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Caldeirão da Bolsa

Petróleo - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Petróleo...

por NirSup » 9/6/2023 6:59

Subsídios aos produtores?

Leilão de 2020 regista preço de energia solar mais baixo do mundo

Adjudicados 670 megawatts (MW):
- Armazenamento: 483 MW)
- Compensação ao Sistema : 177 MW
- CFD (Contrato por Diferenças):10MW

Registaram-se ganhos para os consumidores na ordem dos 559 milhões de euros a 15 anos, o que equivale a cerca de 37,2 milhões de euros/ ano.

Este valor corresponde a um ganho unitário de cerca de 833 mil euros por cada MW adjudicado (15 anos), o que representa um acréscimo de cerca de 80% face ao ganho unitário obtido no leilão de 2019 (cerca de 464 mil euros por cada MW adjudicado).
Ver AQUI:
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/com ... o-do-mundo

Subsídios aos produtores?
Os produtores de energias renováveis é que estão a subsidiar o sistema (SEN) e desta forma a beneficiar/subsidiar os consumidores.
Há consumidores domésticos com poupanças na conta da luz de centenas de euros desde Dezembro de 2022.
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Re: Petróleo...

por BearManBull » 9/6/2023 0:47

NirSup Escreveu:Subsídios? Cadê?
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Agência para a Energia pede a Bruxelas “urgência” no PRR


O que falta são subsídios
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Re: Petróleo...

por BearManBull » 8/6/2023 7:52

NirSup Escreveu:No final de 2022, a capacidade (potência) instalada de geração de energia renovável, no mundo, atingiu uns impressionantes 3.372 Gigawatts (GW). E ano após ano, continua a crescer a níveis record.


O grande driver da inflação é exatamente a transição energética.

Com dinheiro dos contribuintes tudo se faz. Depois basta ir ao supermercado para ver os efeitos bonitos do glorioso novo mundo. A inflação continua a aumenta descontrolada.

Já agora potencia instalada vs potencia média instalada na rede deve ter um ratio quando muito de 1/3 portanto isso deve andar na ordem dos 1000 GW, valores simpáticos..

Claro que aqui não se contabiliza, potencia instalada de redundância, baterias, ciclos de replacemente, reparação, maintenance. Tudo negócios mal cheirosos que as eléctricas vendem activos com mais de x anos a fundos manhosos.




Tu és um completo extremista neste assunto. Neste momento são uma gota de água na geração de eletricidade mundial. 30% mas isto é considerando barragens que sempre tiveram uma representação superior a 20%.

Olhando para o gráfico é fácil de ver que os objectivos são whishfull thinking.
Anexos
alternatives.JPG
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Re: Petróleo...

por NirSup » 8/6/2023 0:57

Caro Marco Martins,
Essa retórica já não convence ninguém e começa até a ser abandonada pelos acérrimos opositores das energias renováveis.
Parte dessas atividades já estão a ser realizadas, hoje, recorrendo a energias renováveis e lá chegará o tempo em que a energia utilizada, desde a mineração, passando pelos transportes e acabando na manufatura, será toda ela de origem renovável.
E depois que argumento usarão contra as energias renováveis?

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Re: Petróleo...

por Marco Martins » 7/6/2023 17:20

NirSup Escreveu:E Não se Pode Exterminá-lo?

No final de 2022, a capacidade (potência) instalada de geração de energia renovável, no mundo, atingiu uns impressionantes 3.372 Gigawatts (GW). E ano após ano, continua a crescer a níveis record.
Alguém já fez as contas à quantidade de energia fóssil que é poupada para produzir a quantidade colossal de energia elétrica com esta potência instalada?
A realidade parece ignorar isto e o consumo de energias fósseis no mundo teima em não diminuir, nomeadamente o consumo de petróleo.
Mas que ninguém duvide que a este ritmo de crescimento das energias renováveis é uma questão de tempo até o gráfico virar para baixo, bem para o chão, no sentido dos teus pés. Aguarda. É uma questão de tempo. Ou então a lógica é uma batata.

