Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Não querendo pôr em causa essa notícia desse jornal indiano, apenas lembra que o S-300 é um míssil terra/ar, ou seja, de defesa aérea.
Já assistimos anteriormente, inclusive através do Gen. Agostinho Costa, à destruição de dezenas de M142 - IMARS na Ucrânia.
Esse mesmo jornal, publicou recentemente um artigo que previa que os EUA e o Japão, em caso de conflito com a China, perderiam dezenas de navios, mais de 500 caças (nomeadamente F-35) ..., enquanto a China perderia 1/3 desses números.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Embora este tópico seja relacionado com a guerra na Ucrânia, também ele é relacionado com o fórum de bolsa.
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
Nesse sentido, tendo por hipotética especulação uma invação chinesa a Taiwan, isso terá um impacto imediato na exportação de chips para o resto do mundo, provocando inúmeros impactos em vários sectores europeus, como na mobilidade automóvel, saúde, sistemas de informação e mesmo na capacidade militar.
Neste sentido, isto terá um impacto imediato em várias empresas cotadas em bolsa!
Qual a vossa opinião sobre que tipo de activos serão melhor ou pior investir se esta invasão avançar?
Alguém conhece algum simulador online, faça uma simulação do impacto mundial tendo por entrada a falta de determinada matéria prima?
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Neste momento, os EUA têm na zona o Ronald Reagan CSG (Carrier Strike Group), o Nimitz CSG, o Makin Island ARG (Amphibious Ready Group) e o America ARG.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Isso era o sonho do Putin, que a China avançasse ao mesmo tempo que eles.
Já agora, a Coreia do Norte também, só para falar dos "mais complicados".
Escusado será dizer que os EUA não davam conta de tudo e que a Europa teria de se virar sozinha na questão da Ucrânia.
Mas isto é a 2ª guerra fria. Lembro-me bem da primeira, não era muito diferente...
dj
Já agora, a Coreia do Norte também, só para falar dos "mais complicados".
Escusado será dizer que os EUA não davam conta de tudo e que a Europa teria de se virar sozinha na questão da Ucrânia.
Mas isto é a 2ª guerra fria. Lembro-me bem da primeira, não era muito diferente...
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Por curiosidade, uma comparação entre o melhor caça Chinês, o J-20 e o F-16V (block 70) da Força Aérea de Taiwan.
Esta actualização tem componentes e software usados nos F-22 e F-35, nomeadamente ao nível do radar.
Nos ultimos anos, Tawain tem tido dificuldades em conseguir recrutar pilotos.
O EUA e o Japão têm F-22 e F-35 a minutos de Tawain, quer embarcados, quer em bases aéreas no Japão, Coreia e Filipinas.
https://www.technology.org/2022/08/18/taiwan-unveiled-its-best-fighter-jet-f-16-viper-how-does-it-compare-to-chinas-5th-generation-j-20-video/
Pedro
Esta actualização tem componentes e software usados nos F-22 e F-35, nomeadamente ao nível do radar.
Nos ultimos anos, Tawain tem tido dificuldades em conseguir recrutar pilotos.
O EUA e o Japão têm F-22 e F-35 a minutos de Tawain, quer embarcados, quer em bases aéreas no Japão, Coreia e Filipinas.
https://www.technology.org/2022/08/18/taiwan-unveiled-its-best-fighter-jet-f-16-viper-how-does-it-compare-to-chinas-5th-generation-j-20-video/
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Também concordo que o tempo está do lado da China, principalmente porque os EUA estão a alocar recursos para a Ucrânia, que deviam servir para continuar a reestruturação das suas forças armadas.
Mas para se ter uma ideia, os EUA têm 11 porta aviões operacionais e 1 em testes de mar, enquanto a China tem 3 e um deles é irmão do Kunetsov russo.
Em termos de aviões, e apesar dos avanços chineses, a superioridade americana ainda é significativa.
Não esquecer ainda, que Taiwan tem do que os EUA têm de melhor.
Pedro
Mas para se ter uma ideia, os EUA têm 11 porta aviões operacionais e 1 em testes de mar, enquanto a China tem 3 e um deles é irmão do Kunetsov russo.
Em termos de aviões, e apesar dos avanços chineses, a superioridade americana ainda é significativa.
Não esquecer ainda, que Taiwan tem do que os EUA têm de melhor.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
PMP69 Escreveu:Marco Martins Escreveu:A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan
A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.
A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.
Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.
Pedro
Talvez!
Contudo todas as previsões temporais da capacidade chinesa têm sido antecipadas. Também já houve militares americanos a antecipar que a invasão chinesa poderia ocorrer em 2025.
Eu não sou militar nem estratega, pelo que a minha opinião é apenas pessoal. Contudo tendo em conta todo o cenário mundial, tendo em conta que os USA e UE neste momento não parecem conseguir estar a financiar 2 guerras, acho que este seria o melhor momento para a China avançar, mesmo tendo em conta não ter supremacia aérea ou naval.
Se a China não exportar painéis ou baterias, a revolução energética na UE simplesmente vai pelo cano abaixo com a agravante de que não temos capacidade para recuperar em pouco tempo os canais de combustíveis fósseis que existiam antes.
Posto isto, se a China invadir Taiwan, a Europa e o mundo, ficarão tecnologicamente ainda mais reféns da China.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Para quem tiver interesse, ficam aqui alguns artigos de um dos maiores especialistas navais americanos, nomeadamente no que se passa no Indo-Pacífico.
https://www.usni.org/people/james-holmes
Pedro
https://www.usni.org/people/james-holmes
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Marco Martins Escreveu:A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan
A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.
