Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
Parece uma situação evidente em que a lei devia mudar
O presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago, o seu antecessor, Bragança Fernandes, e outros quatro arguidos foram absolvidos, esta sexta-feira, no Tribunal de Matosinhos, num processo de "apropriação indevida de dinheiros".
“O Tribunal entende que se aplica o crime de peculato a titulares de cargos políticos mas os arguidos desempenhavam no SMAEAS um alto cargo público. Não estavam no SMAES como presidente da câmara, nem vereadores, mas como membros nomeados para o Conselho de Administração”, explicou a magistrada.
https://www.jn.pt/31467012/atual-e-ex-p ... ulato/amp/
Comparação Internacional — Crime de Peculato
Brasil:
Aplica-se a qualquer agente público, eleito, nomeado ou comissionado.
Itália:
Aplica-se a funcionários públicos, nomeados, consultores e agentes com acesso a dinheiro público.
França:
Aplica-se a qualquer pessoa com missão de serviço público, seja funcionário, eleito ou nomeado.
Espanha:
Aplica-se a qualquer autoridade, funcionário ou gestor que tenha responsabilidade ou controlo sobre fundos públicos, independentemente do vínculo formal.
Portugal:
Aplica-se apenas a funcionários públicos com vínculo técnico-legal (concursados ou estatutários).
⸻
Conclusão
Portugal tem uma definição técnica e limitada do peculato, enquanto outros países adotam uma abordagem funcional, responsabilizando quem gere ou tem controlo sobre fundos públicos, mesmo sem vínculo formal.
Consequências
Esta restrição em Portugal pode levar a situações em que gestores ou políticos que não têm vínculo formal não são responsabilizados criminalmente por apropriação indevida de fundos públicos, enfraquecendo a eficácia da justiça e a confiança na gestão pública.
Re: Políticas para Portugal
Houve quem tivesse chamado este polícia de herói
Agente da PSP visto a colocar objeto semelhante a uma faca junto ao corpo de Odair Moniz
As imagens gravadas por um morador da Cova da Moura foram analisadas pela PJ e vão integrar o processo de julgamento do agente que disparou contra Odair Moniz.
https://sicnoticias.pt/pais/2025-06-06- ... ppPIxH0O9Q
Re: Políticas para Portugal
UE muda regras. Só haverá indemnização se voos atrasarem mais de quatro horas
Estes raquíticos são mais nazis do que os nazis mais nazis dos tempos nazis. Escumalha. Lixo.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Políticas para Portugal
Genéricos em risco de desaparecer: nova diretiva europeia pode fazer disparar preços em até 800%
Também reconhecido como o Triunfo dos porcos.
Fé na humanidade 0. Lixo todos lixo.
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― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
Pacheco de Amorim contradiz Ventura e admite que "dois ou três deputados" do Chega podem não ter votado em si
Além de Pacheco de Amorim, também Filipe Melo falhou, por três votos, a eleição para vice-secretário do Parlamento.
"É muito difícil dizer. Não afasto que dois ou três deputados do meu partido possam não ter votado em mim. Serem sete ou oito é impensável", afirmou.
Na rede social X, o vice-presidente da Iniciativa Liberal (IL) Ricardo Pais Oliveira também responsabilizou o partido de André Ventura pelo resultado insuficiente de Pacheco de Amorim.
"Obviamente que foram os próprios deputados do Chega a contribuir para não elegerem Diogo Pacheco de Amorim (que tem muitas resistências lá dentro) e Filipe Melo (sem dúvida o deputado mais indecoroso do hemiciclo). Quem anda pelos corredores da AR sabe como no Chega eles contam tudo uns sobre os outros a atacarem-se uns aos outros, todos os dias a toda a hora", escreveu Pais Oliveira.
https://sicnoticias.pt/pais/2025-06-04- ... 1749044781
Re: Políticas para Portugal
A legislatura começou de maneira bem diferente da anterior
Nova legislatura. Aguiar-Branco reeleito presidente da Assembleia da República
https://www.rtp.pt/noticias/politica/no ... g_rewarded
Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, falha eleição para vice-presidente da Assembleia da República
https://www.cmjornal.pt/politica/amp/di ... -republica
Re: Políticas para Portugal
O que diz a Constituição?
