OT - Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
Masterchief Escreveu:BearManBull Escreveu:Marcelo: "Não faz sentido falar em dissolução" e não há na oposição "alternativa óbvia"
Deviam recordar ao ditador que compete ao povo português decidir se existe ou não alternativa (se tivéssemos uma democracia que não é o caso).
Quando ao sentido da dissolução, nunca existiu tanto como agora quando é explicito que os detentores do poder agem de má fé.
Eu também não gosto deste PR.
Não vou aqui expor os motivos (são tantos) mas o mais óbvio é que ele também é o responsável por o PS se manter há 7 anos no poder.
Mas, dito isto, se calhar, ele não está errado. Porque pior do que o PR, ou o PS, ou o costa e todos os outros energúmenos deste (des)governo, o maior responsável é o povo português. E esse não tem conserto. Provavelmente voltariam a votar nos mesmos caso o PR dissolvesse a AR.
Mesmo sem gostar das políticas e malabarismos do governo, o certo é que este governo após 6 anos no governo, ainda conseguiu ganhar novamente as eleições e com maioria!!!
Ou seja, numa democracia a maioria manda e decide e sendo essa a vontade do povo, acho que deve ser respeitada (infelizmente)!!!
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:Marcelo: "Não faz sentido falar em dissolução" e não há na oposição "alternativa óbvia"
Deviam recordar ao ditador que compete ao povo português decidir se existe ou não alternativa (se tivéssemos uma democracia que não é o caso).
Quando ao sentido da dissolução, nunca existiu tanto como agora quando é explicito que os detentores do poder agem de má fé.
Eu também não gosto deste PR.
Não vou aqui expor os motivos (são tantos) mas o mais óbvio é que ele também é o responsável por o PS se manter há 7 anos no poder.
Mas, dito isto, se calhar, ele não está errado. Porque pior do que o PR, ou o PS, ou o costa e todos os outros energúmenos deste (des)governo, o maior responsável é o povo português. E esse não tem conserto. Provavelmente voltariam a votar nos mesmos caso o PR dissolvesse a AR.
Re: Políticas para Portugal
Sinceramente, apesar dos "aparentemente" bons números da economia, não acredito muito que os contribuintes tenham um futuro risonho!!
Portugal, desde as ex-colónias que é muito dependente do exterior.
Neste momento a inflacção é muito visível quando vamos ao supermercado e é fácil de ver produtos que sem uma promoção de 50% são extremamente caros e tiveram um aumento substancial! Ainda um dia destes ao comprar líquido para a louça, fiquei espantado por ver várias embalagens com preços superiores a 5€ (sem a dita promoção) !!!
Ou seja, apesar de não ser algo fundamentável para viver, são artigos básicos numa casa...
Portugal, desde as ex-colónias que é muito dependente do exterior.
Neste momento a inflacção é muito visível quando vamos ao supermercado e é fácil de ver produtos que sem uma promoção de 50% são extremamente caros e tiveram um aumento substancial! Ainda um dia destes ao comprar líquido para a louça, fiquei espantado por ver várias embalagens com preços superiores a 5€ (sem a dita promoção) !!!
Ou seja, apesar de não ser algo fundamentável para viver, são artigos básicos numa casa...
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Re: Políticas para Portugal
Cada português pagou mais 882,5 euros em impostos ao Estado em 2022
Errata: Alguns contribuintes pagaram milhares de euros extra aos representantes do estado em 2022.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) entregou segunda-feira um relatório na Assembleia da República que dá conta de um acréscimo de 8825 milhões de euros em impostos, sobretudo por via do IRC, IRS e IVA, escreve o Dinheiro Vivo.
Render unto Caesar... e ao contribuinte nada.
Errata: Alguns contribuintes pagaram milhares de euros extra aos representantes do estado em 2022.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) entregou segunda-feira um relatório na Assembleia da República que dá conta de um acréscimo de 8825 milhões de euros em impostos, sobretudo por via do IRC, IRS e IVA, escreve o Dinheiro Vivo.