A China só avança quando tiver supremacia aérea e naval sobre os EUA, o que ainda não acontece.
Antes da invasão da Ucrânia (2022), alguns militares americanos apontavam para a década de 30. No entanto, a guerra veio baralhar essas previsões, e joga a favor da China.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
[img] resposta à reunião, em 5 de abril, em Los Angeles, entre o presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin Mccarthy, o exército chinês lançou exercícios de "cerco total" da ilha democrática, que a China considera parte integrante do seu território. Durante a sua visita, que terminou no sábado, Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar esta questão delicada.
A Ásia, assim que o airbus presidencial de Emmanuel Macron decolou de Cantão, Pequim lançou as represálias ao largo de Taiwan. O Exército Popular de Libertação (PTA) realiza desde sábado exercícios de "cerco total" na ilha Democrática de 23 milhões de habitantes, que a China considera parte integrante do seu território. Este domingo, onze navios e 70 aviões militares foram detetados na zona pelas forças taiwanesas. Esta armada pretende enviar um" aviso sério " a Taipei, para protestar contra a reunião do Presidente Tsai Ing-wen com Kevin Mccarthy, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, na quarta-feira, na Califórnia. Sete meses após a visita de Nancy Pelosi, então "presidente" da Câmara, esta nova entrevista com o terceiro mais alto funcionário Americano desencadeou a ira da segunda potência mundial, que a considera uma violação da Política de "uma China" de Washington e uma provocação do que Pequim considera uma província chinesa nas mãos de "separatistas".
Estas represálias eram esperadas, com o objectivo de desencorajar Taipei e as capitais ocidentais de estabelecerem contactos de alto nível, a falha do impasse Sino-americano na Ásia-Pacífico. A passagem do Novo Porto de aviões de Shandong no Estreito de Bashi esta semana, bem como estes exercícios, repetindo um futuro bloqueio de Taiwan até 20 de abril, visam afirmar a capacidade do gigante de cercar a ilha vulcânica e isolá-la dos seus aliados. Uma mensagem de intimidação ao eleitorado taiwanês, às vésperas da campanha presidencial de 2024, onde o tema das relações com o continente será crucial.
Apoio crescente dos países europeus a Taipei
Mas essas ações são, no momento, de magnitude relativamente moderada em comparação com as que se seguiram à chegada de Pelosi. Eles mostram a determinação chinesa, em vez da busca de uma escalada, em um contexto geopolítico Volátil, julgam os analistas. "As atividades até agora parecem menos severas e de menor magnitude com três áreas de atividade no mar, em comparação com seis em agosto. Eles estão de acordo com as respostas militares anteriores, mas confirmam a crescente desconfiança de Pequim em relação aos Estados Unidos", diz a empresa do Grupo Eurasia em nota.
Estes gigantescos "jogos de guerra" surgem numa altura em que o medo de uma operação militar chinesa contra Taiwan está a crescer entre os estrategistas Americanos, uma vez que o Presidente Xi reafirmou a "missão histórica" da "reunificação" da antiga Formosa para o continente, depois de ter posto Hong Kong em marcha. O líder mais autoritário desde Mao ordenou que o PLA pudesse agir até 2027, de acordo com William Burns, o diretor da CIA. Mas as manobras navais e encenadas com muita propaganda camuflam uma relativa contenção. "Durante a retaliação pela viagem de Pelosi, a China se certificou de minimizar os riscos de um possível confronto direto" com os Estados Unidos, considera um analista chinês sênior em Pequim, que queria permanecer anônimo.
O encontro entre Tsai e Mccarthy pairou na sombra chinesa sobre a primeira visita do presidente francês à China desde a pandemia, que terminou sexta-feira em Cantão com um jantar restrito com o seu homólogo Xi Jinping, após uma reunião.
Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar a delicada questão de Taiwan, concentrando os seus esforços na questão Ucraniana, numa tentativa de convencer o líder chinês a influenciar o seu parceiro Vladimir Putin. "Acho que não é do nosso interesse falar sobre isso aqui", julgou Macron diante de jornalistas quando desembarcou em Pequim. E brandir o padrão de "autonomia estratégica Europeia" seguindo os passos do General De Gaulle, que reconheceu a República Popular em 1964, em detrimento da China nacionalista de Chiang Kai-shek, que recuou para Taipei. Na declaração conjunta, no final da cimeira, o documento reafirma solenemente o seu compromisso político com a ideia de "uma China". Numa entrevista dada sexta-feira ao Diário Económico Les Elimchos e publicada este domingo, o presidente francês considerou que "o pior seria pensar que nós, europeus, devíamos ser seguidores" sobre a questão de Taiwan "e adaptar-nos ao ritmo americano e a uma surreação Chinesa".
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, convidada pelo Palácio do Eliseu, por outro lado, reafirmou publicamente a "importância primordial" da estabilidade no Estreito de Taiwan, alertando contra qualquer tentativa de "mudar o status quo" durante uma conferência de imprensa. "Houve uma distribuição de papéis no lado europeu", assume o analista chinês. A discrição Francesa contrasta com os sinais crescentes de Solidariedade de muitas capitais europeias em direcção a Taipei, incluindo a Alemanha, cuja Ministra da educação, Bettina Stark-watzinger, visitou recentemente a ilha. A primeira em décadas.
A China esperou a descolagem do avião de Macron e von der Leyen para lançar oficialmente as suas manobras militares, a fim de poupar os europeus a quem sonha fazer um contrapeso para frustrar o "cerco Americano".
