Contas warrantianas e pressão sobre a LJ...
20 mensagens
|Página 1 de 1
as complicações dos warrants
Sorry Pata estava off mas espero ainda vir a tempo de meter a minha colherada no caldeirão.....
Desta já longa conversa, vejo 3 questões importantes:
1. problemas com a put da PTC
2. análise dos parâmetros, vulgo sensibilidades
3. forma de determinação da volatilidade
1. Acho que o que se passou com a put WSGPTC19 não tem a ver com nenhuma grande alteração de volatilidade, o smile de volatilidade não foi alterado. O que acontece é que a PTC tem estado a cair, o warrant vai entrando na moeda e a vol para opções com esse rácio spot/strike é mais baixo.
E o que é isso do smile devem estar alguns a pensar (especialmente quando os warrants não dão muitas razões para sorrir). O nome vem dos primórdios das opções, altura em que quando se construía um gráfico representando a vol implícita para os vários níveis do rácio spot/strike, a linha tinha a forma de um smile
. Esta curva evolui com o tempo e actualmente é já chamada de snear (continua mais elevada para as call OTM mas já não tanto para as muito ITM). Assim, não é preciso que a vol se altere para que hajam ajustamento na vol implícita dos warrants, as alterações no valor do subjacente fazem isso mesmo. Já tinha incluído um gráfico com a superfície de vol do IBEX noutro post por isso hoje vai a Motorola (mas isto é muito antigo). anexo 1
2. Tenho que concordar que analisar as variações dos preços das opções não é nada linear mas também não é impossível e o que é preciso é perder algum tempo a perceber como as coisas funcionam e depois tudo é mais fácil.
O MarcoAntonio deu uma explicação muito interessante para as diferenças de impacto de variações da volatilidade nos vários tipos de opções. Para se perceber melhor, aqui ficam mais uns gráficos (eu sou adepta, acho mais fácil perceber):
- só as opções ITM têm valor intrínseco:
Gráfico duma call - anexo 2
Como as alterações de vol e a passagem do tempo só têm impacto no valor temporal, essas têm enorme importância nas opções OTM pois fazem variar todo o seu valor. No entanto, são as opções próximo da moeda que mais valor temporal têm e que mais reagem a variações de vol e ao tempo.
Já dizia o surfer que a melhor coisa é comprar warrants perto da moeda e vende-los quando entrarem na moeda (isto num mundo ideal em que existissem warrants para todas as circunstâncias de mercado).
- o delta (variação do warrant devida a variações no spot)
Quanto mais ITM estiver a opção, maior será o aumento no seu preço devido a variações do subjacente. Delta duma call - anexo 3
Quando a opção estiver muito OTM, por muito que o spot varie, ela não altera muito de valor.
- o vega (variação do warrant devida a variações na volatilidade)
Dado que é quando a opção está ITM que têm maior valor temporal, é também nessa altura que as variações de volatilidade têm maior impacto.
anexo 4
- o theta (perda de valor do warrant pela passagem de 1 dia)
É muito importante quando o warrant estiver perto da maturidade mas quase negligenciável para warrants com maturidades grandes.
anexo 5
3. A volatilidade implícita é retirada do mercado de derivados por inversão das fórmulas de cálculo das opções. Quer dizer, nos mercados derivados, aquilo que se está a negociar é volatilidade e não os subjacentes. Nesses mercados tb existem compradores e vendedores e é a interacção entre eles que determina os valores da volatilidade. Tal e qual como se estabelece a cotação duma acção no mercado à vista (mais compradores, sobe; mais vendedores, desce).
Os MM recalculam a todo o momento os valores para as volatilidades implícitas das várias opções e actualizam esses valores nos warrants.
Isto funciona assim para os subjacentes para os quais existem mercados líquidos de derivados. Mas como todos sabemos, não é o caso das acções portuguesas, nem mesmo da PTC. Vai daí é preciso adaptar.... neste caso é normal utilizar a volatilidade histórica do subjacente como referência, utilizar a volatilidade implícita para subjacentes comparáveis, etc....; Isto nem sempre é mau para quem negoceia em warrants pois as variações, uma vez que os MM estão um bocado no escuro, não são muito grandes.
Estou com problemas nos anexos, já ponho os outros.
