Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
Acabas literalmente de dizer que apoias uma ideia comunista.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:previsor Escreveu:A maioria das pessoas vê as coisas pela perspectiva ideológica que tem. Eu provavelmente também um bocado, mas tento permanecer neutro. Por exemplo, ontem o pcp disse que Portugal devia investir 1% do PIB em habitação pública e eu estou completamente de acordo e ideologicamente estou distante do PCP.
Nao sou comunista, só defendo os ideais comunistas.
As tuas piadas que me costumas responder são geralmente absurdas, mas explica lá quais são os ideias comunistas que defendo? É capaz de ter graça.
Re: Políticas para Portugal
previsor Escreveu:A maioria das pessoas vê as coisas pela perspectiva ideológica que tem. Eu provavelmente também um bocado, mas tento permanecer neutro. Por exemplo, ontem o pcp disse que Portugal devia investir 1% do PIB em habitação pública e eu estou completamente de acordo e ideologicamente estou distante do PCP.
Nao sou comunista, só defendo os ideais comunistas.
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Re: Políticas para Portugal
PXYC Escreveu:De vez em quando gosto de consultar dados estatísticos publicados no site do Banco Portugal. Hoje vi a evolução da dívida no sector privado não financeiro. É estranho a dívida subir tanto num período de subida de juros, não?
Não sou economista, se alguém quiser explicar..
Alguém tem de financiar o estado...
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Re: Políticas para Portugal
A maioria das pessoas vê as coisas pela perspectiva ideológica que tem. Eu provavelmente também um bocado, mas tento permanecer neutro. Por exemplo, ontem o pcp disse que Portugal devia investir 1% do PIB em habitação pública e eu estou completamente de acordo e ideologicamente estou distante do PCP.
1% do PIB é o que Irlanda, Itália, Bélgica, Finlândia e Luxemburgo investem.
Não é um valor exagerado e é necessário tendo em conta as necessidades que tem.
1% do PIB é o que Irlanda, Itália, Bélgica, Finlândia e Luxemburgo investem.
Não é um valor exagerado e é necessário tendo em conta as necessidades que tem.
Re: Políticas para Portugal
PMP69 Escreveu:O Estado não sabe o que tem, nem tem interesse que se saiba. Foi criada a Estamo para gerir todo o património do Estado, mas nem esta sabe o que tem.
E tu a insistir dar ainda mais poder ao estado...
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Re: Políticas para Portugal
MarcoAntonio Escreveu:Uma lista incompleta não desmente a existência de imóveis em relação aos quais ela é omissa. Uma lista não prova a sua própria plenitude. Ora, olhando para várias fontes de informação, resulta óbvio que a lista não deverá estar completa.
Quando te convèm gostas muito de encher chouriços.
Uma lista incompleta é o que existe (na tua opinião).
Dados concretos que demonstrem o que dizes, nada 0, chapéu.
Noticas com tretas de 50000 (cinquenta mil sim) habitações num antigo hospital, que tem valor patrimonial e provavelmente nem sequer pode ser
convertido em habitação.
Entendo a tua crença cega no estado, são opções de vida que infelizmente agora quase toda a gente segue essa matriz de pensamento, mas não demonstraste absolutamente nada que existem milhares de casas devolutas do estado em condições de serem usadas para propósitos de habitação.
O que ficou exposto foram as dezenas de milhões de euros orçamentados para esse proposito. Aqui os camaradas defendem que é um problema de catalogar, claramente o que existe é uma rede de corrupção.
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Re: Políticas para Portugal
Lisboa está cheia de imóveis do Estado fechados, devolutos ou sem uso, como o edifício do Ministério da Educação na Av. 5 de Outubro, o antigo Hospital Militar da Ajuda, onde se gastou uma fortuna, parte do antigo Hospital Militar da Estrela (Av. 24 de Julho), como já referi, dezenas de casas junto ao EP Caxias, mas no EP de Tires é igual (em frente ao Aeródromo), no prédio onde trabalho a Estamo tem fracções fechadas aos anos, e a pagar condomínio .....
O Estado não sabe o que tem, nem tem interesse que se saiba. Foi criada a Estamo para gerir todo o património do Estado, mas nem esta sabe o que tem.