Diálogo dos surdos
Sob o ouro estalinista do Grande Salão do Povo, Macron tentou convencer o secretário-geral do partido a mudar a posição russa sobre a Ucrânia, mas sem recolher gestos ou promessas tangíveis. "Esta guerra diz respeito a todos nós! "proclamou o presidente volúvel, sob o olhar impassível da Esfinge vermelha, falando quase o dobro do tempo que seu anfitrião, como já havia feito durante sua última visita em 2019. Uma violação da etiqueta diplomática do regime marxista-leninista. "Esta guerra não é minha", disse Xi a portas fechadas, segundo uma fonte diplomática Francesa, confirmando o diálogo dos surdos.
O líder imperioso regou o seu convidado francês com respeito, levando-o a tomar chá na antiga residência do seu pai em Cantão, um porto a sul que simboliza a abertura comercial da "fábrica do mundo". Mas ele apenas lhe deu trechos do arquivo ucraniano: apenas a vaga promessa de um apelo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "no devido tempo". E fórmulas gerais já refeitas contra a utilização da ameaça nuclear, sem apontar o dedo directamente para a anunciada implantação de armas atómicas russas na Bielorrússia. Voltando de Moscou, onde acabara de fechar fileiras com seu" velho amigo "Vladimir Putin, o líder chinês de 69 anos simplesmente reafirmou seu apoio às" negociações de paz "e sua preocupação com os riscos de" derrapagem " sem se comprometer com a integridade territorial de Kiev. As próximas semanas dirão se a colheita se revelou mais abundante nos bastidores, mas os analistas estão céticos, apontando para a convergência ideológica dos dois regimes autoritários, Unidos pelo seu ódio à democracia liberal, percebida como uma ameaça ao seu poder. "Macron está a iludir-se. Ele acredita que a China é diferente da Rússia. Na realidade, a aliança deles é profunda e está apenas começando", enfatiza Wu Qiang, cientista político independente em Pequim.
O presidente francês poderá consolar-se com a sua popularidade junto da população chinesa, como evidenciado pela sua recepção de estrela do rock pelos estudantes da Universidade Sun-yat-sen, em Cantão. "Ele é bonito e fala bem! "um estudante visitante incendiou-se sob os alpendres ocres do Templo Lama, EM Pequim, conhecido pelas suas virtudes mágicas. Esperava-se que o desembarque em Paris, em pleno andamento contra a reforma das pensões, fosse brutal. ■
A visita de Emmanuel Macron à China deveria ter como objectivo restabelecer o contacto com as autoridades de Pequim e sublinhar, na presença de ursula von der Leyen, a unidade dos europeus face à multiplicação das crises de saúde, energia, alimentação, migração, financeira e estratégica. De facto, desde a sua última visita a Xangai, em 2018, tudo mudou.
O mundo entrou numa nova era com a pandemia de Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia: abriu-se um grande confronto entre impérios autoritários e democracias enquanto a globalização se transformava em blocos.
Mas, ao estabelecer o objectivo central de convencer Xi Jinping a desempenhar um papel mediador no conflito ucraniano, o Presidente da República condenou a sua viagem ao fracasso. Como era previsível, ele encontrou um fim seco de não recepção, amplificado pela retomada das manobras em torno de Taiwan por ocasião da reunião entre o Presidente Tsai Ing-wen e o presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, Kevin Mccarthy, que a diplomacia russa não deixou de transmitir.
Emmanuel Macron não aprendeu nenhuma lição com o fiasco do diálogo que queria manter com Vladimir Putin. Ele persiste em negar a natureza dos impérios autoritários, bem como a estratégia imperial de seus líderes. A China não tem nada de neutro e não empreenderá qualquer mediação na guerra Ucraniana. A sua diplomacia está inteiramente orientada para a desintegração da ordem mundial que considera Ocidental e baseia-se, por um lado, na "amizade ilimitada" que a une à Rússia, cuja vitória deseja, por outro, no aprofundamento das parcerias com o "sul Global". A abordagem de Emmanuel Macron reduz-se a legitimar a postura da China, que fornece apoio incondicional a Moscovo na Ucrânia e designa explicitamente o Ocidente como inimigo. Para a França, fingir ser uma potência equilibrada e emancipar-se dos blocos num mundo onde impérios autoritários pretendem aniquilar a democracia é uma ilusão perigosa.
A tentativa de Emmanuel Macron de se apresentar como líder da União Europeia ao ser acompanhado por ursula von der Leyen também fracassou. É verdade que a única influência que a Europa tem sobre a China é económica. Xi Jinping quebrou o modelo de desenvolvimento chinês ao restaurar o Controle Do Partido Comunista sobre empresas e centros de pesquisa, fazendo com que o crescimento caísse de 9,5% para 3% ao ano. O mercado interno está congelado pelo declínio demográfico, pelo crash imobiliário e pela desconfiança dos chineses em relação aos seus líderes, levados a extremos pela gestão da epidemia de Covid. As novas classes médias estão feridas e a crise social ameaça. O único motor da recuperação encontra-se nas exportações e no excedente de 750 mil milhões de dólares realizado com os Estados Unidos e a União.
Os europeus justificam-se, como o expressou Ursula von der Leyen, ao argumentarem com a China que a ameaça existencial que a Rússia representa para o continente é decisiva para o seu futuro e que a atitude de Pequim em relação à guerra na Ucrânia condiciona as relações com a União. Infelizmente, a França está a desacreditar esta postura ao procurar desesperadamente assinar contratos de longo prazo que se limitarão a alimentar o saque tecnológico das nossas empresas e a perpetuar a nossa dependência de Bens essenciais chineses.
