Cimenteiras - Consultando a Bolinha de Cristal...
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Saíram estas 2 notícias durante a semana que não são muito animadoras para a indústria cimenteira...
Entretanto a guerra, e as passagens, na Semapa parece terem entrado em compasso de espera e eu aproveitei para reduzir a minha posição longa. Para reentrar, segundo espero, um pouco mais abaixo...
Entretanto a guerra, e as passagens, na Semapa parece terem entrado em compasso de espera e eu aproveitei para reduzir a minha posição longa. Para reentrar, segundo espero, um pouco mais abaixo...
Negócios.pt - 2003-02-17 19:04 Escreveu:Holcim não quer vender Cimpor
Os lucros da Holcim terão caído 40% em 2002 para os 396 milhões de euros, devido à constituição de uma provisão de 82 milhões de euros devido a processos judiciais. Apesar das dificuldades financeiras, a cimenteira rejeita qualquer intenção de alienar acções da Cimpor.
Os resultados líquidos da cimenteira suíça que controla 5% da Cimpor caíram 8,3% em 2001 devido ao abrandamento da procura e subida dos custos com a modernização de fábricas. Os lucros atingiram, em 2001, os 555 milhões de euros.
(...)
A queda dos lucros da Holcim é também explicada pela «desvalorização de taxas de câmbio do franco suíço face ao euro».
Contactada pelo Negocios.pt, fonte oficial da Holcim descartou qualquer intenção de alienar os seus actuais 5% no capital da Cimpor, situação que poderia ser equacionada face à actual depressão dos resultados. A venda de activos não estratégicos é utilizada pelas empresas para recuperarem as contas das actividades.
«Os nossos resultados não são assim tão desesperadamente maus para termos intenção em vendemos as acções na Cimpor», acrescentou a mesma fonte.
A alienação da posição na Cimpor «não é um assunto que esteja a ser discutido neste momento», destacou a mesma fonte.
No ano passado, a Holcim reduziu a sua posição de 10% para metade no capital da Cimpor, por considerar que aquela participação tinha deixado de ser estratégica para o grupo suíço.
O grupo lutou pelo controlo da cimenteira nacional liderada por Pedro Teixeira Duarte, tendo mesmo lançado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), em conjunto com a Semapa, que atingiu os 23,50 euros por acção.
Depois da tomada de posse do novo conselho de administração liderada pela Teixeira Duarte, a Holcim, que mantinha processos judiciais contra aquela gestão, desistiu dos mesmos, reduzindo para 5% os direitos na Cimpor, considerando que a venda das acções permitiria ao grupo investir no seu core business.
As acções da Cimpor encerraram nos 16,11 euros a subir 0,06%.
Por Bárbara Leite
AgênciaFinanceira - 2003-02-17 18:18 Escreveu:Semapa é mais afectada por quebra no consumo de cimento
As perspectivas para o mercado cimenteiro continuam desanimadoras. De acordo com os analistas contactados pela AgênciaFinanceira, o consumo de cimento vai continuar em forte queda em 2003 e 2004, podendo mesmo chegar a registar uma quebra acumulada nestes dois anos de mais de 10%.
De acordo com a analista do BSN, Margarida Fialho, «antevê-se, novamente, para este ano uma forte queda no consumo de cimento em Portugal. O ano passado, segundo os dados da AECOPS, o consumo desceu 6,4% e as expectativas continuam a não ser boas nem para 2003, nem para 2004».
«A actividade na construção continua fraca, espera-se algum relançamento durante o ano, mas o crescimento do out put do sector da construção deverá continuar negativo. Perspectiva-se uma quebra do sector da construção de 2% e tendo em conta que grande parte das obras vão ser concessões rodoviárias, novas auto-estradas, que consomem pouco cimento, prevemos que o cenário central seja de uma queda do consumo de cimento este ano entre 5 e 6%» refere ainda a mesma analista, adiantando que «no próximo ano também não se prevê nenhuma reanimação. Se olharmos para a estrutura do consumo de cimento verificamos que ele depende muito do sector residencial. E apesar de se prever uma reanimação das obras públicas, a parte residencial deve continuar a cair. Logo estimamos uma nova quebra do consumo de cimento na casa dos 4 a 5%, em 2004. Isto significa que estamos a falar de uma quebra acumulada nos próximos dois anos que poderá ser superior a 10%».
Um sentimento que é partilhado pela analista do BES Investimento, Margarida Mira, e por um outro analista que preferiu não ser identificado. Para Margarida Mira «os dados que saíram sobre as vendas de cimento surpreenderam pela negativa, o que leva a concluir que o abrandamento do investimento terá sido muito mais forte no último trimestre. Por outro lado, dado que não há indicadores económicos que nos dêem garantias que tenha havido uma melhoria neste primeiro mês de Janeiro, e o facto dos indicadores de confiança continuarem muito baixos, dá para prever o pior para o mercado cimenteiro nacional» refere, acrescentando que desta forma, «as cimenteiras têm motivos para se preocupar com a invasão do mercado. As importações de cimento estão a aumentar, e esta situação aliada à forte queda da procura em Portugal é preocupante. Ainda não temos as nossas estimativas para 2003, mas, com certeza, que quer em termos de resultados quer em termos de valor, vai haver aqui um impacto. Logo, as nossas estimativas deverão ser revistas em baixa».
Também para o outro analista «a tendência de queda vai-se manter, não existem sinais que levem a crer o contrário. Para já, as estimativas que temos apontam para uma descida do consumo (de cimento) de 5% este ano».
Semapa com maior exposição no mercado nacional será mais afectada
A analista do Santander também admite que «este é um cenário preocupante sobretudo para a Semapa, que tem uma exposição muito maior a Portugal que a Cimpor. Cerca de 90% das vendas da Semapa são feitas em Portugal e portanto será com certeza mais afectada». Ainda assim, «as nossas avaliações para as empresas já reflectem este cenário», acrescenta.
De qualquer forma, queda do consumo à parte, «na Semapa, depois da aquisição da posição da Secil aos minoritários, as capacidades de investimento da empresa também ficam um bocado limitadas nos próximos dois a três anos. Caso contrário começa-se a entrar em níveis de dívida insustentáveis», refere por seu lado Margarida Mira.
Já na Cimpor, a contribuir está o facto «de certa maneira, as aquisições da empresa no estrangeiro terem sido para precaver este possível abrandamento do mercado português, porque não se espera que o ritmo de investimento em infra-estruturas continue tão intenso como até aqui. Sublinhe-se, no entanto, que a situação não é de todo assustadora e que isto não quer dizer que pelo facto do mercado estar mais fraco as empresas decidam começar a fazer alienações» refere ainda a analista do BES.
O que pode acontecer é que tendo em conta que «Portugal continua a ser o mercado da Cimpor que actualmente liberta mais cash-flow, é natural que, face à conjuntura, se abrande o ritmo de expansão da empresa», acrescenta a mesma analista.
Um abrandamento que leva a outras alternativas. Margarida Fialho refere no que diz respeito à politica de expansão da Cimpor que «é, no entanto, possível que venha a haver mais alguma realocação de activos, mas para já penso não estar nada na mira da empresa. De qualquer maneira, em termos de crescimento orgânico, a Cimpor já anunciou planos de expansão da sua capacidade actual nalguns países (Brasil, Egipto por exemplo) que lhe permitirão continuar a crescer mesmo sem novas aquisições».
De referir ainda que, segundo os analistas, não se prevêem no curto prazo alterações significativas no sector cimenteiro nacional, apesar de admitirem que a partir do segundo trimestre de 2004, quando a Teixeira Duarte poder mexer na posição adquirida na última privatização da Cimpor, ser provável que se venham a registar alterações accionistas, nomeadamente com o reforço da Lafarge na cimenteira nacional.
Por Mónica Freilão
JAS Escreveu:Estes economistas... O cimento não se armazena, não se guarda em stock. Pela simples razão de que mesmo em sacos fechados se estraga. Pelos números dá ideia que em 2001 produziu tanto como a capacidade instalada o que é sinónimo de eficiência.
ehehehhehe Aceito a crítica JAS. Nada como um Enginheiro para nos ensinar estas coisas ehehhehehe. O meu pronunciamento baseia-se simplesmente no facto das contas anuais da Secil apresentarem em 2001 uma variação da produção negativa em €1.016.072 contrariando a evolução positiva registada no exercício anterior e que se tinha cifrado em €876.622. Estes valores referem-se a variações de stocks. Bom, os valores que eu tinha utilizado eram os consolidados da Secil. Reportando-me apenas a Portugal propriamente dito temos os seguintes valores JAS:
---> 2000: Produção 4001 mton Vendas 3966 mton (MI) + 42 mton (ME) = 4008 mton
---> 2001: Produção 3871 mton Vendas 4035 mton (MI) + 45 mton (ME) = 4080 mton
Ora, as diferenças registadas entre produção e vendas foram as seguintes: 2000---> -7 mton 2001---> -209 mton. Logo, vendas em quantidade superior à produção apenas poderão ter origem em stocks ou em terceiros. Mas isto é apenas uma questão de pormenor. Quanto ao resto a eficiência para estar maximizada o que só abona a favor da Secil, logo da Semapa.
Quanto aos dados constantes no DE o que é pena é esses sites não fazerem o update da informação das empresas. Por exemplo, diz que o PER da Semapa foi de 12.80 em 2001, o que é verdade tendo em consideração a cotação de fecho do ano de 2001 nos €4.74 e do EPS de 0.37 por acção naquele exercício. Isto apesar do mercado, à data, desconhecer qual o EPS que a empresa iria apresentar. Dos 12.80 para os actuais 8.08 vai uma grande distância. Mas JAS, mais uma calinada minha eventualmente, se considerarmos só cimento essa área de negócios representa mais de 50% da Semapa. Se lhe juntarmos o betão já fica próximo dos 90%.
Estou com uma grande curiosidade quanto aos resultados da Semapa. No ano passado o EPS "saltou" +104.9% do terceiro trimestre para o quarto, em parte devido à alteração verificada no IRC. Ora presumindo que esta situação não será recorrente, será pouco provável que o EPS da Semapa registe um aumento tão substancial no último trimestre de 2002. Neste caso qual será o número final? Manterá a Semapa o pay-out ratio de 26.8%? Dividendo entre os €0.07 e os €0.10, logo um dividend yield de 2.3 a 3.3% à cotação actual? São apenas algumas questões retiradas de uma leitura não muito aprofundada dos dados da Semapa.
Que diz JAS? Algum outro dado que deva ser aduzido a estas considerações?
Um abraço,
Provedor
Re: Comentários ao post do Provedor - Semapa
Provedor Escreveu:No caso concreto da Secil o que parece é que terá atingido o nível de produção máximo de acordo com a capacidade instalada. Note-se que a mesma em 2001 era de 5.006.000 ton para vendas de 5.001.000 ton no mesmo ano. Olhando para trás retiram-se duas conclusões: ou a Secil tinha stocks que lhe permitiram fazer face à procura ou teve que importar cimento. Em 2001 as importações de cimento rondaram 1 milhão de toneladas....
Estes economistas... O cimento não se armazena, não se guarda em stock. Pela simples razão de que mesmo em sacos fechados se estraga.
Pelos números dá ideia que em 2001 produziu tanto como a capacidade instalada o que é sinónimo de eficiência.
Provedor Escreveu:Debrucei-me apenas sobre a Secil, fatia de leão da Semapa, já que os dados existentes sobre a Semapa são parcos.
É uma fatia de leão mas não chega a 50%. Encontras os dados de 2001 da Semapa no Diário Económico:
http://www.iol.pt/centros/economiaefina ... SEM0AE0004
Um abraço,
JAS
Re: Comentários ao post do Provedor - Semapa
JAS Escreveu:Não fui ver a evolução da Cimpor no mesmo período mas parece-me evidente que a nossa entrada na Europa teve como consequência a possibilidade de importar cimento de Espanha. Pode-se argumentar que também nos permitiu exportar cimento para Espanha mas, mesmo assim, julgo que o saldo é negativo para Portugal.
No caso concreto da Secil o que parece é que terá atingido o nível de produção máximo de acordo com a capacidade instalada. Note-se que a mesma em 2001 era de 5.006.000 ton para vendas de 5.001.000 ton no mesmo ano. Olhando para trás retiram-se duas conclusões: ou a Secil tinha stocks que lhe permitiram fazer face à procura ou teve que importar cimento. Em 2001 as importações de cimento rondaram 1 milhão de toneladas.
JAS Escreveu:Aqui tem mais significado dizer que a SEM apresentou um aumento de vendas de cimento de apenas 3,5% em 2001 mas que aumentou as suas vendas globais em 10% nesse mesmo ano. E daqui conclui-se que os outros sectores, que já representam mais de 50% do volume de vendas, tiveram uma evolução muito mais positiva.
