Investidores querem auditor a fixar preço da OPA à Martifer

[Luzemburg]

Estaremos perante um short squeeze??? (ou "aperto dos vendidos", em português)Este é um fenómeno que ocorre no mercado financeiro quando o preço de uma ação (ou outro ativo) sobe rapidamente, forçando investidores que estavam apostando na queda desse ativo (os chamados vendidos, ou "short sellers") a fecharem suas posições, o que empurra o preço ainda mais para cima. Foi o caso da Game Stop em 2021.

[@nmv!]

a cccc opina, aprova, e/ou desaprova à razão da sua proporção, que não é de maioria na mota-engil.
não creio que a mota abra o capital a outros entrantes, se isso colocar em risco a parceria com a sociedade chinesa.
as tarifas, e a tensão geo-política ainda irão produzir muita incerteza a médio prazo… inviabilizando investimentos que pudessem ser importantes de desenvolver para a mota-engil, daqui decorre que os shortes não tenham fechado posições, onde a subida do preço é claramente oportunidade para o fundo abutre fazer short “cover”

[Apramg]

Não me parece que a CCCC deixe o genro do Trump entrar, mas não sei: é uma teoria rebuscada! Acredito mais no short squeeze.

[Rolling_Trader]

Alguém tem uma explicação para este volume médio dos últimos 3 meses? São mais de 3 milhões de ações transaccionadas por dia.
Em cerca de 25 dias de negociação, mudam de mãos um total de ações equivalente ao freefloat.
Já sabemos o apetite dos especuladores por esta ação. Mas alguém encontra outra justificação? Terá a ver com o contrato de liquidez?

afcapitao, explicação não tenho, mas posso avançar uma teoria relativamente simples - fecho massivo de posições a descoberto.

Creio que todos concordamos que a posição curta que mais "tinta fez correr" nos jornais da especialidade (e também neste fórum) foi o da Muddy Waters. E não foi para menos, a Muddy foi apelidada de "fundo abutre" porque regra geral costuma circundar empresas que estão sobrevalorizadas, publicando um (ou mais) relatório(s) a identificar os "problemas" nas contas dessas empresas. Porém esse short foi comunicado à CMVM no dia 02/09/2024 - já tem 8 meses portanto - sem que nenhum relatório fosse publicado, o que denota falta de argumentação da Muddy para justificar a posição curta (pelo menos argumentação pública que convença as massas).

No dia 2/09/2024 a cotação da Mota-Engil situava-se nos 3.078€, o que significa que a Muddy terá (com grande probabilidade) um preço médio da posição a descoberto substancialmente acima deste valor (digo isto porque só a partir dos 0.5% do capital é que a comunicação se torna obrigatória, logo a Muddy pode ter aberto 0.49% da posição quando a Mota atingiu o máximo dos 5.90€... duvido... mas teoricamente é possível... até porque esse hedge fund não é amador).
Agora, tal como propalado nos jornais da especialidade (bem como pelo CEO da Mota) especula-se que a Muddy não terá agido sozinha e que o short foi concertado entre vários hedge funds.

Façamos umas contas, desde os 3.078€ de dia 02/09/2024 (data da comunicação do short da Muddy) a cotação já subiu 35%, ou seja, todos os que shortaram a ação depois dessa data (apostaria eu) já fecharam o short (ou então gostam de perder dinheiro).

Quem (alegadamente) concertou com a Muddy a abertura do short antes da data da comunicação à CMVM, deve estar desesperado por ver uma queda na cotação, mas como há outros fundos e institucionais a comprar massivamente (como referi no final deste post), o que se está a verificar é que a cotação não pára de subir, o que está certamente a provocar um short squeeze nos tais 14% de posições a descoberto sobre o free-float da Mota (referido neste outro post).

Notem que um investidor de uma posição longa só pode perder, no máximo, 100% do capital investido, equanto que um investidor de uma posição curta não tem limite à potencial perda que pode ter se a ação não parar de subir.

Esta é a minha teoria (vale o que vale) sobre este recente movimento e volume... claro que a aproximação dos dividendos, os bons fundamentais da empresa, o bom momentum do setor da construção e o (apesar de tudo) ainda razoável bom estado da economia global estão a ajudar à subida.

Há uma segunda teoria, mas esta mais conspirativa, veiculada num rumor sobre o qual dissertei neste post, em que Affinity - a empresa do genro do Trump - estaria em negociações finais com a Mota-Engil para concluir uma oferta particular de ações preferenciais. Essa oferta teria de ser proposta na assembleia geral e ... curiosamente ... a 10 dias da AG a Mota-Engil sobe como se não houvesse amanhã... coincidências?

