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Caldeirão da Bolsa

Entre o Previsível e o Provável

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Esclarecendo

por JAS » 9/2/2003 4:59

JN Escreveu:O JAS disse:
“Num daytrading a AF não tem qualquer importância…”
“Não devemos também cair no vício de utilizar a AT e apenas a AT para tudo e para todos os títulos. A sua validade é indiscutível para títulos de elevado volume onde a capacidade de intervenção de um qualquer investidor se dissolve no global da negociação.”
Amigo JAS, não concordo. Se a AT é uma boa ferramenta no longo, também o é de certo no curto.


Amigo JN,
Podia ter optado por te enviar uma MP mas optei por esta via pois achei que o esclarecimento tinha interesse geral.

Quando disse que "num daytrading a AF não tem qualquer importância", e disse ainda "Num investimento de curto prazo a sua influência também é mínima", eu nem sequer falei da AT.
Portanto, não podes discordar de coisas que eu não disse... Não me prionunciei se considerava que a AT era ou não uma boa ferramenta no curto prazo.

Mas voltemos ao assunto. Em termos de daytrading ou mesmo de curto prazo eu apenas pretendi transmitir a ideia que num trade, desse tipo, os fundamentais da empresa não interessam para nada. Pode ser um bom investimento entrar numa empresa à beira da falência...
E, em geral, a minha decisão de entrada é ditada pela AT com todas as ressalvas que fiz sobre a liquidez dos títulos.
Mas como tu bem dizes, no curto prazo a bolsa é, muitas vezes, um jogo. E eu acrescento que, nos títulos sem liquidez, é um jogo onde é permitido fazer bluff. Por isso entro muitas vezes nessas "sessão de poker" apenas por "feeling" ou baseado no aparecimento de rumores.
Mas num mercado a sério, com liquidez, não tenho qualquer dúvida em dizer que apenas utilizaria a AT no curto prazo.

Um abraço,
JAS
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por JN » 9/2/2003 1:51

Não querendo menosprezar as ideias aqui expostas pelo Marco António, duma forma muito inteligente como vem sendo seu apanágio, quero no entanto dar uma achega. Penso que o JAS andou perto do que eu quero dizer mas há coisas com que eu não concordo.

Normalmente que o vulgar investidor inexperiente quer ver respondido são coisas como:
-Terei eu que aprender AT se quero ganhar dinheiro nos mercados?
-Terei eu que tirar um curso de economia para ter os conhecimentos de análise fundamental suficientes par ganhar na bolsa?
-Ou será que bons conhecimentos de AT com uma ajuda dos fundamentais de conhecimento comum, serão suficientes para passar a ser um trader ganhador?

O JAS disse:
“Num daytrading a AF não tem qualquer importância…”
“Não devemos também cair no vício de utilizar a AT e apenas a AT para tudo e para todos os títulos. A sua validade é indiscutível para títulos de elevado volume onde a capacidade de intervenção de um qualquer investidor se dissolve no global da negociação.”

Amigo JAS, não concordo. Se a AT é uma boa ferramenta no longo, também o é de certo no curto. Para mim o importante é compreender o seguinte:

Há vários tipos de intervenientes no mercado. E em determinados períodos há excesso de uns em detrimento de outros, sendo este um assunto longo, para aprofundar noutra altura.

Para mim Daytrading não é investimento mas sim divertimento, jogo e profissão. Há que ganhe e perca ao jogo e não há que ter preconceitos nem complexos em relação a isso.
Aos que se estão a contorcer digo-lhes que a maior parte dos daytraders no mercado são empregados e têm um salário. Os seus patrões não perdem mesmo que eles percam…
Quando um trabalho não nos corre bem o culpado mais comum é a ferramenta (AT).

No médio e no longo prazo o problema é outro. Muitas pessoas são capazes de colocar um tijolos em cima uns dos outros e fazer um pequeno muro, mas construir uma Muralha da China não é para todos.
O que quero dizer é que a ferramenta (a AT) pode ser a mesma. A predisposição, o auto controle, a disciplina, a presistencia, etc. têm de ser outras. Um trabalho de fundo não é um êxito apenas porque temos a ferramenta base (a AT) bem oleada. Se o trabalhador não for experiente, metódico e organizado, se não estudar a melhor forma o melhor timing para o executar…

Todos os activos desde que o seu preço mexa podem dar mais-valias. Só para não ir mais longe, eu digo que na maior parte das acções que compõem o PSI20 é muito difícil conseguir ganhos mesmo que se utilize a melhor forma.