A diplomacia francesa deveria adoptar uma linha clara em relação à China em torno dos seguintes princípios: recusa da proliferação nuclear prosseguida pela Rússia com a implantação de armas atómicas na Bielorrússia; reafirmação da soberania nacional que conduz ao pedido de retirada das tropas russas da Ucrânia; condicionar as relações políticas e económicas com Pequim à cessação do apoio à Rússia na sua guerra de alta intensidade contra a Ucrânia, bem como na sua guerra híbrida contra os membros da União; reciprocidade estrita e tendo em conta as normas sociais e ambientais no comércio.
O desprezo infligido por Xi Jinping a Emmanuel Macron recorda-nos algumas verdades simples. Só podemos construir uma política externa com base nos factos e na realidade dos regimes e dos dirigentes. Não há poder sem os meios de poder, a começar por uma economia forte e finanças saudáveis. Não há mais credibilidade na política externa para um chefe de estado ou de governo que não pode reformar ou garantir a paz civil no seu país. Por último, não fazemos mais diplomacia sem diplomatas do que segurança sem prefeitos, diálogo social sem sindicalistas ou indústria sem fábricas.[/img]
A Ásia, assim que o airbus presidencial de Emmanuel Macron decolou de Cantão, Pequim lançou as represálias ao largo de Taiwan. O Exército Popular de Libertação (PTA) realiza desde sábado exercícios de "cerco total" na ilha Democrática de 23 milhões de habitantes, que a China considera parte integrante do seu território. Este domingo, onze navios e 70 aviões militares foram detetados na zona pelas forças taiwanesas. Esta armada pretende enviar um" aviso sério " a Taipei, para protestar contra a reunião do Presidente Tsai Ing-wen com Kevin Mccarthy, presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, na quarta-feira, na Califórnia. Sete meses após a visita de Nancy Pelosi, então "presidente" da Câmara, esta nova entrevista com o terceiro mais alto funcionário Americano desencadeou a ira da segunda potência mundial, que a considera uma violação da Política de "uma China" de Washington e uma provocação do que Pequim considera uma província chinesa nas mãos de "separatistas".
Estas represálias eram esperadas, com o objectivo de desencorajar Taipei e as capitais ocidentais de estabelecerem contactos de alto nível, a falha do impasse Sino-americano na Ásia-Pacífico. A passagem do Novo Porto de aviões de Shandong no Estreito de Bashi esta semana, bem como estes exercícios, repetindo um futuro bloqueio de Taiwan até 20 de abril, visam afirmar a capacidade do gigante de cercar a ilha vulcânica e isolá-la dos seus aliados. Uma mensagem de intimidação ao eleitorado taiwanês, às vésperas da campanha presidencial de 2024, onde o tema das relações com o continente será crucial.
Apoio crescente dos países europeus a Taipei
Mas essas ações são, no momento, de magnitude relativamente moderada em comparação com as que se seguiram à chegada de Pelosi. Eles mostram a determinação chinesa, em vez da busca de uma escalada, em um contexto geopolítico Volátil, julgam os analistas. "As atividades até agora parecem menos severas e de menor magnitude com três áreas de atividade no mar, em comparação com seis em agosto. Eles estão de acordo com as respostas militares anteriores, mas confirmam a crescente desconfiança de Pequim em relação aos Estados Unidos", diz a empresa do Grupo Eurasia em nota.
Estes gigantescos "jogos de guerra" surgem numa altura em que o medo de uma operação militar chinesa contra Taiwan está a crescer entre os estrategistas Americanos, uma vez que o Presidente Xi reafirmou a "missão histórica" da "reunificação" da antiga Formosa para o continente, depois de ter posto Hong Kong em marcha. O líder mais autoritário desde Mao ordenou que o PLA pudesse agir até 2027, de acordo com William Burns, o diretor da CIA. Mas as manobras navais e encenadas com muita propaganda camuflam uma relativa contenção. "Durante a retaliação pela viagem de Pelosi, a China se certificou de minimizar os riscos de um possível confronto direto" com os Estados Unidos, considera um analista chinês sênior em Pequim, que queria permanecer anônimo.
O encontro entre Tsai e Mccarthy pairou na sombra chinesa sobre a primeira visita do presidente francês à China desde a pandemia, que terminou sexta-feira em Cantão com um jantar restrito com o seu homólogo Xi Jinping, após uma reunião.
Emmanuel Macron optou deliberadamente por evitar a delicada questão de Taiwan, concentrando os seus esforços na questão Ucraniana, numa tentativa de convencer o líder chinês a influenciar o seu parceiro Vladimir Putin. "Acho que não é do nosso interesse falar sobre isso aqui", julgou Macron diante de jornalistas quando desembarcou em Pequim. E brandir o padrão de "autonomia estratégica Europeia" seguindo os passos do General De Gaulle, que reconheceu a República Popular em 1964, em detrimento da China nacionalista de Chiang Kai-shek, que recuou para Taipei. Na declaração conjunta, no final da cimeira, o documento reafirma solenemente o seu compromisso político com a ideia de "uma China". Numa entrevista dada sexta-feira ao Diário Económico Les Elimchos e publicada este domingo, o presidente francês considerou que "o pior seria pensar que nós, europeus, devíamos ser seguidores" sobre a questão de Taiwan "e adaptar-nos ao ritmo americano e a uma surreação Chinesa".