Será que o short da Muddy foi propositado para manter a cotação da Mota em baixo até o Trump acabar o teatro das tarifas e permitir ao genro entrar no capital da Mota ainda a tempo dos dividendos de 2024? Quem sabe... daqui a 2 dias ficaremos todos a saber.

[Sinedrio]

se passar a resistência da zona €4,15; €4,20…
vai aos €4,40….., talvez já amanhã!

No último bull da Mota foi até aos 5,81... E tinha piores fundamentais que hoje. A confirmar isso daqui a uns dias na apresentação de resultados.

[@nmv!]

se passar a resistência da zona €4,15; €4,20…
vai aos €4,40….., talvez já amanhã!

[MarcoAntonio]

Update:

[jcovas77]

quem andou a vender acoes da Mota da menos de 4 euros

[afcapitao]

Alguém tem uma explicação para este volume médio dos últimos 3 meses? São mais de 3 milhões de ações transaccionadas por dia.
Em cerca de 25 dias de negociação, mudam de mãos um total de ações equivalente ao freefloat.
Já sabemos o apetite dos especuladores por esta ação. Mas alguém encontra outra justificação? Terá a ver com o contrato de liquidez?

[Lucky_Luke]

vais comprá-las depois mais caras...

Cada negócio, é um negócio e estas Mais Valias já cá cantam.

CumPrim/
ValeAquilino

E foi o que aconteceu...
Dei cumprimento a uma das minhas regras, sobe mais ou menos 3% , com Volume: Compra...

Haja coerência e capacidade para assumir os próprios erros

CumPrim/
ValeAquilino

Não vejo como um erro.

Nós estamos a lidar com algo que não é garantido. A AT não garante nada, umas vezes é farol outras vezes é escuridão:

Vendi a 3.90 na semana passada na expetativa de que os shorts viessem pressionar a cotação. Mas não pressionaram Agora é procurar um ponto de entrada...

[Massao1]

Boa tarde

Os dividendos da Mota-engil S.G.P.S.. (M09.F) são pagos anual. O último dividendo por ação foi de €0.13 com uma data ex de maio 14, 2025 e uma data de pagamento de maio 16, 2025. O próximo dividendo por ação será de €0.13 com uma data ex de maio 14, 2025 e uma data de pagamento de maio 16, 2025. O rendimento atual de dividendos da Mota-engil S.G.P.S.. (M09.F) é 3.24%.
Em breve

Este dividendo foi em 2024 ...
Segundo li .... 2025 será 0.1497 brutos
Alguém pode confirmar?

Obrigado

Mota-Engil propõe subir dividendo em 17% para 0,1497 euros
Depois de ter aumentado em mais de 27% o dividendo distribuído no ano passado, a construtora pretende agora subir a remuneração aos acionistas em 17%.

[Conservador]

Boa tarde

Os dividendos da Mota-engil S.G.P.S.. (M09.F) são pagos anual. O último dividendo por ação foi de €0.13 com uma data ex de maio 14, 2025 e uma data de pagamento de maio 16, 2025. O próximo dividendo por ação será de €0.13 com uma data ex de maio 14, 2025 e uma data de pagamento de maio 16, 2025. O rendimento atual de dividendos da Mota-engil S.G.P.S.. (M09.F) é 3.24%.
Em breve

Este dividendo foi em 2024 ...
Segundo li .... 2025 será 0.1497 brutos
Alguém pode confirmar?

Obrigado

[jcovas77]

ja tocou nos 4.23.
Os shorts dos USA devem estar a arder e nao é pouco

[Luzemburg]

Vejo neste momento uma ordem de compra de 100 000 ações a 4,14€.
Objetivos atingidos para 2025 graças a esta menina. Que outros entrem no comboio.

[Massao1]

MOTA-ENGIL continua no seu movimento consecutivos em máximos relativos.

[cristianosantos85]

A Mota parece estar a acumular... qualquer dia surge novo disparo...

[MarcoAntonio]

Já se sabe a data do dividendo da Mota-Engil?

Ainda não. A assembleia geral está marcada para dia 15 de maio (quinta).

[Sinedrio]

Já se sabe a data do dividendo da Mota-Engil?

