A conferência de imprensa Iraquiana
Re: Ao Sr Provedor
Sol Dado Escreveu:Convinha que o Sr. Provedor discutisse isto com os pés bem assentes na Terra. Pode explicar-me se o "dispositivo presente", que VExa apoia incondicionalmente, foi montado sob a égide da ONU? São capacetes azuis que estão lá ou é tropa americana e inglesa sob comando americano?
O dispositivo a que me refiro são os inspectores e o reforço das equipas e meios de que dispõem. A "tropa" americana e inglesa está lá por sua conta e risco. Mesmo as intervenções na zona de exclusão aérea acabam por ser uma leitura abusiva da resolução 688 do Conselho de Segurança da ONU. Contudo, o cerco ao Iraque terá claramente benefícios numa perspectiva de pressão ao regime de Bagdad.
Sol Dado Escreveu:O Sr Provedor defende a manutenção do Saddam no poder
Ainda tem dúvidas sobre o assunto Sol Dado? Ainda não ficou claro? O meu legado cultural e civilizacional leva-me a desejar que em todos os países do mundo, regimes democráticos onde as liberdades individuais fossem salvaguardadas dominassem. Infelizmente não é esse o caso.
Sol Dado Escreveu:Os inspectores da ONU podem fazer imposições? Ou apenas relatam factos?
Sol Dado, os inspectores são o instrumento físico das determinações do Conselho de Segurança da ONU. Em várias matérias, trata-se pura e simplesmente de imposições ao regime iraquiano com as quais concordo, note-se (U2, por exemplo).
Sol Dado Escreveu:O Sr. Provedor defende a cisão... ou o fim da NATO?
A OTAN é uma organização que deveria ser alvo de um amplo debate sobre a sua necessidade a médio-prazo. Mais do que nunca deve a Europa consolidar posições por forma a caminhar pelos seus próprios pés. A UEO é, neste quadro, uma das soluções possíveis e alternativas a uma OTAN instrumentalizada pela Aliança EUA-Reino Unido.
Sol Dado Escreveu:nota1: bem sabe que daqui a 30 min. os americanos vão dizer: meus amigos, a guerra está marcada; vamos atacar no dia x, às tantas horas. precisamos de saber se a NATO vai funcionar ou não, para se reorganizar a operação e garantir a defesa da Turquia.
No actual quadro, concordo plenamente com o veto de alguns Estados-membros da OTAN. As coisas não podem ser colocadas da forma como o estão a ser. Os EUA compraram o apoio da Turquia a uma utilização das bases militares existentes naquele país para desferir um ataque "ilegal" ao Iraque. E agora querem que a OTAN se envolva? A Turquia tenta sair de uma crise económico-financeira profunda, onde mergulhou há algum tempo, e claro que negociou bem o apoio dado aos EUA. Agora como o Iraque pode ripostar ai daqui el-rei ajudem-me???
Sol Dado Escreveu:nota2: a França diz que não e fica a filosofar na ONU... enquanto os americanos e ingleses dão inicio ao ataque e se esvaiem em sangue com os iraquianos; que fará a França? que farão os pacifistas? que aconselha o Sr. Provedor?
Tem a certeza do que diz? As guerras de hoje já não são como em 1939, 1914 ou anteriores. Faça alguma investigação sobre o que se passou durante a Guerra do Golfo e se calhar ficará perplexo.
Sol Dado Escreveu:nota3: nesta altura estará o barril de petróleo nos 40 dólares ... e Portugal na maior penúria dos últimos 30 anos.
Meu caro Sol Dado e porque motivo está o barril do petróleo nestes níveis?
Sol Dado Escreveu:Caso a guerra seja ganha pelos falcões... a receita keynesiana será repartida por quem? Caso percam, a França assumirá a reconstrução do Iraque...às custas do petróleo iraquiano, apoiando o Saddam e mantendo o regime?
Quem são os falcões? Uma vez mais remeto-o para a última Guerra do Golfo e veja lá se consegue ver quem vendeu o quê e a quem no Kuwait, na Arábia Saudita e demais países do Golfo Pérsico.
Sol Dado Escreveu:Por último, o Sr Provedor sabe o que está previsto em termos de eventualidade de conflito político entre os membros da NATO? ... ... caso seja declarada guerra ao Iraque (pelos americanos e ingleses) ...
Conflito político? Precise melhor o que quer dizer com isso. Acha assim tão dramática a actual situação? Há que dizer sempre Amen ao Big Brother?
Provedor
Duckman Escreveu:Tem toda a razão, Provedor. No que escrevi, onde se lê "sunita" deve ler-se "xiita". No restante mantenho o que está (excepto umas pequenas gralhas).
Sim é verdade Duckman. Mas é que isto cria logo outro problema. É que o Kuwait é habitado quase por 50% de estrangeiros e dos "nacionais" a maioria é sunita, em linha com o que se passa na Arábia Saudita embora ainda não ferverosos adeptos do wahabismo. É que a realidade do sul do Iraque tem mais a ver com o Irão. Ora, sendo o Irão um dos países do Eixo do Mal não fará muito sentido criar um Estado xiita naquela zona.
Duckman Escreveu:Mas que diabo, isto é só um comentário num Forum, não é nenhuma Tese de Doutoramento, pois não?
Não é tese nenhuma. É apenas uma troca de ideias, umas vezes mais acaloradas mas nada mais do que isso.
Provedor
Ao Sr Provedor
Provedor Escreveu:Reforço do dispositivo presente sob a égide da ONU aumentando a pressão junto do governo iraquiano. Até ao esgotamento de todas as soluções pacíficas. Apesar dos aspectos negativos associados ao discurso de Bush, há apenas uma coisa que tem tido resultados realmente bons: o dispositivo já instalado na região e a firmeza norte-americana adquiriram já tal dimensão que o Iraque não terá grandes alternativas senão ceder cada vez mais às "imposições" dos inspectores da ONU como forma de evitar dar argumentos aos EUA para atacarem o país. Continuemos assim, até ver...
Provedor
Convinha que o Sr. Provedor discutisse isto com os pés bem assentes na Terra. Pode explicar-me se o "dispositivo presente", que VExa apoia incondicionalmente, foi montado sob a égide da ONU? São capacetes azuis que estão lá ou é tropa americana e inglesa sob comando americano?
O Sr Provedor defende a manutenção do Saddam no poder?
Os inspectores da ONU podem fazer imposições? Ou apenas relatam factos?
O Sr. Provedor defende a cisão... ou o fim da NATO?
nota1: bem sabe que daqui a 30 min. os americanos vão dizer: meus amigos, a guerra está marcada; vamos atacar no dia x, às tantas horas. precisamos de saber se a NATO vai funcionar ou não, para se reorganizar a operação e garantir a defesa da Turquia
nota2: a França diz que não e fica a filosofar na ONU... enquanto os americanos e ingleses dão inicio ao ataque e se esvaiem em sangue com os iraquianos; que fará a França? que farão os pacifistas? que aconselha o Sr. Provedor?
nota3: nesta altura estará o barril de petróleo nos 40 dólares ... e Portugal na maior penúria dos últimos 30 anos.
Caso a guerra seja ganha pelos falcões... a receita keynesiana será repartida por quem? Caso percam, a França assumirá a reconstrução do Iraque...às custas do petróleo iraquiano, apoiando o Saddam e mantendo o regime?
Por último, o Sr Provedor sabe o que está previsto em termos de eventualidade de conflito político entre os membros da NATO? ... ... caso seja declarada guerra ao Iraque (pelos americanos e ingleses) ...
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Tem toda a razão, Provedor. No que escrevi, onde se lê "sunita" deve ler-se "xiita". No restante mantenho o que está (excepto umas pequenas gralhas).
Foi um pequeno lapso da minha parte.
Mas que diabo, isto é só um comentário num Forum, não é nenhuma Tese de Doutoramento, pois não?
E agora boa notezinha que já são horas.
Foi um pequeno lapso da minha parte.
Mas que diabo, isto é só um comentário num Forum, não é nenhuma Tese de Doutoramento, pois não?
E agora boa notezinha que já são horas.
What the heck are ya lookin' at?
Duckman Escreveu:A NATO sem os USA o que era? Nada, népias, niente, zilch, zero. E a ONU? A mesma coisa. A questão não é nada essa. É que os USA gastam cerca de 5% do PIB na defesa e nós na Europa é 1,5% ou menos. Quer dizer, para a Europa estar militarmente ao nível dos USA teria de aumentar as suas despesas militares para o triplo ou quádruplo. E quem é que vai nisso? Os europeus não estão para aí virados, e eu também não. Afinal qual é a lógica de ter umas tropas ao nível das americanas? Só se for para entrar em guerra com eles, o que obviamente não interessa nem a nós nem a eles. Cá pour moi não me importo que a situação esteja como está. Os interesses estratégicos dos EUA no mundo e os nossos são perfeitamente idênticos e até acho bem que sejam eles a fazer o papel de "chui mau" e nós europeus o de "chui bom"![]()
A questão foi desvirtuada Duckman. Longe de mim querer um poderio militar idêntico ao dos EUA. Nada disso. A Europa não tem ambições militares globais, contrariamente aos EUA. Obviamente que a OTAN sem os EUA não seria "nada". Mas a sua manutenção inviabilizará o desenvolvimento da UEO. O objectivo não é rivalizar com os EUA. Não. O objectivo é que a Europa disponho de recursos militares próprios que lhes permitam não só manter a "casa arrumada" como poder responder adequadamente a qualquer perigo emergente das áreas geográficas contíguas ou próximas (Magrebe, Médio Oriente, Cáucaso) ou ainda em áreas geográficas diversas sob a égide da ONU. Não confundamos as coisas.
Duckman Escreveu:Quais são as alternativas após o histórico de 30 anos de Saddam no poder, com desenvolvimento de armas de destruição massiça, a liquidação dos opositores, massacre químico dos Curdos, uma guerra com o Irão com 2 milhões de vítimas, tentativa de conquista do Koweit, uma guerra para o expulsar daí, e 12 anos de sanções e inspecções?
Reforço do dispositivo presente sob a égide da ONU aumentando a pressão junto do governo iraquiano. Até ao esgotamento de todas as soluções pacíficas. Apesar dos aspectos negativos associados ao discurso de Bush, há apenas uma coisa que tem tido resultados realmente bons: o dispositivo já instalado na região e a firmeza norte-americana adquiriram já tal dimensão que o Iraque não terá grandes alternativas senão ceder cada vez mais às "imposições" dos inspectores da ONU como forma de evitar dar argumentos aos EUA para atacarem o país. Continuemos assim, até ver...
Duckman Escreveu:Ora no caso do Saddam e outros fundamentalistas lá da zona isso não é verdade. Eles não se importariam nada de acabar com tudo e todos, incluindo eles próprios. E muito pior ainda é que poderiam preparar tudo no mais completo segredo e atacar sem qualquer tipo de aviso prévio. Tudo isto já foi feito, tudo isto já aconeceu só que em escala menor.
O Saddam não se importaria de acabar com tudo e todos? Essa é a perspectiva (não sei dos líderes será também essa) dos fundamentalistas radicais islâmicos. O Saddam é tudo menos fundamentalista e quer tudo menos morrer. É o déspota instalado. Que gosta do luxo e de viver bem. Egoísta, como é evidente já que promove o culto da personalidade. Laico com raízes ao socialismo assente no Baath. Ele não se importa de matar, mas daí até morrer vai uma grande distância. E não é burro ao ponto de saber que se atacar com armas de destruição maciça é o fim dele. Se assim não fosse, em 1991 não teria atacado logo com ogivas químicas ou biológicas em vez das convencionais?
Duckman Escreveu:Então o que resta? Aquilo que se vai fazer - invadir o Iraque e depôr o Saddam. É chato, vai trazer problemas, vai causar morte e sofrimento, mas se assim não se fizer a morte e sofrimento posteriores vão ser muito maiores. A guerra não é o pior dos males, é o penúltimo.
Dito dessa forma até parece que é como ir ao café da esquina tomar uma bica.
Duckman Escreveu:Até como diz o aforismo - "qualquer problema é uma oportunidade". Talvez seja possível neste momento resolver de uma vez por todas os problemas do Médio Oriente. Como? Aí vai uma hipótese: ocupar o Iraque, acabar com o Saddam, atribuir a parte ocidental do actual Iraque à Jordânia, transferir para aí os palestinianos de Gaza e da Cisjordânia, fazer a Norte um estado para os Curdos e a parte Sul passar a ser um estado Sunita em conjunto com o Koweit.
Este plano existe e não é na minha cabeça. Ia ser complicado, ia mexer com uma quantidade de interesses, seria uma "limpeza étnica" dos palestinianos"? É bem possível, mas não será pior que mais 1000 anos de disputas territoriais e massacres lá pela zona.
Duckman, se este plano existe, quem o fez não percebe nada do xadrez da zona. É que as barbaridades são tantas que até mete impressão. Vamos a elas:
1. Resolver de uma vez por todas os problemas do Médio Oriente? O tal "plano" gizado só pode vir de um judeu ou de um "ocidental" completamente ignorante da realidade da região. Transferir a parte ocidental do Iraque à Jordânia e para aí transferir os palestinianos de Gaza e da Cisjordânia? Mais depressa eclodirá a III Guerra Mundial meu amigo! Então para transferir uma aldeia de alentejanos da Aldeia da Luz por causa do Alqueva foi o que foi e o Duckman acha que seria pacífica a transferência de um povo inteiro que está à milhares de anos na Terra Santa para um qualquer espaço seco e árido na parte ocidental do Iraque? Nem a brincar! Nem mesmo o Estaline conseguiria fazer isso. Teria que os matar a todos primeiro e transferi-los depois...em caixões!
2. Fazer no norte um estado curdo? Um dos maiores falhanços do pós-Guerra do Golfo? Sabe que aquela região do Iraque não só andou em guerra civil com os diversos grupos a matarem-se uns aos outros e a fazer um favor aos seus inimigos, como foi ali localizada - no nordeste próximo do Irão - uma suposta base da Al-Qaeda? Então mas o Duckman acha que a Turquia veria com bons olhos a emergência de um Estado Curdo junto ao Curdistão Turco? Alguma vez? E o Irão? Acha que ficaria satisfeito? E a Síria?
3. O Sul passar a ser um Estado Sunita com o Koweit??? Se a maioria da população do sul do Iraque é xiita como é que formaria ali um Estado sunita??? Caramba para tanta incongruência Duckman.
Esse plano é um nado-morto!
Provedor
Re: Alguém é capaz de explicar?
Sol Dado Escreveu:Como é que a França e Alemanha vão encher de capacetes azuis o Iraque? Serão só franceses, alemães e belgas? Mandam retirar os americanos e ingleses? Estes não vetam?
Esta ideia é no mínimo peregrina. Não faz qualquer sentido.
Sol Dado Escreveu:Os iraquianos entregaram hoje mais informação secreta... e parece que já aceitam ser sobrevoados. Então porque não aceitaram revelar as informações antes, tendo-se dado ao trabalho de escrever milhares de páginas? E porque é que agora já aceitam ser sobrevoados? ... claro, sentem-se acossados pelos 150000 soldados americanos e ingleses.
É evidente.
Sol Dado Escreveu:Estes franco-alemães ainda criam uma salganhada tal que às tantas não estamos a lutar contra um tirano fanático, e nem pelo petróleo... mas temos, isso sim, uma guerra nuclear na Europa! Vai ser lindo vai...
Guerra nuclear na Europa? O Sol Dado mede bem a dimensão do que diz?
Sol Dado Escreveu:Sempre há a possibilidade de verdes e esquerdistas em geral conseguirem congelar os impetos militaristas dos seus lideres e passariamos então a ser todos americanos... ou ingleses, sem ser disparado um míssil.