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/antigo-edificio-do-ministerio-da-educacao-que-seria-convertido-em-alojamento-universitario-esta-fechado-ha-cinco-anos
Pedro
O Estado não sabe o que tem, nem tem interesse que se saiba. Foi criada a Estamo para gerir todo o património do Estado, mas nem esta sabe o que tem.
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/antigo-edificio-do-ministerio-da-educacao-que-seria-convertido-em-alojamento-universitario-esta-fechado-ha-cinco-anos
Pedro
Re: Políticas para Portugal
PXYC Escreveu:De vez em quando gosto de consultar dados estatísticos publicados no site do Banco Portugal. Hoje vi a evolução da dívida no sector privado não financeiro. É estranho a dívida subir tanto num período de subida de juros, não?
Não sou economista, se alguém quiser explicar..
Também não sou especialista no assunto, mas acho que o aumento de dívida é normal e positivo, tendo em conta que nao parece se tratar de um aumento de dívida exagerado porque a dívida já foi muito superior por exemplo em 2008 e que o aumento da divida está associado ao investimento e estamos num período de crescimento económico, independentemente de ser num período de subida de juros.
Re: Políticas para Portugal
caldeirum Escreveu:Quanto à carga fiscal demasiado alta, é algo que é repetido vezes sem conta. Desconheço a realidade das pequenas e médias empresas, no entanto as que estão cotadas no PSI têm de apresentar contas. Qual é a justificação de uma empresa como BCP, Galp, EDP, entre outras, de terem nos seus quadros pessoas a receberem o salário mínimo ou perto dele, por mais simples que seja a função?
O argumento do IRC demasiado alto, na minha opinião, não é válido.
A carga fiscal não se aplica apenas às empresas, afeta também os salários dos trabalhadores, produtos e serviços consumidos pelas pessoas. Se uma pessoa descontar menos, fica com um salário líquido maior, mesmo que o salário não aumente. Se pagar menos de IVA, pode comprar os produtos a preços mais baixos etc
A carga fiscal acaba por afectar o custo de vida das pessoas.
Por exemplo, a Polónia tem um salário mínimo inferior ao nosso, mas tem impostos baixos e isso faz com que tenha o custo de vida muito inferior ao nosso e também já ultrapassou Portugal no PIB "per capita", e vi que tem previsto aumentar o salário mínimo duas vezes este ano e assim vai acabar o ano já com um salário mínimo superior ao português.
A Roménia sempre foi muito pobre, também apostou em impostos baixos, e também está previsto que nos ultrapasse este ano.
Portugal tem sido goleado por países que eram mais pobres que nós e neste momento não tem desculpa, porque desde 2020 que também anda a receber montes de dinheiro da União Europeia.
Não digo que os impostos altos sejam o único problema de Portugal, mas em comparação com os países que nos ultrapassam, parece evidente que é um dos principais, ou até mesmo o principal problema neste momento.
Sobre a tua questão específica.
Não sei dizer exatamente. Mas por acaso essas empresas são representadas pela CIP, e falou-se aqui da CIP e da proposta deles do ano passado de pagar um “15.º mês aos trabalhadores livre de impostos e contribuições até aos 4500 euros brutos mensais e de pagamento voluntário pelas empresas”.
Então, essa medida se tivesse sido aceite pelo António Costa no ano passado já podia ter aumentado alguma coisa o rendimento desses trabalhadores.
Já foi dito que o PSD adotou essa proposta sob a forma de prémio de produtividade e que o montante a atribuir é o que a empresa quiser até ao limite definido. Opiniões sobre a proposta variam, mas aumentava alguma coisa o salário anual dos trabalhadores nas empresas que adotassem a medida. E quando se discutiu a proposta pensou-se que pagar o 15.º mês era obrigatório e a medida da CIP dizia “pagamento voluntário”
Benefícios da redução da carga fiscal
1. Contribuintes Individuais: Uma carga fiscal mais baixa significa que os cidadãos têm mais rendimento disponível, o que pode ser usado para consumo, poupança ou investimento. Isso pode melhorar o padrão de vida e promover a atividade económica.