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, convidada pelo Palácio do Eliseu, por outro lado, reafirmou publicamente a "importância primordial" da estabilidade no Estreito de Taiwan, alertando contra qualquer tentativa de "mudar o status quo" durante uma conferência de imprensa. "Houve uma distribuição de papéis no lado europeu", assume o analista chinês. A discrição Francesa contrasta com os sinais crescentes de Solidariedade de muitas capitais europeias em direcção a Taipei, incluindo a Alemanha, cuja Ministra da educação, Bettina Stark-watzinger, visitou recentemente a ilha. A primeira em décadas.
A China esperou a descolagem do avião de Macron e von der Leyen para lançar oficialmente as suas manobras militares, a fim de poupar os europeus a quem sonha fazer um contrapeso para frustrar o "cerco Americano".
Diálogo dos surdos
Sob o ouro estalinista do Grande Salão do Povo, Macron tentou convencer o secretário-geral do partido a mudar a posição russa sobre a Ucrânia, mas sem recolher gestos ou promessas tangíveis. "Esta guerra diz respeito a todos nós! "proclamou o presidente volúvel, sob o olhar impassível da Esfinge vermelha, falando quase o dobro do tempo que seu anfitrião, como já havia feito durante sua última visita em 2019. Uma violação da etiqueta diplomática do regime marxista-leninista. "Esta guerra não é minha", disse Xi a portas fechadas, segundo uma fonte diplomática Francesa, confirmando o diálogo dos surdos.
O líder imperioso regou o seu convidado francês com respeito, levando-o a tomar chá na antiga residência do seu pai em Cantão, um porto a sul que simboliza a abertura comercial da "fábrica do mundo". Mas ele apenas lhe deu trechos do arquivo ucraniano: apenas a vaga promessa de um apelo ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "no devido tempo". E fórmulas gerais já refeitas contra a utilização da ameaça nuclear, sem apontar o dedo directamente para a anunciada implantação de armas atómicas russas na Bielorrússia. Voltando de Moscou, onde acabara de fechar fileiras com seu" velho amigo "Vladimir Putin, o líder chinês de 69 anos simplesmente reafirmou seu apoio às" negociações de paz "e sua preocupação com os riscos de" derrapagem " sem se comprometer com a integridade territorial de Kiev. As próximas semanas dirão se a colheita se revelou mais abundante nos bastidores, mas os analistas estão céticos, apontando para a convergência ideológica dos dois regimes autoritários, Unidos pelo seu ódio à democracia liberal, percebida como uma ameaça ao seu poder. "Macron está a iludir-se. Ele acredita que a China é diferente da Rússia. Na realidade, a aliança deles é profunda e está apenas começando", enfatiza Wu Qiang, cientista político independente em Pequim.
O presidente francês poderá consolar-se com a sua popularidade junto da população chinesa, como evidenciado pela sua recepção de estrela do rock pelos estudantes da Universidade Sun-yat-sen, em Cantão. "Ele é bonito e fala bem! "um estudante visitante incendiou-se sob os alpendres ocres do Templo Lama, EM Pequim, conhecido pelas suas virtudes mágicas. Esperava-se que o desembarque em Paris, em pleno andamento contra a reforma das pensões, fosse brutal. ■
A visita de Emmanuel Macron à China deveria ter como objectivo restabelecer o contacto com as autoridades de Pequim e sublinhar, na presença de ursula von der Leyen, a unidade dos europeus face à multiplicação das crises de saúde, energia, alimentação, migração, financeira e estratégica. De facto, desde a sua última visita a Xangai, em 2018, tudo mudou.
O mundo entrou numa nova era com a pandemia de Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia: abriu-se um grande confronto entre impérios autoritários e democracias enquanto a globalização se transformava em blocos.
Mas, ao estabelecer o objectivo central de convencer Xi Jinping a desempenhar um papel mediador no conflito ucraniano, o Presidente da República condenou a sua viagem ao fracasso. Como era previsível, ele encontrou um fim seco de não recepção, amplificado pela retomada das manobras em torno de Taiwan por ocasião da reunião entre o Presidente Tsai Ing-wen e o presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, Kevin Mccarthy, que a diplomacia russa não deixou de transmitir.
Emmanuel Macron não aprendeu nenhuma lição com o fiasco do diálogo que queria manter com Vladimir Putin. Ele persiste em negar a natureza dos impérios autoritários, bem como a estratégia imperial de seus líderes. A China não tem nada de neutro e não empreenderá qualquer mediação na guerra Ucraniana. A sua diplomacia está inteiramente orientada para a desintegração da ordem mundial que considera Ocidental e baseia-se, por um lado, na "amizade ilimitada" que a une à Rússia, cuja vitória deseja, por outro, no aprofundamento das parcerias com o "sul Global". A abordagem de Emmanuel Macron reduz-se a legitimar a postura da China, que fornece apoio incondicional a Moscovo na Ucrânia e designa explicitamente o Ocidente como inimigo. Para a França, fingir ser uma potência equilibrada e emancipar-se dos blocos num mundo onde impérios autoritários pretendem aniquilar a democracia é uma ilusão perigosa.
A tentativa de Emmanuel Macron de se apresentar como líder da União Europeia ao ser acompanhado por ursula von der Leyen também fracassou. É verdade que a única influência que a Europa tem sobre a China é económica. Xi Jinping quebrou o modelo de desenvolvimento chinês ao restaurar o Controle Do Partido Comunista sobre empresas e centros de pesquisa, fazendo com que o crescimento caísse de 9,5% para 3% ao ano. O mercado interno está congelado pelo declínio demográfico, pelo crash imobiliário e pela desconfiança dos chineses em relação aos seus líderes, levados a extremos pela gestão da epidemia de Covid. As novas classes médias estão feridas e a crise social ameaça. O único motor da recuperação encontra-se nas exportações e no excedente de 750 mil milhões de dólares realizado com os Estados Unidos e a União.