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Se calhar também ninguém fala do acréscimo de poluição que está a ser feito para produção e transporte de tudo o que é renovável para além de toda a manutenção e instalação que exige mais deslocações ! O consumo de materias priimas está a conhecer uma procura como nunca e para as encontrar são provocados vários danos ambientais!

Acredito que os eléctricos no longo prazo poluam menos (dentro das cidades) contudo este acréscimo de poluição que estamos a provocar irá ainda provocar uma maior pressão no meio ambiente até que o consumo comece a estabilizar e diminuir...

Mas enquanto existirem recursos, não vejo o Homem a abdicar deles.
 
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Re: Petróleo...

por NirSup » 7/6/2023 14:20

E Não se Pode Exterminá-lo?

No final de 2022, a capacidade (potência) instalada de geração de energia renovável, no mundo, atingiu uns impressionantes 3.372 Gigawatts (GW). E ano após ano, continua a crescer a níveis record.
Alguém já fez as contas à quantidade de energia fóssil que é poupada para produzir a quantidade colossal de energia elétrica com esta potência instalada?
A realidade parece ignorar isto e o consumo de energias fósseis no mundo teima em não diminuir, nomeadamente o consumo de petróleo.
Mas que ninguém duvide que a este ritmo de crescimento das energias renováveis é uma questão de tempo até o gráfico virar para baixo, bem para o chão, no sentido dos teus pés. Aguarda. É uma questão de tempo. Ou então a lógica é uma batata.

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Re: Petróleo...

por NirSup » 6/6/2023 6:21

As feed-in tariffs acabaram

Só um pequeno (grande) esclarecimento: eu não afirmei que o negócio feito pela EDPR era negativo no seu todo (a ser assim o CEO da EDPR tinha os acionistas à perna). O que eu afirmei foi que no primeiro período o negócio irá ser notoriamente negativo, julgando a empresa que esse deficit inicial seja compensado com o lucro do segundo período. Mas nada está garantido.

Em resumo: cadê as apregoadas feed-in tariffs? Nem um só exemplo. Nem um só caso. Muita parra ... e uvas nem vê-las.

Afinal, os subsídios às energias renováveis, pelo menos em Portugal, resumem-se a garantias de compra e venda da energia em contratos de longo prazo contra as diferenças de valor no mercado grossista da energia elétrica. E que estão longe, no final, de garantir um resultado negativo para o Estado: basta que o preço no mercado grossista seja superior ao preço de referência acordado. Tudo depende, pois, das condições de mercado. E mais: o preço inicial acordado, nos concursos de 2019 e de 2022 de energias renováveis, como preço de entrega de energia ao Sistema, foi inferior, muito inferior, aos preços praticados, à data, no mercado grossista de energia eléctrica.
Feed-in tariffs? Subsídios? Cadê?
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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 22:33

Esse valor não significa realmente vender a energia a valor negativo como tu estás a alegar mas sim um valor garantido expresso como um desconto para um preço de referência. Retirado do relatório da EDPR, acerca do leilão solar de 2020:

On March 27, 2020 a new solar auction was announced by the Energy Secretary of State. Developers had to choose one of the following three remuneration schemes:

1) A fixed guaranteed tariff structure, where the bids expressed a discount to a reference price, in €/MWh. Awarded projects would enter into an hourly two-side CfD with OMIP for 15 years. The CfD would be settled based on the actual price captured by the specific plant.

2) A market scheme where the promoters bid for a contribution made to the National Electric System (“SEN”) and where the promoters that bid the largest contributions would be awarded with the capacity title. Participants would then commit to pay this quantity for 15 years and their projects would get their revenues from participating in the electricity market on a merchant basis.