Desta já longa conversa, vejo 3 questões importantes:
1. problemas com a put da PTC
2. análise dos parâmetros, vulgo sensibilidades
3. forma de determinação da volatilidade
1. Acho que o que se passou com a put WSGPTC19 não tem a ver com nenhuma grande alteração de volatilidade, o smile de volatilidade não foi alterado. O que acontece é que a PTC tem estado a cair, o warrant vai entrando na moeda e a vol para opções com esse rácio spot/strike é mais baixo.
E o que é isso do smile devem estar alguns a pensar (especialmente quando os warrants não dão muitas razões para sorrir). O nome vem dos primórdios das opções, altura em que quando se construía um gráfico representando a vol implícita para os vários níveis do rácio spot/strike, a linha tinha a forma de um smile

2. Tenho que concordar que analisar as variações dos preços das opções não é nada linear mas também não é impossível e o que é preciso é perder algum tempo a perceber como as coisas funcionam e depois tudo é mais fácil.
O MarcoAntonio deu uma explicação muito interessante para as diferenças de impacto de variações da volatilidade nos vários tipos de opções. Para se perceber melhor, aqui ficam mais uns gráficos (eu sou adepta, acho mais fácil perceber):
- só as opções ITM têm valor intrínseco:
Gráfico duma call - anexo 2
Como as alterações de vol e a passagem do tempo só têm impacto no valor temporal, essas têm enorme importância nas opções OTM pois fazem variar todo o seu valor. No entanto, são as opções próximo da moeda que mais valor temporal têm e que mais reagem a variações de vol e ao tempo.
Já dizia o surfer que a melhor coisa é comprar warrants perto da moeda e vende-los quando entrarem na moeda (isto num mundo ideal em que existissem warrants para todas as circunstâncias de mercado).
- o delta (variação do warrant devida a variações no spot)
Quanto mais ITM estiver a opção, maior será o aumento no seu preço devido a variações do subjacente. Delta duma call - anexo 3
Quando a opção estiver muito OTM, por muito que o spot varie, ela não altera muito de valor.
- o vega (variação do warrant devida a variações na volatilidade)
Dado que é quando a opção está ITM que têm maior valor temporal, é também nessa altura que as variações de volatilidade têm maior impacto.
anexo 4
- o theta (perda de valor do warrant pela passagem de 1 dia)
É muito importante quando o warrant estiver perto da maturidade mas quase negligenciável para warrants com maturidades grandes.
anexo 5
3. A volatilidade implícita é retirada do mercado de derivados por inversão das fórmulas de cálculo das opções. Quer dizer, nos mercados derivados, aquilo que se está a negociar é volatilidade e não os subjacentes. Nesses mercados tb existem compradores e vendedores e é a interacção entre eles que determina os valores da volatilidade. Tal e qual como se estabelece a cotação duma acção no mercado à vista (mais compradores, sobe; mais vendedores, desce).
Os MM recalculam a todo o momento os valores para as volatilidades implícitas das várias opções e actualizam esses valores nos warrants.
Isto funciona assim para os subjacentes para os quais existem mercados líquidos de derivados. Mas como todos sabemos, não é o caso das acções portuguesas, nem mesmo da PTC. Vai daí é preciso adaptar.... neste caso é normal utilizar a volatilidade histórica do subjacente como referência, utilizar a volatilidade implícita para subjacentes comparáveis, etc....; Isto nem sempre é mau para quem negoceia em warrants pois as variações, uma vez que os MM estão um bocado no escuro, não são muito grandes.
Estou com problemas nos anexos, já ponho os outros.
- Anexos
-
- anexo 3
- delta call.gif (11.71 KiB) Visualizado 1534 vezes
-
- anexo 2
- VI + VT call.gif (8.07 KiB) Visualizado 1528 vezes
-
- anexo 1
- motorola impl vol.gif (24.23 KiB) Visualizado 1532 vezes
- Mensagens: 26
- Registado: 19/12/2002 13:50
Já agora, em relação ao Turtle, eu não estou totalmente de acordo, tenho uma perspectiva bastante diferente (pessoalmente tanto compro warrants out como in, tudo depende do tipo de trade que pretendo fazer). A explicação está mais ou menos presente no «curto» post que coloquei lá atrás...


FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pata, a volatilidade implícita não é propriamente um parâmetro. A volatilidade implícita é inferido pelo valor da opção/warrant, mas não é um parâmetro/input para o cálculo do seu valor. E aqui é que existe alguma confusão.