Bom... talvez não... como já nos declarámos pró-americanos... (nós Portugal) gozaríamos sempre de algum estatuto especial de autonomia... caso se sobrevivêsse à III Guerra Mundial.
Calma e serenidade Sol Dado. O mundo não vai acabar amanhã e ainda não é um filme do Stallone.
Provedor
Re: Sejamos coerentes...
JAS Escreveu:Quanto à chacina dos índios vejamos alguns dados:
A independência verificou-se apenas em 1776 e, antes disso, os cidaões eram ingleses e portanto europeus. A campanha contra os Cherokees ocorreu ente 1774 e 1776, donde se conclui que quem matou esses foram os europeus.
Contra os Iroquois ocorreu já em 1778-79. Nessa data os "americanos genuínos" ainda só podiam ter 3 anos de idade e, por muito precoces que pudessem ser, não davam tiros em índios adultos. Temos de concluir que que quem matou os índios ainda foram os europeus...
Com todo o respeito e apreço que tenho por si JAS, se queremos ser precisos antes de serem "americanos" os cidadão eram ingleses, franceses, espanhóis e russos no que se refere a possessões sob domínio destas nações europeias. Até aí tudo pacífico. Agora, dizer-se que a exterminação dos índios norte-americanos ocorreu antes da independência e poucos anos após a independência é altamente falacioso. Como se, após a independência dos EUA, os índios tivessem sido completamente integrados na sociedade da união em igualdade com os brancos. JAS num recenseamento efectuado em 1836, 60 anos após a independência, havia quase 3 milhões de índios no Texas e Novo México. Onde é que estão hoje em dia? E os espaços geográficos sem condições definidos para reunir "o que restava" das nações índias perto do final da primeira metade do séc. XIX? Também foram os europeus?
JAS Escreveu:Em 1789 os EUA tinham apenas 4 milhões de habitantes, de origem fundamentalmente anglo-saxónica, e nos anos seguintes registou-se uma forte imigração a partir da Europa. Em 1860 a população era de apenas 31 milhões de habitantes e seria fácil fazer as contas para determinar quantos seriam os "americanos" e quantos seriam "europeus".
A progressão para Oeste, com mais matanças de índios, realizou.se a partir de 1825 e, reza a história, foi feita "por imigrantes de origem anglo-saxónica, escandinavos e holandeses". Mais uma vez foram europeus(apesar de nos filmes de cow-boys eles terem sotaque americano...) quem matou os índios.
Mais uma argumentação completamente falciosa. Nessa perspectiva, o que são hoje os EUA? São americanos? Ou serão coreanos? chineses? índianos? mexicanos? latino-americanos? Ainda sobre esses "europeus" JAS, chegaram aos EUA, rumaram ao Oeste, holandeses e escandinavos habituados a andar aos tiros na Holanda e na Escandinávia e toca de chacinar índios? Epa, francamente... É como o Brasil, recentemente descobriram que a maior parte da população brasileira tem no seu código genético a presença de genes portugueses, logo são europeus!
JAS Escreveu:E quem matou os "índios" na América do Sul foram os espanhóis que arrasaram civilizações inteiras e os Portugueses, em menor grau, que fizeram o mesmo no Brasil. Mais uma vez Europeus...
Isto voltamos ao mesmo JAS. Os europeus foram dos maiores sanguinários? Pois foram! Alguém disse o contrário? Que os castelhanos dizimaram civilizações? Sim, pois dizimaram. Atrocidades cometidas em África? Sim, aconteceram. Agora não me venham é dizer que os americanos são os maiores e uns tipos porreiros porque até nem foram eles, foram os europeus. Mesmo já em meados do séc. XIX não foram eles, foram europeus! Aliás, grandes descobertas feitas nos EUA não são afinal americanas! São europeias e de outros continentes pois foram emigrantes que para lá partiram... Então cientistas alemães do III Reich foi mato.
JAS Escreveu:Mas passemos ao ponto seguinte, a descriminação racial. Não tenho grandes dúvidas de que Portugal era dos países europeus onde menos se sentia a descriminação racial. Mas parece que toda a gente está esquecido que havia portugueses de segunda nas nossas colónias ainda em 1960 e que, portanto, a Europa nem sequer estava avançada relativamente aos EUA.
Ó JAS. Comparar um regime retrógrado, discriminatório não só em termos raciais aos EUA em 1960 é um atentado à história e conhecimentos da história contemporânea recente JAS. Porque é que o JAS não fala, em 1960, de toda a Escandinávia, da Holanda, da Alemanha, da Itália, da Inglaterra, etc etc etc!!! Este tipo de esponjas acho completamente inaceitável.
JAS Escreveu:Finalmente temos a escravatura. Ora bem a escravatura foi interdita, a Oeste do Mississippi e a Norte do paralelo 36º 35', em 1820. Isto aconteceu nos Estados da União que ganharam a Guerra de Secessão (1869-1877) contra os estados do sul esclavistas. A abolição em todo o território dos EUA só se verificou em 1865.
Exactamente. Aliás em 1850, nos Estados do Sul, havia apenas 3,250,000 escravos numa população total de quase 10,000,000 de habitantes. Só 32.5%...
JAS Escreveu:Na Europa isso aconteceu nas seguintes datas: Inglaterra 1833, França 1848, Dinamarca e Holanda 1860.
E, relembrando que foi a Europa quem se dedicou ao comércio de escravos em grande escala, não vemos aqui uma grande diferença de comportamentos entre os europeus e os americanos...
Não se estava aqui a discutir o comércio mas sim o facto em si. Se os europeus andavam desde o séc. XV pelas costas africanas e os EUA apenas foram fundados em finais do séc. XVIII seria natural que os EUA não tenham sido assim tão fortes nesse comércio. A Inglaterra proibiu o comércio de escravos em 1807 decretando o fim da escravatura em todo o Império Britânico em 1833. Mas por que não falar da abolição da escravatura noutros países do continente americano? Argentina em 1813, Colômbia em 1821, México em 1829! Dinamarca em 1803/1847, Portugal em 1836. Isto apesar de alguns Estados da União terem decretado unilateralmente o fim da escravatura antes... Independentemente de tudo, é bem sabido quais as relações "raciais" na sociedade norte-americana até aos anos 60 enquanto na Europa já se viviam outras primaveras no respeito pelo próximo.
JAS Escreveu:Ora bem, é um facto que a Europa votou na ONU pelo embargo ao Iraque.
Isso significa que a Europa estava convencida que o Saddam era capaz de aproveitar os componentes dos remédios para fabricar armas químicas.
A Europa, no meio disto tudo, mantém essa posição... Apenas vimos alguns estados da Europa serem contra a guerra, não vimos nenhum vir dizer que era preciso acabar ou aliviar o embargo.
Também vemos os "não belicistas" serem contra a guerra, não os vemos a fazerem manifestações contra o embargo.
Sendo assim apenas concluo que a solução da Europa, e dos não belicistas, é que se continue a deixar morrer criancinhas.
E que se continue a bombardear o Iraque, quando muito bem apetece aos EUA e aos Ingleses, porque isso é tão trivial que já nem vem nos jornais. Parece que não incomoda ninguém nem se deve chamar a isso "guerra"...
É esta falta de coerência dos discursos que eu critico.
Vários Estados manifestaram-se pela revisão do embargo ao Iraque de há uns anos a esta parte, com particular relevância para a França. Reduzir a votação do embargo aos medicamentos é, no mínimo, minimalista. Acredito que o mesmo seja de uma amplitude enorme. Que os discursos não são coerentes não são não. Seguem ao sabor dos governos. Cá como lá. Nos EUA, em França, na Alemanha, em toda a parte.
JAS Escreveu:Não sou um fervoroso adepto da "invasão do Iraque" mas entre matar eventualmente alguns elementos do exército iraquiano ou continuar a matar criancinhas indefesas prefiro a primeira hipótese.
JAS
Pois é JAS, o problema é que à conta de se matarem uns soldados e destruírem instalações militares, parece que se anda a deixar muita coisa em território "inimigo" cujas consequências são complicadas, nomeadamente o urânio empobrecido. Os seus efeitos são já conhecidos em países/territórios tão díspares como Iraque, Kosovo e Afeganistão. O que têm em comum? Guess? Não só afectou os locais como soldados ocidentais. Nada de grave. Apenas as baixas colaterais dos dois lados. Chama-se aquilo síndromo de qualquer coisa e bola para a frente.
Concordo com a incoerência de muitos discursos. De todos os intervenientes. Mostre-se uma prova irrefutável da culpabilidade do Iraque no 11 de Setembro, causa primeira da sede de vingança dos EUA que com todo o arsenal e poderio bélico não conseguem apanhar os monstros que ainda andam à solta. Agora assim, como está, continuam demasiadas dúvidas no ar. Essa é que é a principal questão.
Provedor
Bom, este assunto já vai longo (o que é natural) e uma coisa que se passa de facto nestes foruns é que ninguém vai conseguir mudar a opinião de ninguém, cada um expõe as suas opiniões e pronto. O que já não é nada mau!
Mas para concluir ainda gostava de deixar mais umas linhas.
A NATO sem os USA o que era? Nada, népias, niente, zilch, zero. E a ONU? A mesma coisa. A questão não é nada essa. É que os USA gastam cerca de 5% do PIB na defesa e nós na Europa é 1,5% ou menos. Quer dizer, para a Europa estar militarmente ao nível dos USA teria de aumentar as suas despesas militares para o triplo ou quádruplo. E quem é que vai nisso? Os europeus não estão para aí virados, e eu também não. Afinal qual é a lógica de ter umas tropas ao nível das americanas? Só se for para entrar em guerra com eles, o que obviamente não interessa nem a nós nem a eles. Cá pour moi não me importo que a situação esteja como está. Os interesses estratégicos dos EUA no mundo e os nossos são perfeitamente idênticos e até acho bem que sejam eles a fazer o papel de "chui mau" e nós europeus o de "chui bom"
Agora quanto ao Iraque. O bottom line neste momento é - Que fazer? (parafraseando V.I.Lenine...)
Quais são as alternativas após o histórico de 30 anos de Saddam no poder, com desenvolvimento de armas de destruição massiça, a liquidação dos opositores, massacre químico dos Curdos, uma guerra com o Irão com 2 milhões de vítimas, tentativa de conquista do Koweit, uma guerra para o expulsar daí, e 12 anos de sanções e inspecções?
1 - Manter lá os inspectores a inspectar e as sanções activas até que o Saddam morra, ou os iraquianos fiquem tão chateados que o deponham à força? Não concordo. As sanções em geral, e em particular contra regimes ditatoriais, acabam por só prejudicar o povo inocente, os dirigentes safam-se sempre bem e conseguem tudo o que querem, e ainda por cima dá ao regime uma excelente desculpa para que o povinho continue a passar mal - a culpa é do inimigo. Vide Cuba.
2 - Concluir que o Iraque já não tem armas de destruição maciça (porque os inspectores não encontram nada), levantar as sanções e deixar o Saddam no poder? Tambám não concordo. É evidente que se o Saddam voltar ao business as usual daqui por poucos anos vai mesmo ter as tais armas, incluindo nucleares, e mísseis e é só uma questão de tempo até que o Saddam lance um ataque contra Israel ou outro país da zona e então teríamos uma guerra de muito maiores proporções que essa sim iria desestabilizar por completo toda a região, e pôr em perigo o abastecimento de petróleo a todo o mundo. Ou noutra versão mais soft, o Saddam fornece umas armas desas a um qualquer grupo terrorista (que até pagam bem por elas) e depois quero ver o que dizem os franceses quando a Torre Eiffel e metade de Paris desaparecerem do mapa.
3 - Fazer uma "política de contenção" tal como se fez durante décadas contra a URSS? Também não. É que com a URSS havia uma diferença fundamental - é que eles seriam tudo e mais alguma coisa mas não eram suicidas. Eles tinham a sua lógica e os seus interesses e sabiam bem que uma 3ª guerra mundial seria a destruição de tudo, incluindo eles próprios. Ora no caso do Saddam e outros fundamentalistas lá da zona isso não é verdade. Eles não se importariam nada de acabar com tudo e todos, incluindo eles próprios. E muito pior ainda é que poderiam preparar tudo no mais completo segredo e atacar sem qualquer tipo de aviso prévio. Tudo isto já foi feito, tudo isto já aconeceu só que em escala menor.
Então o que resta? Aquilo que se vai fazer - invadir o Iraque e depôr o Saddam. É chato, vai trazer problemas, vai causar morte e sofrimento, mas se assim não se fizer a morte e sofrimento posteriores vão ser muito maiores. A guerra não é o pior dos males, é o penúltimo. O pior de tudo é ficar de braços cruzados e não fazer nada. Quem, como o Joshka Fischer, diz que "não se deve fazer a guerra porque é imprevisível", está numa posição de incapacidade e demissão de resolver os problemas, para não dizer de cobardia ...
Até como diz o aforismo - "qualquer problema é uma oportunidade". Talvez seja possível neste momento resolver de uma vez por todas os problemas do Médio Oriente. Como? Aí vai uma hipótese: ocupar o Iraque, acabar com o Saddam, atribuir a parte ocidental do actual Iraque à Jordânia, transferir para aí os palestinianos de Gaza e da Cisjordânia, fazer a Norte um estado para os Curdos e a parte Sul passar a ser um estado Sunita em conjunto com o Koweit.
Este plano existe e não é na minha cabeça. Ia ser complicado, ia mexer com uma quantidade de interesses, seria uma "limpeza étnica" dos palestinianos"? É bem possível, mas não será pior que mais 1000 anos de disputas territoriais e massacres lá pela zona.
Mas para concluir ainda gostava de deixar mais umas linhas.
Provedor dixit:
Senhores, a Europa enquanto potência militar não existe! Há uma "força de bloqueio" constituída pela OTAN dominada pelos EUA e seus aliados a Leste e (extremo ocidente) para que a UEO não passe de uma organização simbólica e anã.
A NATO sem os USA o que era? Nada, népias, niente, zilch, zero. E a ONU? A mesma coisa. A questão não é nada essa. É que os USA gastam cerca de 5% do PIB na defesa e nós na Europa é 1,5% ou menos. Quer dizer, para a Europa estar militarmente ao nível dos USA teria de aumentar as suas despesas militares para o triplo ou quádruplo. E quem é que vai nisso? Os europeus não estão para aí virados, e eu também não. Afinal qual é a lógica de ter umas tropas ao nível das americanas? Só se for para entrar em guerra com eles, o que obviamente não interessa nem a nós nem a eles. Cá pour moi não me importo que a situação esteja como está. Os interesses estratégicos dos EUA no mundo e os nossos são perfeitamente idênticos e até acho bem que sejam eles a fazer o papel de "chui mau" e nós europeus o de "chui bom"

Agora quanto ao Iraque. O bottom line neste momento é - Que fazer? (parafraseando V.I.Lenine...)
Quais são as alternativas após o histórico de 30 anos de Saddam no poder, com desenvolvimento de armas de destruição massiça, a liquidação dos opositores, massacre químico dos Curdos, uma guerra com o Irão com 2 milhões de vítimas, tentativa de conquista do Koweit, uma guerra para o expulsar daí, e 12 anos de sanções e inspecções?
1 - Manter lá os inspectores a inspectar e as sanções activas até que o Saddam morra, ou os iraquianos fiquem tão chateados que o deponham à força? Não concordo. As sanções em geral, e em particular contra regimes ditatoriais, acabam por só prejudicar o povo inocente, os dirigentes safam-se sempre bem e conseguem tudo o que querem, e ainda por cima dá ao regime uma excelente desculpa para que o povinho continue a passar mal - a culpa é do inimigo. Vide Cuba.
