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Caldeirão da Bolsa

OBSESSÃO ANTIAMERICANA - Um livro a não perder!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

O prob não é a América. É mesmo o Bush e seus colegas

por GetSmarter » 30/1/2003 12:25

Digamso q não são propriamente de confiança.
1º nem sequer se sabe se foi eleito efectivamente
2º a unilateralidade é a palavra de ordem

Quanto aos programas e às somas, tb se pode apresentar o q devem à ONU, q não é pouco.

De qq modo, é importante ouvir todos os pontos de vista, aí concordo. Mas anti-americanismo é coisa de q se ouve pouco. Quase se é insultado como débil mental quando se critica o Deus americano. por isso o livro cheira um pouco a panegírico. Seria mais interessante, não conheço nenhum com divulgação tão apoiada, q fizesse exactamente o contrário: desmistificasse como o pró-americanismo se instalou e continua a ser alimentado com verbas q deixam as anunciadas pelo bush a corar de vergonha
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por Visitante » 30/1/2003 6:37

Subscrevo.

http://jornal.publico.pt/2003/01/30/Destaque/XEDIT.html

Nenhuma guerra, Bush dixit, mesmo uma guerra moderna, mesmo uma vitória total, "is free from sorrow"

Num discurso mais dirigido para os problemas internos dos Estados Unidos, o Presidente Bush anunciou ontem duas iniciativas unilaterais na frente internacional. Que se saiba, não consultou o Conselho de Segurança sobre nenhuma delas. Nem o Presidente Chirac ou o chanceler Schroeder.

A primeira dessas iniciativas unilaterais foi a criação de um gigantesco fundo destinado a investigar e desenvolver um veículo não poluente movido a hidrogénio. Quando esse tipo de veículo estiver operacional, desaparecerá uma das maiores fontes de poluição do planeta e a enorme dependência das sociedades desenvolvidas dos combustíveis fósseis.

A segunda dessas iniciativas unilaterais foi destinar outra soma colossal - o equivalente a um terço do orçamento de Estado português - ao combate à sida nos países pobres das Caraíbas e de África.

Os números são de uma tal dimensão que fazem corar de vergonha a nossa "humanitária" e "solidária" Europa.

E foi tudo, pelo menos no que diz respeito a unilateralismo puro e duro. Porque de resto, na frente internacional, o principal anúncio de George W. Bush foi que o seu secretário de Estado, Collin Powell, irá apresentar ao Conselho de Segurança, a 5 de Fevereiro, mais provas de que é necessário intervir militarmente para desarmar o Iraque e libertar o país da ditadura de Saddam Hussein. É certo que o Presidente dos Estados Unidos também disse que determinaria a sua acção pela leitura que o seu país faz dos seus interesses e dos interesses do progresso da liberdade à escala mundial. Por outras palavras: que "realizará as consultas necessárias, mas não sem equívocos: se Saddam Hussein não se desarmar por completo, em nome da segurança do povo americano e da paz no Mundo, liderará uma coligação para o desarmar".

George W. Bush reafirmou pois que, após 12 anos de tentativas para conter a capacidade do Iraque desenvolver armas de destruição maciça, os Estados Unidos farão tudo para actuar no quadro das Nações Unidas, mas se não conseguirem a maioria necessária não será por isso que deixarão de actuar. Será a segunda vez que o farão no últimos anos. A primeira, convém recordá-lo, foi no Kosovo, para evitar o genocídio dos albaneses e a pedido dos seus aliados europeus, que não tinham meios para tratar sózinhos de um assunto... europeu.

Se isso suceder - e espera-se que não suceda, de preferência conseguindo convencer Saddam a aceitar a via do exílio -, a novidade desta guerra estará no seu carácter "preventivo". Isto é, estaremos perante uma acção em que um país não faz a guerra para se defender de um ataque, mas para evitar esse ataque.