E convém também verificar que aumentou nesse ano os resultados em 30%...
Debrucei-me apenas sobre a Secil, fatia de leão da Semapa, já que os dados existentes sobre a Semapa são parcos. Com a prestação de contas da Semapa disponível é notória a melhoria dos resultados, sem dúvida. Veja-se os resultados do 3º Trimestre de 2002: resultados líquidos +22.48% relativamente a 2001. Mas, igualmente importante, as vendas caíram de um aumento de 9.50% no primeiro semestre de 2002 comparativamente a 2001, para 3.91% nos primeiros nove meses de 2002. Por isso alguma expectativa quanto ao que aconteceu em 2002.
JAS Escreveu:Todos estes pontos estão correctos mas não me parece que tenham grande importância no computo geral. Já vimos que o "cimento" representa menos de 50% das vendas e e que o estrangeiro representa menos de 10%.
Quanto à Semapa não encontro dados. Já quanto à Secil cerca de 90% do volume de negócios é cimento+betão.
JAS Escreveu:Quando os economistas se põem a falar de "cimento" dá isto... Olham para os números mas não descobrem as razões e depois chamam-lhe "anomalias"...
Portugal sempre teve uma avançada tecnologia na construção em betão armado mas nunca teve grandes construções em aço (tirando a ponte sobre o Tejo importada dos EUA). Isto pela simples razão de que nunca fomos grandes fabricantes de aço. As estruturas em betão sempre foram muito mais baratas do que as estruturas em aço o que explica a "anomalia"...
Reportei-me apenas aos dados e comentários efectuados no Relatório e Contas da Secil de 2001.
Provedor Escreveu:Ao adquirir a participação dinamarquesa por €14.00/acção, o PER da Secil anda nos 8.50 contra os 15.69 da Cimpor e 8.08 da Semapa.
Tratou-se apenas de mais um ponto de reflexão.
JAS Escreveu:Aliás julgo que a SEM é um caso típico de não ser fiável a aplicação da AT... Basta pensar no volume que teria tido sem as passagens dos 2,5 milhões de acções.
Aqui estou dividido. A leitura do gráfico da Semapa é esclarecedor há já bastante tempo. Independentemente do volume e de todas as manipulações possíveis. Recordo-me do caso Somague, do pouco volume, e da monumental queda que se registou confirmando algumas divergências técnicas. É que o fraco volume faz também parte da vida das acções, infelizmente. O que é de acompanhar é quando o volume começa consistentemente a aumentar contrariando o status quo ante.
JAS Escreveu:Para terminar fico à espera que o nosso amigo Provedor faça o mesmo trabalhinho relativamente à Cimpor.
Ele tem muto jeito para vasculhar os arquivos e, pelo menos, enquanto andasse entretido com a CPR, não escrevia sobre o Iraque...
ehhehehehehhe prometido! Quando tiver tempo. Decidi dar uma pausa ao Iraque. ehehehhehehehe era cansativo, desgastante e tudo o que tinha a dizer já foi dito. A não ser que ando a ler a "Obsessão Americana" do Jean-François Revel. Mas antes de falar sobre ele, postarei sobre a Cimpor. ehehheheheheeh
Um abraço,
Provedor
Comentários ao post do Provedor - Semapa
Não sei onde foste recolher os dados mas não me parece muito significativo ir buscar a história desde 1997. O que vejo relativamente ao ano de 2001 parece-me mais real e com mais interesse para a evolução do título. Por outro lado embora a SEM seja associada apenas a "cimento" tem interesses no "betão pronto", "inertes", "pre-fabricados" e até na "produção de energia".
Não fui ver a evolução da Cimpor no mesmo período mas parece-me evidente que a nossa entrada na Europa teve como consequência a possibilidade de importar cimento de Espanha. Pode-se argumentar que também nos permitiu exportar cimento para Espanha mas, mesmo assim, julgo que o saldo é negativo para Portugal.
Aqui tem mais significado dizer que a SEM apresentou um aumento de vendas de cimento de apenas 3,5% em 2001 mas que aumentou as suas vendas globais em 10% nesse mesmo ano. E daqui conclui-se que os outros sectores, que já representam mais de 50% do volume de vendas, tiveram uma evolução muito mais positiva.
E convém também verificar que aumentou nesse ano os resultados em 30%...
Todos estes pontos estão correctos mas não me parece que tenham grande importância no computo geral. Já vimos que o "cimento" representa menos de 50% das vendas e e que o estrangeiro representa menos de 10%.
De qualquer forma perder dinheiro em qualquer lado é sempre mau e, se calhar, o melhor é acabar com as aventuras por esses lados. Em Dezembro de 2002 li que pensavam concorrer à privatização de 3 fábricas na Argélia mas nunca mais ouvi falar do assunto.
Quando os economistas se põem a falar de "cimento" dá isto... Olham para os números mas não descobrem as razões e depois chamam-lhe "anomalias"...
Portugal sempre teve uma avançada tecnologia na construção em betão armado mas nunca teve grandes construções em aço (tirando a ponte sobre o Tejo importada dos EUA). Isto pela simples razão de que nunca fomos grandes fabricantes de aço. As estruturas em betão sempre foram muito mais baratas do que as estruturas em aço o que explica a "anomalia"...
O negócio não parece mau de todo para a SEM mas em termos de cotação do título o que interessa mais são os lucros que a Secil gera anualmente e que se reflectirão nos resultados da SEM. Não sei se os dividendos deste ano já irão parar à SEM, ou se ainda pertencem aos dinamarqueses, mas é um ponto a averiguar.
Em termos de PER não há dúvidas que a SEM é bastante mais atractiva que a CPR. Mas a minha abordagem ao assunto prendia-se mais com a possibilidade de vendas das participações contrárias e isso, quanto a mim, pode influenciar muito mais as cotações. Mas também favorecia a SEM...
Aqui temos economistas não a falarem de cimento mas a falarem de "betão"... Do consumo "per capita" europeu já estamos esclarecidos mas passemos ao nosso "crescimento de consumo" e ao declínio do sector imobiliário.
É muito vulgar dizer-se que um dos primeiros sectores da economia a recuperar é sempre a construção. Em Portugal isso ainda é mais flagrante pois esse sector pesa mais de 10% do PIB. Pois bem se o sector não arrancar estamos mal... não serão as cimenteiras que ficarão mal, será todo o País.
Mas vamos ao consumo de cimento. Mesmo com um decréscimo do imobiliário, e até com uma contenção de algumas obras públicas, não é linear que o consumo de cimento decline. Se, por exemplo, passarmos a fazer autoestradas em betão.
Estas são muito mais duradouras, têm menor manutenção mas têm sido, até agora, de construção mais cara. Mas o seu custo pode-se tornar economicamente viável com o aumento do petróleo e consequentemente com o aumento dos produtos betuminosos... Além de que o betão incorpora, é claro, muito mais produto nacional em vez de produto importado.
(Para dar uma ideia: 1 km (apenas) de autoestrada é equivalente a mais de 100 pisos de 400m2 de vulgares edifícios de apartamentos ou escritórios)
A parte seguinte do post do Provedor, que trata da AT, não comento porque todo o meu tópico tem girado em torno de uma possível especulação sobre os títulos.
Aliás julgo que a SEM é um caso típico de não ser fiável a aplicação da AT... Basta pensar no volume que teria tido sem as passagens dos 2,5 milhões de acções.
Para terminar fico à espera que o nosso amigo Provedor faça o mesmo trabalhinho relativamente à Cimpor.
Ele tem muto jeito para vasculhar os arquivos e, pelo menos, enquanto andasse entretido com a CPR, não escrevia sobre o Iraque...
eheheheheh, Um abraço,
JAS
Provedor Escreveu:A quota de mercado da Secil no mercado nacional tem vindo a cair de 1997 até 2001 dos 39.43% para os 35.28%
Não fui ver a evolução da Cimpor no mesmo período mas parece-me evidente que a nossa entrada na Europa teve como consequência a possibilidade de importar cimento de Espanha. Pode-se argumentar que também nos permitiu exportar cimento para Espanha mas, mesmo assim, julgo que o saldo é negativo para Portugal.
Provedor Escreveu:A explicar em parte esta situação o facto das vendas ter registado uma evolução inferior ao crescimento do mercado nacional de 1997 a 2001 (2.05%/4.94%)
Aqui tem mais significado dizer que a SEM apresentou um aumento de vendas de cimento de apenas 3,5% em 2001 mas que aumentou as suas vendas globais em 10% nesse mesmo ano. E daqui conclui-se que os outros sectores, que já representam mais de 50% do volume de vendas, tiveram uma evolução muito mais positiva.
E convém também verificar que aumentou nesse ano os resultados em 30%...
Provedor Escreveu:A evolução do preço do cimento, apesar de ter registado uma evolução positiva em termos nominais (1.74% média de 1997 a 2001), tem estado a cair em termos reais;
Estrutura de vendas do Grupo Secil completamente dependente do mercado nacional o qual representa cerca de 90% da facturação total;
Forte redução dos resultados na Tunísia em 2001, faltando saber se esta situação ocorreu devido a questões pontuais e extraordinárias ou se se manteve o cenário de deterioração da empresa;
Todos estes pontos estão correctos mas não me parece que tenham grande importância no computo geral. Já vimos que o "cimento" representa menos de 50% das vendas e e que o estrangeiro representa menos de 10%.
De qualquer forma perder dinheiro em qualquer lado é sempre mau e, se calhar, o melhor é acabar com as aventuras por esses lados. Em Dezembro de 2002 li que pensavam concorrer à privatização de 3 fábricas na Argélia mas nunca mais ouvi falar do assunto.
Provedor Escreveu:Forte crescimento da procura de cimento em Portugal suplantando largamente a média da UE;
Consumo de cimento per capita superior em mais de 100% à média da UE, "anomalia" registada nos últimos cinco exercícios;
Quando os economistas se põem a falar de "cimento" dá isto... Olham para os números mas não descobrem as razões e depois chamam-lhe "anomalias"...
Portugal sempre teve uma avançada tecnologia na construção em betão armado mas nunca teve grandes construções em aço (tirando a ponte sobre o Tejo importada dos EUA). Isto pela simples razão de que nunca fomos grandes fabricantes de aço. As estruturas em betão sempre foram muito mais baratas do que as estruturas em aço o que explica a "anomalia"...
Provedor Escreveu:Aquisição dos 41.06% da Secil aos dinamarqueses por €304M com recurso a €290M em empréstimos, avaliando a Secil em €14.00/acção.
A aquisição da Secil, a ser paga pelo cash-flow gerado pela mesma, parece ser excelente.
O negócio não parece mau de todo para a SEM mas em termos de cotação do título o que interessa mais são os lucros que a Secil gera anualmente e que se reflectirão nos resultados da SEM. Não sei se os dividendos deste ano já irão parar à SEM, ou se ainda pertencem aos dinamarqueses, mas é um ponto a averiguar.
Provedor Escreveu:Ao adquirir a participação dinamarquesa por €14.00/acção, o PER da Secil anda nos 8.50 contra os 15.69 da Cimpor e 8.08 da Semapa.
Em termos de PER não há dúvidas que a SEM é bastante mais atractiva que a CPR. Mas a minha abordagem ao assunto prendia-se mais com a possibilidade de vendas das participações contrárias e isso, quanto a mim, pode influenciar muito mais as cotações. Mas também favorecia a SEM...
Provedor Escreveu:Já as perspectivas do mercado não serão as melhores. À partida, não será sustentável a manutenção quer do crescimento do consumo, quer do consumo per capita muito acima da média europeia. Com o investimento público, motor de parte do nosso crescimento económico no passado recente, em forte retracção escapando os estádios e o sector imobiliário em declínio, é natural que a procura de cimento caia nos próximos exercícios.
Aqui temos economistas não a falarem de cimento mas a falarem de "betão"... Do consumo "per capita" europeu já estamos esclarecidos mas passemos ao nosso "crescimento de consumo" e ao declínio do sector imobiliário.
É muito vulgar dizer-se que um dos primeiros sectores da economia a recuperar é sempre a construção. Em Portugal isso ainda é mais flagrante pois esse sector pesa mais de 10% do PIB. Pois bem se o sector não arrancar estamos mal... não serão as cimenteiras que ficarão mal, será todo o País.
Mas vamos ao consumo de cimento. Mesmo com um decréscimo do imobiliário, e até com uma contenção de algumas obras públicas, não é linear que o consumo de cimento decline. Se, por exemplo, passarmos a fazer autoestradas em betão.
Estas são muito mais duradouras, têm menor manutenção mas têm sido, até agora, de construção mais cara. Mas o seu custo pode-se tornar economicamente viável com o aumento do petróleo e consequentemente com o aumento dos produtos betuminosos... Além de que o betão incorpora, é claro, muito mais produto nacional em vez de produto importado.