2 - Concluir que o Iraque já não tem armas de destruição maciça (porque os inspectores não encontram nada), levantar as sanções e deixar o Saddam no poder? Tambám não concordo. É evidente que se o Saddam voltar ao business as usual daqui por poucos anos vai mesmo ter as tais armas, incluindo nucleares, e mísseis e é só uma questão de tempo até que o Saddam lance um ataque contra Israel ou outro país da zona e então teríamos uma guerra de muito maiores proporções que essa sim iria desestabilizar por completo toda a região, e pôr em perigo o abastecimento de petróleo a todo o mundo. Ou noutra versão mais soft, o Saddam fornece umas armas desas a um qualquer grupo terrorista (que até pagam bem por elas) e depois quero ver o que dizem os franceses quando a Torre Eiffel e metade de Paris desaparecerem do mapa.
3 - Fazer uma "política de contenção" tal como se fez durante décadas contra a URSS? Também não. É que com a URSS havia uma diferença fundamental - é que eles seriam tudo e mais alguma coisa mas não eram suicidas. Eles tinham a sua lógica e os seus interesses e sabiam bem que uma 3ª guerra mundial seria a destruição de tudo, incluindo eles próprios. Ora no caso do Saddam e outros fundamentalistas lá da zona isso não é verdade. Eles não se importariam nada de acabar com tudo e todos, incluindo eles próprios. E muito pior ainda é que poderiam preparar tudo no mais completo segredo e atacar sem qualquer tipo de aviso prévio. Tudo isto já foi feito, tudo isto já aconeceu só que em escala menor.
Então o que resta? Aquilo que se vai fazer - invadir o Iraque e depôr o Saddam. É chato, vai trazer problemas, vai causar morte e sofrimento, mas se assim não se fizer a morte e sofrimento posteriores vão ser muito maiores. A guerra não é o pior dos males, é o penúltimo. O pior de tudo é ficar de braços cruzados e não fazer nada. Quem, como o Joshka Fischer, diz que "não se deve fazer a guerra porque é imprevisível", está numa posição de incapacidade e demissão de resolver os problemas, para não dizer de cobardia ...
Até como diz o aforismo - "qualquer problema é uma oportunidade". Talvez seja possível neste momento resolver de uma vez por todas os problemas do Médio Oriente. Como? Aí vai uma hipótese: ocupar o Iraque, acabar com o Saddam, atribuir a parte ocidental do actual Iraque à Jordânia, transferir para aí os palestinianos de Gaza e da Cisjordânia, fazer a Norte um estado para os Curdos e a parte Sul passar a ser um estado Sunita em conjunto com o Koweit.
Este plano existe e não é na minha cabeça. Ia ser complicado, ia mexer com uma quantidade de interesses, seria uma "limpeza étnica" dos palestinianos"? É bem possível, mas não será pior que mais 1000 anos de disputas territoriais e massacres lá pela zona.
What the heck are ya lookin' at?
Alguém é capaz de explicar?
Como é que a França e Alemanha vão encher de capacetes azuis o Iraque? Serão só franceses, alemães e belgas? Mandam retirar os americanos e ingleses? Estes não vetam?
Felizmente o Inspector-mor já ridicularizou esta patetice franco-alemã dizendo que não são precisos capacetes azuis... pois não há nenhum estado de guerra; o que precisa é de mais inspectores e de muito mais colaboração iraquiana.
Os iraquianos entregaram hoje mais informação secreta... e parece que já aceitam ser sobrevoados. Então porque não aceitaram revelar as informações antes, tendo-se dado ao trabalho de escrever milhares de páginas? E porque é que agora já aceitam ser sobrevoados? ... claro, sentem-se acossados pelos 150000 soldados americanos e ingleses.
É muito bom que apareçam JAS com paciência para colocar a nú a imbecilidade e cinismo europeus!
Estes franco-alemães ainda criam uma salganhada tal que às tantas não estamos a lutar contra um tirano fanático, e nem pelo petróleo... mas temos, isso sim, uma guerra nuclear na Europa! Vai ser lindo vai...
Sempre há a possibilidade de verdes e esquerdistas em geral conseguirem congelar os impetos militaristas dos seus lideres e passariamos então a ser todos americanos... ou ingleses, sem ser disparado um míssil.
Bom... talvez não... como já nos declarámos pró-americanos... (nós Portugal) gozaríamos sempre de algum estatuto especial de autonomia... caso se sobrevivêsse à III Guerra Mundial.

Felizmente o Inspector-mor já ridicularizou esta patetice franco-alemã dizendo que não são precisos capacetes azuis... pois não há nenhum estado de guerra; o que precisa é de mais inspectores e de muito mais colaboração iraquiana.
Os iraquianos entregaram hoje mais informação secreta... e parece que já aceitam ser sobrevoados. Então porque não aceitaram revelar as informações antes, tendo-se dado ao trabalho de escrever milhares de páginas? E porque é que agora já aceitam ser sobrevoados? ... claro, sentem-se acossados pelos 150000 soldados americanos e ingleses.
É muito bom que apareçam JAS com paciência para colocar a nú a imbecilidade e cinismo europeus!
Estes franco-alemães ainda criam uma salganhada tal que às tantas não estamos a lutar contra um tirano fanático, e nem pelo petróleo... mas temos, isso sim, uma guerra nuclear na Europa! Vai ser lindo vai...
Sempre há a possibilidade de verdes e esquerdistas em geral conseguirem congelar os impetos militaristas dos seus lideres e passariamos então a ser todos americanos... ou ingleses, sem ser disparado um míssil.
Bom... talvez não... como já nos declarámos pró-americanos... (nós Portugal) gozaríamos sempre de algum estatuto especial de autonomia... caso se sobrevivêsse à III Guerra Mundial.


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Sejamos coerentes...
Provedor Escreveu:O que é engraçado é ver algumas tiradas facciosas e "limpadoras" das coisas.(...) Então fomos nós europeus que chacinámos os índios do oeste americano? Esta Europa? Sim senhora. Da mesma forma que foi esta EUROPA que até aos anos 60 discriminava os negros nos EUA? Suponho. Fomos também nós que perpetuámos a escravatura nos EUA até à sua abolição, presumo.
Quanto à chacina dos índios vejamos alguns dados:
A independência verificou-se apenas em 1776 e, antes disso, os cidaões eram ingleses e portanto europeus. A campanha contra os Cherokees ocorreu ente 1774 e 1776, donde se conclui que quem matou esses foram os europeus.
Contra os Iroquois ocorreu já em 1778-79. Nessa data os "americanos genuínos" ainda só podiam ter 3 anos de idade e, por muito precoces que pudessem ser, não davam tiros em índios adultos. Temos de concluir que que quem matou os índios ainda foram os europeus...
Em 1789 os EUA tinham apenas 4 milhões de habitantes, de origem fundamentalmente anglo-saxónica, e nos anos seguintes registou-se uma forte imigração a partir da Europa. Em 1860 a população era de apenas 31 milhões de habitantes e seria fácil fazer as contas para determinar quantos seriam os "americanos" e quantos seriam "europeus".
A progressão para Oeste, com mais matanças de índios, realizou.se a partir de 1825 e, reza a história, foi feita "por imigrantes de origem anglo-saxónica, escandinavos e holandeses". Mais uma vez foram europeus(apesar de nos filmes de cow-boys eles terem sotaque americano...) quem matou os índios.
E quem matou os "índios" na América do Sul foram os espanhóis que arrasaram civilizações inteiras e os Portugueses, em menor grau, que fizeram o mesmo no Brasil. Mais uma vez Europeus...
Mas passemos ao ponto seguinte, a descriminação racial. Não tenho grandes dúvidas de que Portugal era dos países europeus onde menos se sentia a descriminação racial. Mas parece que toda a gente está esquecido que havia portugueses de segunda nas nossas colónias ainda em 1960 e que, portanto, a Europa nem sequer estava avançada relativamente aos EUA.
Finalmente temos a escravatura. Ora bem a escravatura foi interdita, a Oeste do Mississippi e a Norte do paralelo 36º 35', em 1820. Isto aconteceu nos Estados da União que ganharam a Guerra de Secessão (1869-1877) contra os estados do sul esclavistas. A abolição em todo o território dos EUA só se verificou em 1865.
Na Europa isso aconteceu nas seguintes datas: Inglaterra 1833, França 1848, Dinamarca e Holanda 1860.
E, relembrando que foi a Europa quem se dedicou ao comércio de escravos em grande escala, não vemos aqui uma grande diferença de comportamentos entre os europeus e os americanos...
Provedor Escreveu:11. Contrariamente aos EUA, as soluções apontadas pela Europa são e sempre foram,(...), pela paz e o recurso à força apenas em última instância. Pessoalmente, subscrevo inteiramente essa filosofia e repugna-me o discurso militarista, belicista e de extrema-direita defendidos por alguns governantes actuais norte-americanos. Acima de tudo porque, quer queiramos quer não, o que eles fizerem envolve-nos a nós igualmente. Ora eu votei para as presidenciais e legislativas PORTUGUESAS e não nas americanas;
Ora bem, é um facto que a Europa votou na ONU pelo embargo ao Iraque.
Isso significa que a Europa estava convencida que o Saddam era capaz de aproveitar os componentes dos remédios para fabricar armas químicas.
A Europa, no meio disto tudo, mantém essa posição... Apenas vimos alguns estados da Europa serem contra a guerra, não vimos nenhum vir dizer que era preciso acabar ou aliviar o embargo.
Também vemos os "não belicistas" serem contra a guerra, não os vemos a fazerem manifestações contra o embargo.
Sendo assim apenas concluo que a solução da Europa, e dos não belicistas, é que se continue a deixar morrer criancinhas.
E que se continue a bombardear o Iraque, quando muito bem apetece aos EUA e aos Ingleses, porque isso é tão trivial que já nem vem nos jornais. Parece que não incomoda ninguém nem se deve chamar a isso "guerra"...
É esta falta de coerência dos discursos que eu critico.
Não sou um fervoroso adepto da "invasão do Iraque" mas entre matar eventualmente alguns elementos do exército iraquiano ou continuar a matar criancinhas indefesas prefiro a primeira hipótese.
JAS
Re: He pá... o que eu perdi! Um debate e peras!
O que é engraçado é ver algumas tiradas facciosas e "limpadoras" das coisas. É que sabe Cybernet, nem tanto ao mar nem tanto à terra. Então fomos nós europeus que chacinámos os índios do oeste americano? Esta Europa? Sim senhora. Da mesma forma que foi esta EUROPA que até aos anos 60 discriminava os negros nos EUA? Suponho. Fomos também nós que perpetuámos a escravatura nos EUA até à sua abolição, presumo. Foi também esta Europa que fez "campos de detenção" de cidadãos americanos de origem japonesa durante a 2ª Guerra Mundial, possivelmente.
Quanto ao discurso militarista. Que grandes perigos com armamento convencional esperam os EUA para se armarem até aos dentes como afirma?
Quanto ao senhor francês, tenho apenas a dizer o seguinte: é natural que um velhote com 80 anos, que lutou contra os nazis ao lado da resistência na 2ª Guerra Mundial tenha um grande apreço pelos norte-americanos. Afinal terá vivido na pele a ocupação nazi ou o regime de Vichy. Contudo, e felizmente, nem todos pensam que tudo é amarelo, da mesma forma que nem todos pensam que tudo é azul. É apenas mais uma opinião. Pergunto-lhe apenas o seguinte: quantos mais há?
Provedor
Quanto ao discurso militarista. Que grandes perigos com armamento convencional esperam os EUA para se armarem até aos dentes como afirma?
Quanto ao senhor francês, tenho apenas a dizer o seguinte: é natural que um velhote com 80 anos, que lutou contra os nazis ao lado da resistência na 2ª Guerra Mundial tenha um grande apreço pelos norte-americanos. Afinal terá vivido na pele a ocupação nazi ou o regime de Vichy. Contudo, e felizmente, nem todos pensam que tudo é amarelo, da mesma forma que nem todos pensam que tudo é azul. É apenas mais uma opinião. Pergunto-lhe apenas o seguinte: quantos mais há?
Provedor
Publico Escreveu:Não se perdoa aos Estados Unidos terem a supremacia absoluta, serem a primeira potência mundial. Vive-se mal com o facto de a França ter perdido o seu papel de grande potência.
O problema dos europeus é que não propõem qualquer solução. Quando não são capazes de resolver um problema, decretam que o problema não existe
Quando se diz que a Europa deve basear-se no eixo Paris-Berlim, isso a meu ver é contra o espírito europeu, que se baseia em Estados com direitos iguais. A Europa, a 15 ou 25, não foi pensada para ser dirigida por dois países
A Europa não pode queixar-se de não ser consultada quando nem sequer tem forças armadas capazes de tomar conta da sua própria casa
Completamente falso. O problema não é os EUA terem a supremacia absoluta. Supremacia essa que não é assim tão absoluta, apesar de tudo comos nos provaram alguns acontecimentos trágicos. Mas esse é um falso problema. Da mesma forma que é um falso problema a França ter "perdido" o seu papel de grande potência. As questões de fundo, na minha perspectiva, incidem no seguinte:
1. Os EUA, na qualidade de única verdadeira super-potência "vencedora" da Guerra Fria, pretendem perpetuar no espaço e no tempo o seu estatuto de líderes militares, económicos e técnico-científicos;
2. A obstaculizar essa pretensão está um esboço de união com características que em muito preocupam os EUA: a Europa da UE e a Ásia liderada pela "perigosa" China e os seus apetites territoriais e papel no mundo;
3. Por forma a atrasar no tempo a concretização das ameaças à sua liderança são bastantes claros os propósitos norte-americanos de dividir para reinar a seu bel-prazer. Na Europa esses intuitos político-militares são exercidos através do Reino Unido, embrionariamente anti-europaístas, e da OTAN "controlando" o Leste, como aliás fez questão de frisar Donald Rumsfeld num dos últimos discursos;
4. Quais os grandes receios dos americanos? Entre vários, o facto de, por exemplo, o euro estar a ganhar dimensão nos mercados como alternativa credível ao USD. A última notícia que veio a público sobre essa matéria referia-se à decisão do Banco Central da Rússia em deter reservas em EUR em detrimento de USD;
5. Em suma, uma Europa forte do Atlântico aos Urais, de Reikjavik a Nicosia, de Lisboa a Moscovo não de todo do interesse norte-americano já que se veria na contingência de ver surgir no panorama internacional um bloco com estatura económico-militar capaz de lhe fazer sombra a médio-prazo;
6. Terá sido por acaso a criação do NAFTA? Terá sido por acaso o lançamento de um programa governamental norte-americano no tempo de Bill Clinton em tudo idêntico aos acordos ACP da UE? Não será o sentir dos EUA de estarem a perder terreno?