Bem, para concluir;
1º O que temos para investir?
2º Como vamos gerir este negócio?
3º Não esqueçamos as contas às despesas, elas são inúmeras. Em alguns casos só as taxas e comissões são de veras limitadoras.
3º Vamos aprender a escolher quais e quantos produtos vamos negociar.
4º Cada um tem a sua personalidade, logo vamos estuda-los primeiro.
5º Agora podemos escolher e estudar a ferramenta mais apropriada.
6º Vamos treinar antes de entrar a sério. Vamos treinar a nossa mente!!!

Penso ter dado uma ideia de que neste negócio para além da AT e AF há muitos outros factores de maior importância que geralmente não são tidos na devida conta.

Um abraço aos intervenientes.
Um abraço
JN
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Re: Entre o Previsível e o Provável

por MarcoAntonio » 9/2/2003 0:42

JAS Escreveu:A Análise Tecnica, em si e em teoria, é objectiva. A interpretação dos gráficos é que será subjectiva e, como tal, pode conduzir a visões nitidamente diferentes.


Era precisamente essa a ideia que eu pretendia transmitir no meu texto, JAS. Embora a análise técnica, em teoria, seja e se queira objectiva, tal objectivo é difícil de conseguir, em grande parte porque o Analista está sujeito à influência de factores externos ao gráfico.

Eu abordei apenas esse factor de subjectividade porque o tema do artigo era a validade da AT enquanto ferramenta isolada e o interesse ou não de conjugar a AT com outras ferramentas. No entanto existe outro factor de subjectividade mais difícil de avaliar: tem a ver com as definições da AT e com a própria forma de interpretar o gráfico, dado que a AT se devide em muitas subdisciplinas e mesmo dentro de cada uma delas as definições deixam espaço de manobra para diversas interpretações. Esta falta de linearidade e por vezes alguma falta de tangibilidade acaba por transformar uma disciplina que se pretende objectiva em algo iminentemente subjectivo. Ou seja, quer-se objectiva mas acaba sempre subjectiva.
:mrgreen:

Isto parece um pouco absurdo, dito assim, mas repara: a objectividade é um conceito subjectivo!... Imagina um árbitro de futebol que toma uma decisão «polémica». Mesmo que a decisão tenha sido objectiva (do ponto de vista dele), tal é impossível de determinar para «olhos externos». Só podemos determinar (e algumas vezes com grande dificuldade) se a decisão foi correcta ou não. No entanto, não sabemos a razão pela qual ele tomou a decisão. Pode ter tomado a decisão correcta pelas razões erradas!... E até pode ter tomado a decisão errada pelas razões correctas!...

Em resumo, apesar de existirem regras relativamente claras, as decisões do árbitro querem-se objectivas mas acabam sempre sendo subjectivas (e sujeitas à avaliação de cada um de nós). Mais uma vez, a aptidão, capacidade e sensibilidade do árbitro entra em jogo (nem todos terão as mesmas aptidões para serem árbitros).

Mas creio que a tua frase resume bem a ideia que pretendia transmitir: a Análise Tecnica, em si e em teoria, é objectiva. A interpretação dos gráficos é que será subjectiva e, como tal, pode conduzir a visões nitidamente diferentes.

Em alternativa, podemos distinguir a Análise Técnica enquanto disciplina e a análise técnica enquanto exercício:

:arrow: A Análise Técnica enquanto disciplina é objectiva.

:arrow: A análise técnica enquanto exercício é subjectiva.

Agradeço entretanto as palavras amáveis que vão colocando, mas confesso que o maior conforto que obtenho com estes posts é saber que aparece sempre alguém (ou melhor, vários alguéns) que contribui(em) com ideias e opiniões interessantes. Tento trazer a discussão aspectos importantes do trading e do investimento e só com a contribuição dos restantes participantes do fórum estes artigos podem realmente ter utilidade. Caso contrário, estaria a falar para os peixinhos...
:mrgreen:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Entre o Previsível e o Provável

por JAS » 8/2/2003 22:53

MarcoAntonio Escreveu:Se a Análise Técnica é iminentemente subjectiva, já que nem todos avaliam o mesmo gráfico da mesma forma, tal deve-se à forma mais ou menos objectiva como cada um avalia o gráfico. Este é o grande problema que torna difícil avaliar da validade e eficácia da Análise Técnica em geral - raramente dois analistas defendem o mesmo perante o mesmo gráfico :arrow: A diferente leitura deriva da forma mais ou menos objectiva com que a mesma foi realizada.

Julgo que te enganaste ao escrever e que há por aqui uma troca do "subjectivo" com "objectivo".
A Análise Tecnica, em si e em teoria, é objectiva. A interpretação dos gráficos é que será subjectiva e, como tal, pode conduzir a visões nitidamente diferentes.

MarcoAntonio Escreveu:Em tom de resumo, depende da auto-avaliação do investidor e da avaliação dos dados e ferramentas de que dispõe, a conclusão se deverá recorrer em exclusivo à Análise Técnica ou se deverá conjugar a Análise Técnica com outras ferramentas de que dispõe ou ainda se deve pura e simplesmente ignorar a Análise Técnica.