(Para dar uma ideia: 1 km (apenas) de autoestrada é equivalente a mais de 100 pisos de 400m2 de vulgares edifícios de apartamentos ou escritórios)
A parte seguinte do post do Provedor, que trata da AT, não comento porque todo o meu tópico tem girado em torno de uma possível especulação sobre os títulos.
Aliás julgo que a SEM é um caso típico de não ser fiável a aplicação da AT... Basta pensar no volume que teria tido sem as passagens dos 2,5 milhões de acções.
Para terminar fico à espera que o nosso amigo Provedor faça o mesmo trabalhinho relativamente à Cimpor.
Ele tem muto jeito para vasculhar os arquivos e, pelo menos, enquanto andasse entretido com a CPR, não escrevia sobre o Iraque...
eheheheheh, Um abraço,
JAS
O cenário do sector das cotadas na Euronext é interessante JAS. As movimentações ocorridas só na primeira semana de Fevereiro na Semapa é intrigante. Até pela altura em que ocorreram. O que se passará?
Olhando para os fundamentais da empresa que representa o Core Business da Semapa, há alguns dados que me parecem ser algo relevantes:
---> A quota de mercado da Secil no mercado nacional tem vindo a cair de 1997 até 2001 dos 39.43% para os 35.28%;
---> A explicar em parte esta situação o facto das vendas ter registado uma evolução inferior ao crescimento do mercado nacional de 1997 a 2001 (2.05%/4.94%);
---> A evolução do preço do cimento, apesar de ter registado uma evolução positiva em termos nominais (1.74% média de 1997 a 2001), tem estado a cair em termos reais;
---> Estrutura de vendas do Grupo Secil completamente dependente do mercado nacional o qual representa cerca de 90% da facturação total;
---> Forte redução dos resultados na Tunísia em 2001, faltando saber se esta situação ocorreu devido a questões pontuais e extraordinárias ou se se manteve o cenário de deterioração da empresa;
---> Forte crescimento da procura de cimento em Portugal suplantando largamente a média da UE;
---> Consumo de cimento per capita superior em mais de 100% à média da UE, "anomalia" registada nos últimos cinco exercícios;
---> Aquisição dos 41.06% da Secil aos dinamarqueses por €304M com recurso a €290M em empréstimos, avaliando a Secil em €14.00/acção.
A aquisição da Secil, a ser paga pelo cash-flow gerado pela mesma, parece ser excelente. Ao adquirir a participação dinamarquesa por €14.00/acção, o PER da Secil anda nos 8.50 contra os 15.69 da Cimpor e 8.08 da Semapa.
Já as perspectivas do mercado não serão as melhores. À partida, não será sustentável a manutenção quer do crescimento do consumo, quer do consumo per capita muito acima da média europeia. Com o investimento público, motor de parte do nosso crescimento económico no passado recente, em forte retracção escapando os estádios e o sector imobiliário em declínio, é natural que a procura de cimento caia nos próximos exercícios.
Com PERs tão baixos (Secil e Semapa) comparativamente à Cimpor, fica a pergunta: para que lado estoirará? Irá a Semapa recuperar ou cairá a Cimpor? Que surpresas virão aí nos próximos tempos?
Do ponto de vista técnico, a Semapa não está muito convidativa. O papel ao longo dos últimos meses não tem conseguido romper com a média móvel de curto prazo e a degradação de vários indicadores tem acompanhado a acção. Face ao que aconteceu na primeira semana de Fevereiro e os sucessivos testes ao suporte nos 2.99/3.00, acredito que o papel ainda possa dar um salto à zona dos 2.65/2.70.
Ou seja, se não há sinais técnicos a convidar a uma entrada decisiva no papel, a "confusão" em torno das relações Cimpor/Semapa e do seu desfecho, aliados à perspectiva de crise económica que já se faz sentir na área das obras públicas e construção civil, apesar do PER ser metade da Cimpor, não acredito numa recuperação da Semapa para os próximos tempos. De qualquer maneira, de olho na Semapa.
Provedor
Olhando para os fundamentais da empresa que representa o Core Business da Semapa, há alguns dados que me parecem ser algo relevantes:
---> A quota de mercado da Secil no mercado nacional tem vindo a cair de 1997 até 2001 dos 39.43% para os 35.28%;
---> A explicar em parte esta situação o facto das vendas ter registado uma evolução inferior ao crescimento do mercado nacional de 1997 a 2001 (2.05%/4.94%);
---> A evolução do preço do cimento, apesar de ter registado uma evolução positiva em termos nominais (1.74% média de 1997 a 2001), tem estado a cair em termos reais;
---> Estrutura de vendas do Grupo Secil completamente dependente do mercado nacional o qual representa cerca de 90% da facturação total;
---> Forte redução dos resultados na Tunísia em 2001, faltando saber se esta situação ocorreu devido a questões pontuais e extraordinárias ou se se manteve o cenário de deterioração da empresa;
---> Forte crescimento da procura de cimento em Portugal suplantando largamente a média da UE;
---> Consumo de cimento per capita superior em mais de 100% à média da UE, "anomalia" registada nos últimos cinco exercícios;
---> Aquisição dos 41.06% da Secil aos dinamarqueses por €304M com recurso a €290M em empréstimos, avaliando a Secil em €14.00/acção.
A aquisição da Secil, a ser paga pelo cash-flow gerado pela mesma, parece ser excelente. Ao adquirir a participação dinamarquesa por €14.00/acção, o PER da Secil anda nos 8.50 contra os 15.69 da Cimpor e 8.08 da Semapa.
Já as perspectivas do mercado não serão as melhores. À partida, não será sustentável a manutenção quer do crescimento do consumo, quer do consumo per capita muito acima da média europeia. Com o investimento público, motor de parte do nosso crescimento económico no passado recente, em forte retracção escapando os estádios e o sector imobiliário em declínio, é natural que a procura de cimento caia nos próximos exercícios.
Com PERs tão baixos (Secil e Semapa) comparativamente à Cimpor, fica a pergunta: para que lado estoirará? Irá a Semapa recuperar ou cairá a Cimpor? Que surpresas virão aí nos próximos tempos?
Do ponto de vista técnico, a Semapa não está muito convidativa. O papel ao longo dos últimos meses não tem conseguido romper com a média móvel de curto prazo e a degradação de vários indicadores tem acompanhado a acção. Face ao que aconteceu na primeira semana de Fevereiro e os sucessivos testes ao suporte nos 2.99/3.00, acredito que o papel ainda possa dar um salto à zona dos 2.65/2.70.
Ou seja, se não há sinais técnicos a convidar a uma entrada decisiva no papel, a "confusão" em torno das relações Cimpor/Semapa e do seu desfecho, aliados à perspectiva de crise económica que já se faz sentir na área das obras públicas e construção civil, apesar do PER ser metade da Cimpor, não acredito numa recuperação da Semapa para os próximos tempos. De qualquer maneira, de olho na Semapa.
Provedor
actualização 16 Fev
Já não pegava neste assunto desde o dia 05 Fev e começa a ter interesse actualizar a informação.
Foram publicadas as deliberações da última AG da Cimpor mas não encontrei por lá a lista dos accionistas presentes. De qualquer forma, tendo em conta as últimas notícias constantes dos posts anteriores, podemos verificar que se registaram algumas variações na estrutura accionista.
Ainda não foi publicada a acta da AG, para se comprovarem os últimos números conhecidos, mas julga-se que a estrutura accionista se mantém aproximadamente semelhante. Recorda-se era a seguinte:
- Grupo Teixeira Duarte 30,23% - desconhece-se qualquer alteração.
- Grupo BCP – 11,72% (incl. Seguros e Pensões) pelo que terá diminuído em 0,04%. No caso particular do BCP este detém uma participação directa de 4,15% e as suas participadas, Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e Seguros&Pensões Gere, possuem mais 7,57% dos direitos de voto tornando-se interessante ver o que acontece se o BCP vender a Seguros&Pensões.
- Ladelis (Lafarge) – 12,73% - o Diário Económico refere que a Lafarge, líder do sector cimenteiro, “tem uma participação directa de 10,07% a que acrescem os 2,66% da sua participada Cementos Molins”. Sendo assim a sua % aumentou 0,075%.
- Credit Agricole Lazard - 4,4%, aparece conotada com a Lafarge e aumentou substancialmente a sua participação em 2,41%.
- Holcim 5,13% - A última participação conhecida era de 9,84% mas o Diário Económico refere que alienaram 4,87% em 2002 e “perspectivam vender os restantes 5,13% até ao final do corrente ano”
- Cartera Lusitana 9,58% - O Diário Económico refere que esta participação se mantém inalterada e afirma que “a Holcim mantém um contrato de aquisição” da mesma.
- Parcim(Secil) – 9,07% de acordo com o Diário Económico pelo que terá aumentado em 0,073%.
- Fundo de Pensões da Cimpor – 0,14% - 185.000 títulos adquiridos em 14 Fev à própria Cimpor
- Acções próprias – 0,78% - 1.048.522 acções o que significa que esta % aumentou em 0,10%.
Isto tudo soma 83,78% pelo que o free-float parece ter aumentado, em quase 2%, para cerca de 16,2%.
Em números redondos temos:
- TDU/BCP – 42% (+0,06%)
- Lafarge/Credit Agricole Lazard – 17% (+2,48%)
- Holcin/Cartera Lusitana – 15% (-4,87%)
- Secil – 9% (+0,07%)
Sendo assim vemos que a grande vendedora, durante o ano de 2002, terá sido a suiça Holcin e que o maior comprador terá sido o Credit Agricole Lazard conotado com a Lafarge.
Nos últimos dias, e após a conturbada AG da Cimpor, o maior movimento parece ter sido a venda de acções próprias pela própria Cimpor ao seu Fundo de Pensões.
Mas vejamos o que aconteceu desde o dia 31 de Janeiro, data dessa Assembleia Geral.
A CPR, durante este período, teve volumes pouco significativos com duas excepções que ocorreram no dia 04 de Fevereiro, onde foram transaccionados 164.739 títulos, e .no dia 14 de Fevereiro com 190.060 títulos.
No total dos 10 dias o volume foi de 538.740 títulos, sendo o volume médio ligeiramente superior ao dos últimos 6 meses, correspondendo apenas a 0,40% do total de títulos da CPR.
A cotação partiu de um valor de fecho de 16,07 em 31 Jan, teve vários máximos de 16,14, mínimo de 15,97 e fechou na 6º feira a 16,10.
Estranhamente a Cimpor indica que vendeu a 16,15 euros, no dia 14 de Fevereiro, as 185.000 acções próprias ao seu Fundo de Pensões mas nesse dia o máximo da sessão foi de 16,14 euros pelo que esta transacção parece ter sido feita fora da bolsa.
Na SEM tivemos 5 dias seguidos (03 a 07 Fev) com grandes transações ou passagens de volume superior a 500k. Eu diria mesmo que teve um volume “normal” acrescido diariamente por 500k:
509,602 + 503.578 + 502.890 + 532.635 + 508.657 = 2.557.362.
Numa semana foram assim transaccionados 2,17% do total das acções (118 M).
No dia 10 o volume desceu para 160.013, ainda muito acima da média últimos 6 meses (que com estas transações passou de 40k para 53k...), a que se seguiram dois quatro dias fracos com 19.474 + 39.394 + 11.501 + 6.811.
No total dos 10 dias a SEM transaccionou um total de 2.794.555 títulos ou seja uma média 5x o normal.
A cotação da SEM, que no dia 31 de Janeiro fechou a 3,00 euros, teve um máximo no primeiro dia de 3,15 mas manteve nessa semana de grandes passagens valores de fecho entre 3,07 e 3,09.
Nos 5 dias seguintes passou a ter fechos entre 3,04 e 2,99 tendo fechado na 6ª feira neste último valor.
Como balanço dos volumes dos 10 dias, expressos em euros, temos:
CPR – 8,7 M Euros
SEM - 8,6 M Euros
Da simples análise das participações na CPR, e apesar dos grandes números envolvidos nestas operações, não se pode ainda concluir quem é que anda a comprar ou a vender pois os 0,40% transaccionados representam uma percentagem demasiado pequena e não parece obrigar ninguém a comunicar uma mudança de escalão na sua participação qualificada.
Como palpite, e apenas isso, inclinamo-nos para que a Holcin continue a vender e que a Secil tenha começado a vender.
Do lado das compras as únicas hipóteses lógicas são a Lafarge/Lazard ou a própria Cimpor.
Relativamente à SEM a mudança de mãos de 2,37% do número de títulos continua envolto em mistério...
Quem anda a vender, quem anda a comprar, quem fez as passagens ou por que motivo foram feitas as passagens, são interrogações sem resposta.