No seu discurso, George W. Bush também disse porque escolhia este caminho: porque os terroristas não declaram guerra nem avisam onde e quando vão atacar. Não há forma de saber se um ataque está, ou não, iminente. E, desde o 11 de Setembro, sabe-se como o terrorismo pode ser destrutivo. E sabe-se que pode ser muito mais destrutivo se, em lugar de utilizar apenas aviões comerciais, levar para dentro desses aviões alguns litros das diferentes substâncias químicas altamente venenosas que o Iraque possuía e não mostrou qualquer prova de ter destruído.

A tese central da administração americana é que "confiar na sanidade e na capacidade de conter Saddam Hussein não é uma estratégia válida, nem sequer é uma opção". Pode, pelo contrário, permitir que o Iraque faça o que fez a Coreia do Norte: assinar um acordo garantindo que não desenvolveria armas nucleares, e depois desenvolvê-las à mesma, utilizando-as hoje para chantagear o Mundo. Com Saddam a doutrina da contenção não funciona, como não funcionou com Kim il-Jung e, há mais de 60 anos, com Hitler.

Daí a necessidade anunciada de tomar a mais díficil decisão que um Presidente pode tomar: enviar os seus homens para a guerra. Porque nenhuma guerra, Bush dixit, mesmo uma guerra moderna, mesmo uma vitória total, "is free from sorrow".
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OBSESSÃO ANTIAMERICANA - Um livro a não perder!

por CyberNet » 30/1/2003 5:34

OBSESSÃO ANTIAMERICANA
de Jean-François Revel

Eis um livro que vale a pena comprar...
...ora para todos aqueles que se sentem compelidos a criticar os USA;
...ora se sentem no dever de não serem anti-americanos apesar de não concordarem com tudo o que os USA fazem;
...ora para aqueles que são claramente pró-americanos.

É um livro desmistificador!
Fala dos USA e desta Europa que à cerca de meio século provocou duas guerras mundiais, procurou resistir à absolescência dos impérios coloniais, e que até há bem pouco tempo, nos balcãs, foi palco de uma nova reedição dos campos de concentração nazis, assassinatos arbitrários e valas comuns estilo "Fast Food".
Um livro que eu recomendo à intelectualidade deste Portugal, que recentemente redigiu um abaixo assinado a favor da passividade face a alguma ameaça de dimensão maciça que eventualmente exista no Iraque & Co!
É poís importante analizar todos os pontos de vista nem que seja para se poder rebater os argumentos.

Eu já o comprei e aqui deixo o extracto da contra-capa:

«A América foi sempre olhada com um misto de inveja e de desprezo por todos os países do mundo, em particular pelos países europeus. E ainda mais desde que, já no século XX, se transformou na única superpotência do planeta, após o descalabro do império comunista.
No contexto deste antiamericanismo geral, o que é que se alicerça no conhecimento da realidade, na análise dos factos, e o que é que se explica através da sobrevivência de ideologias fossilizadas, de ressentimentos irracionais, geradores de informações deturpadas e de fobias que decorrem dos fracassos desses mesmos países que criticam sem cessar os Estados Unidos, atribuindo-lhes frequentemente defeitos apenas imaginários?
Jean-François Revel já tinha abordado esta questão em "Nem Marx nem Jesus", livro publicado em 1970 e que conheceu um enorme sucesso internacional.
Compreensivelmente, daí para cá a situação tem vindo a evoluir, em consequência da ascensão dos Estados Unidos a única «hiperpotência» mundial, nos domínios da economia e da estratégia e, em certa medida, também no domínio cultural.»





Fica também uma página traduzida do Le Monde.fr:

"Obsession antiaméricaine": Jean-François Revel with the combat

The philosopher distinguishes in the current anti-Americanism the mechanisms of an ideology which he criticizes.

OBSESSION ANTIAMÉRICAINE - Its operation, its causes, its inconsistencies of Jean-François Revel.