Os europeus justificam-se, como o expressou Ursula von der Leyen, ao argumentarem com a China que a ameaça existencial que a Rússia representa para o continente é decisiva para o seu futuro e que a atitude de Pequim em relação à guerra na Ucrânia condiciona as relações com a União. Infelizmente, a França está a desacreditar esta postura ao procurar desesperadamente assinar contratos de longo prazo que se limitarão a alimentar o saque tecnológico das nossas empresas e a perpetuar a nossa dependência de Bens essenciais chineses.
A diplomacia francesa deveria adoptar uma linha clara em relação à China em torno dos seguintes princípios: recusa da proliferação nuclear prosseguida pela Rússia com a implantação de armas atómicas na Bielorrússia; reafirmação da soberania nacional que conduz ao pedido de retirada das tropas russas da Ucrânia; condicionar as relações políticas e económicas com Pequim à cessação do apoio à Rússia na sua guerra de alta intensidade contra a Ucrânia, bem como na sua guerra híbrida contra os membros da União; reciprocidade estrita e tendo em conta as normas sociais e ambientais no comércio.
O desprezo infligido por Xi Jinping a Emmanuel Macron recorda-nos algumas verdades simples. Só podemos construir uma política externa com base nos factos e na realidade dos regimes e dos dirigentes. Não há poder sem os meios de poder, a começar por uma economia forte e finanças saudáveis. Não há mais credibilidade na política externa para um chefe de estado ou de governo que não pode reformar ou garantir a paz civil no seu país. Por último, não fazemos mais diplomacia sem diplomatas do que segurança sem prefeitos, diálogo social sem sindicalistas ou indústria sem fábricas.[/img]
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.
(...)
https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2293758/serio-aviso-china-simula-bombardeamentos-contra-taiwan
A China parece cada vez mais disposta a avançar com uma imposição do seu expansionismo autoritário e militar sobre Taiwan...
Agora com tantos meios militares Chineses e Americanos tão perto, parece-me que será uma questão de pouco tempo até haver um "erro" que faça a paz ser ameaçada!!!
A bem dizer, este "erro" até poderia ser provocado por outros países como a Rússia que teriam um interesse grande neste conflito China-Taiwan/USA.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:
Uma triste cina da especie humana. A ditadura vai acabar por ser a forma de poder mais bem sucedida.
Não duvido que o número de ditaduras aumentem nos próximos anos. A instabilidade social levará a uma maior tentativa governamental para tentar limitar essa revolta e assim tentar manter a estabilidade dos países.... mas infelizmente essa necessidade de estabilidade imposta por governos mais autoritários tenderá facilmente a caminhar para ditaduras, quer seja pelas políticas quer seja pela escolha dos eleitores..
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Uma curiosidade nesta nova guerra fria-> o ocidente está a perder totalmente a hegemonia dos últimos 1000 anos.
Junto a China, la India será este año la locomotora del planeta: entre ambas aportarán el 50% del crecimiento mundial. Corporaciones gigantescas, como Apple, han comenzado a trasladar parte de su producción al país. El State Bank of India cree que el país se convertirá en la tercera economía del planeta en 2029.
La puerta que se le ha abierto a la India no es solo económica sino geopolítica; el país trata de posicionarse “como puente entre potencias rivales”, según Chellaney. Nueva Delhi navega bien entre dos, tres o incluso más aguas durante este período de marejada. Tiene una histórica alianza con Rusia (nunca ha condenado la invasión de Ucrania; Moscú es su principal suministrador de armas y, tras la invasión de Ucrania, su principal fuente de petróleo);
La organización sueca V-Dem, en su informe sobre la salud democrática global, califica a la India como una “autocracia electoral” y uno de los Estados que han ido a peor en la última década.
La India: la nación más poblada pugna por un sitio en el mundo
Uma triste cina da especie humana. A ditadura vai acabar por ser a forma de poder mais bem sucedida.
Junto a China, la India será este año la locomotora del planeta: entre ambas aportarán el 50% del crecimiento mundial. Corporaciones gigantescas, como Apple, han comenzado a trasladar parte de su producción al país. El State Bank of India cree que el país se convertirá en la tercera economía del planeta en 2029.
La puerta que se le ha abierto a la India no es solo económica sino geopolítica; el país trata de posicionarse “como puente entre potencias rivales”, según Chellaney. Nueva Delhi navega bien entre dos, tres o incluso más aguas durante este período de marejada. Tiene una histórica alianza con Rusia (nunca ha condenado la invasión de Ucrania; Moscú es su principal suministrador de armas y, tras la invasión de Ucrania, su principal fuente de petróleo);
La organización sueca V-Dem, en su informe sobre la salud democrática global, califica a la India como una “autocracia electoral” y uno de los Estados que han ido a peor en la última década.
La India: la nación más poblada pugna por un sitio en el mundo
Uma triste cina da especie humana. A ditadura vai acabar por ser a forma de poder mais bem sucedida.
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“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Porto2000 Escreveu:Amigo Luislobs,
Não tem sido a Ucrânia que desde 2014 tem bombardeado as zonas separatistas , em que muitas crianças e civis morreram .
Parece que a guerra começou só no ano anterior , e neste último ano de guerra os russos tem tido o cuidado de evitar alvos civis .