O valor teórico é obtido através de modelos (existem dois ou três, todos chegando a valores bastante idênticos, como o de Black-Scholes por exemplo). Com o valor teórico «na mão» é que podemos inferir o valor da volatilidade que supostamente o warrant/opção reflecte (daí se dizer normalmente que a volatilidade implícita é a forma como o mercado avalia a volatilidade do subjacente). E por essa razão ainda a volatilidade implícita acabou transformada num indicador de sentimento do mercado, já que a forma como o mercado avalia a volatilidade está relacionada com o sentimento que a cada momento domina o mercado, como constatam os dados empíricos (VIX, por exemplo).
Ou seja, não interessa saber qual o valor da volatilidade implícita que «eles» utilizam porque eles não utilizam nenhuma. O que «eles» utilizam são modelos que dão origem a determinados valores de volatilidade implícita que nem sempre entendemos/gostamos...

O valor teórico é obtido através de modelos (existem dois ou três, todos chegando a valores bastante idênticos, como o de Black-Scholes por exemplo). Com o valor teórico «na mão» é que podemos inferir o valor da volatilidade que supostamente o warrant/opção reflecte (daí se dizer normalmente que a volatilidade implícita é a forma como o mercado avalia a volatilidade do subjacente). E por essa razão ainda a volatilidade implícita acabou transformada num indicador de sentimento do mercado, já que a forma como o mercado avalia a volatilidade está relacionada com o sentimento que a cada momento domina o mercado, como constatam os dados empíricos (VIX, por exemplo).
Ou seja, não interessa saber qual o valor da volatilidade implícita que «eles» utilizam porque eles não utilizam nenhuma. O que «eles» utilizam são modelos que dão origem a determinados valores de volatilidade implícita que nem sempre entendemos/gostamos...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Turtle, concordo em parte contigo, concordo com as tuas conclusões. Sempre achei os warrants muito complexos no pricing para leigo e por isso tive tanta reticência em comprar os meus primeiros.
É que a afirmação comum de que está tudo nos pricers e que basta conhecer os parametros e usar os pricers, não é verdadeira. O que se diz é que os pricers são a referência e tudo o que sai dos parametros de default dos pricers é catalogado como roubo por parte do MM. Ora a volatilidade é um parametro em default, calculado por eles e não divulgado. O pricer não se ajusta para a volatilidade. Se conseguissemos perceber com o calculam, deixariamos de ter surpresas.
Teria piada conseguirmos perceber melhor o mecanismo de cálculo do parametros que transforma os warrants em verdadeiras caixas de surpresas em algo que possamos melhor entender e perceber e portanto "brincar" percebendo as regras.
É que a afirmação comum de que está tudo nos pricers e que basta conhecer os parametros e usar os pricers, não é verdadeira. O que se diz é que os pricers são a referência e tudo o que sai dos parametros de default dos pricers é catalogado como roubo por parte do MM. Ora a volatilidade é um parametro em default, calculado por eles e não divulgado. O pricer não se ajusta para a volatilidade. Se conseguissemos perceber com o calculam, deixariamos de ter surpresas.
Teria piada conseguirmos perceber melhor o mecanismo de cálculo do parametros que transforma os warrants em verdadeiras caixas de surpresas em algo que possamos melhor entender e perceber e portanto "brincar" percebendo as regras.
Opções
Gostei de ler as vossas intervenções.
Queria apenas lembrar que as opções têm uma grande vantajem sobre os warrants: é que podemos entrar curtos nas opções. O seu único problema é a falta de liquidez.
Um abraço
Fernando dos Aidos
Queria apenas lembrar que as opções têm uma grande vantajem sobre os warrants: é que podemos entrar curtos nas opções. O seu único problema é a falta de liquidez.
Um abraço
Fernando dos Aidos
Da minha pouca experiência em warrants, já concluí que warrants out-of-the-money NUNCA MAIS, em caso algum. Podem ser tentadores em termos de alavancagem mas caso as coisas corram ao contrário do esperado é quase impossível evitar uma catástrofe.
Também decidi nunca utilizar warrants com menos de 3 meses até à maturidade e, tal como o Paciente, ter time frames de trade de muito curto prazo. Idealmente, não os deterei mais de 2 ou 3 dias.
São instrumentos para fazer pequenas e curtas incursões. Nestas condições não me tenho dado mal, quando saí delas acabei quase sempre por me espalhar. E dentro destes princípios pouco me importa quem é o MM.