Como grande consequência desta estranha movimentação apenas podemos ter a certeza que a média ponderada dos últimos 6 meses desceu drasticamente para um valor que agora estimamos que se situe entre 3,05 e 3,15... O que torna aliciante, para quem quiser comprar, o lançamento de uma OPA.
O volume em causa só pode ter origem vendedora em 3 tubarões: O grupo Secil, a CPR ou o BPI.
Não nos parece plausível que o grupo Secil ande a vender pois estaria a aproximar-se perigosamente da perda de maioria. Restam os outros 2...
Do outro lado não vemos motivo para ser o BPI o comprador. Restam os outros 2...
Continuamos a pensar que a hipótese mais lógica será: Comprador- Secil, Vendedor – CPR.
Mas seria engraçado descobrirmos, um dia destes, que o Vendedor é o BPI e que o Comprador é a CPR.
Seria engraçado porque, nesta hipótese e pensando no interesses dos pequenos accionistas, uma OPA por parte da CPR obrigaria a um bónus sobre a média ponderada bastante mais elevado e atingiria necessariamente um valor muito mais agradável...
JAS
Foram publicadas as deliberações da última AG da Cimpor mas não encontrei por lá a lista dos accionistas presentes. De qualquer forma, tendo em conta as últimas notícias constantes dos posts anteriores, podemos verificar que se registaram algumas variações na estrutura accionista.
Ainda não foi publicada a acta da AG, para se comprovarem os últimos números conhecidos, mas julga-se que a estrutura accionista se mantém aproximadamente semelhante. Recorda-se era a seguinte:
- Grupo Teixeira Duarte 30,23% - desconhece-se qualquer alteração.
- Grupo BCP – 11,72% (incl. Seguros e Pensões) pelo que terá diminuído em 0,04%. No caso particular do BCP este detém uma participação directa de 4,15% e as suas participadas, Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e Seguros&Pensões Gere, possuem mais 7,57% dos direitos de voto tornando-se interessante ver o que acontece se o BCP vender a Seguros&Pensões.
- Ladelis (Lafarge) – 12,73% - o Diário Económico refere que a Lafarge, líder do sector cimenteiro, “tem uma participação directa de 10,07% a que acrescem os 2,66% da sua participada Cementos Molins”. Sendo assim a sua % aumentou 0,075%.
- Credit Agricole Lazard - 4,4%, aparece conotada com a Lafarge e aumentou substancialmente a sua participação em 2,41%.
- Holcim 5,13% - A última participação conhecida era de 9,84% mas o Diário Económico refere que alienaram 4,87% em 2002 e “perspectivam vender os restantes 5,13% até ao final do corrente ano”
- Cartera Lusitana 9,58% - O Diário Económico refere que esta participação se mantém inalterada e afirma que “a Holcim mantém um contrato de aquisição” da mesma.
- Parcim(Secil) – 9,07% de acordo com o Diário Económico pelo que terá aumentado em 0,073%.
- Fundo de Pensões da Cimpor – 0,14% - 185.000 títulos adquiridos em 14 Fev à própria Cimpor
- Acções próprias – 0,78% - 1.048.522 acções o que significa que esta % aumentou em 0,10%.
Isto tudo soma 83,78% pelo que o free-float parece ter aumentado, em quase 2%, para cerca de 16,2%.
Em números redondos temos:
- TDU/BCP – 42% (+0,06%)
- Lafarge/Credit Agricole Lazard – 17% (+2,48%)
- Holcin/Cartera Lusitana – 15% (-4,87%)
- Secil – 9% (+0,07%)
Sendo assim vemos que a grande vendedora, durante o ano de 2002, terá sido a suiça Holcin e que o maior comprador terá sido o Credit Agricole Lazard conotado com a Lafarge.
Nos últimos dias, e após a conturbada AG da Cimpor, o maior movimento parece ter sido a venda de acções próprias pela própria Cimpor ao seu Fundo de Pensões.
Mas vejamos o que aconteceu desde o dia 31 de Janeiro, data dessa Assembleia Geral.
A CPR, durante este período, teve volumes pouco significativos com duas excepções que ocorreram no dia 04 de Fevereiro, onde foram transaccionados 164.739 títulos, e .no dia 14 de Fevereiro com 190.060 títulos.
No total dos 10 dias o volume foi de 538.740 títulos, sendo o volume médio ligeiramente superior ao dos últimos 6 meses, correspondendo apenas a 0,40% do total de títulos da CPR.
A cotação partiu de um valor de fecho de 16,07 em 31 Jan, teve vários máximos de 16,14, mínimo de 15,97 e fechou na 6º feira a 16,10.
Estranhamente a Cimpor indica que vendeu a 16,15 euros, no dia 14 de Fevereiro, as 185.000 acções próprias ao seu Fundo de Pensões mas nesse dia o máximo da sessão foi de 16,14 euros pelo que esta transacção parece ter sido feita fora da bolsa.
Na SEM tivemos 5 dias seguidos (03 a 07 Fev) com grandes transações ou passagens de volume superior a 500k. Eu diria mesmo que teve um volume “normal” acrescido diariamente por 500k:
509,602 + 503.578 + 502.890 + 532.635 + 508.657 = 2.557.362.
Numa semana foram assim transaccionados 2,17% do total das acções (118 M).
No dia 10 o volume desceu para 160.013, ainda muito acima da média últimos 6 meses (que com estas transações passou de 40k para 53k...), a que se seguiram dois quatro dias fracos com 19.474 + 39.394 + 11.501 + 6.811.
No total dos 10 dias a SEM transaccionou um total de 2.794.555 títulos ou seja uma média 5x o normal.
A cotação da SEM, que no dia 31 de Janeiro fechou a 3,00 euros, teve um máximo no primeiro dia de 3,15 mas manteve nessa semana de grandes passagens valores de fecho entre 3,07 e 3,09.
Nos 5 dias seguintes passou a ter fechos entre 3,04 e 2,99 tendo fechado na 6ª feira neste último valor.
Como balanço dos volumes dos 10 dias, expressos em euros, temos:
CPR – 8,7 M Euros
SEM - 8,6 M Euros
Da simples análise das participações na CPR, e apesar dos grandes números envolvidos nestas operações, não se pode ainda concluir quem é que anda a comprar ou a vender pois os 0,40% transaccionados representam uma percentagem demasiado pequena e não parece obrigar ninguém a comunicar uma mudança de escalão na sua participação qualificada.
Como palpite, e apenas isso, inclinamo-nos para que a Holcin continue a vender e que a Secil tenha começado a vender.
Do lado das compras as únicas hipóteses lógicas são a Lafarge/Lazard ou a própria Cimpor.
Relativamente à SEM a mudança de mãos de 2,37% do número de títulos continua envolto em mistério...
Quem anda a vender, quem anda a comprar, quem fez as passagens ou por que motivo foram feitas as passagens, são interrogações sem resposta.
Como grande consequência desta estranha movimentação apenas podemos ter a certeza que a média ponderada dos últimos 6 meses desceu drasticamente para um valor que agora estimamos que se situe entre 3,05 e 3,15... O que torna aliciante, para quem quiser comprar, o lançamento de uma OPA.
O volume em causa só pode ter origem vendedora em 3 tubarões: O grupo Secil, a CPR ou o BPI.
Não nos parece plausível que o grupo Secil ande a vender pois estaria a aproximar-se perigosamente da perda de maioria. Restam os outros 2...
Do outro lado não vemos motivo para ser o BPI o comprador. Restam os outros 2...
Continuamos a pensar que a hipótese mais lógica será: Comprador- Secil, Vendedor – CPR.
Mas seria engraçado descobrirmos, um dia destes, que o Vendedor é o BPI e que o Comprador é a CPR.
Seria engraçado porque, nesta hipótese e pensando no interesses dos pequenos accionistas, uma OPA por parte da CPR obrigaria a um bónus sobre a média ponderada bastante mais elevado e atingiria necessariamente um valor muito mais agradável...
JAS
Cimpor alienou 185 mil acções próprias
Cimpor alienou 185 mil acções próprias
14-2-2003 11:30
A Cimpor alienou, hoje, 185 mil acções próprias ao preço de 16,15 euros, segundo anúncio da empresa.
A empresa detém agora 1.048.522 acções próprias, correspondentes a 0,78 por cento do capital social.
14-2-2003 11:30
A Cimpor alienou, hoje, 185 mil acções próprias ao preço de 16,15 euros, segundo anúncio da empresa.
A empresa detém agora 1.048.522 acções próprias, correspondentes a 0,78 por cento do capital social.
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Mais notícias... Diário Económico
Encontrei hoje esta notícia que me parece interessante por actualizar alguns dados relativos às participações qualificadas na Cimpor.
JAS
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Crédit Agricole Lazard reforça peso na Cimpor
in Diário Económico
2003-02-05 07:37
Esta posição é conotada no mercado com a Lafarge, líder do sector cimenteiro, que tem uma participação directa de 10,07% a que acrescem os 2,66% da sua participada Cementos Molins.
A estrutura accionista da Cimpor voltou a sofrer alterações, tendo os franceses do Crédit Agricole Lazard Financial Products reforçado os seus direitos de voto para 4,4%. A última comunicação prestada à Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, datada de 31 de Dezembro de 2001, atribuía a esta sociedade 2,01%. Esta posição, conotada no mercado com os franceses da Lafarge, que detêm directamente 10,07% da Cimpor, deriva parcialmente dos 4,87% que os suíços da Holcim colocaram à venda em 2002.
A líder mundial do sector cimenteiro Lafarge, com quem a Cimpor mantém uma parceria estratégica, possui ainda indirectamente 2,66% da empresa portuguesa, através da participada Cementos Molins.
O Banco Comercial Português (BCP), acusado pela Secil de concertação com a Lafarge e Teixeira Duarte - accionista maioritária da Cimpor - reduziu para 4,15% a sua participação directa na cimenteira.
As suas participadas, Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e Seguros&Pensões Gere, possuem mais 7,57% dos direitos de voto. Valor sobre o qual residem grandes expectativas, já que o grupo financeiro colocou à venda parte ou a totalidade do capital da Seguros & Pensões, na sequência da redução da sua exposição na seguradora pan-europeia Eureko.
Apesar do silêncio em torno dos candidatos, é conhecido o interesse dos franceses da Axa. A operação, fundamental para que a instituição aumente os rácios de solvabilidade, deverá concretizar-se ao longo do corrente ano, tendo o BCP afirmado recentemente que a sua participação na Cimpor não é estratégica.
Inalteradas mantiveram-se, segundo os dados da última Assembleia Geral da Cimpor, as participações da Cartera Lusitana, com quem a Holcim mantém um contrato de aquisição, e da Secil, com 9,07%. Uma posição que o líder desta cimenteira, Pedro Queiroz Pereira, admite vender, depois do revés sofrido na Assembleia Geral da Cimpor em perdeu o administrador José Honório, que desempenhava funções não executivas. Já os suíços da Holcim perspectivam vender os restantes 5,13% até ao final do corrente ano.
O free-float da cimenteira ronda actualmente os 17%. Para aumentar as condições de liquidez e negociação bolsista dos títulos, a Assembleia Geral da Cimpor aprovou a realização de um stock split na razão de cinco por uma acção.
Por Ana Maria Gonçalves
JAS
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Crédit Agricole Lazard reforça peso na Cimpor
in Diário Económico
2003-02-05 07:37
Esta posição é conotada no mercado com a Lafarge, líder do sector cimenteiro, que tem uma participação directa de 10,07% a que acrescem os 2,66% da sua participada Cementos Molins.
A estrutura accionista da Cimpor voltou a sofrer alterações, tendo os franceses do Crédit Agricole Lazard Financial Products reforçado os seus direitos de voto para 4,4%. A última comunicação prestada à Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, datada de 31 de Dezembro de 2001, atribuía a esta sociedade 2,01%. Esta posição, conotada no mercado com os franceses da Lafarge, que detêm directamente 10,07% da Cimpor, deriva parcialmente dos 4,87% que os suíços da Holcim colocaram à venda em 2002.
A líder mundial do sector cimenteiro Lafarge, com quem a Cimpor mantém uma parceria estratégica, possui ainda indirectamente 2,66% da empresa portuguesa, através da participada Cementos Molins.
O Banco Comercial Português (BCP), acusado pela Secil de concertação com a Lafarge e Teixeira Duarte - accionista maioritária da Cimpor - reduziu para 4,15% a sua participação directa na cimenteira.
As suas participadas, Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões e Seguros&Pensões Gere, possuem mais 7,57% dos direitos de voto. Valor sobre o qual residem grandes expectativas, já que o grupo financeiro colocou à venda parte ou a totalidade do capital da Seguros & Pensões, na sequência da redução da sua exposição na seguradora pan-europeia Eureko.