Julgo que aqui o investidor deve começar por definir o seu timing de investimento.
Num daytrading a AF não tem qualquer importância. Num investimento de curto prazo a sua influência também é mínima. Mas num investimento de médio/longo prazo julgo que deve atender à AF por uma razão muito simples. Seja qual for a cotação a que esteja um título, e se essa empresa estiver em falência tecnica, a sua cotação tenderá para zero por muitos saltos que dê pelo caminho. E em sentido contrário tenderá a mover-se uma empresa com bons lucros.
Com isto não estou a dizer que não se deva usar a AT para investimentos de longo prazo. Pelo contrário, a partir do momento em que se resolve investir, baseados na AF, em determinado título deverá escolher-se o momento oportuno para o fazer. E para isso utilizamos, muito naturalmente, a AT.

Não devemos também cair no vício de utilizar a AT e apenas a AT para tudo e para todos os títulos. A sua validade é indiscutível para títulos de elevado volume onde a capacidade de intervenção de um qualquer investidor se dissolve no global da negociação.
A aplicação da AT para justificar a entrada em Small Caps, e em muitos dos títulos do nosso PSI, é um erro bastante comum. Porque nestes títulos não é preciso ser nenhum tubarão para conseguir "modificar ou fabricar" o gráfico, qualquer carapau o consegue... Mas também não advogo que não se olhe para a AT quando, por qualquer outra razão, resolvemos entrar num destes títulos. Sem dúvida que a AT nos pode dar indicações porque podemos ter a certeza que haverá muitos olhos a olharem para ela "cegamente" e podemos aproveitar esse facto...

Para terminar devo dizer que considero esta série de artigos do Marco António muito interessantes. E muito oportunos também pois obrigam-me sempre a reflectir nas minhas próprias regras de trading...

Um abraço,
JAS
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por MC » 8/2/2003 22:09

Concordo com o exposto Marco António.
Estas tuas intervenções aos fds andam com mais "substrato". Menor quantidade, ainda melhor qualidade.
Um grande abraço Marco António.
 
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por Flying Turtle » 8/2/2003 22:00

MarcoAntonio

Excelentes as tuas reflexões! :)

É para mim evidente que a AT não "comanda o mercado" - se o fizesse o mercado seria totalmente determinístico e como tal tenderia a deixar de existir - todos acabariam por se posicionar do mesmo lado...

Mas, resultando a AT da análise do comportamento das multidões (as multidões de investidores que não constituem o big money, claro), natural será que consiga estimar, com razoável grau de probabilidade (que não certeza, claro) os movimentos que determinado título poderá vir a ter face à aproximação, ou à passagem, de certas singularidades. Porquê? Porque há uma multidão de investidores atenta a pontos referenciais (já aqui falaste, e muito bem, da necessidade que as pessoas sentem de ter referências a que se possam "agarrar") e que, quando os mesmos são tocados ou passados, tendem "sistematicamente" a proceder de determinada maneira.

Não é por acaso que facilmente observamos uma concentração de ordens, de compra ou de venda, nos valores mais "redondos" (desde logo os múltiplos de 5 cêntimos). São valores que muitos investidores consideram como referenciais apropriados para comprar ou vender. "Se chegar a ... vendo", se baixar até ... compro"...

Apenas quis deixar este comentário para tentar fazer a diferença entre a capacidade a AT para comandar o mercado e a sua capacidade para ser um "proxy" apropriado para, na maior parte das vezes, interpretar o mercado e apontar o sentido que o mesmo tomará com maior probabilidade.

Um abraço
FT
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Entre o Previsível e o Provável

por MarcoAntonio » 8/2/2003 21:33

Entre o Previsível e o Provável

Quis com o meu último artigo defender que o mercado segue um rumo aleatório ou que a Análise Técnica tem pouca validade ou margem de manobra?

Nem pouco mais ou menos!... Sería no mínimo estranho para um investidor que recorre quase em exclusivo à Análise Técnica para realizar os seus investimentos, como é o meu caso. Pretendi antes balizar a minha opinião entre duas posições extremadas que vão da defesa da pouca ou nenhuma validade da AT à crença absoluta na mesma como se esta regisse o mercado no seu todo, atribuindo-lhe uma capacidade predictiva aparentemente indiscutível.

Não entendo a análise técnica como um mecanismo de previsão. É certo que é assim que esta é normalmente entendida e classificada. No entanto, creio que o futuro de um título ou do mercado em geral não depende da A.T. mas de factores externos e de acontecimentos imprevisíveis (fundamentais, macro-economia, situação política, expectativas e sentimento do mercado... e até, notícias e rumores). São estes os factores que na minha opinião movem os títulos e o mercado em geral. Mas a questão coloca-se na nossa capacidade para avaliar esses factores, os quais interagem entre eles aumentando a complexidade da análise, e portanto de utilizarmos o nosso conhecimento sobre eles no trading.