Not average to escape from it. That it is in the newspapers, with tele, the radio, the Coffee commercial, you will intend to say evil of America. Since September 11, paradoxically, one slanders more still. Almost everywhere, but singularly in France. All kinds of small hands excel in the kind. Because objections, as each one knows, are multiple. Capitalist, America is supposed to grow rich each day by impoverishing the poor. Imperialist, it would only think of extending his economic and military domination on the world. Egoist, it would be worried only his interests and defense of his way of life. Warmonger, it would choose the bombs rather than the political agreements. Pollueuse, it would ruin the climate, would put the ground in danger. Fascist, it would organize the reign of the censure, would limit the democracy, would multiply handling and violences. Uncultivated, it would try to impose on the whole world vulgar and standardized distractions. Undoubtedly one will never say all that to you in a so brutal way. One will put forms at it - allusions, suggestions and other variations. But always, whatever the file, the source of all the evils, the cause of misfortunes of the world, finally, it is it.

Jean-François Revel attacks this obsession with a rare pugnacity and an intelligence. He dismounts some one by one wheels with as much of clearness than of precision. First task: to recall that these charges are false, even absurd. Easy work, so much information abounds to contradict them. However difficult step, so much resistances are heavy. The enigma of the anti-Americanism resides indeed, according to Revel, in a will to remain désinformé. The most exact data on the United States are largely accessible. But these real facts are systematically drawn aside by the irrational desire of believing America responsible for all that does not go. Revel however does not judge America without defects. It does not cease stressing that it must be criticized on many points. Provided that they are its true weaknesses, put compared to its successes. The anti-Americanism differs from a criticism argued by its fundamental and mechanical ill will, insensitive with denials of reality as to its own inconsistencies.

With the charges of the antimondialists, Revel retorts that the countries in the process of development progress economically under the effect of universalization and the American growth. This one thus does not increase poverty. The ecologists, he reminds that none of the 177 countries signatories of the protocol of Kyoto had ratified it four years later, the middle of 2001. In fact, no one does not apply it. The critical observer notes how much research for the environment is more significant in the United States than everywhere else, and how almost nobody worries about the ecological catastrophes of the ex-USSR. The philosopher also works to refresh the memory of the pacifist ones: Iraq had invaded Koweït before America does not send its troops, the aggression of September 11 preceded the war against the talibans. That one thus ceases transforming into attacker a country which is defended, by always forgetting the beginning of the history!

EUROPE IN QUESTION

The decisive argument of the book consists in pointing out that it is Europe, and it only, which produced colonialisms of the XIXe century, world wars of the XXe century, named totalitarianisms Fascism, Nazism, Communism. Never America, suspected by its adversaries of not being not authentically democratic, did not generate such dictatorships. Two principal consequences result from this. The planetary preponderance of America, today, is not simply due to its own activity. The incurie and the failure of the other powers are also the cause. The unilateralism which one reproaches the United States results from the weakness of its interlocutors. Second consequence: the principal function of the anti-Americanism, for those which profess it, is to avoid to them looking opposite their own responsibilities.

This will not to know developed since September 11. One saw multiplying the wretched remarks on the share of responsibility which the Americans in the attacks would carry, right counterpart with an iniquitous domination. It is to forget, Revel recalls it with strength, that the terrorists islamists do not draw up themselves against the rich person, but against the Westerners impious and impure, i.e. laic, democratic, in favour of the freedom of expression and the equality of the women and the men. The cause of their fight is ideological, noneconomic. To recommend the development as first means of fight against terrorism thus amounts not only prohibiting any immediate practical resistance, but still being mistaken in the whole to the whole.

Being given the overall climate of the time, this courageous book and lucid A all chances copiously to be hated by very diverse people. It is clear that Jean-François Revel is not concerned with it, preferring the truth and coherence with the blindnesses of all edges. Isn't this what is called the honor of the intellectuals?

PS: Peço por favor à administração do Caldeirão De Bolsa que não apague o post, poís não pretende ser publicidade de qualquer espécie e apenas visa o enriquecimento cultural desta comunidade que ainda à pouco tempo exprimiu opiniões diversas sobre a questão do Iraque versus USA, porque talvez essas questões se reflictam nos mercados de alguma forma e não só. Eu não sou sócio da editora ou seja o que for e por isso também a não menciono aqui.
Desde já agradecido mesmo no caso do post ser apagado!
:shock:
Anexos
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