Artigo 172.º – Dissolução da Assembleia da República
“Compete ao Presidente da República dissolver a Assembleia da República, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado.
A dissolução não pode ter lugar nos seis meses posteriores à eleição da Assembleia, nos últimos seis meses do mandato presidencial, nem durante o estado de sítio ou de emergência.”
Não menciona a composição da maioria como critério. A decisão de dissolver é discricionária, dentro de limites temporais e formais (ouvir os partidos e o Conselho de Estado).
⸻
Interpretação de Gouveia e Melo
Na entrevista de 2 de junho de 2025:
• Gouveia e Melo criticou a dissolução feita por Marcelo quando o PS ainda tinha maioria absoluta.
• Disse que não teria dissolvido nesse caso porque havia estabilidade parlamentar.
• Sobre Montenegro, admite a possibilidade de dissolver mesmo tendo sido recentemente eleito, porque não tem maioria e pode haver “novos desenvolvimentos” no caso Spinumviva.
Ou seja, ele está a usar o argumento político da “maioria absoluta” como critério de estabilidade, mas isso não está consagrado na Constituição — é uma opção pessoal e interpretativa, não uma obrigação legal.
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Conclusão
• A Constituição não fala de maiorias absolutas ou relativas como critério para dissolução.
• A dissolução é uma faculdade política do Presidente, mas não automática nem baseada em regras de maioria.
• Gouveia e Melo parece aplicar um critério de estabilidade com base na maioria, mas essa escolha é política e subjetiva, não constitucional.
• Portanto, há incoerência se ele diz que “não se deve dissolver com maioria” num caso (Costa), mas admite dissolver num governo recém-eleito sem maioria (Montenegro), quando a Constituição não impõe nenhuma dessas distinções.
Re: Políticas para Portugal
Isto parece contraditório.
Na entrevista concedida hoje à TVI e à CNN Portugal, Henrique Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República, abordou a possibilidade de dissolver o Parlamento caso ocorram “desenvolvimentos extraordinários” que afetem gravemente a reputação do primeiro-ministro Luís Montenegro, especialmente no âmbito do caso Spinumviva. 
Gouveia e Melo destacou que, embora o país tenha reconfirmado Montenegro no cargo nas últimas eleições legislativas, já com conhecimento sobre o caso Spinumviva, essa decisão deve ser respeitada. No entanto, enfatizou que, se surgirem novos elementos que comprometam seriamente a reputação do primeiro-ministro, a dissolução do Parlamento deverá ser reconsiderada. 
Além disso, Gouveia e Melo expressou discordância em relação à decisão do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas em 2023, após a demissão de António Costa, numa altura em que o PS detinha maioria absoluta. Ele argumentou que a Constituição não exige a dissolução da Assembleia da República em casos como a não aprovação do Orçamento do Estado, sugerindo que essa medida deve ser reservada para situações de gravidade excecional.
Re: Políticas para Portugal
Questionado sobre convidar o ex-líder para mandatário nacional, o almirante acaba por dizer que “daria posse a André Ventura” como primeiro-ministro se ele tiver votos para isso: “Rui Rio não é André Ventura. Rui Rio é uma pessoa que não está na política ativa. Situa-se ao centro que é a minha área. Tenho grande afinidade com Rui Rio. André Ventura situa-se num outro extremo do espectro político, com o qual não tenho afinidade. No entanto, também tenho de dizer de forma clara que, se o povo o eleger e ele tiver condições para governar, terá de ser governo como qualquer outro
https://observador.pt/liveblogs/parlame ... try-713035
Re: Políticas para Portugal
Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus
Um dos problemas da politica actual é o sexismo instalado. Os partidos mainstream para além de racistas com os brancos são femistas. As jovens acham que não chega com o que recebem destes partidos e que ainda devem ter mais regalias...

Os jovens do sexo masculino começam agora a acordar para aas consequências que vão pagar no futuro. São ostracizados nas escolas, nas empresas, no sector publico e na sociedade. A próxima geração não vai ter acesso a cargos de poder.