Um abraço
FT
Também decidi nunca utilizar warrants com menos de 3 meses até à maturidade e, tal como o Paciente, ter time frames de trade de muito curto prazo. Idealmente, não os deterei mais de 2 ou 3 dias.
São instrumentos para fazer pequenas e curtas incursões. Nestas condições não me tenho dado mal, quando saí delas acabei quase sempre por me espalhar. E dentro destes princípios pouco me importa quem é o MM.
Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Já agora uma curta explicação porque os warrants in-the-money são bastante menos afectados pela volatilidade e pelo decorrer do tempo: a volatilidade implícita e o tempo só afectam a parte do preço correspondendente ao valor temporal. Se um warrant/opção se encontra out-of-the-money, a totalidade do seu valor teórico corresponde ao valor temporal, não tem qualquer valor intrínseco, digamos que todo o seu valor é virtual e basea-se no pressuposto de que, como falta tempo até à maturidade e o subjacente mexe (volatilidade), então a opção/warrant tem um potencial de valorização, é assim como uma espécie de seguro, pagamos sem saber se ele virá a valer realmente alguma coisa... chegando ao fim do período, se não tiver acontecido nada que faça accionar o seguro então o dinheiro que gastamos foi completamente desperdiçado. Ou seja, à priori, teremos que pagar um <b>prémio</b> apesar do activo que estamos a adquirir não ter qualquer valor real (mas que poderá vir a ter). Da mesma forma que pagamos por um Seguro. Agora imaginemos que queremos accionar um seguro mas para apenas meio ano (sobre o mesmo valor). Obviamente pagaremos menos que aquele que accionar o seguro para um ano já que a probabilidade de ele vir a ser accionado decresce consideravelmente. Ou ainda que, por alguma razão relacionada com a realidade ao que o Seguro diz respeito, a probabilidade dele ser accionado aumento (por exemplo, os acidentes ou roubos conforme o caso estão a aumentar) - nesse caso, o prémio aumenta, ou seja, o valor virtual do Seguro aumenta.
No entanto, quando os warrants se encontram in-the-money, passam a ter além do valor temporal, uma valor intrínseco (um valor real) que funciona um pouco como um off-set. Digamos que é assim como um Seguro que dá direito a reembolso de uma parte do que pagamos caso não aconteça nada!... Ora, a volatilidade não afecta o valor intrínseco (o tal valor de off-set que no caso do Seguro corresponde ao que seria devolvido no final o contrato), apenas o valor temporal. Desta forma, quanto mais in-the-money estiver, maior é a percentagem do valor teórico que corresponde a valor intrínseco (valor real) e menor a que corresponde a valor temporal. Assim, quanto mais in-the-money, menos sensível o warrant está à variação da volatilidade e do decorrer do tempo.
Em warrants out-of-the-money torna-se assim determinante, não só acertar no movimento, mas ainda no momento em que este se dá, porque esperar pelo movimento poderá ter um custo assinalável e transformar um lucro em prejuízo ou anular os lucros potenciais. Para posições de médio-prazo (ou não muito curto-prazo) é aconselhável optar por warrants in-the-money. Se acreditamos que um activo vai cair/subir mas não temos grandes certezas quanto ao momento em que se vai iniciar o movimento então é preferível optar por warrants in. Os warrants out não são no entanto de colocar de parte. O meu conselho vai para optar por estes warrants quando o trade é «reactivo», ou seja, o sinal já foi dado e o movimento já se iniciou, apenas pretendemos entrar no comboio que já está em movimento. Neste caso os warrants out são bastante interessantes porque proporcionam um maior efeito de alavancagem. Mas atenção, teremos de ser igualmente prestos a sair, porque mal o movimento termine, esse warrant começará a ser seriamente afectado, por duas razões: se o movimento acabou então a volatilidade que provavelmente aumentou durante o movimento vai agora retornar para valores mais baixos. E por outro lado temos o decorrer do tempo já sem o subjacente a movimentar-se a favor do warrant o que afecta negativamente de igual modo o valor daquele.