[Massao1]

CMVM avalia OPA obrigatória sobre a Martifer
Com o “casamento” de 18 anos com a Mota-Engil desfeito, após ter firmado a venda de metade dos seus 48% na Martifer à Visabeira, a operação da I’M dos irmãos Martins com o novo parceiro está a ser analisada pela CMVM. “Se tivermos que lançar uma OPA, o negócio cai”, afiança Carlos Martins.

[Sinedrio]

África quer avançar com uma obra gigantesca e bilionária, um gasoduto que vai de Moçambique à Zâmbia entre as cidades da Beira e de Ndola, com ramificações ao Zimbábue.

[tami]

Dividendo Bruto: 0,1497€
25/5/25

Já há data para pagamento, antes da aprovação em AG (que é dia 15)?

[Aqui_Vale]

Os meus agradecimentos. Kikoff

CumPrim/
ValeAquilino

[Luzemburg]

Dividendo Bruto: 0,1497€
25/5/25

[Aqui_Vale]

Olá pessoal, alguém de boa vontade, que me relembre o valor do Dividendo bruto e a data do Ex Dividendo.

Estou a ficar esquecido,
Obrigado.

CumPrim/
ValeAquilino

[J.f.vieira]

Decidi encerrar totalmente a minha posição em Mota-Engil após identificar sinais claros de exaustão na tendência de subida recente. A ação aparenta estar a formar um padrão de duplo topo, o que fez quando chegou a 5.96...sinal clássico de possível reversão, o que levanta dúvidas quanto à continuidade do movimento ascendente no curto prazo.
A nível macroeconómico, há factores adicionais que reforçam a minha decisão:
A queda do preço do petróleo poderá condicionar negativamente os investimentos públicos e privados em infraestruturas, sobretudo em mercados onde a Mota-Engil tem uma presença relevante.
A desvalorização do dólar pode impactar receitas indexadas a essa moeda, enquanto a depreciação do kwanza angolano aumenta os riscos cambiais nas operações africanas da empresa, nomeadamente em Angola, um mercado-chave.
Acresce ainda a crescente incerteza geopolítica e comercial, com os Estados Unidos a ponderarem novas tarifas sobre produtos e sectores estratégicos. Este clima de instabilidade pode afetar a confiança dos investidores e provocar uma retração no investimento internacional, penalizando empresas com grande exposição externa como a Mota-Engil.
Com este enquadramento, considero prudente sair temporariamente da posição e observar a evolução dos próximos dias. Em mercados voláteis e influenciados por fatores externos, preservar capital é muitas vezes a melhor estratégia. Estarei atento a novos sinais técnicos e fundamentais que possam justificar um eventual reingresso em condições mais favoráveis.

J.f.vieira

Olá j.f.vieira, não consigo mesmo visualizar qualquer duplo topo na tendência da Mota Engil desde o início do ano.

Note que um duplo topo (ou triplo topo) é um dos padrões técnicos mais claros que existem de exaustão de tendência ascendente, tal como descrito em Double Top: Definition, Patterns, and Use in Trading

Três premissas são fundamentais para um duplo topo clássico ocorrer:

Existir uma tendência ascendente (uptrend ou bullish trend) (há quem veja duplo topos em gráficos lateralizados ou com tendência principal descendente, o que é, no mínimo, bizarro);
Existir o atingimento de um máximo seguido de uma inflexão e nova subida a esse máximo (isso não está visível no gráfico atual da Mota-Engil);
E o mais importante é existir confirmação do duplo topo, caracterizado pelo cruzamento, em baixa, de uma linha suporte (neckline)

A única premissa verdadeira, no gráfico da Mota, é a primeira. Efetivamente, estamos em uptrend bullish, porém não ocorreu nenhum duplo topo verdadeiro com inversão ou exaustão da tendência principal.

Repare no gráfico da investopedia (do link que forneci acima) e verá um duplo topo "falso", seguido de um verdadeiro... esse padrão "verdadeiro" não se está a formar no gráfico da Mota.

double_top_caveats.jpg

Quanto aos fundamentais, vamos fazer como o Jack o Estripador... vamos por partes :

Primeiro, de acordo com o RC de 2024 da Mota Engil, no final do ano passado, a apreciação de 1% do Kwanza face ao euro teria um impacto de 312 mil euros no resultado líquido enquanto que a apreciação de 1% do dólar face ao euro teria um impacto (um pouco menor) de 257 mil euros, portanto a sua análise que a desvalorização do Kwanza e Dólar face ao euro são negativos para os resultados da Mota é verdadeira... mas o que não fez foi dimensionar verdadeiramente esse impacto.