3) A new system consisting of a market scheme for power plants incorporating a storage system, in which participants bid the value of the capacity payment that would like to receive in €/MW (MW of connection capacity). In exchange, they shall sign a “one-side” CfD contract (“available contract”) with REN to protect the system against price spikes events.


https://www.edpr.com/sites/edpr/files/2 ... rt2020.pdf
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 22:23

Só para terminar. Eu pagava na conta da luz entre 60 a 80 euros por mês. Paguei na conta da luz em abril, €7,98 e em maio €8,85. Sem talões, créditos nem outras confusões. Faturação real do meu real consumo.
E sabem porquê?
Porque a ERSE concedeu aos comercializadores de energia elétrica um desconto brutal (preço negativo) nas TAR.
A ERSE pode dar-se a estes luxos à conta e por conta destes negócios milionários feitos com as empresas promotoras de parques eólicos e centrais fotovoltaicas.
Há consumidores domésticos que já pouparam, desde dezembro do ano passado até hoje, mais de 600 euros na conta da luz.
Informem-se. Isto não é treta. É a mais pura verdade.
A ERSE anda a fazer flores ... à conta e por conta dos negócios milionários com as empresas promotoras de energias renováveis.
Subsidiadas, dizem por aí.

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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 22:09

NirSup Escreveu:FRANCAMENTE ...

Afirmar-se que os CFD's (Contract For Difference), usados em muitos negócios que nada têm a ver com energias renováveis, são subsídios à produção de energias renováveis chega até a ser anedótico.


Está indicado no relatório da União Europeia, que já partilhei, como um dos mecanismos utilizado para subsidiar os produtores, independentemente de tu achares anedótico ou conseguires ou não aceitar esse facto:

Income or price supports encompass various types of economic mechanisms, most of them
can be considered as cross-subsidies, i.e. consisting of transferring amounts of money from
groups of people / technology / territory to another specific group. Most often, such measures
are financed through final consumers' tariffs/prices. Twelve types of interventions have been
identified: capacity payments, biofuels blending mandates, renewable energy quotas with
tradable certificates, differentiated grid connection charges, energy efficiency obligations,
interruptible load schemes, contract for difference, feed-in premiums, feed-in tariffs, consumer
price guarantees (cost support), consumer price guarantees (price regulation) and producer
price guarantees (price regulation);


Uma explicação breve como exemplo:

The Contracts for Difference (CfD) scheme is the government’s main mechanism for supporting low-carbon electricity generation.

CfDs incentivise investment in renewable energy by providing developers of projects with high upfront costs and long lifetimes with direct protection from volatile wholesale prices, and they protect consumers from paying increased support costs when electricity prices are high.

Renewable generators located in Great Britain that meet the eligibility requirements can apply for a CfD by submitting what is a form of ‘sealed bid’. There have been 4 auctions, or allocation rounds, to date, which have seen a range of different renewable technologies competing directly against each other for a contract.

Successful developers of renewable projects enter into a private law contract with the Low Carbon Contracts Company (LCCC), a government-owned company. Developers are paid a flat (indexed) rate for the electricity they produce over a 15-year period; the difference between the ‘strike price’ (a price for electricity reflecting the cost of investing in a particular low carbon technology) and the ‘reference price’ (a measure of the average market price for electricity in the GB market).


O facto de serem utilizados noutros mercados/situações que nada têm que ver com o mercado energético é irrelevante.
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 22:09

Só para se entender mais um bocadinho o que são garantias de venda futura e o negócio milionário que o Estado fez com a EDPR (milionário para o Estado, não para a EDPR), importa salientar o seguinte:
A EDPR comprometeu-se a vender a energia produzida no Alqueva a -€4/MWh (a preço negativo = com prejuízo) ao SEN por um período de 15 anos (com a contrapartida de a vender nos 15 anos seguintes no mercado livre).
Dizer que isto é um subsídio ao produtor .. Francamente.
Bom, não tenho palavras.
Sabem a que preço vende a EDP a energia aos seus clientes domésticos? A + ou - 15 cêntimos o kWh (=€15,00 o MWh). Os consumidores domésticos pagam a energia elétrica a esse preço. A SEN irá comprar essa mesma energia à EDPR a -€4,00/MWh.
Façam as contas.

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Editado pela última vez por NirSup em 5/6/2023 22:10, num total de 2 vezes.
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 21:49

FRANCAMENTE ...

Afirmar-se que os CFD's (Contract For Difference), usados em muitos negócios que nada têm a ver com energias renováveis, são subsídios à produção de energias renováveis chega até a ser anedótico.
E por que razão não se diz que o dinheiro gasto na Justiça, na Segurança, na Educação, na Saúde, na medida em que criam condições para a venda futura em segurança das energias renováveis não são igualmente um subsídio aos produtores?