O pior é que existe uma probabilidade crescente de serem recrutados para uma guerra provocada pelos mesmos que lhes estão a roubar direitos fundamentais.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
Pedro Nuno Santos assume “para já” mandato de deputado no Parlamento
https://www.dn.pt/pol%C3%ADtica/pedro-n ... parlamento
Se calhar é para fazer sombra ao próximo presidente do ps e daqui a uns anos candidatar-se de novo à liderança. A subvenção não parece ser o motivo porque já tem direito a ela.
O que diz a lei?
A Lei n.º 52-A/2005, de 10 de outubro, que revogou a subvenção mensal vitalícia para novos titulares de cargos políticos, determina que:
“Mantêm o direito à subvenção aqueles que tenham exercido funções durante 12 anos, consecutivos ou interpolados, iniciados antes da data de entrada em vigor da lei, mesmo que atinjam esse tempo mais tarde.”
Ou seja: quem já tinha iniciado funções políticas antes de outubro de 2005 e, ao longo dos anos, venha a completar os 12 anos de serviço elegível, mantém o direito à subvenção vitalícia.
⸻
E no caso de Pedro Nuno Santos?
• Início de funções como deputado: 10 de março de 2005
• Data da extinção da subvenção para novos casos: 10 de outubro de 2005
• Conclusão:
Pedro Nuno Santos iniciou funções antes da revogação, logo integra o grupo de exceção.
Se atingir 12 anos de tempo de serviço parlamentar (consecutivo ou não), tem direito à subvenção vitalícia.
⸻
Observações:
• O tempo em funções governativas (como ministro ou secretário de Estado) também conta para os 12 anos.
• A idade mínima para começar a receber é 55 anos.
• A subvenção não é automática — o interessado tem de requerê-la.
Editado pela última vez por previsor em 3/6/2025 11:06, num total de 1 vez.
Re: Políticas para Portugal
O Sócrates disse ontem numa entrevista à CNN que não teria feito a geringonça e que devia governar quem ganha eleições. Mas depois do Costa fazer a geringonça, outros países copiaram. Ele foi o primeiro. Talvez por isso foi para o Conselho Europeu.
A geringonça mais “geringonçada” foi talvez na Suécia em 2022. Ganhou o centro esquerda, a extrema direita ficou em segundo e dois partidos de centro direita em terceiro e quarto.
Quem governa são os de centro direita com o apoio da extrema direita fora do governo.
A geringonça mais “geringonçada” foi talvez na Suécia em 2022. Ganhou o centro esquerda, a extrema direita ficou em segundo e dois partidos de centro direita em terceiro e quarto.
Quem governa são os de centro direita com o apoio da extrema direita fora do governo.
Re: Políticas para Portugal
PMP69 Escreveu:Concordo que andam muitos parasitas à sua volta, mas se não perceberam, já deviam ter percebido, que quem vai mandar é ele, e não me parece que vá ceder a quaisquer interesses.
Pedro
Ele não era para ser candidato, foi convencido a isso. Na maioria das vezes que falou foi a ler o teleponto. É provável que diga coisas que outros lhe dizem para dizer. Com o tempo vai ganhar à-vontade, mas neste momento parece depender de outros e provavelmente não teria sido candidato se não tivessem ido atrás dele.