Estes factores são ainda traiçoeiros noutro aspecto, o warrant que nesse movimento esteve <b>contra</b> o movimento: os warrants que estão do lado errado não são tão afectados durante o movimento contra como seria caso não entrassem em linha de conta com a volatilidade, transportando parte dessa desvalorização para o final do movimento. Isso leva-me a concluir que quando um warrant está contra o movimento e não desvaloriza significativamente (e mesmo que desvalorize significativamente) é aconselhável vende-lo, porque mais tarde ele vai desvalorizar. Quando o movimento terminar ou o subjacente entrar em consolidação, dá-se uma quebra da volatilidade que aumentou com o movimento e de alguma forma atenuou a desvalorização do warrant. Ao dar-se essa quebra da volatilidade, o warrant corrige, por vezes de forma algo brusca (com acertos algo intempestivos dos MM).
Os warrants seguem modelos teóricos algo complexos e se bem que não se pode dizer que os MM e os emitentes são totalmente transparentes e correctos na sua actividade, também devo dizer que sempre considerei exageradas as críticas que lhes são feitas, enfim extrapolações compreensíveis quando o produto não é transparente nem totalmente linear.
No entanto, quando os warrants se encontram in-the-money, passam a ter além do valor temporal, uma valor intrínseco (um valor real) que funciona um pouco como um off-set. Digamos que é assim como um Seguro que dá direito a reembolso de uma parte do que pagamos caso não aconteça nada!... Ora, a volatilidade não afecta o valor intrínseco (o tal valor de off-set que no caso do Seguro corresponde ao que seria devolvido no final o contrato), apenas o valor temporal. Desta forma, quanto mais in-the-money estiver, maior é a percentagem do valor teórico que corresponde a valor intrínseco (valor real) e menor a que corresponde a valor temporal. Assim, quanto mais in-the-money, menos sensível o warrant está à variação da volatilidade e do decorrer do tempo.
Em warrants out-of-the-money torna-se assim determinante, não só acertar no movimento, mas ainda no momento em que este se dá, porque esperar pelo movimento poderá ter um custo assinalável e transformar um lucro em prejuízo ou anular os lucros potenciais. Para posições de médio-prazo (ou não muito curto-prazo) é aconselhável optar por warrants in-the-money. Se acreditamos que um activo vai cair/subir mas não temos grandes certezas quanto ao momento em que se vai iniciar o movimento então é preferível optar por warrants in. Os warrants out não são no entanto de colocar de parte. O meu conselho vai para optar por estes warrants quando o trade é «reactivo», ou seja, o sinal já foi dado e o movimento já se iniciou, apenas pretendemos entrar no comboio que já está em movimento. Neste caso os warrants out são bastante interessantes porque proporcionam um maior efeito de alavancagem. Mas atenção, teremos de ser igualmente prestos a sair, porque mal o movimento termine, esse warrant começará a ser seriamente afectado, por duas razões: se o movimento acabou então a volatilidade que provavelmente aumentou durante o movimento vai agora retornar para valores mais baixos. E por outro lado temos o decorrer do tempo já sem o subjacente a movimentar-se a favor do warrant o que afecta negativamente de igual modo o valor daquele.
Estes factores são ainda traiçoeiros noutro aspecto, o warrant que nesse movimento esteve <b>contra</b> o movimento: os warrants que estão do lado errado não são tão afectados durante o movimento contra como seria caso não entrassem em linha de conta com a volatilidade, transportando parte dessa desvalorização para o final do movimento. Isso leva-me a concluir que quando um warrant está contra o movimento e não desvaloriza significativamente (e mesmo que desvalorize significativamente) é aconselhável vende-lo, porque mais tarde ele vai desvalorizar. Quando o movimento terminar ou o subjacente entrar em consolidação, dá-se uma quebra da volatilidade que aumentou com o movimento e de alguma forma atenuou a desvalorização do warrant. Ao dar-se essa quebra da volatilidade, o warrant corrige, por vezes de forma algo brusca (com acertos algo intempestivos dos MM).
Os warrants seguem modelos teóricos algo complexos e se bem que não se pode dizer que os MM e os emitentes são totalmente transparentes e correctos na sua actividade, também devo dizer que sempre considerei exageradas as críticas que lhes são feitas, enfim extrapolações compreensíveis quando o produto não é transparente nem totalmente linear.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
AJsoares... o que estou a achar curioso é exactamente essa volatilidade implicita andar bastante abaixo dos valores habituais. Era o que gostava de perceber.... lá vou ter que ligar ao market maker se ninguém me ajudar a perceber como se calcula, porquê que está tão baixa e em que condições dará um pulo para cima para justificar ter isto em carteira...