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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 21:42

NirSup Escreveu:No concurso de 2019 as empresas promotoras de parques fotovoltaicos ofereceram , em média, a energia ao SEN a 20 euros o MW? Muito abaixo do preço corrente do mercado. Onde estão as tarifas feed-in?
Em 2022, no concurso dos parques fotovoltaicos flutuantes não houve tarifas feed-in para os seus promotores.


Conforme os meus posts já vinham referindo também, na Europa mais recentemente têm vindo a ser adoptados os CFDs. O que se aplica também a Portugal (segundo este artigo já foram utilizados em Portugal nos leilões de 2019 e 2020). Aqui fica um exemplo, da EDPR, referente a 2022:

EDPR obtém direito de ligação à rede no leilão de solar flutuante em Portugal

Madrid, 5 de abril de 2022: A EDP Renováveis, S.A. (“EDPR”) obteve o direito de ligação à rede de eletricidade para uma capacidade de 70 MVAs no Alqueva, no leilão de solar flutuante em Portugal, com um CfD (contrato por diferenças) de -€4/MWh por um período de 15 anos. (...)


https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR82070.pdf


Moral da história: as renováveis são subsidiadas na União Europeia, os subsídios têm aumentado, as principais subsidiadas entre as renováveis são fotovoltaica e eólica, os principais mecanismos são tarifas feed-in e mais recentemente CFDs (e isto aplica-se também a Portugal).
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 21:38

PORAMORDASANTA ....

Digam o nome dos bois: empresas beneficiárias, projetos, datas, nomes dos subsídios, números, montantes dados.
Nota: o apoio dado ao hidrogénio verde e outros gases renováveis não entra nesta equação.

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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 21:28

NirSup Escreveu:Concretizem ....

Se querem contradizer aquilo que afirmei, indiquem casos concretos, com datas, com empresas, com o nome dos subsídios e com números.
Fazer referência a artigos, alguns deles encomendados, isso não é nada.

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Portanto, relatórios da União Europeia não servem. Já uma notícia postada por ti com declarações de um político, isso já pode ser...

Afinal, o que é que é encomendado e o que não é? Como é que defines isso? Pela aparência, é conforme dá ou não jeito.
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 21:19

Concretizem ....

Se querem contradizer aquilo que afirmei, indiquem casos concretos, com datas, com empresas, com o nome dos subsídios e com números.
Fazer referência a artigos, alguns deles encomendados, isso não é nada.

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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 21:16

As tarifas feed-in são subsídios ao produtor.

São sim. Desde quando não são pagas tarifas feed-in às empresas promotoras de energias renováveis (eólicas e fotovoltaicas)?
No concurso de 2019 as empresas promotoras de parques fotovoltaicos ofereceram , em média, a energia ao SEN a 20 euros o MW? Muito abaixo do preço corrente do mercado. Onde estão as tarifas feed-in?
Em 2022, no concurso dos parques fotovoltaicos flutuantes não houve tarifas feed-in para os seus promotores.
Desde quando não se ouve o seráfico Jorge Costa e as suas catilinárias contra o déficit tarifário como resultado do apoio dado às energias renováveis?
Alguém se recorda da última intervenção dele?

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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 21:03

Um artigo sobre a reforma da subsidiação das "verdes" (renováveis e nuclear agora também incluída, conforme já se falou noutro tópico):

EU uses long-term contracts to reform markets; Europe set to match US green subsidies
Mar 15, 2023

EU plans wider use of state-backed wind, solar contracts

The European Commission (EC) wants to require EU countries to use contracts for difference (CFDs) when providing state aid to renewable energy projects in a set of market reforms that aim to shield consumers from volatile wholesale prices.

The reforms unveiled by the EC on March 14 aim to prevent a repeat of rocketing power prices last year when Russia's invasion of Ukraine sent gas prices soaring. EU leaders have already implemented a temporary limit on revenues from renewable energy generation and an EU-wide cap on gas prices, to limit the impact.