7. Claramente que, da mesma forma que outras potências perderam o seu domínio ao longo da história, incluindo a recente, a ascensão e queda das potências é algo que faz e fará sempre parte da história da humanidade a não ser que algum acontecimentos trágico determine um outro futuro para a humanidade;
8. No passado Portugal dominou durante alguns séculos o panorama internacional, sucederam-lhe outras nações. A França e a Inglaterra já não têm o mesmo poder de outrora apesar de alguns fogachos como as Malvinas (Falkland) ou as intervenções francesas nas várias crises africanas;
9. Se falarmos de memórias, se se fala da ingratidão relativamente aos EUA, porque é que não se fala de ingratidão relativamente à Alemanha e à França do pós-guerra e verdadeiros motores do desenvolvimento europeu e da entrega dos seus líderes à causa europeia conferindo-lhe decisavamente a importância para que hoje seja o que é? Seria a EFTA a puxar pela Europa? Embora seja claro que da mesma forma que a Europa não deva ser dirigida por dois países, também deveria ser claro que não deveria ser dirigida por meia dúzia com interesses contrários ao sonho europeu a troco de meia dúzia de dólares;
10. Os Europeus não propõem qualquer solução? Senhores, a Europa enquanto potência militar não existe! Há uma "força de bloqueio" constituída pela OTAN dominada pelos EUA e seus aliados a Leste e (extremo ocidente) para que a UEO não passe de uma organização simbólica e anã. É assim tão difícil perceber isso? O fim do Pacto de Varsóvia, pela alterações verificadas na Europa de Leste e pelo fim da Guerra Fria não teve eco a ocidente pela manutenção da NATO cujos objectivos foram entretanto alterados de modo a perpetuar a presença norte-americana na Europa contra inimigos e perigos desconhecidos. A aposta é clara: dividir para reinar;
11. Contrariamente aos EUA, as soluções apontadas pela Europa são e sempre foram, se calhar devido ao trauma da 2ª Guerra Mundial, pela paz e o recurso à força apenas em última instância. Pessoalmente, subscrevo inteiramente essa filosofia e repugna-me o discurso militarista, belicista e de extrema-direita defendidos por alguns governantes actuais norte-americanos. Acima de tudo porque, quer queiramos quer não, o que eles fizerem envolve-nos a nós igualmente. Ora eu votei para as presidenciais e legislativas PORTUGUESAS e não nas americanas;
12. A Europa tem forças armadas suficientes para tomar conta da sua própria casa. Mais uma falsa questão! Até os nosso vizinhos espanhóis têm porta-aviões! A questão europeia é uma questão extremamente complicada. As grandes guerras não foram há assim tanto tempo. A construcção europeia em curso é algo que demora gerações, não se faz em 3 dias. Estamos no mesmo barco, saídos de uma guerra terrível, há apenas algumas décadas. Quanto tempo levou aos EUA para se afirmarem como super-potência? Num país onde as diferenças de Leste ao Oeste não eram nem nunca foram tão díspares como na Europa?
Provedor
E algumas interrogações...
[quote="VisitantePor mais incrível que possa parecer, o Iraque não pode importar determinado tipo de medicamentos, devido ao embargo. Pode importar carros de luxo, vídeos, televisões, etc., mas há medicamentos, essenciais para o cancro da tiróide ou para a leucemia por ex., que estão proibidos de entrar no Iraque porque na sua composição há determinados produtos químicos que, supostamente, podem ser utilizados para outros fins.[/quote]
Eu comecei por dizer que o Iraque com o embargo, e mesmo assim, conseguiu importar quase tudo o que quiz. Mas vemos que os seus dirigentes se preocuparam mais em conseguir contrabandear artigos essenciais para a a industria de guerra e não para o bem estar do povo.
Mas mesmo que não conseguissem importar esses medicamentos "essenciais para o cancro da tiróide e para a leucemia" o amigo Visitante faz alguma ideia de qual é a percentagem dessas doenças numa população?
Se fizesse ideia, com certeza que chegaria à conclusão que ou o Iraque tinha uma população de alguns 500 milhões de criancinhas ou que a causa da morte de 500.000 criancinhas não terá sido essa tão apregoada razão...
E pense também que tendo o embargo sido decretado pela ONU, e no caso de esse número ser mesmo verdadeiro, esta é a responsável por essas mortes. E que a ONU continuará a matar criancinhas enquanto não autorizar uma outra acção contra o Iraque...
Nas actuais guerras cirúrgicas o número de mortes é muito limitado. Na anterior não houve sequer 10% dessas mortes apesar dos fortes bombardeamentos...
Um Bom Domingo, também.
JAS
Eu comecei por dizer que o Iraque com o embargo, e mesmo assim, conseguiu importar quase tudo o que quiz. Mas vemos que os seus dirigentes se preocuparam mais em conseguir contrabandear artigos essenciais para a a industria de guerra e não para o bem estar do povo.
Mas mesmo que não conseguissem importar esses medicamentos "essenciais para o cancro da tiróide e para a leucemia" o amigo Visitante faz alguma ideia de qual é a percentagem dessas doenças numa população?
Se fizesse ideia, com certeza que chegaria à conclusão que ou o Iraque tinha uma população de alguns 500 milhões de criancinhas ou que a causa da morte de 500.000 criancinhas não terá sido essa tão apregoada razão...
E pense também que tendo o embargo sido decretado pela ONU, e no caso de esse número ser mesmo verdadeiro, esta é a responsável por essas mortes. E que a ONU continuará a matar criancinhas enquanto não autorizar uma outra acção contra o Iraque...
Nas actuais guerras cirúrgicas o número de mortes é muito limitado. Na anterior não houve sequer 10% dessas mortes apesar dos fortes bombardeamentos...
Um Bom Domingo, também.
JAS
[b]Um pequeno esclarecimento[/b].
[b]JAS escreveu:[/b]
Portanto há uma pequena diferença. Apesar de tudo Kadafy podia andar a gastar demais noutras coisas mas ainda comprava remédios para as criancinhas e preocupava-se com o seu povo. No caso de Saddam, vemos que apesar do embargo, ele conseguiu comprar tudo o que pretendeu durante todos estes anos. Mas não comprou remédios...
Por mais incrível que possa parecer, o Iraque não pode importar determinado tipo de medicamentos, devido ao embargo. Pode importar carros de luxo, vídeos, televisões, etc., mas há medicamentos, essenciais para o cancro da tiróide ou para a leucemia por ex., que estão proibidos de entrar no Iraque porque na sua composição há determinados produtos químicos que, supostamente, podem ser utilizados para outros fins.
Bom Domingo (sem Guerra, claro!)
Portanto há uma pequena diferença. Apesar de tudo Kadafy podia andar a gastar demais noutras coisas mas ainda comprava remédios para as criancinhas e preocupava-se com o seu povo. No caso de Saddam, vemos que apesar do embargo, ele conseguiu comprar tudo o que pretendeu durante todos estes anos. Mas não comprou remédios...
Por mais incrível que possa parecer, o Iraque não pode importar determinado tipo de medicamentos, devido ao embargo. Pode importar carros de luxo, vídeos, televisões, etc., mas há medicamentos, essenciais para o cancro da tiróide ou para a leucemia por ex., que estão proibidos de entrar no Iraque porque na sua composição há determinados produtos químicos que, supostamente, podem ser utilizados para outros fins.
Bom Domingo (sem Guerra, claro!)
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Visitante
E a minha opinião sobre o assunto....
Para começar, e para que não me comecem já a conotar de "falcão", tenho que dizer que penso que só se deve usar a força em última instância...
A questão que se coloca neste caso é se já atingimos ou não a última instância".
Penso que ainda não mas também penso que os EUA fizeram bem em pressionar o Iraque. De outra forma os inspectores nem sequer ainda lá tinham voltado.
Também não tenho grandes dúvidas sobre quem é Saddam. Já li suficientes relatos das atrocidades que tem cometido no seu país e contra o seu povo.
Por outro lado acho que a Europa, como de costume, não consegue nem mostrar uma unidade nem consegue apresentar qualquer opção credível para soluccionar o problema. O resto do Mundo ainda menos...
Mas como este tópico já vai muito longo, o que o torna enfadonho, termino já comentando apenas o artigo que o 777 transcreveu da autoria de um jornalista do New York Times.
A Líbia foi sujeita a um violento embargo e o Iraque também. Mas nunca ouvimos dizer que na Líbia tinham morrido 500.000 criancinhas por falta de remédios... Portanto há uma pequena diferença. Apesar de tudo Kadafy podia andar a gastar demais noutras coisas mas ainda comprava remédios para as criancinhas e preocupava-se com o seu povo. No caso de Saddam, vemos que apesar do embargo, ele conseguiu comprar tudo o que pretendeu durante todos estes anos. Mas não comprou remédios...
Ele esquece-se que os EUA já investiram muitos desses milhões em armas e munições. Portanto grande parte já foi gasto, não vai ser agora gasto. E como as armas e as muniçoes se tornam obsoletas e perdem validade, com guerra ou sem guerra, os EUA irão gastar milhões para as substituirem. Mal do Mundo se não o fizerem pois outros polícias já não há.
Eu cá por mim prefiro que sejam os contribuintes americanos a pagar essa factura e que não sejam os contribuintes europeus...
Mas, sendo assim, a Europa não tem voto na matéria. Ou melhor tem enquanto for apenas blá, blá, blá.
JAS
A questão que se coloca neste caso é se já atingimos ou não a última instância".
Penso que ainda não mas também penso que os EUA fizeram bem em pressionar o Iraque. De outra forma os inspectores nem sequer ainda lá tinham voltado.
Também não tenho grandes dúvidas sobre quem é Saddam. Já li suficientes relatos das atrocidades que tem cometido no seu país e contra o seu povo.
Por outro lado acho que a Europa, como de costume, não consegue nem mostrar uma unidade nem consegue apresentar qualquer opção credível para soluccionar o problema. O resto do Mundo ainda menos...
Mas como este tópico já vai muito longo, o que o torna enfadonho, termino já comentando apenas o artigo que o 777 transcreveu da autoria de um jornalista do New York Times.
jornalista Escreveu:Pero el presidente Ronald Reagan fue sensato: optó por contener a Libia, en vez de invadirla. Y su táctica dio resultado.
A Líbia foi sujeita a um violento embargo e o Iraque também. Mas nunca ouvimos dizer que na Líbia tinham morrido 500.000 criancinhas por falta de remédios... Portanto há uma pequena diferença. Apesar de tudo Kadafy podia andar a gastar demais noutras coisas mas ainda comprava remédios para as criancinhas e preocupava-se com o seu povo. No caso de Saddam, vemos que apesar do embargo, ele conseguiu comprar tudo o que pretendeu durante todos estes anos. Mas não comprou remédios...
jornalista Escreveu:Dejando a un lado la pérdida de vidas, la guerra y la reconstrucción costarán de 100.000 a 200.000 millones de dólares. O sea, una factura de entre 750 y 1500 dólares para cada contribuyente norteamericano, y ese dinero puede gastarse en cosas verdaderamente mejores.
Ele esquece-se que os EUA já investiram muitos desses milhões em armas e munições. Portanto grande parte já foi gasto, não vai ser agora gasto. E como as armas e as muniçoes se tornam obsoletas e perdem validade, com guerra ou sem guerra, os EUA irão gastar milhões para as substituirem. Mal do Mundo se não o fizerem pois outros polícias já não há.
Eu cá por mim prefiro que sejam os contribuintes americanos a pagar essa factura e que não sejam os contribuintes europeus...
Mas, sendo assim, a Europa não tem voto na matéria. Ou melhor tem enquanto for apenas blá, blá, blá.
JAS
Mais uma opinião sobre o assunto....
e esta é a de um jornalista do New York Times
Guerra y sensatez
Por Nicholas D. Kristof
The New York Times
NUEVA YORK
EL presidente George W. Bush y Colin Powell han demostrado hábilmente que Irak está ocultando armas, que Saddam Hussein es un pillo embustero y que los funcionarios iraquíes deberían ser menos locuaces por teléfono.
.
Pero no demostraron que la solución es invadir Irak.
.
Quien haya visto muchachos destrozados por la metralla sabe que la guerra sólo debería ser un recurso de última instancia. Y todavía no hemos llegado a ese punto. Todavía tenemos una alternativa mejor: la contención.
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Por eso, en el Pentágono, los altos funcionarios civiles se muestran belicosos, pero muchos militares manifiestan recelo. Norman Schwarzkopf, Anthony Zinni, Wesley Clark y otros generales retirados han expresado su preocupación por la carrera hacia la guerra.
.
"Seré franco: algunas declaraciones de Rumsfeld me han puesto un tanto nervioso -confesó Schwarzkopf a The Washington Post -. Considero importantísimo esperar a ver qué dicen los inspectores." (Al parecer, la Casa Blanca ya ha lanzado un ataque preventivo contra él: ahora, no concede entrevistas.)
.
Por su parte, Zinni dijo de los halcones: "No sé a ciencia cierta en qué planeta viven. No es el que yo recorro". En un discurso que pronunció en octubre, en el Middle East Institute de Washington, añadió: "Si pretendemos resolver esto recurriendo a la acción violenta, vamos por mal camino. Ante todo, no veo la necesidad de hacerlo. En segundo lugar, creo que la guerra y la violencia son un último, repito, último recurso".
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Los halcones suelen comparar a Saddam con Hitler e insinuar que si no lo enfrentamos resueltamente en Bagdad, mañana tendremos que enfrentarlo en el Mediterráneo. Lo mismo se dijo del egipcio Gamal Abdel Nasser, en el que Occidente vio al Hitler de los años 50 y 60. En ambos casos, la analogía es imperfecta: Saddam será, quizá, tan avieso y repulsivo como Hitler, pero es incapaz de invadir a sus vecinos. Su ejército se ha deteriorado todavía más desde los tiempos en que Irán frenó su avance. Y, mañana, Saddam no será una amenaza para nosotros: es más probable que esté muerto.
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El coronel libio Muammar al-Khadafy, al que solían denunciar como el Hitler de los años 80, presenta una analogía mejor. Saddam y él han cambiado poco desde entonces, pero en aquella época vilipendiábamos a Khadafy, mientras Don Rumsfeld seducía a nuestro hombre de Bagdad.
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La táctica de contener
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En la década del 80, Libia intervino agresivamente en otros países, intentó adquirir armas de destrucción masiva, perdió batallas aéreas contra aviones de Estados Unidos e incursionó en el terrorismo. Sus terroristas colocaron una bomba en un club nocturno berlinés al que concurrían soldados norteamericanos, e hicieron estallar un avión de línea de Pan Am mientras sobrevolaba Escocia. Libia nunca fue una potencia militar del nivel de Irak, pero se involucró más en el terrorismo. A decir verdad, en los años 80 habríamos tenido tan buenas razones para invadir Libia como las tenemos hoy para invadir Irak.
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Pero el presidente Ronald Reagan fue sensato: optó por contener a Libia, en vez de invadirla. Y su táctica dio resultado. Me pregunto si alguien piensa que hoy estaríamos mejor de haber invadido y ocupado Libia, si hubiésemos pasado los últimos veinte años con nuestras tropas tiroteadas por los beduinos, allá en el desierto.
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El presidente Bush dice que Saddam intenta jugar con nosotros. Es verdad. Pero en los años 90, los inspectores demostraron que no eran, ni son, estúpidos: avanzaron y destruyeron muchas más armas que Estados Unidos durante la Guerra del Golfo.
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Aun cuando Saddam lograse ocultar las armas existentes, no podría perfeccionarlas. Tampoco podría desarrollar armas nucleares. Los programas nucleares se detectan con relativa facilidad, en parte porque requieren grandes plantas con vastas redes eléctricas. Las inspecciones tienen, por cierto, sus desventajas, pero pueden impedir que Saddam adquiera armas nucleares.
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Luego está la cuestión de los recursos. Dejando a un lado la pérdida de vidas, la guerra y la reconstrucción costarán de 100.000 a 200.000 millones de dólares. O sea, una factura de entre 750 y 1500 dólares para cada contribuyente norteamericano, y ese dinero puede gastarse en cosas verdaderamente mejores.
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Podríamos hacer más por nuestra seguridad nacional gastándolo en educación o en una gran campaña para promover los autos híbridos y los vehículos con motor a hidrógeno, y dando otros pasos hacia la independencia energética.