Referi as outras guerras porque foram perpetradas ,pelos atuais arautos dos direitos humanos , e que agora falam de genocídio, cinismo absoluto do ocidente .
Temos ser frios , e fazer uma análise séria.
Não me digas que também foram os Ucranianos qua abateram um avião civil. Já que o missil saiu da Ucrânia, zona ocupada parcialmente pela Russia que a Ucrânia tentava recuperar porque o território é Ucraniano, a Ucrânia disparava contra os ocupacionistas.
Eu sei que não consigo explicar algo racional a quem não é racional e apenas vê zoombies.
Que nunca por vencidos se conheçam
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Carrancho_ Escreveu:BearManBull Escreveu:Qual é o rácio de homens/mulheres?
Ninguém disputa a igualdade nesses números?
Tanta lei a defender a igualdade e depois só morrem homens na guerra. O mundo Patriarcal que vivemos...
Aí está algo que me inclino a concordar contigo. Não tenho problema nenhum com leis que defendem a igualdade de direitos e oportunidades, tenho problemas é quando essas leis extravasam essa igualdade, quando não tomam em conta as diferenças e causas que levam a essa desigualdade e quando as tentam corrigir pelo telhado. Penso que o movimento feminista foi importantíssimo e continua a ser, só que conforme foi conquistando as suas metas justas foi-se esvaziando das mentes moderadas e ponderadas e são hoje dominados pelo radicalismo e ódio. Com a capa da causa justa conseguem fazer passar essa posições radicais como legítimas conseguindo influenciar politicamente. Hoje passam-se situações completamente absurdas, que generalizam e acabam por criar do outro lado anti-corpos que no fim acabam mesmo por ser nefastos para a própria causa. Mas para isto era melhor abrir outro tópico, ou vários porque infelizmente não é só esse movimento que está radicalizado.
Penso que tem algum impacto na guerra, até porque a Russia usa esse radicalismo com arma de arremesso de propaganda ao posicionar-se como mais conservadora nesses assuntos.
Os russo mais velhos temem o marxismo progressista acima de todas as guerras. Entendem perfeitamente o que é o conceito de anti cultura e anti identidade, em prol do amor pelo partido, porque grande parte sobreviveu a esse período mais negro da URSS. Preferem déspotas guerrilheiros a déspotas utópicos da UE para o neo colectivismo (colectivos acima das identidades, direitos e liberdades individuais).
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
"Diziam que os nossos pais nos tinham rejeitado": crianças ucranianas resgatadas dizem ter sido "tratadas como animais" pelos russos
Mykola Kuleba, da organização Save Ukraine, responsável pela operação de resgate, afirma que alguns dos menores disseram que viviam em espaços "com ratos e baratas".
https://cnnportugal.iol.pt/videos/diziam-que-os-nossos-pais-nos-tinham-rejeitado-criancas-ucranianas-resgatadas-dizem-ter-sido-tratadas-como-animais-pelos-russos/6431b1b10cf2c84d7fd0777b
Abraço,
Pepe
Querer é poder.
Pepe
Querer é poder.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Números meus, a Rússia tem o triplo de baixas da Ucrânia, e porquê?
Em termos militares, a Rússia de hoje tem a mesma filosofia que tinha a União Soviética, quando teve mais do dobro de baixas do que a Alemanha, e porquê?
Porque enquanto a Ucrânia nos últimos 10 anos, adaptou uma filosofia militar Ocidental, que podemos esmiuçar aqui noutra ocasião, tendo o seu epílogo a Batalha de Kiev, a Rússia continua apenar efectuar ataques frontais e penetrações, que resultam quando as forças são muito superiores. Acrescentado que o apoio aéreo é praticamente nulo.
Os únicos envolvimentos e desdobramentos, foram feitos em Bakhmut pelo Grupo Wagner.
Pedro
Em termos militares, a Rússia de hoje tem a mesma filosofia que tinha a União Soviética, quando teve mais do dobro de baixas do que a Alemanha, e porquê?
Porque enquanto a Ucrânia nos últimos 10 anos, adaptou uma filosofia militar Ocidental, que podemos esmiuçar aqui noutra ocasião, tendo o seu epílogo a Batalha de Kiev, a Rússia continua apenar efectuar ataques frontais e penetrações, que resultam quando as forças são muito superiores. Acrescentado que o apoio aéreo é praticamente nulo.
Os únicos envolvimentos e desdobramentos, foram feitos em Bakhmut pelo Grupo Wagner.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:Qual é o rácio de homens/mulheres?
Ninguém disputa a igualdade nesses números?
Tanta lei a defender a igualdade e depois só morrem homens na guerra. O mundo Patriarcal que vivemos...
Aí está algo que me inclino a concordar contigo. Não tenho problema nenhum com leis que defendem a igualdade de direitos e oportunidades, tenho problemas é quando essas leis extravasam essa igualdade, quando não tomam em conta as diferenças e causas que levam a essa desigualdade e quando as tentam corrigir pelo telhado. Penso que o movimento feminista foi importantíssimo e continua a ser, só que conforme foi conquistando as suas metas justas foi-se esvaziando das mentes moderadas e ponderadas e são hoje dominados pelo radicalismo e ódio. Com a capa da causa justa conseguem fazer passar essa posições radicais como legítimas conseguindo influenciar politicamente. Hoje passam-se situações completamente absurdas, que generalizam e acabam por criar do outro lado anti-corpos que no fim acabam mesmo por ser nefastos para a própria causa. Mas para isto era melhor abrir outro tópico, ou vários porque infelizmente não é só esse movimento que está radicalizado.