O que nós vemos como sendo manipulação e que tem normalmente a ver com as mudanças de volatilidade por parte do MM, no fundo achamos que é porque a forma como é calculada nãoé transparente. Aliás, nota que os pricers aparecem tendo em default 50%, que é um valor que não corresponde aos usados. A info dos valores de volatilidade não é dado nem mesmo nos buletins diários... provavelmente deveria já que é parametro fundamental.
O que nós vemos como sendo manipulação e que tem normalmente a ver com as mudanças de volatilidade por parte do MM, no fundo achamos que é porque a forma como é calculada nãoé transparente. Aliás, nota que os pricers aparecem tendo em default 50%, que é um valor que não corresponde aos usados. A info dos valores de volatilidade não é dado nem mesmo nos buletins diários... provavelmente deveria já que é parametro fundamental.
Re: Contas warrantianas e pressão sobre a LJ...
[quote="Pata-Hari"]Temos que fazer uma manifestação às portas da LJ para exigirmos a criação de CFDs para a PTC. EU ALINHO, lol!
quote]
Ehehehehe.....Desculpa, retiro o que disse, realmente ainda estou meio zonzo do sono!
Deixa-me ir tomar café.........
Beijinhos
Surfer
quote]
Ehehehehe.....Desculpa, retiro o que disse, realmente ainda estou meio zonzo do sono!

Deixa-me ir tomar café.........
Beijinhos
Surfer
Desculpem meter a colherada ...
Eu só negoceio warrants muito in-the-money - neste caso uns put PT da Merryl Linch - e nem sequer ligo ao valor temporal e mesmo assim eles conseguem tornear a questão saindo do mercado, não actualizando os cofres etc..., todos os dias - já hoje o fiz - ligo para a Fincor, que é quem os comercializa, e hoje disse-lhes mesmo que se a brincadeira se repetir faço queixa formal na CMVM, é que hoje os cofres estão abaixo do valor intrinseco! Enfim ...
Abraço
Abraço
ASoares
- Mensagens: 83
- Registado: 10/12/2002 16:57
Pata...
Bom Dia!
Premite-me só uma observação:
As caracteristicas e calculo de qualquer warrant não é da responsabilidade da correctora, mas sim do Market Maker, neste caso se existir erro ou qq razão de queixa por parte do cliente, as queixas deveram ser apresentadas à SG e não à LJCarregosa.
Beijinhos!
Surfer

Premite-me só uma observação:
As caracteristicas e calculo de qualquer warrant não é da responsabilidade da correctora, mas sim do Market Maker, neste caso se existir erro ou qq razão de queixa por parte do cliente, as queixas deveram ser apresentadas à SG e não à LJCarregosa.
Beijinhos!

Surfer
A quem o dizes!
Tenho uma posição pequena nesses warrants e fico estupefacto com as alterações que o MM faz nos parâmetros desse warrant. O problema é sempre o mesmo: os warrants só dão para time-frames de curto prazo - eu diria 1 semana, no máximo 2 - e a favor da tendência. Caso contrário o risco é muito elevado.
A outra hipótese é escolher warrants que estejam muito in the money como é o caso do WCZDAX9 Put. São warrants com um valor elevado e por consequência com um vega muito baixo.
Para quem não anda nos futuros não existem alternativas para estar short, pelo que apoio a tua idéia de pressionarmos os tipos da LJ no sentido de incluirem a PT nos CFD's. Não vai ser fácil poeque eles têm que convencer os dinamarqueses que não deverão estar pelos ajustes uma vez que o nosso mercado é muito limitado (para além de ser pouco transpaarente - ou seja muito manipulado).
A outra hipótese é escolher warrants que estejam muito in the money como é o caso do WCZDAX9 Put. São warrants com um valor elevado e por consequência com um vega muito baixo.
Para quem não anda nos futuros não existem alternativas para estar short, pelo que apoio a tua idéia de pressionarmos os tipos da LJ no sentido de incluirem a PT nos CFD's. Não vai ser fácil poeque eles têm que convencer os dinamarqueses que não deverão estar pelos ajustes uma vez que o nosso mercado é muito limitado (para além de ser pouco transpaarente - ou seja muito manipulado).
- Mensagens: 79
- Registado: 5/11/2002 10:44
- Localização: Lisboa
«No entanto, o vega, que é a perda de valor diário»
A perda de valor diário é medida pelo Theta. O Vega mede a sensibilidade à variação da volatilidade ímplicita.
