenamento das águas como os curdos? Ou por um ataque como o do 11 de Setembro nos EUA? Ou a verem os seus filhos serem mortos quando vão a caminho da escola, porque um suicida que os acha infiéis se lhes atravessou no caminho?

Não basta declarar, como fez o ministro alemão Joscka Fisher, que não está convencido de que o Iraque seja um perigo para os outros países. Uma não convicção chegaria, se Joscka Fisher fosse apenas mais um militante dos Verdes alemães. Mas Joscka Fischer é ministro. Uma não convicção chega aos manifestantes do não à guerra. Uma não convicção não pode chegar àqueles que são governo ou que aspiram a sê-lo.

Quem diz que não está convicto que o Iraque seja um perigo devia estar convicto que de facto não o é. E, na falta dessa convicção teria, pelo menos, de estar convicto de que tem meios materiais e humanos e vontade política para assegurar que Saddam não é um perigo agora, nem o seria no futuro, caso o propósito norte-americano de atacar o Iraque seja posto de lado.

Infelizmente a "Operação Miragem", proposta pela França e pela Alemanha como a última oportunidade para a paz no Iraque, parece mais uma forma de protelar um ataque do que uma real alternativa a esse ataque. Alguém acredita que é exequível e seguro ocupar o Iraque com milhares de "capacetes azuis", mantendo Saddam formalmente no poder, como propõem a França e a Alemanha? E mesmo que tal operação fosse em frente, que países envolveriam directamente as suas forças armadas no acompanhamento desta operação durante o tempo que for necessário? A França e a Alemanha? Este tipo de operações exige um empenhamento, uma coordenação e uma vontade política que a Europa infelizmente está longe de ter, como se viu no conflito jugoslavo. Quem acredita de facto que a União Europeia, que há anos fecha piedosamente os olhos ao que se passa na Argélia e em Israel, se dispõe agora a ver morrer os seus soldados no deserto iraquiano?

Atacar um país não é algo de desejável, mas, em determinadas circunstâncias, pode ser a melhor solução. Foi-o, por exemplo, no Afeganistão. Hoje, por muito mal que se viva no Afeganistão, vive-se incomensuravelmente melhor do que antes da intervenção militar. Aliás, não por acaso o Presidente daquele país, Hamid Karzai, se mostra preocupado com o facto de que um ataque ao Iraque possa fazer diminuir a ajuda internacional ao Afeganistão. Karzai tem certamente razões para estar preocupado, tanto mais que a atenção dos tradicionais militantes ocidentais das boas causas só será desperta, caso suceda alguma catástrofe e muito particularmente se na origem dessa catástrofe estiverem militares americanos. Contudo, quando uma intervenção militar é bem sucedida, os seus detractores jamais se lhe referem. Nestas mesmas páginas defendi a intervenção militar no Afeganistão. Até agora não vi uma linha das pessoas que a condenaram analisando o que mudou ou o que devia mudar naquele país.

Todos os dias há quem aproveite as liberdades das democracias ocidentais para melhor as atacar - esta semana, em Itália, foram postos em liberdade 28 paquistaneses em cujo local de residência tinham sido encontrados explosivos. Argumentou a defesa dos detidos que estes desconheciam a existência deste material na sua casa, dada a desarrumação da mesma. Provavelmente poucos acreditarão neste argumento da defesa, mas, dada a incapacidade de se provar a acusação, os detidos foram postos em liberdade. E não devia ser doutro modo, porque é de actos como este que nasce a liberdade e a qualidade de vida de que se usufrui nas democracias. Mas a defesa da liberdade e da democracia passa também por ser capaz de assumir decisões. O "nim" expresso por Joscka Fischer é mais do que meio caminho andado para, dentro de algum tempo, cairmos na armadilha duma guerra inimaginavelmente pior do que aquela que se procurou evitar.

A defesa da paz, ou, melhor dizendo, a defesa da ausência da guerra, não pode implicar que cada um de nós viva com uma certidão de óbito endossada em seu nome, para Saddam, Bin Laden, Kim Jong-il ou outro qualquer fanático preencherem o espaço reservado à data, quando lhes apetecer.
 
Mensagens: 333
Registado: 8/11/2002 8:29

Repara Mas

por Assim... » 15/2/2003 2:48

O Iraque vai-lhes permitir garantir o fornecimento de petrólio, além das fontes já actualmente disponiveis - Arabia Saudita.
Com o fornecimento do petróleo garantido, os EUA estarão mais à vontade para se envolverem noutras aventuras militares.

Quem ganha é a industria militar e as instituições militares, mas não só!
A industria militar já acusou desde à muito o reforço orçamental proposto por Bush para 2003 (5 vezes o PIB Português) e próximos anos!

Talvez fosse interessante aconpanhar esse sector na bolsa!
Afinal, os investidores também podem ganhar com a subida das cotações!