Apesar do silêncio em torno dos candidatos, é conhecido o interesse dos franceses da Axa. A operação, fundamental para que a instituição aumente os rácios de solvabilidade, deverá concretizar-se ao longo do corrente ano, tendo o BCP afirmado recentemente que a sua participação na Cimpor não é estratégica.
Inalteradas mantiveram-se, segundo os dados da última Assembleia Geral da Cimpor, as participações da Cartera Lusitana, com quem a Holcim mantém um contrato de aquisição, e da Secil, com 9,07%. Uma posição que o líder desta cimenteira, Pedro Queiroz Pereira, admite vender, depois do revés sofrido na Assembleia Geral da Cimpor em perdeu o administrador José Honório, que desempenhava funções não executivas. Já os suíços da Holcim perspectivam vender os restantes 5,13% até ao final do corrente ano.
O free-float da cimenteira ronda actualmente os 17%. Para aumentar as condições de liquidez e negociação bolsista dos títulos, a Assembleia Geral da Cimpor aprovou a realização de um stock split na razão de cinco por uma acção.
Por Ana Maria Gonçalves
Semapa convoca AG para 31 de Março
Semapa convoca AG para 31 de Março
7-2-2003 14:26
A Semapa convocou os accionistas para uma Assembleia Geral (AG) a 31 de Março.
Os accionistas deverão deliberar sobre o relatório de gestão, o balanço e as contas do exercício de 2002, bem como sobre o relatório e o parecer do Conselho Fiscal, sobre os documentos de consolidação de contas e sobre a aplicação de resultados, realizar a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade e deliberar sobre as propostas do Conselho de Administração (CA) para aquisição e alienação de acções próprias e para revogação dos números 4 e 5 dos artigos 4º e 5º, alteração do número 1 do artigo 2º, do número 2 do artigo 4º, dos números 2, 4, 5 e 8 do artigo 9º, do artigo 10º, do número 1 do artigo 11º, dos artigos 12º e 14º, dos números 1 e 5 do artigo 15º e dos artigos 17º e 18º do contrato de sociedade
7-2-2003 14:26
A Semapa convocou os accionistas para uma Assembleia Geral (AG) a 31 de Março.
Os accionistas deverão deliberar sobre o relatório de gestão, o balanço e as contas do exercício de 2002, bem como sobre o relatório e o parecer do Conselho Fiscal, sobre os documentos de consolidação de contas e sobre a aplicação de resultados, realizar a apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade e deliberar sobre as propostas do Conselho de Administração (CA) para aquisição e alienação de acções próprias e para revogação dos números 4 e 5 dos artigos 4º e 5º, alteração do número 1 do artigo 2º, do número 2 do artigo 4º, dos números 2, 4, 5 e 8 do artigo 9º, do artigo 10º, do número 1 do artigo 11º, dos artigos 12º e 14º, dos números 1 e 5 do artigo 15º e dos artigos 17º e 18º do contrato de sociedade
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Accionistas Semapa aprovam financiamento de 290 milhões para
Accionistas Semapa aprovam financiamento de 290 milhões para compra da Secil (act)
A Assembleia Geral de accionistas da Semapa aprovou a compra e o financiamento, no valor de 290 milhões de euros, da posição detida pelos dinamarqueses na Secil, disse Pedro Queiroz Pereira, que pediu à Cimpor, que votou contra esta decisão, para nomear um administrador na Semapa.
Na reunião realizada, esta manhã, no edifício da Secil, os accionistas «aprovaram por maioria a compra e o financiamento da compra da posição dos dinamarqueses», disse o presidente da Semapa, aos jornalistas, à saída da AG.
A Semapa realizou um acordo com a FLS Industries e a Hojgaard Holdings para a aquisição às empresas dinamarquesas dos 41,05% que ainda não detém na Secil, tendo para o efeito já garantido um empréstimo no valor de 290 milhões de euros.
Este financiamento de sete anos será garantido pelo Banco Santander, explicou a mesma fonte.
A cimenteira nacional prevê pagar este empréstimo com o «cash» gerado pelas actividades da empresa, garantiu Pedro Queiroz Pereira.
A Semapa e as companhias dinamarquesas tinha já um acordo estabelecido, com vista à aquisição de 41,05% do capital da Secil por 304 milhões de euros.
Cimpor vota contra
A deliberação da AG da Semapa foi objecto de voto desfavorável pela accionista e rival cimenteira Cimpor que invocou «desconhecimento do dossier» para tomar aquela decisão.
A Cimpor controla 20% do capital da Semapa. A concretização da aquisição está marcada para 25 de Março de 2003, depois da aprovação do financiamento pela maioria dos accionistas.
Semapa convida Cimpor para administração
Na reunião de hoje, Pedro Queiroz Pereira convidou a accionista Cimpor a «indicar o nome para que na próxima AG, que é de eleições, possamos integrá-lo para a administração», revelou aos jornalistas.
A Secil, que lutou pelo controlo da Cimpor, tem José Honório, seu administrador financeiro, na administração da Cimpor. A gestão da maior cimenteira nacional, pretende, segundo apurou o Negocios.pt, afastar Honório daquela administração para colocar um substituto da confiança da líder Teixeira Duarte.
Secil opta por não impugnar última AG da Cimpor; apresenta queixa na CMVM
Na AG da Cimpor que se realizou na sexta-feira passada, que aprovou a alteração dos estatutos que permitirá à maioria dos accionistas votar o representante dos minoritários, abrindo a possibilidade de afastamento de José Honório, a Secil admitiu estar a estudar a hipótese de impugnar aquela decisão.
Esta ideia foi recusada pela Secil. «Já decidimos que não vamos impugnar a AG», afirmou hoje Pedro Queiroz Pereira.
O líder da Semapa justifica esta decisão pelo facto de «consideramos que a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não pode ser alheia a esta situação. Não pode mais ficar na sombra».
A referida decisão da AG da Cimpor prejudica a Semapa, «mas é mais prejudicial para o mercado de capitais», reiterou a mesma fonte.
Neste sentido, a cimenteira nacional vai, antes optar, por «transmitir esta posição à CMVM», em vez de enveredar por uma impugnação judicial da deliberação, acrescentou a mesma fonte.
Com esta posição a Semapa pretende acautelar os seus investimentos na Cimpor que rondam os 250 milhões.
As acções da Semapa, que passará a deter 100% do capital da Secil, no final daquela operação, cotavam nos 3,08 euros a subir 0,33%, enquanto os títulos da Cimpor ao cotarem nos 16,10 euros subiam 0,12%.
Por Bárbara Leite
2003/02/06 12:53:00
A Assembleia Geral de accionistas da Semapa aprovou a compra e o financiamento, no valor de 290 milhões de euros, da posição detida pelos dinamarqueses na Secil, disse Pedro Queiroz Pereira, que pediu à Cimpor, que votou contra esta decisão, para nomear um administrador na Semapa.
Na reunião realizada, esta manhã, no edifício da Secil, os accionistas «aprovaram por maioria a compra e o financiamento da compra da posição dos dinamarqueses», disse o presidente da Semapa, aos jornalistas, à saída da AG.
A Semapa realizou um acordo com a FLS Industries e a Hojgaard Holdings para a aquisição às empresas dinamarquesas dos 41,05% que ainda não detém na Secil, tendo para o efeito já garantido um empréstimo no valor de 290 milhões de euros.
Este financiamento de sete anos será garantido pelo Banco Santander, explicou a mesma fonte.
A cimenteira nacional prevê pagar este empréstimo com o «cash» gerado pelas actividades da empresa, garantiu Pedro Queiroz Pereira.
A Semapa e as companhias dinamarquesas tinha já um acordo estabelecido, com vista à aquisição de 41,05% do capital da Secil por 304 milhões de euros.
Cimpor vota contra
A deliberação da AG da Semapa foi objecto de voto desfavorável pela accionista e rival cimenteira Cimpor que invocou «desconhecimento do dossier» para tomar aquela decisão.
A Cimpor controla 20% do capital da Semapa. A concretização da aquisição está marcada para 25 de Março de 2003, depois da aprovação do financiamento pela maioria dos accionistas.
Semapa convida Cimpor para administração
Na reunião de hoje, Pedro Queiroz Pereira convidou a accionista Cimpor a «indicar o nome para que na próxima AG, que é de eleições, possamos integrá-lo para a administração», revelou aos jornalistas.
A Secil, que lutou pelo controlo da Cimpor, tem José Honório, seu administrador financeiro, na administração da Cimpor. A gestão da maior cimenteira nacional, pretende, segundo apurou o Negocios.pt, afastar Honório daquela administração para colocar um substituto da confiança da líder Teixeira Duarte.
Secil opta por não impugnar última AG da Cimpor; apresenta queixa na CMVM
Na AG da Cimpor que se realizou na sexta-feira passada, que aprovou a alteração dos estatutos que permitirá à maioria dos accionistas votar o representante dos minoritários, abrindo a possibilidade de afastamento de José Honório, a Secil admitiu estar a estudar a hipótese de impugnar aquela decisão.
Esta ideia foi recusada pela Secil. «Já decidimos que não vamos impugnar a AG», afirmou hoje Pedro Queiroz Pereira.
O líder da Semapa justifica esta decisão pelo facto de «consideramos que a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não pode ser alheia a esta situação. Não pode mais ficar na sombra».
A referida decisão da AG da Cimpor prejudica a Semapa, «mas é mais prejudicial para o mercado de capitais», reiterou a mesma fonte.
Neste sentido, a cimenteira nacional vai, antes optar, por «transmitir esta posição à CMVM», em vez de enveredar por uma impugnação judicial da deliberação, acrescentou a mesma fonte.
Com esta posição a Semapa pretende acautelar os seus investimentos na Cimpor que rondam os 250 milhões.
As acções da Semapa, que passará a deter 100% do capital da Secil, no final daquela operação, cotavam nos 3,08 euros a subir 0,33%, enquanto os títulos da Cimpor ao cotarem nos 16,10 euros subiam 0,12%.
Por Bárbara Leite
2003/02/06 12:53:00
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Accionistas Semapa aprovam financiamento de 290 milhões para
Accionistas Semapa aprovam financiamento de 290 milhões para compra da Secil
A Assembleia Geral de accionistas da Semapa aprovou a compra e o financiamento, no valor de 290 milhões de euros, da posição detida pelos dinamarqueses na Secil, disse Pedro Queiroz Pereira, que pediu à Cimpor, que votou contra esta decisão, para nomear um administrador na Semapa.
2003/02/06 11:59:00
A Assembleia Geral de accionistas da Semapa aprovou a compra e o financiamento, no valor de 290 milhões de euros, da posição detida pelos dinamarqueses na Secil, disse Pedro Queiroz Pereira, que pediu à Cimpor, que votou contra esta decisão, para nomear um administrador na Semapa.
2003/02/06 11:59:00
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actualização 5 Fev
O dia de hoje caracterizou-se por fortes movimentações na SEM e volume abaixo da média na CPR.
Comecemos pelas cotações, volumes e sua equivalência em euros:
CPR
fecho ant. 16,04 abert. 16,00, max. 16,08 , min.16,00, fecho 16.08(+0,25%)
volume 9,4k, 151 M euros
SEM
fecho ant. 3,07 abert. 3,06, max. 3,08, min.3,03, fecho 3,07(0,00%)
volume 503k, 1.544 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo as fortes passagens de Janeiro, é de apenas 40k. O volume máximo é de 527k. Ontem 510k. Hoje 503k...
O interessante do dia de hoje foi que as passagens foram perfeitamente "pacíficas" sem darem qualquer variação na cotação.
Como balanço dos volumes dos 3 dias temos:
CPR - 2.989 M Euros
SEM - 4.649 M Euros
Nesta comparação em M euros a SEM está a ganhar... Vamos ter volume amanhã na CPR?
De notar que os maiores volumes se registaram ao fim do dia com a SEM a subir.
Aguardemos o próximo capítulo.
JAS
P.S. - A minha posição longa foi aumentada com 1538 a 3,06 compradas ao longo do dia.
Comecemos pelas cotações, volumes e sua equivalência em euros:
CPR
fecho ant. 16,04 abert. 16,00, max. 16,08 , min.16,00, fecho 16.08(+0,25%)
volume 9,4k, 151 M euros
SEM
fecho ant. 3,07 abert. 3,06, max. 3,08, min.3,03, fecho 3,07(0,00%)
volume 503k, 1.544 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo as fortes passagens de Janeiro, é de apenas 40k. O volume máximo é de 527k. Ontem 510k. Hoje 503k...
O interessante do dia de hoje foi que as passagens foram perfeitamente "pacíficas" sem darem qualquer variação na cotação.