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Así pues, mientras Bush justifica con elocuencia la invasión a Irak, preguntémonos si es sensato llevarla a cabo. ¿Es ésta, realmente, la mejor forma de gastar miles de vidas y, por lo menos, 100.000 millones de dólares?
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Um abraço a todos e continuação de bom fim de semana
777
Guerra y sensatez
Por Nicholas D. Kristof
The New York Times
NUEVA YORK
EL presidente George W. Bush y Colin Powell han demostrado hábilmente que Irak está ocultando armas, que Saddam Hussein es un pillo embustero y que los funcionarios iraquíes deberían ser menos locuaces por teléfono.
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Pero no demostraron que la solución es invadir Irak.
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Quien haya visto muchachos destrozados por la metralla sabe que la guerra sólo debería ser un recurso de última instancia. Y todavía no hemos llegado a ese punto. Todavía tenemos una alternativa mejor: la contención.
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Por eso, en el Pentágono, los altos funcionarios civiles se muestran belicosos, pero muchos militares manifiestan recelo. Norman Schwarzkopf, Anthony Zinni, Wesley Clark y otros generales retirados han expresado su preocupación por la carrera hacia la guerra.
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"Seré franco: algunas declaraciones de Rumsfeld me han puesto un tanto nervioso -confesó Schwarzkopf a The Washington Post -. Considero importantísimo esperar a ver qué dicen los inspectores." (Al parecer, la Casa Blanca ya ha lanzado un ataque preventivo contra él: ahora, no concede entrevistas.)
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Por su parte, Zinni dijo de los halcones: "No sé a ciencia cierta en qué planeta viven. No es el que yo recorro". En un discurso que pronunció en octubre, en el Middle East Institute de Washington, añadió: "Si pretendemos resolver esto recurriendo a la acción violenta, vamos por mal camino. Ante todo, no veo la necesidad de hacerlo. En segundo lugar, creo que la guerra y la violencia son un último, repito, último recurso".
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Los halcones suelen comparar a Saddam con Hitler e insinuar que si no lo enfrentamos resueltamente en Bagdad, mañana tendremos que enfrentarlo en el Mediterráneo. Lo mismo se dijo del egipcio Gamal Abdel Nasser, en el que Occidente vio al Hitler de los años 50 y 60. En ambos casos, la analogía es imperfecta: Saddam será, quizá, tan avieso y repulsivo como Hitler, pero es incapaz de invadir a sus vecinos. Su ejército se ha deteriorado todavía más desde los tiempos en que Irán frenó su avance. Y, mañana, Saddam no será una amenaza para nosotros: es más probable que esté muerto.
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El coronel libio Muammar al-Khadafy, al que solían denunciar como el Hitler de los años 80, presenta una analogía mejor. Saddam y él han cambiado poco desde entonces, pero en aquella época vilipendiábamos a Khadafy, mientras Don Rumsfeld seducía a nuestro hombre de Bagdad.
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La táctica de contener
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En la década del 80, Libia intervino agresivamente en otros países, intentó adquirir armas de destrucción masiva, perdió batallas aéreas contra aviones de Estados Unidos e incursionó en el terrorismo. Sus terroristas colocaron una bomba en un club nocturno berlinés al que concurrían soldados norteamericanos, e hicieron estallar un avión de línea de Pan Am mientras sobrevolaba Escocia. Libia nunca fue una potencia militar del nivel de Irak, pero se involucró más en el terrorismo. A decir verdad, en los años 80 habríamos tenido tan buenas razones para invadir Libia como las tenemos hoy para invadir Irak.
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Pero el presidente Ronald Reagan fue sensato: optó por contener a Libia, en vez de invadirla. Y su táctica dio resultado. Me pregunto si alguien piensa que hoy estaríamos mejor de haber invadido y ocupado Libia, si hubiésemos pasado los últimos veinte años con nuestras tropas tiroteadas por los beduinos, allá en el desierto.
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El presidente Bush dice que Saddam intenta jugar con nosotros. Es verdad. Pero en los años 90, los inspectores demostraron que no eran, ni son, estúpidos: avanzaron y destruyeron muchas más armas que Estados Unidos durante la Guerra del Golfo.
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Aun cuando Saddam lograse ocultar las armas existentes, no podría perfeccionarlas. Tampoco podría desarrollar armas nucleares. Los programas nucleares se detectan con relativa facilidad, en parte porque requieren grandes plantas con vastas redes eléctricas. Las inspecciones tienen, por cierto, sus desventajas, pero pueden impedir que Saddam adquiera armas nucleares.
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Luego está la cuestión de los recursos. Dejando a un lado la pérdida de vidas, la guerra y la reconstrucción costarán de 100.000 a 200.000 millones de dólares. O sea, una factura de entre 750 y 1500 dólares para cada contribuyente norteamericano, y ese dinero puede gastarse en cosas verdaderamente mejores.
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Podríamos hacer más por nuestra seguridad nacional gastándolo en educación o en una gran campaña para promover los autos híbridos y los vehículos con motor a hidrógeno, y dando otros pasos hacia la independencia energética.
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Así pues, mientras Bush justifica con elocuencia la invasión a Irak, preguntémonos si es sensato llevarla a cabo. ¿Es ésta, realmente, la mejor forma de gastar miles de vidas y, por lo menos, 100.000 millones de dólares?
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Um abraço a todos e continuação de bom fim de semana
777
A sua indiferença em matéria de dinheiro veio, como sempre, favorecer-lhe a fortuna, evitando-lhe cometer os erros próprios de quem receia perder e aqueles de quem quer ganhar depressa e muito.
Re: continuação da mensagem anterior
Esclarecimento Escreveu:uma voz de um ditador, porque até concordo com uma só voz porque quem é eleito, numa democracia, tem de por em pratica as suas propostas. Liberdade dentro do respeito e ordem.
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Os Estados Unidos vivem numa ditadura disfarçada de democracia
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Caro Sol Dado
Isso é doutrina em demasia.
O Revel também pode ser comprado, para orientar os ignorantes.
Assim como o carl popper....o fazia.
Existem na humanidade, seitas iniciáticas do conhecimento e, por via disso, donos dos instrumentos do poder e consequentemente , muito poderosos.
Não são as potências, os reais contendores, são elites ou formas de associação superiores que se digladiam sem apelo de nenhuma forma.
Um conhecimento conciso da história, isto é, uma definição muito clara do devir histórico, despida portanto de pormenores que prejudicam a visão geral, é-nos mais útil, para percebermos o momento actual.
As grandes figuras da história, foram pessoas que fizeram essa síntese, e souberam aplicar o conhecimento que dela obtiveram.
Não são os USA-UK de um lado, ou o Benelux-frança-alemanha do outro que estão em causa, são quem tem poder nessas duas regiões. E quem tem poder.....num ambiente hiper liberal?
A democracia...em abstrato é uma forma utópica de regime politico....em concreto, serve apenas para possibilitar a alternancia do grupo que governa, legisla ou julga, em face de fins politicos definidos por uma dessas referidas elites poderosas.
Mergulhados que estamos nesta imensa confusão, como procede da discussão que este forum testemunha, temos que parar para reflectir, não acusar ninguém. e tentar ver mais adiante. Não pode haver, nem verdes nem azuis, temos que ter a coragem para denunciar quem anda a tramar as nossas vidas, no meio deste pó que nos atiram à cara para nem sequer podermos ver os contornos daquilo que nos confunde.
Somos apenas uns habitantes de cabelo hirsuto e de olhos mal lavados na alva que se vê da profundidade da caverna de platão....
Desculpem a generalidade que atribuo ao lugar que vou ocupando neste mundo
Cumps
Isso é doutrina em demasia.
O Revel também pode ser comprado, para orientar os ignorantes.
Assim como o carl popper....o fazia.
Existem na humanidade, seitas iniciáticas do conhecimento e, por via disso, donos dos instrumentos do poder e consequentemente , muito poderosos.
Não são as potências, os reais contendores, são elites ou formas de associação superiores que se digladiam sem apelo de nenhuma forma.
Um conhecimento conciso da história, isto é, uma definição muito clara do devir histórico, despida portanto de pormenores que prejudicam a visão geral, é-nos mais útil, para percebermos o momento actual.
As grandes figuras da história, foram pessoas que fizeram essa síntese, e souberam aplicar o conhecimento que dela obtiveram.
Não são os USA-UK de um lado, ou o Benelux-frança-alemanha do outro que estão em causa, são quem tem poder nessas duas regiões. E quem tem poder.....num ambiente hiper liberal?
A democracia...em abstrato é uma forma utópica de regime politico....em concreto, serve apenas para possibilitar a alternancia do grupo que governa, legisla ou julga, em face de fins politicos definidos por uma dessas referidas elites poderosas.
Mergulhados que estamos nesta imensa confusão, como procede da discussão que este forum testemunha, temos que parar para reflectir, não acusar ninguém. e tentar ver mais adiante. Não pode haver, nem verdes nem azuis, temos que ter a coragem para denunciar quem anda a tramar as nossas vidas, no meio deste pó que nos atiram à cara para nem sequer podermos ver os contornos daquilo que nos confunde.
Somos apenas uns habitantes de cabelo hirsuto e de olhos mal lavados na alva que se vê da profundidade da caverna de platão....
Desculpem a generalidade que atribuo ao lugar que vou ocupando neste mundo
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Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
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O Segredo do Sucesso Americano
O autor de "A Obsessão Antiamericana" esteve entre nós recentemente para lançar o seu último, e muito polémico, livro. Presidente da Academia francesa, "bêtte noire" da esquerda intelectual gaulesa, Jean-François Revel tem o gosto pela frontalidade - uma frontalidade que roça amiúde a provocação.
Antes de criticar os Estados Unidos, os europeus, e os franceses em particular, deviam, segundo Jean-François Revel, olhar primeiro para si mesmos, para os erros da sua história, dos seus impérios, para o suicídio colectivo que cometeram no século XX, para a sua incapacidade de intervir politicamente no mundo. E lembrar-se de que os Estados Unidos nos salvaram duas vezes e são a mais antiga república democrática do mundo, sem qualquer interrupção.
Mil Folhas - Há em França uma síndrome antiamericana?
Jean-François Revel - Quando se escuta a classe política francesa, à esquerda como à direita, quando se lêem os jornais ou se vê televisão, fica-se com a impressão que a França é o país mais antiamericano, mais antiliberal do mundo. Contudo, as sondagens mostram que quase 70 por cento dos franceses têm simpatia pelos americanos. Há como que uma factura cultural entre as elites e o conjunto da população.
P.- Não há em França uma velha tradição, de tradição gaullista, hoje prolongada por Jacques Chirac, de um antiamericanismo de direita?
R.- É verdade, há um antiamericanismo de direita. Não se perdoa aos Estados Unidos terem a supremacia absoluta, serem a primeira potência mundial. Vive-se mal com o facto de a França ter perdido o seu papel de grande potência. Daí que muitos gaullistas pensem que, para terem uma política externa estimável, devem opor-se aos Estados Unidos.
P.- E temos ainda uma extrema-direita que celebrou nas suas sedes os atentados do 11 de Setembro...
R.- Em toda a Europa, se repararmos bem, a extrema-direita retoma muitos temas da extrema-esquerda. Na çustria, na Bélgica, na Holanda, na Dinamarca, há muitos temas da extrema-direita que são exactamente os mesmos da extrema-esquerda trotskista: são antiglobalização, são contra o comércio internacional, são contra o capitalismo, são contra as multinacionais, são contra a União Europeia e são antiamericanos. Para a extrema-direita, a civilização americana é abominável, é o contrário do que desejam. Esta identidade entre os dois extremos deriva de ambos serem contra o liberalismo político e económico.
P.- Em Portugal há muitos políticos e intelectuais a dizerem que não são antiamericanos, são é anti-Bush. Acha que são as políticas do Presidente Bush que justificam esta rejeição das políticas americanas?
R.- Não. Muitas dessas pessoas também criticaram a política externa americana do Presidente Clinton. Assim como fizeram no tempo de Reagan. Veja o exemplo da guerra do Kosovo. Aí os americanos intervieram a pedido dos europeus, que se tinham mostrado impotentes na Bósnia. Na Bósnia, a Europa foi humilhada pois foi incapaz de impedir um genocídio a duas horas de avião de Paris. No caso do Kosovo, quando começou o massacre dos albaneses, a primeira posição americana foi a de dizer que aquele era um assunto europeu. Foi preciso Chirac ir a Washington convencer Clinton a intervir, porque, sem os americanos, os europeus não teriam meios para tratarem do problema do Kosovo. E, depois, quando a guerra começou, começou-se a gritar por todo o lado que os Estados Unidos é que eram imperialistas. E não era Bush que estava na Casa Branca...
P.- Após o 11 de Setembro, o director do "Le Monde" proclamou "Nous somes tous des americains", mas poucos meses depois escreveu um pequeno livro em que acrescentou um ponto de interrogação. Tudo por causa de certos comportamentos americanos, como o tratamento dos prisioneiros de Guantanamo e as medidas de segurança interna. Não acha que esses são problemas reais?
R.- Não. Vejamos Guantanamo. Esses prisioneiros não são prisioneiros de guerra. De acordo com a Convenção de Genebra, prisioneiros de guerra são soldados uniformizados, membros de um exército regular, dirigidos por um Estado. Não são civis terroristas que apenas desejam colocar bombas num grande armazém ou que assassinam os aldeões. Classificar os prisioneiros de Guantanamo como prisioneiros de guerra - que, entre outros direitos, têm o direito de não ser interrogados - é que seria contrário ao direito internacional. Segunda questão: as medidas de segurança. Os franceses têm a memória muito curta. Quando, nos anos 80, houve uma vaga de atentados terroristas em Paris, os planos de segurança eram muito mais rigorosos do que os agora aprovados pelos americanos. Havia revistas arbitrárias, barragens de estrada, perseguição aos não documentados. Quando são os franceses as vítimas e tomam tais medidas, não há problema, quando são os americanos, aqui d'el rei...
P.- Há muitos que não entendem a determinação americana de intervir no Iraque. É o caso do Presidente Chirac...
R.- O problema dos europeus é que não propõem qualquer solução. Quando não são capazes de resolver um problema, decretam que o problema não existe. Recordemos antes a história. Saddam Hussein tomou o poder num golpe de Estado em 1979. Começou por eliminar sumariamente todos os adversários e massacrar os curdos com armas químicas. Depois, declarou guerra ao Irão, que fez 800 mil mortos. Perdeu. A seguir, em 1990, invadiu o Kuwait. Alguém com este historial não é um homem perigoso? Podemos discutir a posição americana, mas devemos começar por verificar que o regime é abominável, repressivo, torcionário, e que é um factor de desestabilização do Médio Oriente. Parece-me, pois, razoável definir como objectivo uma mudança de regime no Iraque. Depois, podemos discutir o método. Não é isso que fazem os europeus: limitam-se a criticar o alegado belicismo americano.
P.- Mas também dizem que Bush não fez o suficiente para solucionar o conflito israelo-palestiniano, também ele tremendamente desestabilizador...
R.- Aí estou de acordo. Mas recordemos de novo a história. Por que foi criado o Estado de Israel? Por causa do anti-semitismo dos europeus. Foi o caso Dreyfus, os "pogroms" na Rússia, na Ucrânia e na Polónia, finalmente o Holocausto nazi. Foi esse anti-semitismo que levou à criação de Israel, que no início até não entusiasmava os americanos. Se Israel existe, a responsabilidade é dos europeus. Em contrapartida, todas as iniciativas de reaproximação entre árabes e israelitas foram iniciativas americanas, desde o acordo de Camp David entre o Egipto e Israel até ao famoso aperto de mão de Arafat e Rabin, em Washington. E que fizeram os europeus? Nada. Nem quando os acordos de Oslo implodiram.