"Quando eu digo não é não." Gouveia e Melo afasta candidatura à presidência
https://rr.pt/noticia/amp/politica/2023 ... ia/331902/
Re: Políticas para Portugal
Rui Moreira é o atual presidente da câmara municipal do Porto e esteve presente na candidatura
Apoiantes ligados ao PSD:
1. Rui Rio – ex-líder do PSD e mandatário nacional da candidatura
2. Alberto João Jardim – ex-presidente do Governo Regional da Madeira (PSD)
3. Ângelo Correia – ex-ministro da Administração Interna (PSD) e figura histórica do partido
4. Adão Silva – ex-líder parlamentar do PSD
5. Carlos Carreiras – presidente da Câmara Municipal de Cascais (PSD)
6. António Capucho – ex-presidente da Câmara de Cascais, ex-ministro e militante do PSD
7. António Martins da Cruz – ex-ministro dos Negócios Estrangeiros (PSD)
8. André Pardal – conselheiro nacional do PSD
⸻
Apoiantes de fora do PSD ou independentes:
1. Isaltino Morais – presidente da Câmara Municipal de Oeiras (independente, ex-PSD)
2. Francisco Rodrigues dos Santos – ex-líder do CDS
3. Melo Gomes – almirante, ex-Chefe do Estado-Maior da Armada
4. Francisco George – ex-diretor-geral da Saúde
5. António Nogueira Leite – economista, ex-secretário de Estado (governos do PSD e do CDS), próximo do centro-direita mas tecnocrata
6. Rui Moreira – presidente da Câmara Municipal do Porto
Re: Políticas para Portugal
Concordo que andam muitos parasitas à sua volta, mas se não perceberam, já deviam ter percebido, que quem vai mandar é ele, e não me parece que vá ceder a quaisquer interesses.
Pedro
Pedro
Re: Políticas para Portugal
Dos apoiantes de Gouveia e Melo não se aproveita um. Tem gente muito pouco recomendável (o dono da TVI, por exemplo) e resmas de políticos velhos e/ou fora de prazo, que já não contam para nada nos partidos porque perderam várias eleições, juntando-se agora à "corte" do "Almirante" para tirar desforço a partir de Belém. Se isto é renovação, vou ali e já venho.
Não conheço a pessoa, não faço juízos de valor sobre as suas intenções, no entanto, Gouveia e Melo está muito mal acompanhado. Começou pessimamente, e a partir daqui desconfio que só vai desfazer as ilusões de quem nele projectou tudo e mais alguma coisa.
Não conheço a pessoa, não faço juízos de valor sobre as suas intenções, no entanto, Gouveia e Melo está muito mal acompanhado. Começou pessimamente, e a partir daqui desconfio que só vai desfazer as ilusões de quem nele projectou tudo e mais alguma coisa.
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Re: Políticas para Portugal
O Gouveia e Melo assume-se como centrista, entre a esquerda do PS e a direita do PSD. No entanto, escolheu o Rui Rio como mandatário da candidatura e na apresentação de candidatura só estavam figuras do centro direita e nenhuma do centro esquerda, apesar de ter participado no governo do António Costa. Talvez ganhe à primeira volta. Muita gente vai votar nele desconhecendo as suas preferências políticas
Re: Políticas para Portugal
“ Talvez seja necessário olhar para tudo de forma diferente, tratando a economia à maneira de um regime político. Giscard disse Já na década de 1970 que um país onde os gastos públicos representariam mais de 40% do PIB seria de facto um país socialista. Estamos agora em 58%. Também conhecemos a piada de Gorbachev: a França seria um país comunista de sucesso. Podemos realmente falar de sucesso? Mas a casta vampirizante não sabe mais nada.
Propus a ideia de que existe uma NEP (nova política económica, Nota do editor) à maneira Francesa. A economia gira em torno de um setor público que está sempre em expansão, mas tolera um setor privado mais ou menos vasto, do qual precisa para produzir a riqueza que pretende "redistribuir". O empresário, o artesão, o trabalhador do sector privado são tratados como um rebanho a ser ceifado regularmente. Não me atreveria a falar de escravidão fiscal: qualquer verdade não é boa para dizer.
Chamemos-lhe o domínio do socialismo mental. Convencemo-nos de que a prosperidade individual é o sinal de uma disfunção colectiva. Um homem bem sucedido é, antes de mais, um aproveitador que pode ser saqueado de boa fé em nome da justiça social. O imposto não se destina apenas a financiar obras de interesse geral, mas a suavizar as relações sociais, a equalizá – las à força-porque a sociedade seria naturalmente igualitária, até ser distorcida pelo individualismo monopolizador.