Como balanço dos volumes dos 3 dias temos:
CPR - 2.989 M Euros
SEM - 4.649 M Euros
Nesta comparação em M euros a SEM está a ganhar... Vamos ter volume amanhã na CPR?
De notar que os maiores volumes se registaram ao fim do dia com a SEM a subir.
Aguardemos o próximo capítulo.
JAS
P.S. - A minha posição longa foi aumentada com 1538 a 3,06 compradas ao longo do dia.
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Re: vmerck
vmerck Escreveu:Não existe uma licença num parque natural q esta a acabar e que em principio nao se renova?Qt valera a SEM sem essa licença?
Esse problema foi aflorado num dos posts anteriores e não é nada de curto prazo... E, na minha opinião, não é sequer linear que acabe.
JAS
actualização 4 Fev
Depois do que se passou hoje nas 2 cimenteiras seria estranho não aparecer uma actualização...
Não faço a mínima ideia se a SEM e a CPR andam a vender as posições contrárias... Mas que isto hoje deu ideia que começaram os tiros de aviso, ou a trocas de mimos, é um facto.
Comecemos pelas cotações, volumes e sua equivalência em euros:
CPR
abert. 16,13 , max. 16,13 , min.15,97, fecho 16.04(-0,06%)
volume 165k, 2.650 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo passagens, é de apenas 40k. O volume máximo é de 726k. Ontem 12k.
SEM
abert. 3,06, max. 3,09, min.3,05, fecho 3,07(-0,65%)
volume 504k, 1.550 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo as fortes passagens de Janeiro, é de apenas 40k. O volume máximo é de 527k. Ontem 510k.
O dia pautou-se por fortes vendas e/ou passagens em ambas as cimenteiras que se desenrolaram ao estilo estilo ping-pong. Algumas delas foram violentas, outras foram pacíficas.
A mais interessante foi terem largado 62,5k da SEM no fecho, o que originou momentaneamente uma queda violenta da cotação para 2,65, que depois foi contrariada por igual compra.
Como balanço dos volumes dos 2 dias temos:
CPR - 2.838 M Euros
SEM - 3.105 M Euros
Está a ficar interessante esta comparação em M euros...
Depois de todos os artigos anteriores não vale a pena fazer mais comentários.
Aguardemos a cena de amanhã.
JAS
P.S. - A minha posição longa foi enriquecida por apenas 80 compradas antes do fecho a 3,06.
Não faço a mínima ideia se a SEM e a CPR andam a vender as posições contrárias... Mas que isto hoje deu ideia que começaram os tiros de aviso, ou a trocas de mimos, é um facto.
Comecemos pelas cotações, volumes e sua equivalência em euros:
CPR
abert. 16,13 , max. 16,13 , min.15,97, fecho 16.04(-0,06%)
volume 165k, 2.650 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo passagens, é de apenas 40k. O volume máximo é de 726k. Ontem 12k.
SEM
abert. 3,06, max. 3,09, min.3,05, fecho 3,07(-0,65%)
volume 504k, 1.550 M euros
O volume médio dos últimos 6 meses, incluindo as fortes passagens de Janeiro, é de apenas 40k. O volume máximo é de 527k. Ontem 510k.
O dia pautou-se por fortes vendas e/ou passagens em ambas as cimenteiras que se desenrolaram ao estilo estilo ping-pong. Algumas delas foram violentas, outras foram pacíficas.
A mais interessante foi terem largado 62,5k da SEM no fecho, o que originou momentaneamente uma queda violenta da cotação para 2,65, que depois foi contrariada por igual compra.
Como balanço dos volumes dos 2 dias temos:
CPR - 2.838 M Euros
SEM - 3.105 M Euros
Está a ficar interessante esta comparação em M euros...
Depois de todos os artigos anteriores não vale a pena fazer mais comentários.
Aguardemos a cena de amanhã.
JAS
P.S. - A minha posição longa foi enriquecida por apenas 80 compradas antes do fecho a 3,06.
Pois, pois...
Passo eu a manhã muito descansadinho a escrever o post e, quando dou por isso, vejo a SEM a 3,05 e já com mais de 400k transaccionados.
A SEM abriu num mínimo de 2,99, subiu a 3,15 (+5,00%) e fechou a 3,09 (+3,00%) com um volume de 510k.
Um ponto que interessa verificar é se estes volumes na SEM têm alguma equivalência em Euros nas transacções realizadas na CPR.
SEM = 1.555 M
CPR = 188 M
Hoje não tiveram, a CPR manteve-se sem volumes significativos e fechou a 16,05.
JAS
A SEM abriu num mínimo de 2,99, subiu a 3,15 (+5,00%) e fechou a 3,09 (+3,00%) com um volume de 510k.
Um ponto que interessa verificar é se estes volumes na SEM têm alguma equivalência em Euros nas transacções realizadas na CPR.
SEM = 1.555 M
CPR = 188 M
Hoje não tiveram, a CPR manteve-se sem volumes significativos e fechou a 16,05.
JAS
Actualização Cimenteiras
Já há muito tempo que não pegava neste assunto mas agora vale a pena fazê-lo pois houve novos desenvolvimentos.
Realizou-se a Assembleia Geral da Cimpor e dela ressaltam os seguintes pontos:
-Todas as propostas apresentadas pela Secilpar foram chumbadas;
-Os estatutos foram alterados passando o representante dos accionistas minoritários a ser votado por maioria (era escolhido pelos próprios minoritários que se opusessem à composição do Conselho de Administração...);
-A HOLCIN votou ao lado do grupo TDU/BCP/LAFARGE;
-Foi aprovado o stock split de 1:5.
-Pedro Queirós Pereira não estava muito satisfeito à saída da AG...
Entretanto também foi noticiado que a Semapa estuda a eventual impugnação da Assembleia Geral da Cimpor.
Ainda não foi publicada a acta da AG, para se comprovarem os últimos números conhecidos, mas julga-se que a estrutura accionista se mantém aproximadamente semelhante. Recorda-se era a seguinte:
Grupo Teixeira Duarte 30,23%, Holcim 9,84%, Ladelis (Lafarge) 9,995%, Cartera Lusitana 9,58%, Parcim(Secil) 8,997%, Grupo BCP 11,76% (incl.Seguros e Pensões), Cementos Molins 2,64%, Credit Agricole Lazard 1,99%. Acções próprias 917.666 (0,68%).
Isto tudo soma 85,71% pelo que temos cerca de 14,3% de free-float.
À saída da AG, Queirós Pereira disse: "Tentámos o controlo da Cimpor. Mas perdemos esta guerra" e a notícia referia também "visto que tem investido cerca de 250 milhões de euros naquela empresa"
Como a cotação actual da Cimpor é exactamente igual (16,07), a afirmação anterior dos cerca de 250 milhões, mesmo admitindo um certo exagero ou arredondamento, deve significar que a Semapa deverá estar a perder cerca de 50 milhões com a operação Cimpor.
Do lado da CIMPOR as coisas não estão melhores. A cotação da SEM caíu para 3,02 Euros pelo que a CPR perdeu mais 6,16M e valendo a sua posição cerca de 71,54 milhões de euros.
O que significa que está a perder, em números redondos, também 50 milhões com a operação Semapa. É o chamado empate tecnico em valor de perdas...
Depois disto voltemos ao que interessa.
Como é que isto tudo pode vir a influenciar as cotações e que guerras podem existir entre os grupos envolvidos nas duas cimenteiras...
Pois bem, o que me pareceu na altura evidente, já se leu nos jornais:
"(...)ponderando a venda dos 9% que detém na maior cimenteira nacional, disse Queirós Pereira"...
A posição da Holcin parece que se tornou mais dúbia. A CPR comprou-lhe uns activos, a Holcin votou na AG ao lado do grupo maioritário... Pode acontecer que mantenha a sua posição na CIMPOR aguardando uma ocasião mais propícia para sair.
Sendo assim analisemos o que pode fazer:
- a SEMAPA com os 9% que detém na CIMPOR;
- a CIMPOR com os 20% que detém na SEMAPA.
À resposta à primeira questão parece-me óbvia. A SEMAPA já não tem qualquer hipótese de controlar a CIMPOR pelo que irá vender a sua posição. Na minha modesta opinião, tendo em conta os antecedentes e a guerra que se desencadeou, vai fazê-lo a conta-gotas...
Perderá quanto muito 50 milhões, à actual cotação, mas pode recuperar essa perda numa compra de acções próprias.
As outras razões que poderiam estar por detrás da compra dos 20% da SEMAPA por parte da CIMPOR continuam a não se vislumbrar. A única hipótese plausível continuaria a ser uma tentativa de OPA.
Mas aqui a minha opinião evoluiu e considero que a OPA por parte da CPR se tornou inviável e sem grandes hipóteses de sucesso. Queirós Pereira, com uma maioria de 53% e abandonando a CIMPOR, fica com uma liquidez suficiente para lançar uma contra-opa muito mais aliciante...
Entretanto, neste último mês, a cotação evoluíu de 3,28 para 3,02. Mas, o mais importante, com as grandes transações que foram realizadas em 7 e 8 de Janeiro (volume foi equivalente ao dos 5 meses anteriores...) a média ponderada pode ter descido para a casa dos 3,25 tornando plausível um valor de OPA entre 3,30/3,80.
O que se alterou e qual pode ser a evolução futura das cotações das duas cimenteiras?
Na CIMPOR parece que se poderá registar uma evolução positiva graças ao efeito do stock split mas que teremos uma forte pressão vendedora por parte da SEMAPA. Não vejo que o grupo TDU, com um forte endividamento, tenha qualquer interesse em aumentar a sua % pois a que tem é mais que suficiente para assegurar o controle. O grupo BCP poderá querer é aliviar, já tem problemas que cheguem... Os grupos estrangeiros, cada um per si, também não me parece que tenham grande interesse em aumentar as participações num grupo que não controlam. Mas a CIMPOR comprar acções próprias é perfeitamente viável e muito aliciante, aos valores actuais, para os accionistas.
Sendo assim parece prevísível que as cotações se mantenham nos actuais níveis por muito e muito tempo até acabar o conta-gotas da SEMAPA... a não ser que haja acordo entre os grupos e se assista a um único negócio em que a SEM vende a totalidade dos seus 9% e a CPR compra 9% de acções próprias.
Passemos à SEMAPA. Aqui, se já não acreditamos na hipótese de OPA por parte da CPR, teremos que admitir que acabará o interesse em fazer descer as cotações.
Mas também me lembrei que esta ausência de comunicações acerca das grandes transações ou passagens que foram realizadas pode significar que a CPR terá vendido uma parte. Julgo que não há obrigação de comunicar pois o accionista mantém-se dentro do mesmo intervalo de 10 a 20% e só o teria que fazer se saísse dele. Sendo assim a CPR ainda lá terá muito mais para largar...
Eu não acredito muito neste cenário de ambos os grupos começarem a largar em bolsa grandes quantidades do outro... Isso arrasaria as cotações de ambos mas seria muito mais grave para a CPR (porque a participação em euros da SEM na CPR é muito maior do que a da CPR na SEM).
Acredito muito mais que vão vender, a conta-gotas ou em lotes mais ou menos importantes, mas sabendo por acordo tácito que o outro grupo as vai comprar sem afectar muito as cotações. Isto será detectável se o volume começar agora a aumentar.
No caso da CIMPOR esta operação pode ser totalmente absorvida por compra de acções próprias.
No caso da SEMAPA a operação pode ser apenas absorvida em 50% dada a limitação de um máximo de 10% de accões próprias.
Mas convém não esquecer que, traduzido em euros, a participação de 20% da CIMPOR na SEMAPA vale à cotação actual de 3,02 euros, cerca de 71,5 milhões ou seja apenas 37% da posição contrária que valerá 194,3 milhões.
Quando a CPR acabar de vender ainda sobram 123 milhões à SEM...
E isto, quanto a mim, significa que a SEM será aquela que pode ditar as regras do jogo.
E se manda no jogo há uma hipótese muito interessante: Lançar uma OPA às acções que estão de fora pagando com acções da CPR... ou acordando primeiro que a CPR compra os 9% passando a pagar em cash.
JAS
P.S. - Deixo o desenvolvimento deste cenário para uma próxima oportunidade.
Realizou-se a Assembleia Geral da Cimpor e dela ressaltam os seguintes pontos:
-Todas as propostas apresentadas pela Secilpar foram chumbadas;
-Os estatutos foram alterados passando o representante dos accionistas minoritários a ser votado por maioria (era escolhido pelos próprios minoritários que se opusessem à composição do Conselho de Administração...);
-A HOLCIN votou ao lado do grupo TDU/BCP/LAFARGE;
-Foi aprovado o stock split de 1:5.
-Pedro Queirós Pereira não estava muito satisfeito à saída da AG...