The EC's reforms steered clear of fundamental market redesign and suggested limited changes that increase the use of fixed-price contracts.

CFDs are long-term fixed price contracts where the generator pays the state if wholesale markets rise above the agreed price. UK offshore wind growth has been underpinned by CFD contracts and France and Spain rolled out similar schemes in recent years.

EU members should use CFDs for renewable energy and nuclear projects and also make it easier for all businesses to sign long-term power purchase agreements (PPAs) with generators, for example by using state guarantees, the EC said.

The reforms would also give customers the right to request fixed-price contracts from large electricity suppliers and allow national governments to intervene and temporarily fix energy bills if European prices spike to the extreme levels seen last year.

The new rules must be approved by the 27 EU countries and the European Parliament, a process that will take several months.

In September, EU energy ministers agreed to limit revenues from solar, wind and nuclear power generation to 180 euros/MWh ($191.4/MWh) from December until the end of June and several national governments are imposing lower price caps.

In December, EU energy ministers agreed an EU-wide cap on gas prices.

Effective since February 15, the gas price cap will be implemented if prices exceed 180 euros/MWh for three days on the front-month contract at the benchmark Dutch Title Transfer Facility (TTF) gas hub. The TTF price must also be 35 euros/MWh higher than a reference price based on existing liquefied natural gas (LNG) price assessments for three days.

EU set to match US green subsidies under temporary rules

EU renewable energy companies will be able to receive as much funding as U.S. green energy subsidies under a temporary loosening of state aid rules set out by the European Commission (EC) on March 9.

EU leaders agreed on February 10 to provide "targeted, temporary and proportionate" support to clean technology companies in order to counter competition from the U.S. and China. President Biden's 2022 Inflation Reduction Act provides $369 billion of green subsidies, including tax credits that increase the profitability of U.S. wind and solar projects as well as new manufacturing facilities.

Until the end of 2025, EU member states will be able to provide funding to companies that matches the level offered in other locations, or sufficient funding to persuade the company to invest in Europe, the EC said. National governments will also be allowed to provide more types of support to renewable energy projects.

The rules form part of the EC's Green Deal Industrial Plan to mobilise state aid and EU funding for clean technology companies and accelerate the permitting of manufacturing facilities.

The plan comes as a lack of federal financing in Europe, along with volatile regulation and permitting challenges, are making the U.S. more attractive for investment.

Last month, eleven EU countries urged "great caution" in relaxing the bloc's state aid rules, saying it risked damaging competition inside the bloc, a document showed.

The document dated February 10 was sent to the bloc's executive European Commission and signed by Denmark, Finland, Ireland, Poland, Sweden, the Netherlands, Hungary, Latvia, the Czech Republic, Slovakia and Belgium, Reuters reported.

EU leaders are scheduled to discuss the proposals on March 23-24.



Artigo completo:
https://www.reutersevents.com/renewable ... -subsidies
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 20:44

NirSup Escreveu:Vamos lá dar nome aos bois.


Os mecanismos são diversos mas, conforme já está nos posts anteriores, o mecanismo mais utilizado na União Europeia (incluindo em Portugal) são as tarifas feed-in (e mais recentemente, os CFDs). Estes mecanismos pagam/garantem aos produtores mais do que o preço de mercado da energia, é esta a principal forma de financiamento. Mas depois há uma catrefada de outros mecanismos. Enfim, isto já estava referido nos posts anteriores...
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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 20:31

NirSup Escreveu:Claro que não. Estou a falar de subsídios à produção e não de subsídios ao consumidor. Estar a meter tudo no mesmo saco só serve para confundir.


As tarifas feed-in são subsidios ao produtor.

Mais, na troca de mensagens anterior nada era referido sobre subsídios do tipo A ou B. O bear alegou (correctamente) que as energias renováveis são subsidiadas. Tu respondeste que não eram subsidiadas em Portugal e (achavas tu) nem na União Europeia toda. Mas são. Mais, os subsídios estão a aumentar e entre as renováveis, a fotovoltaica e eólica são as mais financiadas.