:shock:
Assim...
 

Alguém me diz

por Mas » 15/2/2003 1:14

porque é que só agora se lembraram de atacar o Iraque? Mas afinal o que foi que os tipos fizeram? Porquê agora passados mais de 12 anos? Se houve razões e não as aproveitaram porque agora? Não entendo esta prepotência toda por parte dos USA e de alguns Países Europeus. Logo após os atentados do 11 de Setembro, Bush disse que o eixo do mal seria destruído, onde claro constava o Iraque, porque raio começaram pelo Iraque e não por ex: pela Coreia do Norte que essa sim já deu provas que tem armas de destruição maciças? Alguém me explica?
Mas
 

por EURODOLLAR » 15/2/2003 0:30

O mais gritante deste problema todo é que o assunto Iraque surgiu de repente, depois de estar adormecido durante anos. O Bush acordou um dia e pensou (ou alguem pensou por ele, porque eu acho que ele não pensa): "Hoje vou atacar o Iraque"
Note-se que não houve nenhum evento que pudesse provocar esta reacção. O Iraque não atacou ninguem, não ameaçou ninguem, não fez nada. O que não quer dizer que não seja um país perigoso...
Acho que o Bush quer é uma guerra no curriculo. Nada fica melhor no curriculo de um politico do que uma vitoria numa guerra. Até pode permitir conseguir uma re-eleição, que de outro modo seria IMPOSSIVEL (acho que os americanos não faziam a mesma asneira duas vezes). E é claro, petroleo à borliu como bonus...
EURODOLLAR
 

quem quer viver na ilusão?

por TerraVerde » 15/2/2003 0:22

Os americanos são muito pragmáticos.

Para eles (em termos gerais e como país) apenas conta uma coisa: dinheiro! nada mais.

Mas será que ainda há alguém que não perceba que o único objectivo dos EUA é controlar o preço marginal do barril de petróleo? Se eles dominarem o Iraque, ou com um militar americano na liderança do país ou por um qualquer fantoche iraquiano no poder a mando norte-americano (estilo Blair), conseguem baixar o preço do ouro negro significativamente. Com esta medida podem poupar dezenas ou centenas de milhares de milhões de dólares por ano. O que eles fazem é simplesmente calcular o Valor Actual do investimento. Os custos são os da presença de forças militares lá. Os proveitos são os da poupança no preço do petróleo, ano após ano. Façam as contas e depois digam-me, por ex. num prazo de dez anos qual é o resultado!

Tenho pena de ver tantas pessoas que se deixam levar por aquilo que os Meios de Manipulação Social, vulgo Meios de Comunicação Social, vão despejando hora a hora, dia após dia. O mundo ocidental vai todo beber as "notícias" às estações americanas que por sua vez, transmitem aquilo que interessa a Alguns. Aos que têm poder.

São estes Alguns, que conseguem levar os "rebanhos" a pensar que a guerra com o Iraque é por causa de armas que os iraquianos têm. Se há algum país que as tem, para lá dos EUA!, é a Coreia do Norte, por ex! Mas lá não há petróleo...

São aqueles mesmos Alguns, que conseguem fazer com que a grande maioria pense que vivemos num mundo de democracia, que seria o poder exercido pelo povo. Há alguém que viva em democracia no mundo ocidental? concerteza que eu e todos nós não vivemos. Nós vivemos subjugados pelo exercício de poder de quem põe e dispõe para manter ou aumentar o seu poder, de quem manipula quem só consegue viver pela cabeça dos outros, para quem o mundo é o que uma caixa de centímetros quadrados e com imagens coloridas mostra.

Acaso alguém foi consultado sobre se Portugal deveria apoiar alguma acção contra o Iraque? eu não fui! ninguém foi. Houve uma camada de políticos que decidiu isso! Com que objectivos? Pensem lá um bocadinho...

O país mais próximo, ou menos longe, duma democracia na Europa talvez seja a Suíça onde a população é consultada para decidir sobre vários assuntos.

Será que nós precisamos (no nosso mundo) de políticos? de toda a corrupção que lhes está associada? Que fazem eles de positivo? Declaram guerra a um país e mandam para lá os outros? São os governantes que vão para a frente da batalha? Quanto milhões pouparíamos por não os termos na cúpula das nossas sociedades?

A pergunta é esta: precisamos deles?

Como é que podem haver pessoas a defender a Guerra? A Guerra na casa dos outros, claro! A Guerra nada mais traz do que sofrimento, destruição e ódios. É benéfica para quem? para os EUA que podem pôr a indústria das armas a laborar no imediato? talvez. Para mais alguém? Não foi por haver a II Guerra Mundial e a seguir crescimento económico que se possa achar aqui um mecanismo causa efeito. Vejam o caso da guerra no Vietname.
TerraVerde

..................................
É preciso cuidar do meio ambiente!
terraverde00@ymail.com
 
Mensagens: 145
Registado: 29/11/2002 18:49
Localização: 24

Ó visitante...

por Sol Dado » 14/2/2003 23:59

É capaz de explicar que "asneira" é que eu disse?