A política americana tem muitas coisas criticáveis, mas as críticas seriam mais credíveis se fossem coerentes e se não se recusassem a reconhecer os factos da história.
P.- Não se corre hoje o risco de uma fractura entre a Europa e os Estados Unidos? Que pensa, por exemplo, das teses de Robert Kagan sobre o perigo de divisão atlântica?
R.- Concordo muito com Kagan. Apesar do antiamericanismo que sempre houve na Europa, especialmente da esquerda marxista, que preferia o sistema soviético, até ao fim da guerra fria a maior parte dos europeus tinha bem consciência do perigo a Leste e sabiam que a única protecção eficaz era a aliança americana, a NATO. Hoje, esse perigo desapareceu e muitos países sentem-se mais distantes dos Estados Unidos. Mas, atenção, não é isso que se passa nos novos países do Leste, nos que vão entrar para a União Europeia. Nessas antigas colónias comunistas, as pessoas sentem-se muito mais próximas dos Estados Unidos do que na Europa Ocidental. Até porque continuam a ter medo e apreciam a protecção americana.
P.- Quer isso dizer que há uma divisão entre a "velha" Europa e a nova Europa?
R.- Nós sempre falámos de Velho Continente... Mas a verdade é que os membros fundadores da União Europeia, excepto a Itália, têm sido os que colocam mais problemas aos Estados Unidos na questão iraquiana. O que não devemos esquecer é que eles sozinhos já não são a União Europeia, e serão menos depois do alargamento. Mais: quando se diz que a Europa deve basear-se no eixo Paris-Berlim, isso, a meu ver, é contra o espírito europeu, que se baseia em Estados com direitos iguais. A Europa, a 15 ou 25, não foi pensada para ser dirigida por dois países.
P.- Não é precisamente esse o objectivo dos Estados Unidos: dirigir o mundo?
R.- Convém começar por ver por que é que os Estados Unidos se tornaram a única superpotência e o único país com capacidade para intervir em qualquer parte do globo e por que são a primeira potência económica, científica ou tecnológica. Isso sucedeu porque, ao longo do século XX, a Europa se suicidou. Foi totalmente destruída em duas guerras e as suas antigas potências, que tinham grandes impérios coloniais, encontraram-se devastadas e acabaram por precisar da ajuda americana, do Plano Marshall. Também não foram os americanos que nos forçaram a inventar o comunismo e o nazismo, duas criações europeias. Era bom que os europeus fizessem a sua autocrítica, compreendessem que se os Estados Unidos são hoje a única superpotência foi porque a Europa se destruiu a ela mesma.
P.- A tese de Emmanuel Todd é que a Europa unida pode tornar-se economicamente num pólo rival dos EUA...
R.- Sim, mas politicamente é outra conversa. Por enquanto não há sequer uma política externa única, quanto mais uma visão estratégica. Para além disso, a Europa não pode queixar-se de não ser consultada, quando nem sequer tem forças armadas capazes de tomar conta da sua própria casa. Se perguntar à Europa qual é o seu plano para o conflito israelo-palestiniano, verá que não há uma só proposta comum e válida. Para esse ou para qualquer outro conflito...
E quanto ao Iraque, a proposta de alguns europeus é prolongar as inspecções... que começaram em 1992. Depois os inspectores foram expulsos e durante todos estes anos Bagdad passou o tempo a iludir as Nações Unidas. Os inspectores só não chegam, e nem sequer teriam voltado, se não fosse a pressão militar dos Estados Unidos.
P.- Não parece ser esse o sentimento dominante das opiniões públicas, que se opõem à guerra...
R.- É natural, se o discurso oficial e o discurso dos "media" apenas lhe dizem que o perigo vem dos Estados Unidos e que Saddam é inofensivo. A questão não é estar-se contra a guerra: contra a guerra somos todos. A questão é dizer como é que se resolve o problema, sem exercer uma pressão militar sobre o Iraque. Claro que isto não quer dizer que os americanos também não cometam erros, mas para o provar temos de apresentar uma solução melhor, e isso a Europa não faz.
P.- Tem dito que o antiamericanismo tem raízes na nostalgia do poder perdido pelos antigos impérios. Mas há antiamericanismo em muitos países que nunca foram potências nem tiveram impérios...
R.- Os Estados Unidos também não têm um império como tiveram os ingleses, os franceses, os portugueses ou os espanhóis. Não têm colónias.
P.- São então uma espécie de "império benigno", como escrevem alguns analistas?
R.- Não. São é uma superpotência que ganhou peso graças aos erros dos outros. Compare-se com a América Latina, que tinha as mesmas potencialidades, mas onde se multiplicaram golpes de Estado, governos corruptos, e por aí adiante.
P.- Então qual é o segredo do sucesso americano?
R.- É a democracia. É a mais antiga democracia sem qualquer interrupção. Isso não sucedeu nem sequer na Europa continental, apenas em Inglaterra. Vejam o que Amartya Sen diz sobre o desenvolvimento dos países pobres: diz que depende da sua democratização.
P.- As diferentes evoluções da Europa continental e dos Estados Unidos podem encontrar explicação nas diferenças entre a revolução francesa e a revolução americana?
R.- Na revolução francesa houve duas revoluções: uma democrática e outra totalitária, com Robespierre e o Terror. A revolução francesa contém, em simultâneo, Washington e Lenine, e essa dupla tradição fez com que, como disse Francois Furet, o programa da Assembleia Constituinte de 1789 só tenha por ser aplicado um século mais tarde. A outra tradição, a iliberal, totalitária, levava a que se eliminassem aqueles com quem não se concordava. Levou a melhor durante muito tempo em grande parte da Europa, e no século XX.
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Antes de criticar os Estados Unidos, os europeus, e os franceses em particular, deviam, segundo Jean-François Revel, olhar primeiro para si mesmos, para os erros da sua história, dos seus impérios, para o suicídio colectivo que cometeram no século XX, para a sua incapacidade de intervir politicamente no mundo. E lembrar-se de que os Estados Unidos nos salvaram duas vezes e são a mais antiga república democrática do mundo, sem qualquer interrupção.
Mil Folhas - Há em França uma síndrome antiamericana?
Jean-François Revel - Quando se escuta a classe política francesa, à esquerda como à direita, quando se lêem os jornais ou se vê televisão, fica-se com a impressão que a França é o país mais antiamericano, mais antiliberal do mundo. Contudo, as sondagens mostram que quase 70 por cento dos franceses têm simpatia pelos americanos. Há como que uma factura cultural entre as elites e o conjunto da população.
P.- Não há em França uma velha tradição, de tradição gaullista, hoje prolongada por Jacques Chirac, de um antiamericanismo de direita?
R.- É verdade, há um antiamericanismo de direita. Não se perdoa aos Estados Unidos terem a supremacia absoluta, serem a primeira potência mundial. Vive-se mal com o facto de a França ter perdido o seu papel de grande potência. Daí que muitos gaullistas pensem que, para terem uma política externa estimável, devem opor-se aos Estados Unidos.
P.- E temos ainda uma extrema-direita que celebrou nas suas sedes os atentados do 11 de Setembro...
R.- Em toda a Europa, se repararmos bem, a extrema-direita retoma muitos temas da extrema-esquerda. Na çustria, na Bélgica, na Holanda, na Dinamarca, há muitos temas da extrema-direita que são exactamente os mesmos da extrema-esquerda trotskista: são antiglobalização, são contra o comércio internacional, são contra o capitalismo, são contra as multinacionais, são contra a União Europeia e são antiamericanos. Para a extrema-direita, a civilização americana é abominável, é o contrário do que desejam. Esta identidade entre os dois extremos deriva de ambos serem contra o liberalismo político e económico.
P.- Em Portugal há muitos políticos e intelectuais a dizerem que não são antiamericanos, são é anti-Bush. Acha que são as políticas do Presidente Bush que justificam esta rejeição das políticas americanas?
R.- Não. Muitas dessas pessoas também criticaram a política externa americana do Presidente Clinton. Assim como fizeram no tempo de Reagan. Veja o exemplo da guerra do Kosovo. Aí os americanos intervieram a pedido dos europeus, que se tinham mostrado impotentes na Bósnia. Na Bósnia, a Europa foi humilhada pois foi incapaz de impedir um genocídio a duas horas de avião de Paris. No caso do Kosovo, quando começou o massacre dos albaneses, a primeira posição americana foi a de dizer que aquele era um assunto europeu. Foi preciso Chirac ir a Washington convencer Clinton a intervir, porque, sem os americanos, os europeus não teriam meios para tratarem do problema do Kosovo. E, depois, quando a guerra começou, começou-se a gritar por todo o lado que os Estados Unidos é que eram imperialistas. E não era Bush que estava na Casa Branca...
P.- Após o 11 de Setembro, o director do "Le Monde" proclamou "Nous somes tous des americains", mas poucos meses depois escreveu um pequeno livro em que acrescentou um ponto de interrogação. Tudo por causa de certos comportamentos americanos, como o tratamento dos prisioneiros de Guantanamo e as medidas de segurança interna. Não acha que esses são problemas reais?
R.- Não. Vejamos Guantanamo. Esses prisioneiros não são prisioneiros de guerra. De acordo com a Convenção de Genebra, prisioneiros de guerra são soldados uniformizados, membros de um exército regular, dirigidos por um Estado. Não são civis terroristas que apenas desejam colocar bombas num grande armazém ou que assassinam os aldeões. Classificar os prisioneiros de Guantanamo como prisioneiros de guerra - que, entre outros direitos, têm o direito de não ser interrogados - é que seria contrário ao direito internacional. Segunda questão: as medidas de segurança. Os franceses têm a memória muito curta. Quando, nos anos 80, houve uma vaga de atentados terroristas em Paris, os planos de segurança eram muito mais rigorosos do que os agora aprovados pelos americanos. Havia revistas arbitrárias, barragens de estrada, perseguição aos não documentados. Quando são os franceses as vítimas e tomam tais medidas, não há problema, quando são os americanos, aqui d'el rei...
P.- Há muitos que não entendem a determinação americana de intervir no Iraque. É o caso do Presidente Chirac...
R.- O problema dos europeus é que não propõem qualquer solução. Quando não são capazes de resolver um problema, decretam que o problema não existe. Recordemos antes a história. Saddam Hussein tomou o poder num golpe de Estado em 1979. Começou por eliminar sumariamente todos os adversários e massacrar os curdos com armas químicas. Depois, declarou guerra ao Irão, que fez 800 mil mortos. Perdeu. A seguir, em 1990, invadiu o Kuwait. Alguém com este historial não é um homem perigoso? Podemos discutir a posição americana, mas devemos começar por verificar que o regime é abominável, repressivo, torcionário, e que é um factor de desestabilização do Médio Oriente. Parece-me, pois, razoável definir como objectivo uma mudança de regime no Iraque. Depois, podemos discutir o método. Não é isso que fazem os europeus: limitam-se a criticar o alegado belicismo americano.
P.- Mas também dizem que Bush não fez o suficiente para solucionar o conflito israelo-palestiniano, também ele tremendamente desestabilizador...
R.- Aí estou de acordo. Mas recordemos de novo a história. Por que foi criado o Estado de Israel? Por causa do anti-semitismo dos europeus. Foi o caso Dreyfus, os "pogroms" na Rússia, na Ucrânia e na Polónia, finalmente o Holocausto nazi. Foi esse anti-semitismo que levou à criação de Israel, que no início até não entusiasmava os americanos. Se Israel existe, a responsabilidade é dos europeus. Em contrapartida, todas as iniciativas de reaproximação entre árabes e israelitas foram iniciativas americanas, desde o acordo de Camp David entre o Egipto e Israel até ao famoso aperto de mão de Arafat e Rabin, em Washington. E que fizeram os europeus? Nada. Nem quando os acordos de Oslo implodiram.
A política americana tem muitas coisas criticáveis, mas as críticas seriam mais credíveis se fossem coerentes e se não se recusassem a reconhecer os factos da história.
P.- Não se corre hoje o risco de uma fractura entre a Europa e os Estados Unidos? Que pensa, por exemplo, das teses de Robert Kagan sobre o perigo de divisão atlântica?
R.- Concordo muito com Kagan. Apesar do antiamericanismo que sempre houve na Europa, especialmente da esquerda marxista, que preferia o sistema soviético, até ao fim da guerra fria a maior parte dos europeus tinha bem consciência do perigo a Leste e sabiam que a única protecção eficaz era a aliança americana, a NATO. Hoje, esse perigo desapareceu e muitos países sentem-se mais distantes dos Estados Unidos. Mas, atenção, não é isso que se passa nos novos países do Leste, nos que vão entrar para a União Europeia. Nessas antigas colónias comunistas, as pessoas sentem-se muito mais próximas dos Estados Unidos do que na Europa Ocidental. Até porque continuam a ter medo e apreciam a protecção americana.
P.- Quer isso dizer que há uma divisão entre a "velha" Europa e a nova Europa?
R.- Nós sempre falámos de Velho Continente... Mas a verdade é que os membros fundadores da União Europeia, excepto a Itália, têm sido os que colocam mais problemas aos Estados Unidos na questão iraquiana. O que não devemos esquecer é que eles sozinhos já não são a União Europeia, e serão menos depois do alargamento. Mais: quando se diz que a Europa deve basear-se no eixo Paris-Berlim, isso, a meu ver, é contra o espírito europeu, que se baseia em Estados com direitos iguais. A Europa, a 15 ou 25, não foi pensada para ser dirigida por dois países.
P.- Não é precisamente esse o objectivo dos Estados Unidos: dirigir o mundo?
R.- Convém começar por ver por que é que os Estados Unidos se tornaram a única superpotência e o único país com capacidade para intervir em qualquer parte do globo e por que são a primeira potência económica, científica ou tecnológica. Isso sucedeu porque, ao longo do século XX, a Europa se suicidou. Foi totalmente destruída em duas guerras e as suas antigas potências, que tinham grandes impérios coloniais, encontraram-se devastadas e acabaram por precisar da ajuda americana, do Plano Marshall. Também não foram os americanos que nos forçaram a inventar o comunismo e o nazismo, duas criações europeias. Era bom que os europeus fizessem a sua autocrítica, compreendessem que se os Estados Unidos são hoje a única superpotência foi porque a Europa se destruiu a ela mesma.
P.- A tese de Emmanuel Todd é que a Europa unida pode tornar-se economicamente num pólo rival dos EUA...
R.- Sim, mas politicamente é outra conversa. Por enquanto não há sequer uma política externa única, quanto mais uma visão estratégica. Para além disso, a Europa não pode queixar-se de não ser consultada, quando nem sequer tem forças armadas capazes de tomar conta da sua própria casa. Se perguntar à Europa qual é o seu plano para o conflito israelo-palestiniano, verá que não há uma só proposta comum e válida. Para esse ou para qualquer outro conflito...
E quanto ao Iraque, a proposta de alguns europeus é prolongar as inspecções... que começaram em 1992. Depois os inspectores foram expulsos e durante todos estes anos Bagdad passou o tempo a iludir as Nações Unidas. Os inspectores só não chegam, e nem sequer teriam voltado, se não fosse a pressão militar dos Estados Unidos.
P.- Não parece ser esse o sentimento dominante das opiniões públicas, que se opõem à guerra...
R.- É natural, se o discurso oficial e o discurso dos "media" apenas lhe dizem que o perigo vem dos Estados Unidos e que Saddam é inofensivo. A questão não é estar-se contra a guerra: contra a guerra somos todos. A questão é dizer como é que se resolve o problema, sem exercer uma pressão militar sobre o Iraque. Claro que isto não quer dizer que os americanos também não cometam erros, mas para o provar temos de apresentar uma solução melhor, e isso a Europa não faz.