Entretanto também foi noticiado que a Semapa estuda a eventual impugnação da Assembleia Geral da Cimpor.
Ainda não foi publicada a acta da AG, para se comprovarem os últimos números conhecidos, mas julga-se que a estrutura accionista se mantém aproximadamente semelhante. Recorda-se era a seguinte:
Grupo Teixeira Duarte 30,23%, Holcim 9,84%, Ladelis (Lafarge) 9,995%, Cartera Lusitana 9,58%, Parcim(Secil) 8,997%, Grupo BCP 11,76% (incl.Seguros e Pensões), Cementos Molins 2,64%, Credit Agricole Lazard 1,99%. Acções próprias 917.666 (0,68%).
Isto tudo soma 85,71% pelo que temos cerca de 14,3% de free-float.
À saída da AG, Queirós Pereira disse: "Tentámos o controlo da Cimpor. Mas perdemos esta guerra" e a notícia referia também "visto que tem investido cerca de 250 milhões de euros naquela empresa"
JAS Escreveu:Temos assim que a SEMAPA detém indirectamente 12,091 milhões de acções da CIMPOR que, à cotação actual de 16,07 euros, representam a módica quantia de 194,3 milhões de euros.
Como a cotação actual da Cimpor é exactamente igual (16,07), a afirmação anterior dos cerca de 250 milhões, mesmo admitindo um certo exagero ou arredondamento, deve significar que a Semapa deverá estar a perder cerca de 50 milhões com a operação Cimpor.
JAS Escreveu:A participação de 20,02% da CIMPOR na SEMAPA valerá, à cotação actual de 3,28 euros, cerca de 77,70 milhões de euros ou seja apenas 40% da posição contrária...
JAS Escreveu:Parece-me pouco provável que tenham investido quase 120 milhões de euros (cotação de compra aproximadamente 5,00 euros...) por simples brincadeira. Isso estaria a sair caro pois, com a queda das cotações, já terão perdido mais de 40...
Do lado da CIMPOR as coisas não estão melhores. A cotação da SEM caíu para 3,02 Euros pelo que a CPR perdeu mais 6,16M e valendo a sua posição cerca de 71,54 milhões de euros.
O que significa que está a perder, em números redondos, também 50 milhões com a operação Semapa. É o chamado empate tecnico em valor de perdas...
Depois disto voltemos ao que interessa.
Como é que isto tudo pode vir a influenciar as cotações e que guerras podem existir entre os grupos envolvidos nas duas cimenteiras...
.JAS Escreveu:A manutenção da participação da Secil na CIMPOR deixou de ter uma justificação estratégica pois a privatização foi perdida e a parceira Holcim até já desistiu das acções judiciais.
Pois bem, o que me pareceu na altura evidente, já se leu nos jornais:
"(...)ponderando a venda dos 9% que detém na maior cimenteira nacional, disse Queirós Pereira"...
A posição da Holcin parece que se tornou mais dúbia. A CPR comprou-lhe uns activos, a Holcin votou na AG ao lado do grupo maioritário... Pode acontecer que mantenha a sua posição na CIMPOR aguardando uma ocasião mais propícia para sair.
Sendo assim analisemos o que pode fazer:
- a SEMAPA com os 9% que detém na CIMPOR;
- a CIMPOR com os 20% que detém na SEMAPA.
À resposta à primeira questão parece-me óbvia. A SEMAPA já não tem qualquer hipótese de controlar a CIMPOR pelo que irá vender a sua posição. Na minha modesta opinião, tendo em conta os antecedentes e a guerra que se desencadeou, vai fazê-lo a conta-gotas...
Perderá quanto muito 50 milhões, à actual cotação, mas pode recuperar essa perda numa compra de acções próprias.
As outras razões que poderiam estar por detrás da compra dos 20% da SEMAPA por parte da CIMPOR continuam a não se vislumbrar. A única hipótese plausível continuaria a ser uma tentativa de OPA.
Mas aqui a minha opinião evoluiu e considero que a OPA por parte da CPR se tornou inviável e sem grandes hipóteses de sucesso. Queirós Pereira, com uma maioria de 53% e abandonando a CIMPOR, fica com uma liquidez suficiente para lançar uma contra-opa muito mais aliciante...
JAS Escreveu:Nesta hipótese de OPA encontraríamos uma explicação para o que tem acontecido às cotações da SEMAPA. Nos últimos tempos elas têm sido nitidamente balizadas evitando qualquer subida.
Isso pode significar que se pretende controlar e baixar a média ponderada, média essa que define o valor mínimo admissível para uma eventual OPA.
Entretanto, neste último mês, a cotação evoluíu de 3,28 para 3,02. Mas, o mais importante, com as grandes transações que foram realizadas em 7 e 8 de Janeiro (volume foi equivalente ao dos 5 meses anteriores...) a média ponderada pode ter descido para a casa dos 3,25 tornando plausível um valor de OPA entre 3,30/3,80.
O que se alterou e qual pode ser a evolução futura das cotações das duas cimenteiras?
Na CIMPOR parece que se poderá registar uma evolução positiva graças ao efeito do stock split mas que teremos uma forte pressão vendedora por parte da SEMAPA. Não vejo que o grupo TDU, com um forte endividamento, tenha qualquer interesse em aumentar a sua % pois a que tem é mais que suficiente para assegurar o controle. O grupo BCP poderá querer é aliviar, já tem problemas que cheguem... Os grupos estrangeiros, cada um per si, também não me parece que tenham grande interesse em aumentar as participações num grupo que não controlam. Mas a CIMPOR comprar acções próprias é perfeitamente viável e muito aliciante, aos valores actuais, para os accionistas.
Sendo assim parece prevísível que as cotações se mantenham nos actuais níveis por muito e muito tempo até acabar o conta-gotas da SEMAPA... a não ser que haja acordo entre os grupos e se assista a um único negócio em que a SEM vende a totalidade dos seus 9% e a CPR compra 9% de acções próprias.
Passemos à SEMAPA. Aqui, se já não acreditamos na hipótese de OPA por parte da CPR, teremos que admitir que acabará o interesse em fazer descer as cotações.
Mas também me lembrei que esta ausência de comunicações acerca das grandes transações ou passagens que foram realizadas pode significar que a CPR terá vendido uma parte. Julgo que não há obrigação de comunicar pois o accionista mantém-se dentro do mesmo intervalo de 10 a 20% e só o teria que fazer se saísse dele. Sendo assim a CPR ainda lá terá muito mais para largar...
Eu não acredito muito neste cenário de ambos os grupos começarem a largar em bolsa grandes quantidades do outro... Isso arrasaria as cotações de ambos mas seria muito mais grave para a CPR (porque a participação em euros da SEM na CPR é muito maior do que a da CPR na SEM).
Acredito muito mais que vão vender, a conta-gotas ou em lotes mais ou menos importantes, mas sabendo por acordo tácito que o outro grupo as vai comprar sem afectar muito as cotações. Isto será detectável se o volume começar agora a aumentar.
No caso da CIMPOR esta operação pode ser totalmente absorvida por compra de acções próprias.
No caso da SEMAPA a operação pode ser apenas absorvida em 50% dada a limitação de um máximo de 10% de accões próprias.
Mas convém não esquecer que, traduzido em euros, a participação de 20% da CIMPOR na SEMAPA vale à cotação actual de 3,02 euros, cerca de 71,5 milhões ou seja apenas 37% da posição contrária que valerá 194,3 milhões.
Quando a CPR acabar de vender ainda sobram 123 milhões à SEM...
E isto, quanto a mim, significa que a SEM será aquela que pode ditar as regras do jogo.
E se manda no jogo há uma hipótese muito interessante: Lançar uma OPA às acções que estão de fora pagando com acções da CPR... ou acordando primeiro que a CPR compra os 9% passando a pagar em cash.
JAS
P.S. - Deixo o desenvolvimento deste cenário para uma próxima oportunidade.
Semapa estuda impugnação da AG da Cimpor e pondera vender po
Semapa estuda impugnação da AG da Cimpor e pondera vender posição
A Semapa estuda a eventual impugnação da Assembleia Geral da Cimpor que se realizou hoje, que permitirá o afastamento de José Honório do Conselho de Administração, ponderando a venda dos 9% que detém na maior cimenteira nacional, disse Queirós Pereira, que acredita na CMVM para corrigir perturbações na Cimpor.
2003/01/31 17:18:00
A Semapa estuda a eventual impugnação da Assembleia Geral da Cimpor que se realizou hoje, que permitirá o afastamento de José Honório do Conselho de Administração, ponderando a venda dos 9% que detém na maior cimenteira nacional, disse Queirós Pereira, que acredita na CMVM para corrigir perturbações na Cimpor.
2003/01/31 17:18:00
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AG da Cimpor rejeita todas as propostas do accionista Secilp
AG da Cimpor rejeita todas as propostas do accionista Secilpar
A assembleia Geral da Cimpor rejeitou as sete propostas da Secilpar, entre elas uma que implicaria a votação pelos accionistas das aquisições da Cimpor, que agora carecem apenas do parecer do Conselho de Administração, disse um accionista à saída da AG.
No âmbito do potencial conflito de interesses entre a Cimpor e os seus accionistas, a Secilpar propôs hoje que «a celebração de negócios entre a Cimpor e pessoas detentoras, directa ou indirectamente, de mais de 2% do capital da cimenteira nacional, deve ser previamente aprovada por deliberação da assembleia geral, sempre que contrapartida (...) exceda 1% do volume de negócios da Cimpor», segundo a proposta de aditamento aos actuas estatutos da Cimpor, apresentada pela empresa liderada por Pedro Queirós Pereira.
Para justificar esta proposta a Secilpar, da Semapa [SEMA], que detém 9% da Cimpor, lembrou as aquisições que a Cimpor [CIMP] fez à Lafarge em Espanha, que envolveu um montante de 225 milhões de euros e à Holcim, que vendeu a sua posição na Natal Portland à cimenteira nacional, entre outros negócios.
Neste caso a Secilpar pretendia ainda que na referida AG para votar as aquisições, os accionistas da Cimpor envolvidos no negócio, não pudessem participar na votação.
A Secil, que lutou pelo controlo da Cimpor, tendo mesmo lançado uma oferta pública de aquisição com a parceira Holcim, pretendia ainda que o Conselho de Administração da Cimpor reunisse obrigatoriamente uma vez por mês, e que todos os administradores da empresa fossem informados três dias antes dessa reunião e que os mesmos tivessem direito «a toda e qualquer informação que fosse necessária para o exercício das suas funções».
Com esta proposta a rival da Cimpor pretendia que José Honório, seu administrador financeiro e representante dos minoritários na Cimpor, tivesse conhecimento das decisões de gestão em estudo na maior cimenteira nacional.
A Secilpar viu ainda preterida a sua proposta de ver o seu administrador José Honório na Comissão Executiva da Cimpor. Segundo aquela cimenteira, «a respectiva composição (da Comissão Executiva) deve reflectir, na medida do possível, o equilíbrio existente entre administradores ligados a accionistas dominantes e os administradores independentes».
Esta accionista pretendia que fosse especificado «quais os poderes delegados num ou mais administradores ou na Comissão Executiva», acrescenta o documento da Secilpar.
As reuniões da Comissão executiva da Cimpor deveriam, segundo a proposta rejeitada, ser lavradas em acta e em detalhe.
As intenções do Grupo Semapa em ver gravadas as reuniões do Conselho de Administração, também foram rejeitadas pelas maioria dos accionistas.
A Secilpar queria ainda que fosse criada uma comissão consultiva sobre a estrutura e Governo societários composta por três membros, com dois deles a serem eleitos pela AG e o terceiro escolhido pelos dois primeiros, que presidiria ao referido órgão.
2003/01/31 17:14:00
A assembleia Geral da Cimpor rejeitou as sete propostas da Secilpar, entre elas uma que implicaria a votação pelos accionistas das aquisições da Cimpor, que agora carecem apenas do parecer do Conselho de Administração, disse um accionista à saída da AG.
No âmbito do potencial conflito de interesses entre a Cimpor e os seus accionistas, a Secilpar propôs hoje que «a celebração de negócios entre a Cimpor e pessoas detentoras, directa ou indirectamente, de mais de 2% do capital da cimenteira nacional, deve ser previamente aprovada por deliberação da assembleia geral, sempre que contrapartida (...) exceda 1% do volume de negócios da Cimpor», segundo a proposta de aditamento aos actuas estatutos da Cimpor, apresentada pela empresa liderada por Pedro Queirós Pereira.
Para justificar esta proposta a Secilpar, da Semapa [SEMA], que detém 9% da Cimpor, lembrou as aquisições que a Cimpor [CIMP] fez à Lafarge em Espanha, que envolveu um montante de 225 milhões de euros e à Holcim, que vendeu a sua posição na Natal Portland à cimenteira nacional, entre outros negócios.