Acaso eu disse que o Bush não teve menos votos?

Não, ... o que eu disse é que na Constituição americana NÃO está escrito que o Presidente tem necessariamente que ter mais votos! Por isso é que o Bush é o Presidente democraticamente eleito e assim mesmo reconhecido pelos tribunais americanos.

É que os USA não são uma Républica de Bananas como tantas na europa... ou como certa gente ignorante ou de má-fé quer fazer crer...

Sol Dado
 
Mensagens: 333
Registado: 8/11/2002 8:29

Resultados das eleições Americanas

por P/ Sol Dado » 14/2/2003 23:42

BUSH - 50,456,169
GORE - 50,996,116

Poderá ver aqui: http://www.cnn.com/ELECTION/2000/
assim evita de dizer asneiras
P/ Sol Dado
 

E Esta?

por War Ant » 14/2/2003 23:26

ONU: Mr.Bush, como consegue provar a existência no Iraque de armas nucleares,biológicas ou químicas?

Mr.Bush: Ora essa, então não guardámos os recibos?

$AÚDE!
 
Mensagens: 37
Registado: 7/11/2002 17:48
Localização: setubal

Uma grande imbecilidade... infelizmente!

por Sol Dado » 14/2/2003 22:39

Capablanca Escreveu:Quem me conhece bem sabe que sou pró-americano e admiro imenso a sua forma de estar na vida e aquilo que alcançaram. Mas o Bush é diferente ... e nem sequer devia ser o Presidente, pois não foi quem teve mais votos !!!

Sou anti-bushista, e quem dera aos americanos e ao Mundo que aparecesse outro Clinton.


Isto é uma imbecilidade sem pés nem cabeça! :lol: ... e dita por uma pessoa que de imbecil não tem nada!

Capablanca... valha-me Deus, então... ou atão :P ... achas que SE quem tivesse mais votos é que devia ser o Presidente, os Tribunais dos USA iam permitir uma aldrabice dessas?? Hum... :twisted: ? Achas que na Constituição americana não está escrito que o Presidente NÃO é quem tem mais votos?

Olha, os USA são uma Nação com 52 Estados! Não são um Estado com 3 ou 4 Nações como há vários na Europa! Os USA têm o sistema eleitoral mais avançado do mundo que permite a 52 Estados elegerem pacíficamente o seu Presidente. Quem dera a nós, europeus, termos um sistema assim... Até parece que não vês as dificuldades que o alargamento da UE para 30 e poucos Estados está a trazer! (... os USA são 52!).

Capablanca, conselho de amigo, estuda primeiro como está configurada a eleição do presidente americano... e depois então critica! Agora, vir dizer que o Presidente americano devia ser quem tem mais votos, e por isso o Bush não devia ser Presidente... é não perceber nada do que é a democracia americana!

Seria bom que o Nuno Faustino tivesse paciência para nos explicar como é eleito o Presidente americano e de como os Tribunais e Procuradores garantem a democracia e a "verdade" dos votos.

Abraço,
Sol Dado

Ps. E sabes que mais? O Presidente (Bush, Clinton... ou outro pateta qualquer... são só a ponta do Iceberg :lol: ... americano!) A américa não é de maneira nenhuma o seu Presidente! E a única coisa que nos pode salvar de alguma catástrofe é que a democracia americana funcione... que o povo americano mantenha em funcionamento a sua democracia. A Rússia e o Iraque é que estão muito mais próximos dessa imagem do Presidente Todo Poderoso... e mau da fita! :lol:
 
Mensagens: 333
Registado: 8/11/2002 8:29

por Visitante » 14/2/2003 22:39

Tenho acompanhado com interesse esta discussão à acerca do Iraque e não posso deixar de registar como alguns políticos (neogaulistas, socialistas,ecologistas e afins) e media conseguiram transformar um despota belicista num heroi, esquecendo-se que tudo isto tem uma raiz a invasão do irão e depois do koweit, o homem já disse que quer reconstruir a grande nação Árabe , o que eu gostava de ver era os franceses os mais burgueses e "bons vivant" da Europa se os Mercedes e os Falcons dos diplomatas,os tractores dos agricultores, as fábricas, os carros, parassem ou começassemos a pagar o petróleo a $200/barril se a conversa era a mesma...

O grande problema da Europa (França...) e os "pacifistas" que nestas alturas a acompanha é a falta de memória todos falam de barriga cheia como se a nossa forma de viver fosse um dado adquirido, todos nos habituamos a usufruir das vantagens mas depois gostamos de dar lições de moral aos outros....