P.- Tem dito que o antiamericanismo tem raízes na nostalgia do poder perdido pelos antigos impérios. Mas há antiamericanismo em muitos países que nunca foram potências nem tiveram impérios...
R.- Os Estados Unidos também não têm um império como tiveram os ingleses, os franceses, os portugueses ou os espanhóis. Não têm colónias.
P.- São então uma espécie de "império benigno", como escrevem alguns analistas?
R.- Não. São é uma superpotência que ganhou peso graças aos erros dos outros. Compare-se com a América Latina, que tinha as mesmas potencialidades, mas onde se multiplicaram golpes de Estado, governos corruptos, e por aí adiante.
P.- Então qual é o segredo do sucesso americano?
R.- É a democracia. É a mais antiga democracia sem qualquer interrupção. Isso não sucedeu nem sequer na Europa continental, apenas em Inglaterra. Vejam o que Amartya Sen diz sobre o desenvolvimento dos países pobres: diz que depende da sua democratização.
P.- As diferentes evoluções da Europa continental e dos Estados Unidos podem encontrar explicação nas diferenças entre a revolução francesa e a revolução americana?
R.- Na revolução francesa houve duas revoluções: uma democrática e outra totalitária, com Robespierre e o Terror. A revolução francesa contém, em simultâneo, Washington e Lenine, e essa dupla tradição fez com que, como disse Francois Furet, o programa da Assembleia Constituinte de 1789 só tenha por ser aplicado um século mais tarde. A outra tradição, a iliberal, totalitária, levava a que se eliminassem aqueles com quem não se concordava. Levou a melhor durante muito tempo em grande parte da Europa, e no século XX.
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- Registado: 8/11/2002 8:29
He pá... o que eu perdi! Um debate e peras!
He pá... o que eu perdi!
Um debate e peras!
Nem sequer li 20% dos posts aqui colocados.
Não tive paciência.
Se alguém me quiser matar pela opinião aqui expressa
agradeço que seja à noite quando estiver a dormir.
Não dou por isso!
A morte faz parte da vida.
hehehe
Poís aqui fala-se de Vida & Morte!
Faz parte do ciclo:
Vida/Morte
Sim/Não
Positivo/Negativo
Yin/Yang
Alta/Baixa
Subida/Descida
Guerra/Paz
Lucro/Prejuizo
Amor/Ódio
Macho/Fêmea
Grande/Pequeno
Preto/Branco
Novo/Velho
...
Enfim... Caldeirão de Bolsa
No entanto o que me fixou nestes posts, (logo no inicio quando a atenção ainda é grande) foi o seguinte:
E fiz logo o cálculo estatistico dessa "equação":
São apenas 62,5 BOMBAS POR HORA.
Ou seja: cerca de UMA BOMBA POR MINUTO.
O que está abaixo da média habitual:
No bombardeamento à Sérvia/Kosovo a média esteve em...
UMA BOMBA EM CADA 6 SEGUNDOS.
Ou seja: 14400 BOMBAS POR DIA... (28800 BOMBAS EM 48 HORAS!)
Mas é preciso ver que a Sérvia é um país mais pequeno!
Os USA durante a guerra fria, armaram-se tendo em conta a área geográfica da ex-URRS.
O que era apenas a maior área territorial do mundo!
Actualmente é a Rússia.
Ainda me lembro quando Gorbachov veio a Portugal:
"A Rússia não é Portugal, em que se atravessa a fronteira de avião e tem-se logo que aterrar!"
Que pena os USA não serem assim em 1939!
A Segunda Grande Guerra não durava 3 meses.
Outros dados estatísticos de interesse:
1) Em cada 5 anos os USA lançam um porta-aviões nuclear.
(Este ano de 2003 vai ser lançado o USS Ronald Reagan (CVN 76) - o mais avançado de todos os porta-aviões núcleares existentes)
2) Em cada 6 anos os USA lançam um submarino nuclear da classe "Sea Wolf" - os mais avançados do mundo. São submarinos de ataque.
(O submarino nuclear é a embarcação mais complexa e com o maior rigor no controle de qualidade do mundo).
Quem viu o filme K19, que retrata um submarino de 1961 (baseado em factos reais), até mete pena como tudo foi conduzido nessa altura: até água pingava no interior.
3) Mas o maior orçamento vai para a USAF (United States Air Force)
Em breve os USA terão o F22 Raptor, um "três em um": é (1)supersónico (sem necessidade de after-burner que consome combústivel loucamente), é (2)hiper-manobrável (os primeiros caças hiper-manobráveis são soviéticos) e é (3)invisivel ao radar. Este será o mais avançado do mundo!
Dito isto, se não soubesse que tinha caido o muro de Berlim e a URSS não estivesse extinta, eu diria que os USA estavam a preparar-se para uma GUERRA.
Se for para a segurança internacional... durmo descansado!
Mas se for para expandirem o império - como muitos advogam - fico preocupado e durmo mal!
O que é sempre uma chatice, porque depois tenho de tomar comprimidos para dormir melhor.
No entanto, posso garantir a mim mesmo os seguintes pontos:
1) Os meios de comunicação social em geral não dizem tudo
2) Os meios de comunicação social em geral e especializados são tendenciosos
3) As decisões politicas dos chefes de Estado são autónomas das opiniões públicas, por muita contestação que haja ou não haja.
4) Os serviços de informação estão na posse de dados que o grande público não está e que eventualmente os chefes de Estado estão totalmente ou parcialmente.
5) A observação de alguns pormenores politicos ou factos politicos a nú é importante para o cidadão formar alguma opinião, autónoma das opiniões dos analistas/pseudo analistas, comentadores/pseudo-comentadores, opinion makers/pseudo opinion makers.
Comentário ao ponto 5 (cito o seguinte exemplo como facto político importante):
Muita opinião estava assente de que os USA tinham intenções de expandir o império (essencialmete comunistas e intelectuais da esquerda francesa e outros) quando da guerra na Sérvia/Kosovo.
Esta guerra teve um inicio inesperado, nomeadamente a ONU não foi tida nem achada. Foi mais em função de uma Nova Ordem Mundial (na minha opinião: Pseudo Nova Ordem Mundial, porque não é assim que se inicia e se pretende criar uma N.O.M. e ainda por cima, tendo como pilar complementar a NATO, uma organização militar que nem todos os Estados da Europa pertencem, quanto mais os Estados da ONU).
Quando os USA mais recentemente recusaram ractificar o TPI (Tribunal Penal Internacional) e ameaçaram retirar as tropas existentes na Bósnia e na Sérvia/Kosovo e outras zonas, se não obtivessem um regime de excepção no TPI, foi (para mim, evidentemente) a prova irrefutável de que não havia intenções imperialistas por parte dos USA, nessa zona ou noutras zonas onde operam soldados norte-americanos. E nessa zona dos Balcãs, tal como foi muito badalado por alguns media e analistas por alturas da guerra do Kosovo, também existe petróleo (zona do mar Cáspio).
Não deixa de ser interessante, que toda esta EUROPA, recolheu os "ditos cujos" para o interior das pernas... conformou-se e calou-se (quanto à ameaça norte-americana de retirar as tropas dos territórios ocupados ilegalmente (porque a guerra foi ilegal, do ponto de vista do direito internacional).
Não percebi, não compreendi.
A força ocupante ofereceu uma oportunidade destas sem nada em troca e a Europa não aproveitou?
Será que nesta ocasião, quando as tropas ocupantes se ofereceram para retirar incondicionalmente, já não existia petróleo? Como assim? Desapareceu? Não tem lógica!
Os comunistas e intelectuais da esquerda francesa (agora, muitos deles transformados (para mim) em pseudo-intelectuais de esquerda) nem um múrmurio se ouviu, nessa altura, quanto ao tal imperialismo expancionista. (deviam ter-se organizado em festas a comemorar a possivel desocupação ilicita da Europa pelas tropas norte-americanas).
Sintetizando:
1) Durante a guerra do Kosovo, era o petróleo e o imperialismo expansionista dos USA, essencialmente que a esquerda intelectual acusava.
2) Quando os USA ameaçaram retirar as tropas (ilegalmente ocupantes!) da Europa, a esquerda intelectual omite qualquer referência ao "imperialismo expansionista", o petróleo "deixa de existir" nos Balcãs e os USA são acusados de isolacionistas por essa mesma esquerda europeia!
Conclusão:
Os USA estão condenados a apanharem na cabeça quer façam quer não façam, porque são e pela primeira vez na história uma superpotência com uma influência verdadeiramente à escala planetária e por isso, muitos sectores de esquerda e de direita desta Europa, não só os invejam, como não lhes agrada que as decisões e actuações dos USA os afectem a todos, no plano Politico/Estratégico, Económico, Cultural e Militar, quer queiram quer não.
Nota Final:
Para mim, os USA são Europa com uma Administração independente.
Há quem acuse os USA de terem chacinado as populações residentes da América do Norte, nomeadamente os Indios (Miguel Sousa Tavares e outros...) e que agora homenageiam os "brinquedos de combate" com os seus nomes: "Apache", "Comanche", etc...
ERRADO: o sofrimento causado aos Indios (e consequentemente todo o sofrimento que actualmente acusam os USA de causarem) foi provocado por esta Europa (Ingleses, Irlandeses, Holandeses, etc...) que emigraram para a América do Norte há cerca de 200 e tal anos.
Foi esta Europa que chacinou os indios (residentes no continente americano) e foi esta Europa que cometeu as maiores barbaridades do séc XX - totalitarismo NAZI (Alemanha), totalitarismo Comunista (URSS) (estas barbáries já foram cometidas no continete Europeu) - e agora, apenas 50 anos depois, bem se esforçam por moralizar a Administração Independente dos USA, acusando-os de serem os causadores das desgraças deste século, dos anteriores e dos próximos!
Não é um Oceano, lá por separar o continente Europeu do continente Americano, que me convence, que os USA não são Europa.
Organicamente, culturalmente, históricamente, os USA são Europa, pena é que para certos Estados Europeus os USA tenham uma Administração Independente!
Isto é como considerar que Almada não é Lisboa e por isso os que vivem do outro lado do rio têm que pagar portagem para virem a Lisboa. Orgânicamente e do ponto de vista Urbano, Almada é Lisboa, mas as autoridades assim o não querem entender (e não o querem entender, em parte por ignorância e em parte por interesses económicos).
Por outras palavras:
Almada corresponde aos USA;
Lisboa corresponde à Europa.
Imaginem se Almada se tornasse uma metrópole independente de Lisboa (e Portugal) e fosse 20 vezes mais desenvolvida que Lisboa (e Portugal); (à escala da cidade claro!).
Caso os USA não se tivessem tornado independentes desta Europa como seria? A quem eram imputadas as desgraças dos séculos passados, presente e futuros? Será que os USA seriam assim tão desenvolvidos? Seriam assim tão polémicos? Claro que não!
A resposta está na Conclusão atrás, que volto a repetir:
Os USA estão condenados a apanharem na cabeça quer façam quer não façam, porque são e pela primeira vez na história uma superpotência com uma influência verdadeiramente à escala planetária e por isso, muitos sectores de esquerda e de direita desta Europa, não só os invejam, como não lhes agrada que as decisões e actuações dos USA os afectem a todos, no plano Politico/Estratégico, Económico, Cultural e Militar, quer queiram quer não.
O outro Estado que cometeu barbárie foi a China de Mao (o terceiro regime totalitário da história), mas a China, já não é Europa.
Para os que querem debater o "Grande Satã Norte-Americano", como consideram os muçulmanos, devem ler:
OBSESSÃO ANTIAMERICANA
de Jean-François Revel
Aqui ficam algumas imagens do poder militar/tecnológico dos USA e o texto de uma nova inovação High-Tech datada de 5 de Novembro de 2002.
Dá para avaliar o avanço tecnológico que os USA levam da Europa:
TRW News Update - TRW-Built Laser Weapon Shoots Down Artillery Projectile in Flight
High-Impact Video Footage Shows Detonation
REDONDO BEACH, Calif., Nov. 5 /PRNewswire-FirstCall/ -- Until today,
nothing could stop an artillery projectile once it was fired. Now, in a
world's first, a high-energy laser, developed by TRW (NYSE: TRW) for the U.S.
Army and the Israel Ministry of Defense, has intercepted an artillery
projectile and caused it to explode harmlessly in the air.
(Photo: http://www.newscom.com/cgi-bin/prnh/20010824/TRWLOGO )
Live action video footage of the historic shootdown by the Mobile Tactical
High Energy Laser (MTHEL) test bed at the Army's White Sands Missile Range,
New Mexico, will be available on Tuesday, Nov. 5 as indicated below. All
footage is being provided courtesy of TRW and the U.S. Army.
18:45-19:15 p.m. (EST)
Satellite Telstar 5 C-Band
Transponder 16
97 degrees West Longitude
4020 MHz Horizontal Polarity
Audio Sub-carrier 6.2/6.8
NOTE TO EDITORS: To obtain the latest MTHEL test bed news and still
images, or to obtain background information on lasers and the THEL/MTHEL
programs, please visit TRW's electronic THEL press kit at
http://www.trw.com/presskits/detailinfo/0,1067,2_12^2^12^23,FF.html.
Um debate e peras!

Nem sequer li 20% dos posts aqui colocados.
Não tive paciência.
Se alguém me quiser matar pela opinião aqui expressa
agradeço que seja à noite quando estiver a dormir.
Não dou por isso!

A morte faz parte da vida.
hehehe
Poís aqui fala-se de Vida & Morte!
Faz parte do ciclo:
Vida/Morte
Sim/Não
Positivo/Negativo
Yin/Yang
Alta/Baixa
Subida/Descida
Guerra/Paz
Lucro/Prejuizo
Amor/Ódio
Macho/Fêmea
Grande/Pequeno
Preto/Branco
Novo/Velho
...
Enfim... Caldeirão de Bolsa
No entanto o que me fixou nestes posts, (logo no inicio quando a atenção ainda é grande) foi o seguinte:
(Duckman):"A previsão inicial é a do lançamento de 3000 bombas e mísseis teleguiados logo nas primeiras 48 horas da ofensiva, precisa o "New York Times".
E fiz logo o cálculo estatistico dessa "equação":
São apenas 62,5 BOMBAS POR HORA.
Ou seja: cerca de UMA BOMBA POR MINUTO.
O que está abaixo da média habitual:


No bombardeamento à Sérvia/Kosovo a média esteve em...
UMA BOMBA EM CADA 6 SEGUNDOS.
Ou seja: 14400 BOMBAS POR DIA... (28800 BOMBAS EM 48 HORAS!)
Mas é preciso ver que a Sérvia é um país mais pequeno!
Os USA durante a guerra fria, armaram-se tendo em conta a área geográfica da ex-URRS.
O que era apenas a maior área territorial do mundo!
Actualmente é a Rússia.
Ainda me lembro quando Gorbachov veio a Portugal:
"A Rússia não é Portugal, em que se atravessa a fronteira de avião e tem-se logo que aterrar!"
Que pena os USA não serem assim em 1939!
A Segunda Grande Guerra não durava 3 meses.
Outros dados estatísticos de interesse:
1) Em cada 5 anos os USA lançam um porta-aviões nuclear.
(Este ano de 2003 vai ser lançado o USS Ronald Reagan (CVN 76) - o mais avançado de todos os porta-aviões núcleares existentes)
2) Em cada 6 anos os USA lançam um submarino nuclear da classe "Sea Wolf" - os mais avançados do mundo. São submarinos de ataque.
(O submarino nuclear é a embarcação mais complexa e com o maior rigor no controle de qualidade do mundo).