Revela-se aqui uma relação com o dinheiro e, mais amplamente, com a propriedade privada. Tomemos o homem comum que tem uma vida bastante decente. Compreendeu há muito tempo que conserva apenas uma parte reduzida dos frutos do seu trabalho: é o famoso fosso entre a rede e o bruto que todos experimentam dolorosamente todos os meses. Ele está rosnando, importunando, arrotando, mas entendeu que não pode evitar e que, se gritar demais, vamos acusá-lo de falta de patriotismo fiscal. Felizmente, ele diz a si mesmo que o resto do seu dinheiro lhe pertence, que fará com ele o que quiser. Suspiro de alívio.
Mas é verdade? Teria ele a ideia de retirar uma boa quantia do banco ou do distribuidor que entenderia que não. A conta dele está bloqueada e ele não tem a chave. Além disso, ele gostaria de fazer uma doação a alguém próximo de seus parentes que o estado colocaria suas grandes patas nele para tomar sua parte – este é o imposto sobre doações. E quando ele morrer, o estado continuará a usar o seu cadáver. Ele mesmo se dá o direito de confiscar as economias um dia. Se ele tem uma casa de campo, podemos obviamente ocupá-la legalmente.
Mas o nosso homem quer ser de boa fé. É claro que está a ser saqueada, mas tem bons serviços gratuitos. Mas está a mentir a si próprio. Em primeiro lugar, porque não são bons. Então, porque eles não são livres. Nada é livre neste mundo, mesmo que o estado permita acreditar nele e, assim, domestique as massas, convencidas de que lhe devem alguma coisa. Alguém paga sempre. Mesmo que os ajudantes perpétuos não o saibam. Eles estavam convencidos de que tinham o direito humano à propriedade de outras pessoas. Todos eles acabarão por sugar os úberes do Estado de bem-estar social.
É então que o homem comum se torna um homem socialista reformado, com a sua própria psicologia. O que pode ser feito para melhorar a sua situação? No velho mundo, ele responderia: trabalhar mais, poupar mais, investir de forma mais inteligente. Mas quem falasse assim passaria hoje por tolo. Em vez disso, pedirá ao estado que aumente o seu poder de compra, através de controlos e outros controlos. Convencemo-lo de que o estado podia fazer sempre mais. Ele nem imagina pedir-lhe para o deixar em paz. É assim que as pessoas são anestesiadas.
Mas o que quer que pensem aqueles que sempre querem aumentar os impostos dos outros, o socialismo continua a ser uma doutrina de ladrões que disfarça o seu ressentimento como um desejo de igualdade. A partir de um determinado limiar, o imposto e os seus derivados enquadram-se no saque legalmente autorizado. Alguns sonham com o espartaquismo fiscal, com uma greve dos produtores. Mas não vai acontecer. Durante muito tempo, o homem comum concordou em ser ordenhado e ceifado. Chamamos a esta comitiva de Solidariedade.
Propus a ideia de que existe uma NEP (nova política económica, Nota do editor) à maneira Francesa. A economia gira em torno de um setor público que está sempre em expansão, mas tolera um setor privado mais ou menos vasto, do qual precisa para produzir a riqueza que pretende "redistribuir". O empresário, o artesão, o trabalhador do sector privado são tratados como um rebanho a ser ceifado regularmente. Não me atreveria a falar de escravidão fiscal: qualquer verdade não é boa para dizer.
Chamemos-lhe o domínio do socialismo mental. Convencemo-nos de que a prosperidade individual é o sinal de uma disfunção colectiva. Um homem bem sucedido é, antes de mais, um aproveitador que pode ser saqueado de boa fé em nome da justiça social. O imposto não se destina apenas a financiar obras de interesse geral, mas a suavizar as relações sociais, a equalizá – las à força-porque a sociedade seria naturalmente igualitária, até ser distorcida pelo individualismo monopolizador.
Revela-se aqui uma relação com o dinheiro e, mais amplamente, com a propriedade privada. Tomemos o homem comum que tem uma vida bastante decente. Compreendeu há muito tempo que conserva apenas uma parte reduzida dos frutos do seu trabalho: é o famoso fosso entre a rede e o bruto que todos experimentam dolorosamente todos os meses. Ele está rosnando, importunando, arrotando, mas entendeu que não pode evitar e que, se gritar demais, vamos acusá-lo de falta de patriotismo fiscal. Felizmente, ele diz a si mesmo que o resto do seu dinheiro lhe pertence, que fará com ele o que quiser. Suspiro de alívio.