Estas manifestações não são de hoje esquecem-se da instalação dos mísseis "Pershing" antes da queda da União Soviética e que agora passados uma dúzia de anos já ninguem se lembra...

Ninguem contesta que a admnistração Bush tem tido uma completa inabilidade na condução deste caso, as declarações do Rumsfeld são disso um bom exemplo mas não podemos confundir o essencial com o acessório e o essencial é que os Estados Unidos são uma democracia, e tem "sempre" ajudado a Europa nos periodos mais complicados.

Agora como é óbvio se são eles que têm os meios, se a Europa prefere não ter de se incomodar em gastar dinheiro com a defesa, desdenhar a sociedade americana com a superioridade do modelo social europeu porque carga de água não haveriam eles de defender os seus intereses?

Mas atenção com todos os seus defeitos e com todas as nossas divergências os EUA e a Europa partilham os mesmos ideais pelo que os devemos ajudar da mesma forma que eles já nos ajudaram nem que seja moralmente, nem que seja não atrapalhando...

Abraço
JStockk
Visitante
 

por atomez » 14/2/2003 22:26

Mas não é óbvio para toda a gente (menos o J.Fischer) que o que tem resultado contra o Saddam não são os inspectores mas sim a ameaça do uso da força militar?

Deixem-se de rodeios porque quanto mais depressa o mundo se livrar do Saddam melhor será para todos.

Bom fds.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

Cheguei agora do futebol ...

por Capablanca » 14/2/2003 22:17

... e vi que perdi a aposta :oops:

2ª feira envio-te uma mensagem privada para combinarmos como te darei a garrafa de aguardente. Tens preferência pela marca? :lol:

O mercado trocou-me as voltas nos dois últimos dias. Parabéns a quem acertou, um abraço e bom fim de semana !
<b>Capablanca</b>
 
Mensagens: 378
Registado: 9/12/2002 16:59

por Carocha » 14/2/2003 20:43

Oh Davos vira essa boca pra lá : )

"se o rally vier..." só é bom pra titulo de canção! :lol:
Se a verdadeira beleza é a interior, aposta na lingerie!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 292
Registado: 25/11/2002 0:04

Se o rallie vier...

por Davos » 14/2/2003 20:36

Ter em atenção os seguintes valores no S&P500:

1-844

2-862

3-876.87

Bons negócios,
Davos
 
Mensagens: 41
Registado: 5/11/2002 7:28

Capablanca....

por 777 » 14/2/2003 20:20

estava aqui a escrever um post (já com 15 parágrafos) em resposta ao Surfer, quando reparo que tu resumes tudo de uma forma brilhante. É assim mesmo caro amigo. A lúcidez é previlégio de alguns. Mainada.

777
A sua indiferença em matéria de dinheiro veio, como sempre, favorecer-lhe a fortuna, evitando-lhe cometer os erros próprios de quem receia perder e aqueles de quem quer ganhar depressa e muito.
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 75
Registado: 6/2/2003 13:02

por Incognitus » 14/2/2003 20:10

Capablanca, os EUA têm as armas, o UK tem as armas, mas esses nós sabemos que não as usam (exceptuando os EUA que ao usarem a bomba nuclear no Japão pouparam a vida de muitos dos seus soldados numa guerra que eles não começaram).

Por outro lado, ditadores como o Saddam, Hitler e outros que tais muito provavelmente estarão prontos para usar essas armas. Em certa medida, a Coreia do Norte é até mais perigosa nesse aspecto.

Os EUA, depois de atacados no 11 de setembro, NÃO vão deixar que loucos possuam armas. A Rússia nunca foi "louca", mas estes tipos são.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

Liberdade e Democracia

por BonVivant » 14/2/2003 20:05

...são dois conceitos para defenir tudo o que aqui se tem dito...onde existe ? No Iraque ? nop...USA e Europa sim graças aos...americanos...como a nossa memória se esquece tão rápidamente !!!

Cumprimentos
 
Mensagens: 197
Registado: 10/11/2002 23:04
Localização: Alentejo

Cuidado...

por Davos » 14/2/2003 20:00

Penso que iremos mais acima e dp sim a queda
Anexos
S&P500-Weekly.gif
S&P500-Weekly.gif (57.34 KiB) Visualizado 1698 vezes
Davos
 
Mensagens: 41
Registado: 5/11/2002 7:28

Bears beware here...

por Davos » 14/2/2003 19:59

SPX500
Anexos
SPX500-Weekly.gif
SPX500-Weekly.gif (63.98 KiB) Visualizado 1700 vezes
Davos
 
Mensagens: 41
Registado: 5/11/2002 7:28

Próximo

Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: bigest, Esquinas3, Google [Bot], Goya777, IX Hispana, Pmart 1, Purificaçao, Tosta mista, traderh, Àlvaro e 207 visitantes