A perda de valor diário é medida pelo Theta. O Vega mede a sensibilidade à variação da volatilidade ímplicita.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
A outra questão aqui é que me parece que a volatilidade implicita que o MM está a usar é mais baixo do que o habitual (costuma andar mais próxima de 50%) e neste caso penso que estão a usar algo menor que 47% para justificar o pricing.
Penso que a descida da ptc a certa altura terá que se reflectir na volatilidade aumentando-a e portanto valorizando os puts. Seria giro se alguém ajudasse a perceber como se calcula esta volatilidade para sabermos quando esperar uma variação.... Cally, andas por aqui...?
Penso que a descida da ptc a certa altura terá que se reflectir na volatilidade aumentando-a e portanto valorizando os puts. Seria giro se alguém ajudasse a perceber como se calcula esta volatilidade para sabermos quando esperar uma variação.... Cally, andas por aqui...?
Contas warrantianas e pressão sobre a LJ...
Estou aqui a tentar olhar com olhos de ver (isto para um míope é facil de dizer), para os warrants da SG put, para a PTC.
Confesso que até estou chocada com a conclusão...
Estou a olhar para o WSGPTC19. Está out of the money porque o preço de exercicio é a 6. A maturidade é em março, dando ainda 2 meses de folga ao raio do warrant. No entanto, o vega, que é a perda de valor diário (e que eles até calculam para dias de transacção excluindo os dias de fim-de-semana) está em 0.007976, o que representa, para uma cotação de hoje da ptc a 6.47, um valor de .21 para o warrant e o que torna que a perda de valor diário do warrant pela passagem do tempo seja de 4%. Ora como a elasticidade preço está em 8.5%, a ptc tem que cair neste momento pelo menos .5% ao dia para justificar manter o warrant em carteira e não accionar um stop. Estes 4% parecem exorbitantes, mas a valores de ontem do warrant (que estava a .16 se não estou em erro), isso correspondia a 5% de perda diária pela simples manutenção em carteira do warrant....!
É absolutamente impressionante...
Obviamente que esta diferença se tende exponensialmente a atenuar se a ptc cair efectivamente, mas a combinação da perda de valor do warrants por subida do subjacente, exponensiada com o aumento de valor percentual do factor tempo relativamente ao valor do warrant são uma mistela absolutamente explosiva de tão "exponensiada" que é, socorro...
Bolas.... é absolutamente impressionante pegar no papel e na caneta para calcular isto....
Temos que fazer uma manifestação às portas da LJ para exigirmos a criação de CFDs para a PTC. EU ALINHO, lol!
(bem, senão lá tenho mesmo que preencher os papeis da conta de futuros...)
Confesso que até estou chocada com a conclusão...
Estou a olhar para o WSGPTC19. Está out of the money porque o preço de exercicio é a 6. A maturidade é em março, dando ainda 2 meses de folga ao raio do warrant. No entanto, o vega, que é a perda de valor diário (e que eles até calculam para dias de transacção excluindo os dias de fim-de-semana) está em 0.007976, o que representa, para uma cotação de hoje da ptc a 6.47, um valor de .21 para o warrant e o que torna que a perda de valor diário do warrant pela passagem do tempo seja de 4%. Ora como a elasticidade preço está em 8.5%, a ptc tem que cair neste momento pelo menos .5% ao dia para justificar manter o warrant em carteira e não accionar um stop. Estes 4% parecem exorbitantes, mas a valores de ontem do warrant (que estava a .16 se não estou em erro), isso correspondia a 5% de perda diária pela simples manutenção em carteira do warrant....!
É absolutamente impressionante...
Obviamente que esta diferença se tende exponensialmente a atenuar se a ptc cair efectivamente, mas a combinação da perda de valor do warrants por subida do subjacente, exponensiada com o aumento de valor percentual do factor tempo relativamente ao valor do warrant são uma mistela absolutamente explosiva de tão "exponensiada" que é, socorro...
Bolas.... é absolutamente impressionante pegar no papel e na caneta para calcular isto....
Temos que fazer uma manifestação às portas da LJ para exigirmos a criação de CFDs para a PTC. EU ALINHO, lol!
(bem, senão lá tenho mesmo que preencher os papeis da conta de futuros...)
20 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, AlfaTrader, fosgass2020, Google [Bot], Google Adsense [Bot], Kooc, navaldoc, OCTAMA, PAULOJOAO, Phil2014, SalvaFP, trilhos2006 e 282 visitantes