2. Empresas: Empresas geralmente beneficiam de uma carga fiscal mais baixa, pois isso pode incentivar o investimento, a expansão e a criação de empregos. Menos encargos fiscais também podem tornar as empresas mais competitivas internacionalmente.
3. Consumidores: Se os impostos sobre bens e serviços são reduzidos, os consumidores podem desfrutar de preços mais baixos e ter um maior poder de compra.
4. Investidores: Uma carga fiscal mais baixa pode tornar um país mais atrativo para investidores estrangeiros, impulsionando o crescimento económico e a criação de empregos.
5. Estímulo à Economia: Reduzir a carga fiscal pode estimular a atividade económica geral, levando a um ciclo de crescimento económico.
Desvantagens do aumento da carga fiscal podem incluir:
1. Redução do Poder de Compra: Aumentos de impostos podem diminuir o poder de compra dos consumidores, impactando negativamente o consumo.
2. Desincentivo ao Investimento: Empresas podem ser desencorajadas a investir e expandir suas operações devido a encargos fiscais mais elevados.
3. Impacto na Poupança: A carga fiscal adicional pode reduzir a poupança disponível para os indivíduos, limitando as oportunidades de investimento e crescimento económico.
4. Possível Fuga de Capitais: Empresas e investidores podem procurar ambientes fiscais mais favoráveis, levando à fuga de capitais e perda de investimento no país.
5. Diminuição da Competitividade Empresarial: Aumentos de impostos podem tornar as empresas menos competitivas internacionalmente, prejudicando a sua posição nos mercados globais.
Re: Políticas para Portugal
Lisboa_Casino referi-me ao facto do rodapé da sic notícias dizer que o chega ainda só fez a introdução do seu programa eleitoral. O que escreveste não tem a ver com o assunto.
O programa supostamente deve ser algo importante porque é através dele que se pode conhecer o que os partidos defendem.
Enquanto criticam os outros pouco se sabe o que defendem.
Por exemplo nas eleições passadas o chega defendia isto e quase ninguém deve saber:
O programa supostamente deve ser algo importante porque é através dele que se pode conhecer o que os partidos defendem.
Enquanto criticam os outros pouco se sabe o que defendem.
Por exemplo nas eleições passadas o chega defendia isto e quase ninguém deve saber:
Programa do Chega defende privatização de hospitais, escolas, vias de comunicação e meios de transporte?Verdadeiro
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/pr ... transporte
Re: Políticas para Portugal
Ninguém ganhará eleições com a minha ajuda perdi a fé ou é mais grave é uma perda de tempo só os partidos do sistema podem governar a nível europeu qualquer lei que vá contra será esmagada pelo poder constitucional nacional ou europeu, os que fazem resistência como fez a Polónia é sujeita a chantagem estavam retidos 80 mil milhões que só agora o país vai ter acesso com um novo governo pro-sistema , já vai receber gente vinda do Norte de África as sociedades multiculturais tem de ganhar .
Se Chega não ganhar fico na dúvida se será o nosso povo que é manso ou incompetência do partido vendo os nossos políticos do poder , mas se ganhar nada vai poder fazer , porque perder o meu tempo a votar ?
“..Enquanto escrevo esta crónica, Portugal tem um primeiro-ministro demissionário a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça e vários membros do seu governo/equipa também a serem investigados. O agora demissionário presidente do governo regional da Madeira foi constituído arguido. O também demissionário presidente da câmara do Funchal está detido para interrogatório. O presidente da República não consegue dar explicações convincentes sobre o uso do seu nome e influência no chamado caso das gémeas. O líder da oposição é objecto de um inquérito sobre os benefícios fiscais atribuídos à sua casa em Espinho. Um antigo primeiro-ministro socialista está acusado de 22 crimes três dos quais de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal sem que o PS tenha até agora reflectido sobre esse período recente da sua e da nossa história.