Um abraço,
Carrancho
Carrancho
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Qual é o rácio de homens/mulheres?
Ninguém disputa a igualdade nesses números?
Tanta lei a defender a igualdade e depois só morrem homens na guerra. O mundo Patriarcal que vivemos...
Ninguém disputa a igualdade nesses números?
Tanta lei a defender a igualdade e depois só morrem homens na guerra. O mundo Patriarcal que vivemos...
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Os documentos que estão a circular na web são fotos de supostos documentos internos relativos ao inicio de Março e que incluem um pequeno quadro de estimativas das perdas dos dois lados. Deixo exemplos das duas versões imediatamente abaixo (há mais comparações semelhantes na web).

(Yaroslav Trofimov é correspondente do Wall Street Journal)
Os que parecem ser autenticos apontam para 16 a 17.5k mortos (KIA) do lado ucraniano. Ora, considerando os rácios tipicamente utilizados para a relação entre mortos e perdas totais, pode-se dizer que estes números são, pelo menos, consistentes com a estimativa tornada pública de 120 mil perdas totais que circulou na comunicação social pela mesma altura e o mesmo se pode dizer para os cerca de 40k do lado russo e a badalada estimativa de 200 mil de perdas totais do lado russo.
A outra versão, é evidente que é uma versão adulterada da primeira: a qualidade da imagem é inferior, os números estão desalinhados e o conjunto de valores é completamente disparatado (por exemplo, refere o número completamente inverosímel de 7 aviões e 8 helicópteros perdidos do lado russo) tendo o exercício de photoshop aparentemente envolvido apagar alguns caracteres e deslocando outros de sítio.
Aqui esta peça no VICE alega que as imagens originais parecem ter surgido primeiro num canal de gaming, um canal do minecraft no discord. Anda tudo a discutir quem divulgou os screenshots e porquê, havendo teorias para todos os gostos...
(Yaroslav Trofimov é correspondente do Wall Street Journal)
Os que parecem ser autenticos apontam para 16 a 17.5k mortos (KIA) do lado ucraniano. Ora, considerando os rácios tipicamente utilizados para a relação entre mortos e perdas totais, pode-se dizer que estes números são, pelo menos, consistentes com a estimativa tornada pública de 120 mil perdas totais que circulou na comunicação social pela mesma altura e o mesmo se pode dizer para os cerca de 40k do lado russo e a badalada estimativa de 200 mil de perdas totais do lado russo.
A outra versão, é evidente que é uma versão adulterada da primeira: a qualidade da imagem é inferior, os números estão desalinhados e o conjunto de valores é completamente disparatado (por exemplo, refere o número completamente inverosímel de 7 aviões e 8 helicópteros perdidos do lado russo) tendo o exercício de photoshop aparentemente envolvido apagar alguns caracteres e deslocando outros de sítio.
Aqui esta peça no VICE alega que as imagens originais parecem ter surgido primeiro num canal de gaming, um canal do minecraft no discord. Anda tudo a discutir quem divulgou os screenshots e porquê, havendo teorias para todos os gostos...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Porto2000 Escreveu:Marco António,
No youtube há canal fantástico de um jovem canadiano , historylegends , num dos videos que foi produzido há uns meses tenta chegar aos números de baixas , e curiosamente eram à 7 --» 1 , é um video interessante, recomendo.
Por mim, podes acreditar nas estimativas que quiseres (é irrelevante para o que eu postei).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Se não tens mais nada para acrescentar e apenas vai estar a escrever que os outros são ingénuos ou zombies ou o que seja, os posts serão simplesmente removidos.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Marco António,
No youtube há canal fantástico de um jovem canadiano , historylegends , num dos videos que foi produzido há uns meses tenta chegar aos números de baixas , e curiosamente eram à 7 --» 1 , é um video interessante, recomendo.
Está aqui video :
https://www.youtube.com/watch?v=Bfj2c5racUY
No youtube há canal fantástico de um jovem canadiano , historylegends , num dos videos que foi produzido há uns meses tenta chegar aos números de baixas , e curiosamente eram à 7 --» 1 , é um video interessante, recomendo.
Está aqui video :
https://www.youtube.com/watch?v=Bfj2c5racUY
Editado pela última vez por Porto2000 em 7/4/2023 18:40, num total de 1 vez.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Porto2000 Escreveu:Então os 100.000 KIA ditos pela Ursula são propaganda ? Não sabia .
Em Novembro do ano passado, a Ursula, referindo-se a estimativas que já eram bem conhecidas na altura, basicamente cometeu uma gaffe (óbvia!) em que em vez de baixas (mortos e feridos) disse mortos.
Não há aqui nada de especial. E, também, ao contrário do que tu alegas, esta história de há 4 meses não é a última estimativa do ocidente. A última estimativa do ocidente tem menos de um mês. Aqui fica um exemplo:
Ukraine short of skilled troops and munitions as losses, pessimism grow
DNIPROPETROVSK REGION, Ukraine — The quality of Ukraine’s military force, once considered a substantial advantage over Russia, has been degraded by a year of casualties that have taken many of the most experienced fighters off the battlefield, leading some Ukrainian officials to question Kyiv’s readiness to mount a much-anticipated spring offensive.
U.S. and European officials have estimated that as many as 120,000 Ukrainian soldiers have been killed or wounded since the start of Russia’s invasion early last year, compared with about 200,000 on the Russian side, which has a much larger military and roughly triple the population from which to draw conscripts. Ukraine keeps its running casualty numbers secret, even from its staunchest Western supporters.
(...)
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.