A minha perspectiva é a de que a AT permite considerar cenários prováveis e perante esses cenários podermos preparar/planear o trading (em exclusivo) ou juntamente com outras ferramentas, melhora-lo em termos de <i>timing</i>.

Mesmo que acreditemos no Random Walk e na Teoria do Mercado Eficiente e que consideremos a validade dos Fundamentais para a avaliação do real valor dos activos ou para a determinação do que está sobre ou subavaliado, um facto é evidente: os activos mantêm-se por significativos períodos de tempo afastados dessas referências.

A AT funciona assim como um <i>shortcut</i> poupando elaborados trabalhos que não estão sequer ao alcance de todos os investidores, ou porque não têm conhecimentos em economico-financeiros suficientes para avaliar os fundamentais, ou porque não têm acesso a informação «de qualidade» e em tempo útil, ou ainda porque não estão na génese dos rumores mas antes são os seus alvos predilectos.

Ou seja, à falta de ferramentas que lidem com as <b>causas</b> poderemos recorrer à AT avaliando as <b>consequências</b> visíveis nos gráficos:

As realidades económicas e políticas, o sentimento do mercado em geral e a actuação dos diversos intervenientes do mercado reflecte-se obrigatoriamente nas cotações e nos volumes. Afirmar que a Análise Técnica não tem qualquer validade é o mesmo que afirmar que os gráficos da cotação e do volume não contêm qualquer informação útil, o que é no mínimo absurdo.

Sou da opinião ainda que a eficácia da Análise Técnica depende muito da capacidade e sensibilidade do Analista. Em parte é uma arte, sim. Da mesma forma que nem todos têm a mesma aptidão para os mesmos desempenhos, nem todos terão a mesma aptidão para detectar suportes, resistências, linhas de tendência, as próprias tendências, o comportamento do volume, padrões e respectivas validades, etc. Obviamente, não é nada que não se melhore com estudo e treino, pelo que não estou a defender que a Análise Técnica seja só para alguns. Mas que alguns a compreendam melhor ou a consigam utilizar com melhores resultados, parece-me natural e coerente com a generalidade das actividades humanas.

Se a Análise Técnica é iminentemente subjectiva, já que nem todos avaliam o mesmo gráfico da mesma forma, tal deve-se à forma mais ou menos objectiva como cada um avalia o gráfico. Este é o grande problema que torna difícil avaliar da validade e eficácia da Análise Técnica em geral - raramente dois analistas defendem o mesmo perante o mesmo gráfico:

:arrow: A diferente leitura deriva da forma mais ou menos objectiva com que a mesma foi realizada. Se um analista parte para a análise do gráfico com ideias pré-concebidas com base em factores externos ao gráfico (fundamentais, macro-economia, sentimento do mercado, notícias ou rumores), quanto menos objectiva for a análise, mais <i>biased</i> serão as conclusões da análise. De certo forma considero que a Análise Técnica perfeita é a análise que resulta de uma objectivade absoluta (análise com base única e exclusivamente nos preços e volumes) sem qualquer influência externa de qualquer ordem. Digo de certa forma porque coloco reservas quanto à maior ou menor eficácia dessa mesma análise técnica, porque em última instância a análise técnica não prevê o futuro. A maior ou menor eficácia de uma análise «menos objectiva» deverá depender naturalmente da maior ou menor qualidade da informação que influência a análise.

Por outro lado, a AT tem-se vindo a expandir abrangendo por exemplo a análise do sentimento do mercado, perdendo parte dessa pureza e inocência na análise exclusiva das cotações e preços. Tal deve-se a uma evolução natural dado que um dos grandes fundamentos da Análise Técnica é a defesa da repetição de padrões gráficos que reflectem padrões comportamentais. Os padrões comportamentais têm raízes na psicologia e em particular no caso do mercado na psicologia do investidor. Não sendo o aspecto central de hoje, refiro-me apenas para a naturalidade da evolução da Análise Técnica no sentido de abranger a análise de sentimento do mercado de onde nasceram diversos indicadores.

Em tom de resumo, depende da auto-avaliação do investidor e da avaliação dos dados e ferramentas de que dispõe, a conclusão se deverá recorrer em exclusivo à Análise Técnica ou se deverá conjugar a Análise Técnica com outras ferramentas de que dispõe ou ainda se deve pura e simplesmente ignorar a Análise Técnica.

Naturalmente, os resultados passados e a consistência do trading terão uma palavra a dizer quanto à via a seguir.

Eu já escolhi a minha... E você?
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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