É isto uma democracia a funcionar? Não, isto não é a democracia a funcionar. É sim um modo perigoso de funcionar na democracia. E é esse modo que temos de discutir, criticar e abordar porque a alternativa é aquilo que está a acontecer: a justiça ficou com o que era da política, a política ficou sem nada e o país imerso num manto de sordidez, decadência e bruteza, vive de sobressalto em sobressalto, viciado numa escala crescente de indignação em que o inimaginável que acontece hoje banaliza o que na véspera era impensável…”
https://observador.pt/opiniao/e-no-fim- ... a-politica
Se Chega não ganhar fico na dúvida se será o nosso povo que é manso ou incompetência do partido vendo os nossos políticos do poder , mas se ganhar nada vai poder fazer , porque perder o meu tempo a votar ?
“..Enquanto escrevo esta crónica, Portugal tem um primeiro-ministro demissionário a ser investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça e vários membros do seu governo/equipa também a serem investigados. O agora demissionário presidente do governo regional da Madeira foi constituído arguido. O também demissionário presidente da câmara do Funchal está detido para interrogatório. O presidente da República não consegue dar explicações convincentes sobre o uso do seu nome e influência no chamado caso das gémeas. O líder da oposição é objecto de um inquérito sobre os benefícios fiscais atribuídos à sua casa em Espinho. Um antigo primeiro-ministro socialista está acusado de 22 crimes três dos quais de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal sem que o PS tenha até agora reflectido sobre esse período recente da sua e da nossa história.
É isto uma democracia a funcionar? Não, isto não é a democracia a funcionar. É sim um modo perigoso de funcionar na democracia. E é esse modo que temos de discutir, criticar e abordar porque a alternativa é aquilo que está a acontecer: a justiça ficou com o que era da política, a política ficou sem nada e o país imerso num manto de sordidez, decadência e bruteza, vive de sobressalto em sobressalto, viciado numa escala crescente de indignação em que o inimaginável que acontece hoje banaliza o que na véspera era impensável…”
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Re: Políticas para Portugal
previsor Escreveu:Também não é preciso mais para o eleitorado do chega
Se tem sido suficiente para votar PS, quando mais de 1 /3 fez parte do período mais negro das últimas décadas
Com ingerências à Vara larga em empresas privadas;
Assalto a orgãos de comunicaçáo social;
Destruição da maior empresa de comunicações do País;
Fomento da "venda do pernil" com regimes " manhosos;
entre tantas outras coisas que correm em tribunal;
Tenho a certeza que por muito e muitos anos , sei em quem não votarei !
Se não queremos, não é atirando areia para os "olhos" dos cidadãos, que poderá ser evitada,
Uma das aventura mais arriscadas para o nosso País !
Está à vontade do povo não pode estar melhor !
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Re: Políticas para Portugal
Muitas não tem consciência onde está o poder e quem manda, De sexta feira a muita falada lei feita durante 2 anos morre a mão de meia dúzia , se há algo que não tolero são os novos tribunais nacionais e europeus donos do sistema .
“ O que era suposto acontecer aconteceu: o Conselho Constitucional censurou quinta-feira a parte essencial da lei de imigração. Naturalmente, e esta é a pequena música do dia, Explica – se que o Conselho Constitucional, na sua maior parte, não teria tocado na substância do texto e teria essencialmente como alvo os seus defeitos formais-esta é a questão dos famosos cavaleiros legislativos. Não nos deixaremos enganar: este pontilhismo jurídico atesta sobretudo o facto de o Parlamento ter sido colocado sob a supervisão dos juízes.
O Supremo Tribunal Francês, uma vez que deveria ser chamado assim, dá - se unilateralmente o direito de modificar o equilíbrio de poder a seu favor-o que vem fazendo desde o início dos anos 1970 com a invenção do bloco de Constitucionalidade. A implantação do" Estado de direito " corresponde de facto a uma tomada do poder pelos juízes, que desde então têm vindo a expandir constantemente o seu poder - muitas vezes também interpretando os princípios constitucionais de forma exageradamente criativa, dependendo da evolução da ideologia dominante, que tende a fundir-se com o significado da história. A verdadeira arbitrariedade do poder existe.
De facto, a França já vive, há algum tempo, numa forma de vida de República que procura disfarçar-se como uma versão evoluída do Ev.