Mas é verdade? Teria ele a ideia de retirar uma boa quantia do banco ou do distribuidor que entenderia que não. A conta dele está bloqueada e ele não tem a chave. Além disso, ele gostaria de fazer uma doação a alguém próximo de seus parentes que o estado colocaria suas grandes patas nele para tomar sua parte – este é o imposto sobre doações. E quando ele morrer, o estado continuará a usar o seu cadáver. Ele mesmo se dá o direito de confiscar as economias um dia. Se ele tem uma casa de campo, podemos obviamente ocupá-la legalmente.
Mas o nosso homem quer ser de boa fé. É claro que está a ser saqueada, mas tem bons serviços gratuitos. Mas está a mentir a si próprio. Em primeiro lugar, porque não são bons. Então, porque eles não são livres. Nada é livre neste mundo, mesmo que o estado permita acreditar nele e, assim, domestique as massas, convencidas de que lhe devem alguma coisa. Alguém paga sempre. Mesmo que os ajudantes perpétuos não o saibam. Eles estavam convencidos de que tinham o direito humano à propriedade de outras pessoas. Todos eles acabarão por sugar os úberes do Estado de bem-estar social.
É então que o homem comum se torna um homem socialista reformado, com a sua própria psicologia. O que pode ser feito para melhorar a sua situação? No velho mundo, ele responderia: trabalhar mais, poupar mais, investir de forma mais inteligente. Mas quem falasse assim passaria hoje por tolo. Em vez disso, pedirá ao estado que aumente o seu poder de compra, através de controlos e outros controlos. Convencemo-lo de que o estado podia fazer sempre mais. Ele nem imagina pedir-lhe para o deixar em paz. É assim que as pessoas são anestesiadas.
Mas o que quer que pensem aqueles que sempre querem aumentar os impostos dos outros, o socialismo continua a ser uma doutrina de ladrões que disfarça o seu ressentimento como um desejo de igualdade. A partir de um determinado limiar, o imposto e os seus derivados enquadram-se no saque legalmente autorizado. Alguns sonham com o espartaquismo fiscal, com uma greve dos produtores. Mas não vai acontecer. Durante muito tempo, o homem comum concordou em ser ordenhado e ceifado. Chamamos a esta comitiva de Solidariedade.
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Re: Políticas para Portugal
Neftis Escreveu:Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS.
Carneiro diz que vantagem no número de votos mantém PS como segunda força política

Este como bom socialista a cada 2 palavras 3 mentiras.

Os responsáveis por este sistema de voto mas agora já não gostam...
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Re: Políticas para Portugal
Também está envolvida uma empresa com ligações a familiares de um ministro, mas não é dito se são funcionários ou donos
Buscas da PJ envolvem empresa com ligações a cunhado e irmão do ministro Leitão Amaro
Em declarações à SIC Notícias, ministro da Presidência confirma ter conhecimento de que uma empresa com ligações à família concorreu a concursos públicos na área do combate aos incêndios.
https://amp.sicnoticias.pt/pais/2025-05 ... o-8e7a2c84
Re: Políticas para Portugal
Uma empresa de um dos principais financiadores do Chega está a ser alvo de buscas
Cartel dos helicópteros de combate aos incêndios leva PJ a fazer buscas na Força Aérea
Polícia Judiciária está a realizar buscas em várias zonas do País numa investigação sobre suspeitas de corrupção na contratação de meios aéreos. Empresas e gestores são outros alvos.