Eu dou uma ajuda:

Note que a desvalorização do kwanza angolano foi mais expressivo durante 2023, tendo contribuído ativamente para um impacto negativo de 5.5M€ por efeito de variações cambiais ao custo amortizado. Mas desde 2024 que o kwanza angolano ficou relativamente lateralizado face ao euro (conforme se verifica no gráfico abaixo) e já não teve esse impacto nas contas de 2024.

kwanza_eur_chart.jpg

A desvalorização do dólar face ao euro também tem impacto na Mota, mas também esta cotação está contida num canal lateral desde 2023, tendo "ameaçado" quebrar o canal em alta quando Trump foi eleito, e em baixa face à recente asneira das tarifas para o mundo. Fazendo alguma futurologia, não me parece que a estratégia de Trump seja desvalorizar o dólar (apesar de isso até não ser mau para gestão da astronómica dívida americana).

dollar_eur_chart.jpg

O segundo ponto importante é que a estratégia das tarifas americanas já devia ser sobejamente descontada pelos investidores da Mota-Engil que já viram este filme com o "braço de ferro", EUA e México/Canadá que acabaram por ficar suspensas (Tarifas: EUA não aplicarão taxas de 10% ao México e ao Canadá).

Na minha opinião, Trump quer apenas alavancagem negocial e as tarifas nunca foram talhadas para entrar definitivamente em vigor.
Isso pode-se verificar com o mais recente acordo efetuado com o Reino Unido (e divulgado hoje nesta notícia Trump baixa tarifas sobre aço e carros do Reino Unido. Londres facilita importações dos EUA) que detalha que as mega tarifas ao UK foram revertidas mediante alguns acordos comerciais que beneficiam os EUA (para mim é claro que esta sempre foi a verdadeira intenção de Trump desde início, com todos os países do mundo).

Uma coisa que eu sei: Estas subidas não vêm do nada...

Enquanto uns se preocupam com as posições a descoberto declaradas de +/- 1% sobre o capital da Mota-Engil por parte de fundos "abutres", ninguém se dá ao trabalho de procurar que outros fundos ou investidores institucionais andam a reforçar desde o início do ano e que já têm uma posição longa bem superior a essa "mísera" percentagem.

No gráfico da titularidade da Mota Engil, constante na DeGiro, referente a posições longas abertas até 31 de março, podemos constatar que, excluíndo os 2 acionistas de referência e a posição quase fixa da IMG, já temos 7 fundos a deter 3.5% do capital da Mota-Engil e a maioria não tinha ações da empresa no final de 2024, agora cada um tire as suas conclusões daqui

titularidade.jpg

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Olá, Rolling_Trader

Agradeço o teu comentário detalhado, particularmente a explicação técnica sobre o duplo topo — é sempre bom ter contrapontos fundamentados.
De facto, tens razão ao referir que o padrão clássico requer confirmação pela quebra da "neckline", algo que, até ao momento, não se verificou no gráfico da Mota-Engil. Admito que a minha leitura pode ter sido antecipada, talvez enviesada por sinais de hesitação na zona dos 4€ e pela divergência em alguns indicadores de momentum que sigo de perto. Nesse sentido, reformulo: não um duplo topo confirmado, mas um possível sinal de esgotamento da tendência, que para mim, aliado aos fatores externos, justificou prudência.
Quanto ao enquadramento macroeconómico, tens razão em pedir a quantificação dos impactos — e agradeço por teres trazido esses dados do RC 2024. O meu ponto principal, porém, não era tanto o impacto imediato e direto, mas sim o risco acumulado: petróleo em queda, pressão cambial em mercados-chave, e um ambiente internacional onde qualquer faísca política pode desencadear retrações rápidas no investimento. Sabemos que a perceção dos investidores muitas vezes antecipa os dados duros — e foi essa perceção que me levou a adotar uma postura mais defensiva neste momento.
Claro que estas subidas não acontecem por acaso — e é precisamente isso que me mantém atento. Caso surjam novos sinais técnicos ou uma estabilização dos fatores de risco, estou perfeitamente aberto a reentrar na posição. Tal como referiste, preservar capital é fundamental quando o contexto é mais incerto.
A troca de ideias é o que enriquece este espaço, por isso obrigado pelo teu contributo e pela forma detalhada como expuseste a tua visão.

Cumprimentos,
J.f.vieira