Eles permanecem, porque, como Maquiavel observou em seu tempo, as pessoas tendem a se mostrar apegadas aos seus costumes, aos seus antigos rituais - muito mais do que ao exercício real do poder, além disso, e é bem visto, evitar sua revolta, fingir respeitá-los. No entanto, essas instituições esvaziadas de poder poderiam ser reinvestidas nelas, como nos lembram todos aqueles que defendem a reforma constitucional.
Na escala da história, assistimos a uma inversão da filosofia constitucional. Tradicionalmente, uma constituição pretendia organizar politicamente um povo, estruturar a sua vida política, dando-lhe os meios necessários para agir por si na história. Ela não era, no entanto, para si mesma o seu próprio fim. A sabedoria política recordou que uma constituição que paralisa um povo, distorce a sua vida política, condena-o à impotência pública, é uma constituição que deve ser alterada, muito simplesmente.
Foi também por isso que o General De Gaulle fundou a Quinta República: considerou a quarta estruturalmente impotente. Não havia Fetichismo institucional sobre ele. As instituições tinham de servir os homens e não o contrário. Uma boa constituição não é apenas um texto jurídico: tem em conta a história de um povo, a sua psicologia colectiva. Já não é assim. A Constituição agora desencarnada: um povo é assim chamado a imolar – se simbolicamente na lei – os princípios constitucionais um dia fixados e interpretados pelos juízes são considerados mais importantes do que a sua identidade profunda-aliás, existe realmente? A Constituição volta-se contra a nação, também contra o estado.
Talvez devesse ser visto também como uma radicalização do contratualismo moderno, onde a lógica do contrato social está a tornar – se tão extrema que substitui toda a vida orgânica-a ponto de neutralizá-la e de julgar necessário o seu desaparecimento. Mas então devemos chegar à conclusão de que a inclinação natural da modernidade é fundamentalmente indelicada – ou melhor, que invisibiliza a Política numa tecnoestrutura sobre a qual o homem tem muito pouco controlo e que se desdobra sem que seja possível desviar-se do seu significado. A história seria escrita sem homens, que se tornaram fantoches dos sistemas a que deram origem.
Mas isso ainda estaria cedendo à sua astúcia, porque por trás dessa evolução das instituições, um regime oligárquico está tomando forma que não diz seu nome, e que globalmente serve aos interesses do que é comumente chamado de elites globalizadas. Na sua opinião, as pessoas são uma categoria política perigosa e tóxica: não aparecem mais senão através do conceito marcado de "populismo". É necessário contê-lo, envolvê-lo, idealmente desmembrá-lo, para que ele não possa fazer nada de errado com seus reflexos regressivos, sua passividade insuperável e a incapacidade que lhe emprestamos para entender o movimento do mundo.
“ O que era suposto acontecer aconteceu: o Conselho Constitucional censurou quinta-feira a parte essencial da lei de imigração. Naturalmente, e esta é a pequena música do dia, Explica – se que o Conselho Constitucional, na sua maior parte, não teria tocado na substância do texto e teria essencialmente como alvo os seus defeitos formais-esta é a questão dos famosos cavaleiros legislativos. Não nos deixaremos enganar: este pontilhismo jurídico atesta sobretudo o facto de o Parlamento ter sido colocado sob a supervisão dos juízes.
O Supremo Tribunal Francês, uma vez que deveria ser chamado assim, dá - se unilateralmente o direito de modificar o equilíbrio de poder a seu favor-o que vem fazendo desde o início dos anos 1970 com a invenção do bloco de Constitucionalidade. A implantação do" Estado de direito " corresponde de facto a uma tomada do poder pelos juízes, que desde então têm vindo a expandir constantemente o seu poder - muitas vezes também interpretando os princípios constitucionais de forma exageradamente criativa, dependendo da evolução da ideologia dominante, que tende a fundir-se com o significado da história. A verdadeira arbitrariedade do poder existe.
De facto, a França já vive, há algum tempo, numa forma de vida de República que procura disfarçar-se como uma versão evoluída do Ev.
É assim que os golpes de Estado operam há cinquenta anos: instituições antigas, como as da soberania popular, não foram abolidas, mas esvaziadas de toda a substância. Eles permanecem como uma decoração antiga, mesmo que o poder real não exista mais.