Neste caso a Secilpar pretendia ainda que na referida AG para votar as aquisições, os accionistas da Cimpor envolvidos no negócio, não pudessem participar na votação.
A Secil, que lutou pelo controlo da Cimpor, tendo mesmo lançado uma oferta pública de aquisição com a parceira Holcim, pretendia ainda que o Conselho de Administração da Cimpor reunisse obrigatoriamente uma vez por mês, e que todos os administradores da empresa fossem informados três dias antes dessa reunião e que os mesmos tivessem direito «a toda e qualquer informação que fosse necessária para o exercício das suas funções».
Com esta proposta a rival da Cimpor pretendia que José Honório, seu administrador financeiro e representante dos minoritários na Cimpor, tivesse conhecimento das decisões de gestão em estudo na maior cimenteira nacional.
A Secilpar viu ainda preterida a sua proposta de ver o seu administrador José Honório na Comissão Executiva da Cimpor. Segundo aquela cimenteira, «a respectiva composição (da Comissão Executiva) deve reflectir, na medida do possível, o equilíbrio existente entre administradores ligados a accionistas dominantes e os administradores independentes».
Esta accionista pretendia que fosse especificado «quais os poderes delegados num ou mais administradores ou na Comissão Executiva», acrescenta o documento da Secilpar.
As reuniões da Comissão executiva da Cimpor deveriam, segundo a proposta rejeitada, ser lavradas em acta e em detalhe.
As intenções do Grupo Semapa em ver gravadas as reuniões do Conselho de Administração, também foram rejeitadas pelas maioria dos accionistas.
A Secilpar queria ainda que fosse criada uma comissão consultiva sobre a estrutura e Governo societários composta por três membros, com dois deles a serem eleitos pela AG e o terceiro escolhido pelos dois primeiros, que presidiria ao referido órgão.
2003/01/31 17:14:00
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AG da Cimpor aprova eleição por maioria do administrador dos
AG da Cimpor aprova eleição por maioria do administrador dos minoritários
A Assembleia Geral da Cimpor aprovou a alteração dos estatutos, que permite que o representante dos accionistas minoritários seja votado por maioria, sendo que actualmente o mesmo é escolhido pelos próprios minoritários que se opusessem à composição do Conselho de Administração, disse um accionista num intervalo da reunião.
«Foi alterado o regime especial de eleição do administrador dos minoritários que passa a ser decidido por maioria de todos os accionistas», explicou a mesma fonte, que acrescentou que este ponto teve a desaprovação do accionista Secilpar.
A suíça Holcim, que tem votado ao lado da Secilpar nas últimas AG, na reunião de hoje aprovou as propostas do Conselho de Administração.
Com esta medida o Conselho de Administração da Cimpor [CIMP] prepara-se para afastar José Honório, actual administrador financeiro da Secil e representante dos minoritário na gestão da maior cimenteira nacional.
O Conselho de Administração justifica esta alteração na eleição do administrador dos minoritários, com a conveniência «para o interesse social em instituir um sistema estatutário próprio», segundo a proposta da gestão da Cimpor apresentada hoje aos accionistas.
Segundo apurou o Negocios.pt na AG anual da Cimpor, que se vai realizar em Março ou Abril, o CA da Cimpor não dá o voto de confiança a José Honório, o que implicará a sua destituição do cargo, votando posteriormente a favor um novo administrador dos minoritários, que seja próximo da Teixeira Duarte.
A Teixeira Duarte é o maior accionista da Cimpor, tendo como aliados a BCP e a Lafarge. Considera-se accionista minoritário quem tenha mais de 10% e menos de 20% do capital da Cimpor.
AG aprova «stock split» e fim de direitos especiais do Estado
A AG aprovou ainda a realização de um «stock split» na razão de cinco por uma acção, proposta do Conselho de Administração, à qual o accionista Secilpar votou a favor. Esta proposta visa aumentar «as condições de liquidez e negociação bolsista dos títulos da Cimpor».
Os accionistas da Cimpor aprovaram ainda o fim dos direitos especiais do Estado nas decisões estratégicas da cimenteira, como aumentos da capital ou novas aquisições.
O Estado deixou de ser accionista da Cimpor desde a última fase de reprivatização da empresa, mas mantinha estes direitos especiais.
Foi também aprovado, pela maioria dos accionistas, a autorização dos documentos da empresa poderem ser assinados de forma electrónica.
Foi também aprovado que o Conselho Fiscal deverá reunir-se «pelo menos todos os trimestres».
A AG foi suspensa para almoço, sendo que da parte da tarde os accionistas vão votar as proposta da Secilpar, em que se encontra a votação das aquisições da Cimpor em AG e não pelo Conselho de Administração.
A Cimpor seguia inalterada nos 16,04 euros.
2003/01/31 14:13:00
A Assembleia Geral da Cimpor aprovou a alteração dos estatutos, que permite que o representante dos accionistas minoritários seja votado por maioria, sendo que actualmente o mesmo é escolhido pelos próprios minoritários que se opusessem à composição do Conselho de Administração, disse um accionista num intervalo da reunião.
«Foi alterado o regime especial de eleição do administrador dos minoritários que passa a ser decidido por maioria de todos os accionistas», explicou a mesma fonte, que acrescentou que este ponto teve a desaprovação do accionista Secilpar.
A suíça Holcim, que tem votado ao lado da Secilpar nas últimas AG, na reunião de hoje aprovou as propostas do Conselho de Administração.
Com esta medida o Conselho de Administração da Cimpor [CIMP] prepara-se para afastar José Honório, actual administrador financeiro da Secil e representante dos minoritário na gestão da maior cimenteira nacional.
O Conselho de Administração justifica esta alteração na eleição do administrador dos minoritários, com a conveniência «para o interesse social em instituir um sistema estatutário próprio», segundo a proposta da gestão da Cimpor apresentada hoje aos accionistas.
Segundo apurou o Negocios.pt na AG anual da Cimpor, que se vai realizar em Março ou Abril, o CA da Cimpor não dá o voto de confiança a José Honório, o que implicará a sua destituição do cargo, votando posteriormente a favor um novo administrador dos minoritários, que seja próximo da Teixeira Duarte.
A Teixeira Duarte é o maior accionista da Cimpor, tendo como aliados a BCP e a Lafarge. Considera-se accionista minoritário quem tenha mais de 10% e menos de 20% do capital da Cimpor.
AG aprova «stock split» e fim de direitos especiais do Estado
A AG aprovou ainda a realização de um «stock split» na razão de cinco por uma acção, proposta do Conselho de Administração, à qual o accionista Secilpar votou a favor. Esta proposta visa aumentar «as condições de liquidez e negociação bolsista dos títulos da Cimpor».
Os accionistas da Cimpor aprovaram ainda o fim dos direitos especiais do Estado nas decisões estratégicas da cimenteira, como aumentos da capital ou novas aquisições.
O Estado deixou de ser accionista da Cimpor desde a última fase de reprivatização da empresa, mas mantinha estes direitos especiais.
Foi também aprovado, pela maioria dos accionistas, a autorização dos documentos da empresa poderem ser assinados de forma electrónica.
Foi também aprovado que o Conselho Fiscal deverá reunir-se «pelo menos todos os trimestres».
A AG foi suspensa para almoço, sendo que da parte da tarde os accionistas vão votar as proposta da Secilpar, em que se encontra a votação das aquisições da Cimpor em AG e não pelo Conselho de Administração.
A Cimpor seguia inalterada nos 16,04 euros.
2003/01/31 14:13:00
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Bons dias
Depois dos tempos conturbados a bonança chegou à Semapa ao nivel das cotações. As passagens aparentemente terminaram sendo ainda uma incógnita a identidade do comprador/vendedor apesar de se especular e desconfiar que a compra foi externa ou seja veio do estrangeiro.
"A Cimpor vai propôr na Assembleia Geral do dia 31 de Janeiro a alteração dos critérios para a eleição do administrador dos minoritários, uma estratégia encarada como visando afastar o representante dos accionistas minoritários e administrador da Secil, da Semapa , José Honório, avança o DE. "
Relativamente a esta ultima noticia podemos sem duvida dizer que a guerra está ao rubro....quem será o elo mais fraco?
A coabitação das duas posições é cada vez mais dificil....quem irá ceder?Vende a Semapa os 10% da CPR ou vende a Cimpor os 20% da SEM?
Ou ainda alguma OPA em perspectiva???
P.S. Temos um muro de betão armado em CPR a 16.00..não a querem abaixo desse valor
Como eu digo...vamos indo e vamos vendo
"Por isso digo que a vitória pode ser criada:Pois mesmo que o inimigo seja numeroso, posso evitar que ele entre em combate"
A Arte da Guerra
Sun Tzu
Depois dos tempos conturbados a bonança chegou à Semapa ao nivel das cotações. As passagens aparentemente terminaram sendo ainda uma incógnita a identidade do comprador/vendedor apesar de se especular e desconfiar que a compra foi externa ou seja veio do estrangeiro.
"A Cimpor vai propôr na Assembleia Geral do dia 31 de Janeiro a alteração dos critérios para a eleição do administrador dos minoritários, uma estratégia encarada como visando afastar o representante dos accionistas minoritários e administrador da Secil, da Semapa , José Honório, avança o DE. "
Relativamente a esta ultima noticia podemos sem duvida dizer que a guerra está ao rubro....quem será o elo mais fraco?

A coabitação das duas posições é cada vez mais dificil....quem irá ceder?Vende a Semapa os 10% da CPR ou vende a Cimpor os 20% da SEM?
Ou ainda alguma OPA em perspectiva???
P.S. Temos um muro de betão armado em CPR a 16.00..não a querem abaixo desse valor

Como eu digo...vamos indo e vamos vendo
"Por isso digo que a vitória pode ser criada:Pois mesmo que o inimigo seja numeroso, posso evitar que ele entre em combate"
A Arte da Guerra
Sun Tzu
Um abraço,
Small Caps
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Cimpor aperta cerco a José Honório
Cimpor aperta cerco a José Honório
16-1-2003 9:4
A Cimpor vai propôr na Assembleia Geral do dia 31 de Janeiro a alteração dos critérios para a eleição do administrador dos minoritários, uma estratégia encarada como visando afastar o representante dos accionistas minoritários e administrador da Secil, da Semapa , José Honório, avança o DE.
16-1-2003 9:4
A Cimpor vai propôr na Assembleia Geral do dia 31 de Janeiro a alteração dos critérios para a eleição do administrador dos minoritários, uma estratégia encarada como visando afastar o representante dos accionistas minoritários e administrador da Secil, da Semapa , José Honório, avança o DE.
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Actualização dia 10
TRSM Escreveu:Cimpor formaliza aquisição de duas fábricas da Lafarge
(...)
As duas fábricas da sua accionista francesa Lafarge localizadas na Andaluzia, no Sul de Espanha, foram adquiridas pelo montante de 225 milhões de euros.(...).
A Lafarge, que controla 10% do capital da Cimpor, já tinha referido que esta venda está inserida no plano de desinvestimento da empresa, que pretende arrecadar 700 milhões de euros com a venda de activos este ano.
TRSM Escreveu:Outra duvida que se me coloca são estas compras dos activos da Lafarge em Espanha por parte da Cimpor....numa mera especulação será que podemos estar a assistir a uma possivel "injecção" de liquidez na Lafarge para eles depois comprarem a posição do BCP na Cimpor?
A injecção de 225 milhões de euros seria quase suficiente para comprar os 11,76% da Cimpor ao grupo BCP pois esta, à cotação actual de 16,00 euros, vale cerca de 253 milhões.
Mas isso parece-me contrário à afirmação de que a Lafarge vende esses activos porque pretende arrecadar este ano 700 milhões.
Por outro lado no Grupo BCP temos que subdividir as participações que eu, no meu post e para simplicar, indiquei totalizarem 11,76%:
BCP - 4,50%
Seguros e Pensões - 7,26% (directamente e através dos Fundos que gere)
Provavelmente o JG refere-se a que "pode" alienar a participação directa do BCP e que é apenas de 4,5%.
Pessoalmente não acredito que o BCP venda essa posição fora do grupo TDU/Lafarge. Mas também me parece muito difícil que a TDU se vá endividar mais para a comprar. Portanto resta a Lafarge, não é?
Apesar de poder ser ilógico que a Lafarge ande a vender activos para depois os ir recomprar de forma indirecta, através da Cimpor, isso torna-se lógico se pretender passar a controlar a Cimpor...
Entretanto, hoje dia 10, não houve passagens na SEMAPA e esta fechou a subir 0,01 para 3,26 com um volume de apenas 13k.
E a Cimpor fechou a descer 0,01 para 16,00 com um volume de 16k.
JAS
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