Quem viu o filme K19, que retrata um submarino de 1961 (baseado em factos reais), até mete pena como tudo foi conduzido nessa altura: até água pingava no interior.
3) Mas o maior orçamento vai para a USAF (United States Air Force)
Em breve os USA terão o F22 Raptor, um "três em um": é (1)supersónico (sem necessidade de after-burner que consome combústivel loucamente), é (2)hiper-manobrável (os primeiros caças hiper-manobráveis são soviéticos) e é (3)invisivel ao radar. Este será o mais avançado do mundo!
Dito isto, se não soubesse que tinha caido o muro de Berlim e a URSS não estivesse extinta, eu diria que os USA estavam a preparar-se para uma GUERRA.
Se for para a segurança internacional... durmo descansado!
Mas se for para expandirem o império - como muitos advogam - fico preocupado e durmo mal!
O que é sempre uma chatice, porque depois tenho de tomar comprimidos para dormir melhor.
No entanto, posso garantir a mim mesmo os seguintes pontos:
1) Os meios de comunicação social em geral não dizem tudo
2) Os meios de comunicação social em geral e especializados são tendenciosos
3) As decisões politicas dos chefes de Estado são autónomas das opiniões públicas, por muita contestação que haja ou não haja.
4) Os serviços de informação estão na posse de dados que o grande público não está e que eventualmente os chefes de Estado estão totalmente ou parcialmente.
5) A observação de alguns pormenores politicos ou factos politicos a nú é importante para o cidadão formar alguma opinião, autónoma das opiniões dos analistas/pseudo analistas, comentadores/pseudo-comentadores, opinion makers/pseudo opinion makers.
Comentário ao ponto 5 (cito o seguinte exemplo como facto político importante):
Muita opinião estava assente de que os USA tinham intenções de expandir o império (essencialmete comunistas e intelectuais da esquerda francesa e outros) quando da guerra na Sérvia/Kosovo.
Esta guerra teve um inicio inesperado, nomeadamente a ONU não foi tida nem achada. Foi mais em função de uma Nova Ordem Mundial (na minha opinião: Pseudo Nova Ordem Mundial, porque não é assim que se inicia e se pretende criar uma N.O.M. e ainda por cima, tendo como pilar complementar a NATO, uma organização militar que nem todos os Estados da Europa pertencem, quanto mais os Estados da ONU).
Quando os USA mais recentemente recusaram ractificar o TPI (Tribunal Penal Internacional) e ameaçaram retirar as tropas existentes na Bósnia e na Sérvia/Kosovo e outras zonas, se não obtivessem um regime de excepção no TPI, foi (para mim, evidentemente) a prova irrefutável de que não havia intenções imperialistas por parte dos USA, nessa zona ou noutras zonas onde operam soldados norte-americanos. E nessa zona dos Balcãs, tal como foi muito badalado por alguns media e analistas por alturas da guerra do Kosovo, também existe petróleo (zona do mar Cáspio).
Não deixa de ser interessante, que toda esta EUROPA, recolheu os "ditos cujos" para o interior das pernas... conformou-se e calou-se (quanto à ameaça norte-americana de retirar as tropas dos territórios ocupados ilegalmente (porque a guerra foi ilegal, do ponto de vista do direito internacional).
Não percebi, não compreendi.

A força ocupante ofereceu uma oportunidade destas sem nada em troca e a Europa não aproveitou?
Será que nesta ocasião, quando as tropas ocupantes se ofereceram para retirar incondicionalmente, já não existia petróleo? Como assim? Desapareceu? Não tem lógica!
Os comunistas e intelectuais da esquerda francesa (agora, muitos deles transformados (para mim) em pseudo-intelectuais de esquerda) nem um múrmurio se ouviu, nessa altura, quanto ao tal imperialismo expancionista. (deviam ter-se organizado em festas a comemorar a possivel desocupação ilicita da Europa pelas tropas norte-americanas).
Sintetizando:
1) Durante a guerra do Kosovo, era o petróleo e o imperialismo expansionista dos USA, essencialmente que a esquerda intelectual acusava.
2) Quando os USA ameaçaram retirar as tropas (ilegalmente ocupantes!) da Europa, a esquerda intelectual omite qualquer referência ao "imperialismo expansionista", o petróleo "deixa de existir" nos Balcãs e os USA são acusados de isolacionistas por essa mesma esquerda europeia!
Conclusão:
Os USA estão condenados a apanharem na cabeça quer façam quer não façam, porque são e pela primeira vez na história uma superpotência com uma influência verdadeiramente à escala planetária e por isso, muitos sectores de esquerda e de direita desta Europa, não só os invejam, como não lhes agrada que as decisões e actuações dos USA os afectem a todos, no plano Politico/Estratégico, Económico, Cultural e Militar, quer queiram quer não.
Nota Final:
Para mim, os USA são Europa com uma Administração independente.
Há quem acuse os USA de terem chacinado as populações residentes da América do Norte, nomeadamente os Indios (Miguel Sousa Tavares e outros...) e que agora homenageiam os "brinquedos de combate" com os seus nomes: "Apache", "Comanche", etc...
ERRADO: o sofrimento causado aos Indios (e consequentemente todo o sofrimento que actualmente acusam os USA de causarem) foi provocado por esta Europa (Ingleses, Irlandeses, Holandeses, etc...) que emigraram para a América do Norte há cerca de 200 e tal anos.
Foi esta Europa que chacinou os indios (residentes no continente americano) e foi esta Europa que cometeu as maiores barbaridades do séc XX - totalitarismo NAZI (Alemanha), totalitarismo Comunista (URSS) (estas barbáries já foram cometidas no continete Europeu) - e agora, apenas 50 anos depois, bem se esforçam por moralizar a Administração Independente dos USA, acusando-os de serem os causadores das desgraças deste século, dos anteriores e dos próximos!
Não é um Oceano, lá por separar o continente Europeu do continente Americano, que me convence, que os USA não são Europa.
Organicamente, culturalmente, históricamente, os USA são Europa, pena é que para certos Estados Europeus os USA tenham uma Administração Independente!
Isto é como considerar que Almada não é Lisboa e por isso os que vivem do outro lado do rio têm que pagar portagem para virem a Lisboa. Orgânicamente e do ponto de vista Urbano, Almada é Lisboa, mas as autoridades assim o não querem entender (e não o querem entender, em parte por ignorância e em parte por interesses económicos).
Por outras palavras:
Almada corresponde aos USA;
Lisboa corresponde à Europa.
Imaginem se Almada se tornasse uma metrópole independente de Lisboa (e Portugal) e fosse 20 vezes mais desenvolvida que Lisboa (e Portugal); (à escala da cidade claro!).
Caso os USA não se tivessem tornado independentes desta Europa como seria? A quem eram imputadas as desgraças dos séculos passados, presente e futuros? Será que os USA seriam assim tão desenvolvidos? Seriam assim tão polémicos? Claro que não!
A resposta está na Conclusão atrás, que volto a repetir:
Os USA estão condenados a apanharem na cabeça quer façam quer não façam, porque são e pela primeira vez na história uma superpotência com uma influência verdadeiramente à escala planetária e por isso, muitos sectores de esquerda e de direita desta Europa, não só os invejam, como não lhes agrada que as decisões e actuações dos USA os afectem a todos, no plano Politico/Estratégico, Económico, Cultural e Militar, quer queiram quer não.
O outro Estado que cometeu barbárie foi a China de Mao (o terceiro regime totalitário da história), mas a China, já não é Europa.
Para os que querem debater o "Grande Satã Norte-Americano", como consideram os muçulmanos, devem ler:
OBSESSÃO ANTIAMERICANA
de Jean-François Revel
Aqui ficam algumas imagens do poder militar/tecnológico dos USA e o texto de uma nova inovação High-Tech datada de 5 de Novembro de 2002.
Dá para avaliar o avanço tecnológico que os USA levam da Europa:
TRW News Update - TRW-Built Laser Weapon Shoots Down Artillery Projectile in Flight
High-Impact Video Footage Shows Detonation
REDONDO BEACH, Calif., Nov. 5 /PRNewswire-FirstCall/ -- Until today,
nothing could stop an artillery projectile once it was fired. Now, in a
world's first, a high-energy laser, developed by TRW (NYSE: TRW) for the U.S.
Army and the Israel Ministry of Defense, has intercepted an artillery
projectile and caused it to explode harmlessly in the air.
(Photo: http://www.newscom.com/cgi-bin/prnh/20010824/TRWLOGO )
Live action video footage of the historic shootdown by the Mobile Tactical
High Energy Laser (MTHEL) test bed at the Army's White Sands Missile Range,
New Mexico, will be available on Tuesday, Nov. 5 as indicated below. All
footage is being provided courtesy of TRW and the U.S. Army.
18:45-19:15 p.m. (EST)
Satellite Telstar 5 C-Band
Transponder 16
97 degrees West Longitude
4020 MHz Horizontal Polarity
Audio Sub-carrier 6.2/6.8
NOTE TO EDITORS: To obtain the latest MTHEL test bed news and still
images, or to obtain background information on lasers and the THEL/MTHEL
programs, please visit TRW's electronic THEL press kit at
http://www.trw.com/presskits/detailinfo/0,1067,2_12^2^12^23,FF.html.
- Anexos
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- F22 Raptor....stealth ao radar,
supersónico,
hipermanobrável....
Important: NOT FOR SALE! - F22 Raptor.gif (219.38 KiB) Visualizado 2031 vezes
-
- Daqui a 5 anos....(CVN77) USS George Bush?
USS Bill Clinton? (or USS Bill Lewinsky? hehe) - CVN77.gif (279.86 KiB) Visualizado 2025 vezes
-
- O título de primeira página podia ser: «USA entram na era laser! Parece filme de Buck Rogers.»
- Laser.gif (31.27 KiB) Visualizado 1987 vezes
-
CyberNet
http://jornal.publico.pt/2003/02/08/MilFolhas/TLENT01.html
Destaques Entrevista Revel
Os Estados Unidos tornaram-se na única superpotência e no único país com capacidade para intervir em qualquer parte do globo e são a primeira potência económica, científica ou tecnológica. Isso sucedeu porque, ao longo do século XX, a Europa se suicidou. Foi totalmente destruída em duas guerras
Não se perdoa aos Estados Unidos terem a supremacia absoluta, serem a primeira potência mundial. Vive-se mal com o facto de a França ter perdido o seu papel de grande potência
O problema dos europeus é que não propõem qualquer solução. Quando não são capazes de resolver um problema, decretam que o problema não existe
Quando se diz que a Europa deve basear-se no eixo Paris-Berlim, isso a meu ver é contra o espírito europeu, que se baseia em Estados com direitos iguais. A Europa, a 15 ou 25, não foi pensada para ser dirigida por dois países
A Europa não pode queixar-se de não ser consultada quando nem sequer tem forças armadas capazes de tomar conta da sua própria casa
Destaques Entrevista Revel
Os Estados Unidos tornaram-se na única superpotência e no único país com capacidade para intervir em qualquer parte do globo e são a primeira potência económica, científica ou tecnológica. Isso sucedeu porque, ao longo do século XX, a Europa se suicidou. Foi totalmente destruída em duas guerras
Não se perdoa aos Estados Unidos terem a supremacia absoluta, serem a primeira potência mundial. Vive-se mal com o facto de a França ter perdido o seu papel de grande potência
O problema dos europeus é que não propõem qualquer solução. Quando não são capazes de resolver um problema, decretam que o problema não existe
Quando se diz que a Europa deve basear-se no eixo Paris-Berlim, isso a meu ver é contra o espírito europeu, que se baseia em Estados com direitos iguais. A Europa, a 15 ou 25, não foi pensada para ser dirigida por dois países
A Europa não pode queixar-se de não ser consultada quando nem sequer tem forças armadas capazes de tomar conta da sua própria casa
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Publico
continuação da mensagem anterior
uma voz de um ditador, porque até concordo com uma só voz porque quem é eleito, numa democracia, tem de por em pratica as suas propostas. Liberdade dentro do respeito e ordem.
Ultima msg
Ultima msg
-
Esclarecimento
Caros participantes do caldeirão,
Fui obrigado a apagar inúmeros posts que foram escritos na última hora neste tópico. Tal como escrevi anteriormente, tenho noção que estas discussões politico-religiosas dão origem a discussões mais acaloradas e onde é mais natural que se passem as marcas permitidas aqui no caldeirão. Condescendemos até à altura em que me vi obrigado a fazer o aviso de que teríamos que apertar as malhas da censura.
Infelizmente, nas últimas horas, surgiram alguns posts de natureza meramente pessoal com fins meramente destrutivos e de ataques pessoais que não podemos tolerar.
Eu, amante da liberdade e filho da Revolução, constato uma vez mais que aqui no Caldeirão teremos que continuar a manter um apertado controlo do conteúdo dos fóruns para mantermos um ambiente de saudável troca de ideias. Odeio a censura mas, infelizmente, parece que temos que continuar aqui a exercer no caldeirão.
Peço desculpa às pessoas que escreveram alguns posts que foram apagados e nada tinham de incorrecto mas, depois dos posts insultuosos terem sido apagados, as mensagens de resposta ficavam completamente "non sense".
Desde a primeira hora em que tive a ideia de criar o caldeirão, prometi a mim mesmo que neste fórum não havia lugar para insultos pessoais, críticas meramente destrutivas e tentativas de destabilização de quem quer que seja.
Já fomos bastante criticados pelo excesso de rigor na forma como controlamos o fórum, apagando mensagens que - para alguns - não eram censuráveis. Aceito as críticas mas mantenho a minha convicção de que só assim é possível criar um ambiente em que todos se sintam sem medo de escrever...
Não me importo que nos chamem ditadores, desde que consigamos continuar a fazer do caldeirão o palco ideal para a discussão sobre os mercados e sobre tudo aquilo que os faz mover.
Boa noite!
Ulisses
Fui obrigado a apagar inúmeros posts que foram escritos na última hora neste tópico. Tal como escrevi anteriormente, tenho noção que estas discussões politico-religiosas dão origem a discussões mais acaloradas e onde é mais natural que se passem as marcas permitidas aqui no caldeirão. Condescendemos até à altura em que me vi obrigado a fazer o aviso de que teríamos que apertar as malhas da censura.
Infelizmente, nas últimas horas, surgiram alguns posts de natureza meramente pessoal com fins meramente destrutivos e de ataques pessoais que não podemos tolerar.
Eu, amante da liberdade e filho da Revolução, constato uma vez mais que aqui no Caldeirão teremos que continuar a manter um apertado controlo do conteúdo dos fóruns para mantermos um ambiente de saudável troca de ideias. Odeio a censura mas, infelizmente, parece que temos que continuar aqui a exercer no caldeirão.
Peço desculpa às pessoas que escreveram alguns posts que foram apagados e nada tinham de incorrecto mas, depois dos posts insultuosos terem sido apagados, as mensagens de resposta ficavam completamente "non sense".
Desde a primeira hora em que tive a ideia de criar o caldeirão, prometi a mim mesmo que neste fórum não havia lugar para insultos pessoais, críticas meramente destrutivas e tentativas de destabilização de quem quer que seja.
Já fomos bastante criticados pelo excesso de rigor na forma como controlamos o fórum, apagando mensagens que - para alguns - não eram censuráveis. Aceito as críticas mas mantenho a minha convicção de que só assim é possível criar um ambiente em que todos se sintam sem medo de escrever...
Não me importo que nos chamem ditadores, desde que consigamos continuar a fazer do caldeirão o palco ideal para a discussão sobre os mercados e sobre tudo aquilo que os faz mover.
Boa noite!
Ulisses
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