Eles permanecem, porque, como Maquiavel observou em seu tempo, as pessoas tendem a se mostrar apegadas aos seus costumes, aos seus antigos rituais - muito mais do que ao exercício real do poder, além disso, e é bem visto, evitar sua revolta, fingir respeitá-los. No entanto, essas instituições esvaziadas de poder poderiam ser reinvestidas nelas, como nos lembram todos aqueles que defendem a reforma constitucional.
Na escala da história, assistimos a uma inversão da filosofia constitucional. Tradicionalmente, uma constituição pretendia organizar politicamente um povo, estruturar a sua vida política, dando-lhe os meios necessários para agir por si na história. Ela não era, no entanto, para si mesma o seu próprio fim. A sabedoria política recordou que uma constituição que paralisa um povo, distorce a sua vida política, condena-o à impotência pública, é uma constituição que deve ser alterada, muito simplesmente.
Foi também por isso que o General De Gaulle fundou a Quinta República: considerou a quarta estruturalmente impotente. Não havia Fetichismo institucional sobre ele. As instituições tinham de servir os homens e não o contrário. Uma boa constituição não é apenas um texto jurídico: tem em conta a história de um povo, a sua psicologia colectiva. Já não é assim. A Constituição agora desencarnada: um povo é assim chamado a imolar – se simbolicamente na lei – os princípios constitucionais um dia fixados e interpretados pelos juízes são considerados mais importantes do que a sua identidade profunda-aliás, existe realmente? A Constituição volta-se contra a nação, também contra o estado.
Talvez devesse ser visto também como uma radicalização do contratualismo moderno, onde a lógica do contrato social está a tornar – se tão extrema que substitui toda a vida orgânica-a ponto de neutralizá-la e de julgar necessário o seu desaparecimento. Mas então devemos chegar à conclusão de que a inclinação natural da modernidade é fundamentalmente indelicada – ou melhor, que invisibiliza a Política numa tecnoestrutura sobre a qual o homem tem muito pouco controlo e que se desdobra sem que seja possível desviar-se do seu significado. A história seria escrita sem homens, que se tornaram fantoches dos sistemas a que deram origem.
Mas isso ainda estaria cedendo à sua astúcia, porque por trás dessa evolução das instituições, um regime oligárquico está tomando forma que não diz seu nome, e que globalmente serve aos interesses do que é comumente chamado de elites globalizadas. Na sua opinião, as pessoas são uma categoria política perigosa e tóxica: não aparecem mais senão através do conceito marcado de "populismo". É necessário contê-lo, envolvê-lo, idealmente desmembrá-lo, para que ele não possa fazer nada de errado com seus reflexos regressivos, sua passividade insuperável e a incapacidade que lhe emprestamos para entender o movimento do mundo.
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Re: Políticas para Portugal
De vez em quando gosto de consultar dados estatísticos publicados no site do Banco Portugal. Hoje vi a evolução da dívida no sector privado não financeiro. É estranho a dívida subir tanto num período de subida de juros, não?
Não sou economista, se alguém quiser explicar..
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Re: Políticas para Portugal
Previsor Escreveu:E quanto à liberdade económica está ainda melhor classificado no ranking
https://www.heritage.org/index/ranking
Esses não parecem ser os problemas de Portugal
Acho que os problemas são o baixo crescimento, baixos salários e uma carga fiscal demasiado alta, tendo em conta que os países que ultrapassaram Portugal nos últimos anos têm todos uma carga fiscal inferior à portuguesa.
Quanto à carga fiscal demasiado alta, é algo que é repetido vezes sem conta. Desconheço a realidade das pequenas e médias empresas, no entanto as que estão cotadas no PSI têm de apresentar contas. Qual é a justificação de uma empresa como BCP, Galp, EDP, entre outras, de terem nos seus quadros pessoas a receberem o salário mínimo ou perto dele, por mais simples que seja a função?
O argumento do IRC demasiado alto, na minha opinião, não é válido.
Quanto ao panorama da habitação em Portugal, já se tentou pela via dos privados e o resultado está à vista. Se queremos outros resultados, e é absolutamente necessário para o desenvolvimento do país e das empresas, há que mudar a estratégia.