Empresas como a Helibravo, HTA Helicópteros, Heliportugal e Helifly estarão entre os alvos das buscas, assim como a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a entidade reguladora do setor da aviação, segundo apurou o Now.
https://www.sabado.pt/portugal/amp/cart ... orca-aerea
Os empresários na retaguarda de André Ventura
João Maria Bravo, dono do grupo Sodarca, lidera o fornecimento de armas, munições, tecnologia e equipamento militar ao Estado, Forças Armadas e de Segurança. É também o dono da Helibravo, empresa com frota de helicópteros utilizados no combate aos incêndios.
https://amp.expresso.pt/politica/2020-0 ... re-Ventura
Re: Políticas para Portugal
Não acho que vá mudar grande coisa. Acho que o André Ventura vai acabar por se desentender com o Montenegro para poder votar contra o Orçamento. E depois a AD vai contar apenas com a abstenção do PS em todos os próximos orçamentos. Acho que o Chega vai continuar a ser um partido do contra, como foi a APU/PCP do Álvaro Cunhal. Não é habitual os partidos dos extremos terem outro tipo de discurso. Mas se o Chega se abstivesse nos orçamentos da AD, acho que seria uma jogada mais inteligente, porque mostrava-se mais responsável, mas não estou à espera que o faça. O André podia ter mudado de grupo do parlamento europeu e optou por continuar no grupo mais extremista da direta. Ele vai continuar a ser radical.
O que vai mudar é que o André Ventura vai ter mais tempo para falar na Assembleia da República, mas pouca gente vê isso, e o último debate das legislativas vai ser com ele e não com o líder do PS. Mas talvez as televisões alterem o formato dos debates, para que os debates entre PS e Chega, e entre PS e PSD, tenham também mais tempo, porque apesar de o PS ter ficado com menos deputados do que o chega continua à frente em percentagem e número de votos.
Uma coisa que acho que devia mudar era o Ricardo Araújo Pereira também receber gente do Chega no programa dele. Acho que não faz sentido não os receber, é injusto, porque recebe todos os outros, e isso até acaba por ajudar a narrativa do Chega. Mas daqui a quatro anos quando forem as próximas eleições talvez o programa dele já não exista.
O que vai mudar é que o André Ventura vai ter mais tempo para falar na Assembleia da República, mas pouca gente vê isso, e o último debate das legislativas vai ser com ele e não com o líder do PS. Mas talvez as televisões alterem o formato dos debates, para que os debates entre PS e Chega, e entre PS e PSD, tenham também mais tempo, porque apesar de o PS ter ficado com menos deputados do que o chega continua à frente em percentagem e número de votos.
Uma coisa que acho que devia mudar era o Ricardo Araújo Pereira também receber gente do Chega no programa dele. Acho que não faz sentido não os receber, é injusto, porque recebe todos os outros, e isso até acaba por ajudar a narrativa do Chega. Mas daqui a quatro anos quando forem as próximas eleições talvez o programa dele já não exista.
Re: Políticas para Portugal
Tenho muita curiosidade para ver a evolução do cenário político em Portugal. A partir de agora o Chega deixa de ser um partido de protesto. Com o "não é não" de Montenegro, os portugueses sabiam do que um voto no Chega não era mais que um voto na berraria, mas com o novo cenário, quem votar no Chega no futuro estará a votar para um governo do Chega. Veremos se será isso que limitará o crescimento desse "partido", ou não. Sendo o maior partido da oposição, terá o correspondente protagonismo, abafando e despromovendo o PS. Como se comportarão a partir de agora as redacções, que andaram com o Chega ao colo quando se pensava que o PSD acabaria engolido pela extrema-direita? Era o sonho molhado do PS, engordar o Chega à custa do PSD e do CDS, para obrigar o eleitorado do centro e centro-direita ao voto útil no PS. Assim o PS nunca mais perdia uma eleição legislativa. Tramaram-se.
Quanto a quem a AD deve privilegiar, usaria mais o termo sobre quem é que a AD deve carregar. O PS não está em condições de continuar a vetar o programa da AD, nem a AD deve ter pena nenhuma do PS. A AD tem a responsabilidade de ter um país para tirar da decadência, porque se falhar, é o Chega que vai ganhar a seguir, ficando o regime na mão de cavalgaduras como o Ventura e o Milhão. Portanto, não há tempo a perder, há que mostrar serviço.