A única coisa que pode confundir é agora querer dar a volta a tudo isto para alegar que afinal não são financiadas.

:wink:




Nota adicional: por sinal, o relatório que linkei acima discute a classificação dos subsídios e classifica-os precisamente como à produção (ver pag.71-73).
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 20:22

Claro que não. Estou a falar de subsídios à produção e não de subsídios ao consumidor. Estar a meter tudo no mesmo saco só serve para confundir.
Desde 2018, que acabaram, em Portugal, os subsídios aos produtores de energias renováveis (eólica e fotovoltaica).
Mas se alguém tem conhecimento de algum subsídio concedido às energias renováveis (atenção, não estou a falar do hidrogénio verde) que venha aqui dizer que subsídio é esse e que empresas beneficiaram dele.
Vamos lá dar nome aos bois.

Ver AQUI: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/com ... a-producao
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Re: Petróleo...

por MarcoAntonio » 5/6/2023 19:52

NirSup Escreveu:Mais uma vez. Em Portugal (e julgo que em toda a União Europeia) a energia eólica e fotovoltaica não é subsidiada.


Claro que são. Os mecanismos são diversos e variam de país para país mas obviamente são subsidiadas.

Para Portugal, alguma informação aqui (entre outros links): https://www.portugalenergia.pt/financiamento/

Para a União Europeia, são produzidos relatórios anuais de acompanhamento, inclusivamente. Consultar aqui:

https://www.enerdata.net/about-us/compa ... idies.html

Support to renewables is still on the rise mainly throughout market-based instruments
including feed-in premiums, contracts for difference and RES quotas with tradable certificates.
Solar still receives the highest financial support, followed by wind and biomass.


Segundo o relatório mais recente (Nov/2022) entre as renováveis, a solar é precisamente a mais financiada, seguido da eólica (as duas que tu alegas que não são subsidiadas) e biomassa. Sendo que os subsidios para as renováveis como um todo também estão a subir. Como aqui refere também, os principais mecanismos são CFDs e as denominadas tarifas feed-in, que garantem ao produtor um preço de venda médio acima do mercado (o que é praticado também em Portugal).
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 19:28

BearManBull Escreveu:Porque são subsidiados com dinheiro dos contribuintes e com leis desenhadas para beneficiar o maior lobby do seculo XXI e provavelmente da historia da humanidade.


Mais uma vez. Em Portugal (e julgo que em toda a União Europeia) a energia eólica e fotovoltaica não é subsidiada.
E mais: as energias renováveis estão a contribuir para a redução a zero do déficit tarifário.
E mais: isso permite à ERSE fazer "flores" ao subsidiar as TAR (tarifas de ligação à rede), havendo consumidores domésticos a poupar mais de 600 euros desde janeiro do corrente ano.
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Re: Petróleo...

por BearManBull » 5/6/2023 18:00

NirSup Escreveu:Why can’t we use geothermal everywhere?

Porque o custo do MWh produzido é caro. Simples e de linear evidência.

Nao recebe subsídios e não é divulgado (o próprio artigo faz referencia a isso). Nem existe interesse porque provavelmente resolvia o problema. E tal como diz no artigo a tecnologia usada é a mesma que as oil companies usam para perfurar. Obviamente que estas não têm absolutamente nenhum interesse que esta tecnologia vingue...

NirSup Escreveu:Por que razão apostam todos (todos os países e todas as empresas) no solar fotovoltaico?


Porque são subsidiados com dinheiro dos contribuintes e com leis desenhadas para beneficiar o maior lobby do seculo XXI e provavelmente da historia da humanidade.


É incomparável um sistema geotérmico que tem um fluxo constante interrupto de energia
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Re: Petróleo...

por NirSup » 5/6/2023 16:24

Why can’t we use geothermal everywhere?

Porque o custo do MWh produzido é caro. Simples e de linear evidência.
Por que razão apostam todos (todos os países e todas as empresas) no solar fotovoltaico?
Porque o custo do MWh produzido é barato. O mais barato de todos. Simples e de linear evidência.
Por que razão tanta cabeça dura se recusa a perceber algo tão evidente?

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