Cumprimentos
"A Guerra é a continuação da política por outros meios"
Carl von Clausewitz 1780 -1831
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Re: Políticas para Portugal
Também não é preciso mais para o eleitorado do chega
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:Baseado no quê? Porque um tacho politico cantou números?
Se te referes aos da CMH de Lisboa, a fonte desses números serão o INE / Censos 2021 e a CML.
BearManBull Escreveu:Lsitas? Dados concretos, chapéu... A lista que existe desmente criteriosamente o que tu estás a afirmar.
Primeiro, existem várias listas ou bases de dados (remeto para a notícia da Sábado). Segundo: o que eu estou a afirmar é que a lista que partilhaste aparentemente está incompleta e que segundo várias fontes existirão milhares.
Uma lista incompleta não desmente a existência de imóveis em relação aos quais ela é omissa. Uma lista não prova a sua própria plenitude. Ora, olhando para várias fontes de informação, resulta óbvio que a lista não deverá estar completa.
Como o Pedro referiu, essa Lista menciona apenas 3 (três) items em Lisboa. E 6 (seis) no Porto. A própria lista também já tem 717 items, segundo a Sábado (não fui contar para verificar, mas será nessa ordem). Mas a mesma notícia dá o exemplo de um imóvel - o tal Hospital Miguel Bombarda - que está num levantamento posterior e que não está nessa lista. Seja porque razão for, as várias entidades que tinham a comunicar a existência de imóveis poderão não ter comunicado todos os imóveis que existiam na altura. A lista foi apurada em Janeiro de 2022 e era suposto ser actualizada semestralmente e aparentemente também nunca foi (desconheço porque razão a lista nunca foi actualizada). Um apuramento deficiente logo da primeira vez e/ou a falta de actualização poderão explicar porque é que a lista não estará completa. Por outro lado, também se calhar vale a pena considerar que o próprio decreto-lei que está por detrás deste apuramento já circunscreve os imóveis a um determinado conjunto de critérios, nomeadamente:
Para efeitos do disposto no presente decreto -lei, entende--se por «património imobiliário público sem utilização» o conjunto de bens imóveis do domínio privado do Estado ou dos institutos públicos e os bens imóveis do domínio público do Estado que se encontrem em inatividade, devolutos ou abandonados, por um período não inferior a 3 anos consecutivos, e não tenham sido objeto de qualquer das formas de administração previstas no n.º 2 do artigo 52.º do Decreto -Lei n.º 280/2007, de 7 de agosto, nem se encontrem integrados em procedimento tendente a esse efeito, a implementar no prazo máximo de 1 ano a contar do envio da comunicação prévia prevista no n.º 1 do artigo 5.º
Só por aqui há espaço para muito imóvel existir, não estar a ser utilizado mas também não estar na lista por não preencher os requisitos ou por ser possível enquadra-lo nas excepções.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:André Ventura afasta Maló de Abreu após investigação da Sábado
No PS certamente que não acontecia, no PSD tenho duvidas...
Ele foi afastado pelo PSD primeiro he he
Só depois de ser afastado pelo PSD é que aderiu ao Chega e teria continuado se a revista sábado não tivesse noticiado o caso
Re: Políticas para Portugal
André Ventura afasta Maló de Abreu após investigação da Sábado
No PS certamente que não acontecia, no PSD tenho duvidas...
No PS certamente que não acontecia, no PSD tenho duvidas...
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Re: Políticas para Portugal
MarcoAntonio Escreveu:Eu não estou a entrar no resto do debate, apenas interpelei para referir que, efectivamente, o Pedro parece estar correcto e que serão milhares os imóveis que neste momento estão sob a alçada do Estado e que a lista que partilhaste não estará completa.
Baseado no quê? Porque um tacho politico cantou números?
Lsitas? Dados concretos, chapéu... A lista que existe desmente criteriosamente o que tu estás a afirmar.
O único que vi foi que se gastam já dezenas de milhões de euros na tal plano de habitação gostava de saber onde vai parar esse dinheiro...
A única coisa que ficou demonstrada é o nível absurdo de corrupção que já existe.
A propaganda.. que mundo para se viver...
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Re: Políticas para Portugal
PMP69 Escreveu:O Estado não é uma entidade abastracta, somos Nós, são pessoas, se podemos melhorar? Claro que sim, mas é preciso vontade.