Quanto a quem a AD deve privilegiar, usaria mais o termo sobre quem é que a AD deve carregar. O PS não está em condições de continuar a vetar o programa da AD, nem a AD deve ter pena nenhuma do PS. A AD tem a responsabilidade de ter um país para tirar da decadência, porque se falhar, é o Chega que vai ganhar a seguir, ficando o regime na mão de cavalgaduras como o Ventura e o Milhão. Portanto, não há tempo a perder, há que mostrar serviço.
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Re: Políticas para Portugal
O PSD e o PS vão provavelmente fazer agora aquilo que eu achava que deviam ter feito depois das eleições passadas. Mas compreendo que fosse difícil para alguém como o Pedro Nuno Santos fazer isso. Perdeu por poucochinho, sempre foi um menino mimado e nunca gostou do Montenegro, acho que era normal querer a desforra.
Acho possível que o PS com o José Luís Carneiro deixe a AD privatizar totalmente a TAP. Ele parece mais próximo das ideias do António Costa e o António Costa chegou a admitir privatizar totalmente a TAP.
Para a AD as eleições foram vantajosas, porque afastaram o Pedro Nuno Santos e vai provavelmente poder governar como quer.
Acho possível que o PS com o José Luís Carneiro deixe a AD privatizar totalmente a TAP. Ele parece mais próximo das ideias do António Costa e o António Costa chegou a admitir privatizar totalmente a TAP.
Para a AD as eleições foram vantajosas, porque afastaram o Pedro Nuno Santos e vai provavelmente poder governar como quer.
Ricardo Costa: “Vamos continuar a ser um país estável. PS e PSD ainda retém a maioria e vão trabalhar juntos”
https://sicnoticias.pt/podcasts/the-hea ... s-6cd26289
Antonio Costa admite privatizar totalidade do capital da TAP
https://rr.pt/noticia/politica/2023/09/ ... hatgpt.com
Re: Políticas para Portugal
Falta uma eleição para o Chega do Ventura igualar a APU do Cunhal, com três eleições seguidas com 18% ou mais votos, mas já conseguiu um resultado superior ao da APU e vai conseguir ficar em segundo lugar em número de deputados, algo que a APU nunca conseguiu
Resultados do PCP em Legislativas com Álvaro Cunhal como líder (1975–1991):
1. Eleições para a Assembleia Constituinte – 25 de Abril de 1975
• Votos: 737.586
• Percentagem: 12,52%
• Lugar: 3.º partido mais votado
• Mandatos: 30
2. Legislativas de 1976 (primeiras após a Constituição)
• Votos: 792.424
• Percentagem: 14,56%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 40 (melhor resultado de sempre do PCP em mandatos)
3. Legislativas de 1979 (Aliança da CDU com a APU – Aliança Povo Unido)
• Votos: 721.426
• Percentagem: 18,80%
• Lugar: 3.º lugar
• Mandatos: 47
• Aqui o PCP concorreu em coligação com o MDP/CDE.
4. Legislativas de 1980 (ainda com a APU)
• Votos: 827.675
• Percentagem: 18,80%
• Mandatos: 47
• Resultado semelhante ao de 1979, o que foi um sucesso.
5. Legislativas de 1983
• Votos: 730.653
• Percentagem: 18,00%
• Mandatos: 44
• APU ainda ativa, mas começa a mostrar algum desgaste.
6. Legislativas de 1985
• Votos: 663.788
• Percentagem: 15,46%
• Mandatos: 38
• Queda relevante com o crescimento do PRD.
7. Legislativas de 1987
• Votos: 540.738
• Percentagem: 12,18%
• Mandatos: 31
• Forte queda — auge do PSD de Cavaco Silva.
8. Legislativas de 1991 (últimas com Cunhal na liderança)
• Votos: 445.180
• Percentagem: 8,84%
• Mandatos: 17
• Resultado muito baixo — sinal claro da necessidade de renovação.
⸻
Resumo:
• Melhor resultado: 18,80% em 1979 e 1980 (coligação APU)
• Pior resultado com Cunhal: 8,84% em 1991
• Tendência: Crescimento forte após o 25 de Abril, pico em 1980, declínio a partir de 1985 com o fim do ciclo revolucionário e ascensão do centrismo.
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