Pedro
Prefiro esta definição de Estado do ChatGPT
O Estado é uma entidade política soberana que exerce autoridade sobre um território específico e sua população. Ele é caracterizado por instituições governamentais, leis, um sistema administrativo e o monopólio legítimo do uso da força dentro de suas fronteiras. Os Estados modernos geralmente têm governos que promulgam leis, arrecadam impostos, mantêm sistemas judiciais e fornecem serviços públicos.
O Estado desempenha um papel crucial na organização e regulação da sociedade, buscando garantir a ordem, proteger os direitos e promover o bem-estar geral de seus cidadãos. A forma de governo, a estrutura política e o grau de intervenção estatal podem variar de país para país, refletindo diferentes sistemas políticos, ideologias e tradições culturais.
Uns mais, outros menos, todos os países do mundo têm Estado.
O Ranking de Portugal ao nível da Despesa governamental (% do PIB) é inferior a Espanha, Suécia, Alemanha, França, Itália , Grécia e vários outros
https://en.m.wikipedia.org/wiki/List_of ... age_of_GDP
E quanto à liberdade económica está ainda melhor classificado no ranking
https://www.heritage.org/index/ranking
Esses não parecem ser os problemas de Portugal
Acho que os problemas são o baixo crescimento, baixos salários e uma carga fiscal demasiado alta, tendo em conta que os países que ultrapassaram Portugal nos últimos anos têm todos uma carga fiscal inferior à portuguesa.
Em relação à habitação pública, há dias partilhei um artigo da Comunidade Europeia que indicava que Portugal era um dos países que investia menos em habitação pública, então parece óbvio que devia investir mais face à necessidade que tem e que utilizar edifícios do Estado abandonados para isso seria uma boa solução.
Re: Políticas para Portugal
Eu não estou a entrar no resto do debate, apenas interpelei para referir que, efectivamente, o Pedro parece estar correcto e que serão milhares os imóveis que neste momento estão sob a alçada do Estado e que a lista que partilhaste não estará completa.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Políticas para Portugal
Pelo que se entendo do texto a maioria é do proprietários privados.
Portanto a ideia é o estado expropriar aos privados para oferecer aos amigos.
Portanto a ideia é o estado expropriar aos privados para oferecer aos amigos.
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― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Essa lista não estará por certo completa. Vejam a notícia que linkei acima.
Um deles é o antigo Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, onde, de acordo com a Carta Municipal de Habitação recentemente apresentada pela autarquia, existem 47.748 habitações vagas, das quais 1.756 são municipais.
Sim realmente com rigor e isento.
O texto da notícia poderá não ser o melhor, mas percebe-se que o "onde" e os números subsequentes dizem respeito a Lisboa.
De resto, a notícia sobre as cerca de 48 mil habitações vagas em Lisboa (das quais, uma parte municipais) encontra-se veiculada por vários orgãos. Por exemplo, aqui:
Cinco freguesias de Lisboa têm mais de 20% das casas vazias
ou aqui
Lisboa tem quase 48 mil casas vazias que câmara quer pôr "a uso"
Filipa Roseta lembrou que a Câmara Municipal de Lisboa é proprietária de 2.000 destas casas devolutas e afirmou que a sua reabilitação e colocação no mercado da habitação da cidade são "a missão urgente" e a "imediata responsabilidade" da autarquia.
O mesmo número surge também noutras fontes sendo claro que diz respeito a Lisboa como um tudo. Em segundo lugar surge o Porto:
Estes são os municípios portugueses com mais e menos casas vazias
É em Lisboa que há mais (47.748), seguida do Porto (20.270). Na cauda da tabela encontra-se o concelho do Corvo, nos Açores (47).
Ou na apresentação da Carta - de onde segundo a própria notícia terão sido extraídos os números - que também os menciona, caracterizando-os de forma clara como "O Parque Habitacional Atual em Lisboa" em "2021":
https://www.lisboa.pt/fileadmin/atualidade/noticias/user_upload/CMH_REUNIAO_6_MARCO_PRIORIDADES_DA_CARTA.pdf
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.