Render unto Caesar... e ao contribuinte nada.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
A mesma trupe
Um organismo no qual, em 2001, trabalhava, a Inspecção-Geral da Administração Interna, realizou uns inquéritos a uma alegada "fundação". Fiz um deles, em que, no essencial, confrontavam-se a posição do SEF (um serviço que vai ser agora desmantelado em nome dos bons costumes vigentes) e a do director-geral das Infraestruturas do MAI, o professor engenheiro Morais, quanto ao destino de um imóvel misto, para os lados de Loures, onde iam ocorrer obras.
O director do SEF asseverava que o prédio não era para acolher imigrantes temporários e o homem do MAI, que sim, que era. E não, como se suspeitava, para a "fundação" ("de prevenção e segurança") que já tinha custado a cabeça a dois membros do Governo Guterres, a instância do presidente Jorge Sampaio: Armando Vara e Luís Patrão. Mais tarde, Morais ficaria famoso por ter ensinado "inglês técnico" a outro primeiro-ministro do PS.
Terminei o inquérito com a proposta de um processo disciplinar ao referido professor engenheiro, que não "passou". Abri mão dos autos. Que acabaram numa comissão de inquérito parlamentar. Um ano ou dois depois, já eu não estava na IGAI, realizou-se uma auditoria ao serviço do eng. Morais, e este acabou demitido.
Passam os anos e eis que, agora por causa da TAP, outra comissão de inquérito está em funções. Começou por ouvir um inspector-geral, das Finanças, que prestou um depoimento inenarrável a bem do seu ministro.
Depois vieram duas senhoras, a ainda CEO Christine e uma sua ex-companheira de administração, a dra. Alexandra Reis, por 24 horas membro do actual Governo. Lembramo-nos todos daquela cerimónia a que presidiu António Costa, e onde teve um papel preponderante o seu amigo Lacerda Machado. Eram os idos da "geringonça" e as papeletas assinadas com o Bloco e o PS obrigavam a reverter a privatização da companhia.
A partir daí, a coisa caminhou de desastre em desastre, de ministro em ministro, e numa bandalheira, evidenciada na comissão parlamentar, onde não se consegue distinguir a TAP do PS, o PS da TAP, o Governo do PS e a verdade da mentira.
Quando toda esta miséria moral e política acabar, o dr. Costa terá na mão um acervo - a reprivatizar com a mesma falta de vergonha política com que a "renacionalizaram" - bom em valor para um leilão na feira da Luz. E uma mão cheia de ministros que nunca o deviam ter sido.
Em 2001, no DN, e por causa do que comecei por contar, Vasco Pulido Valente escrevia: "O PS no Estado é isto: uma trupe aventureira e esfomeada, que a seu belo prazer dispõe do património colectivo.
No fundo, não se acha representante do povo, mas pura e simplesmente dona do País". Não mudou.
https://www.jn.pt/opiniao/joao-goncalve ... dT5IWAh6do
Um organismo no qual, em 2001, trabalhava, a Inspecção-Geral da Administração Interna, realizou uns inquéritos a uma alegada "fundação". Fiz um deles, em que, no essencial, confrontavam-se a posição do SEF (um serviço que vai ser agora desmantelado em nome dos bons costumes vigentes) e a do director-geral das Infraestruturas do MAI, o professor engenheiro Morais, quanto ao destino de um imóvel misto, para os lados de Loures, onde iam ocorrer obras.
O director do SEF asseverava que o prédio não era para acolher imigrantes temporários e o homem do MAI, que sim, que era. E não, como se suspeitava, para a "fundação" ("de prevenção e segurança") que já tinha custado a cabeça a dois membros do Governo Guterres, a instância do presidente Jorge Sampaio: Armando Vara e Luís Patrão. Mais tarde, Morais ficaria famoso por ter ensinado "inglês técnico" a outro primeiro-ministro do PS.
Terminei o inquérito com a proposta de um processo disciplinar ao referido professor engenheiro, que não "passou". Abri mão dos autos. Que acabaram numa comissão de inquérito parlamentar. Um ano ou dois depois, já eu não estava na IGAI, realizou-se uma auditoria ao serviço do eng. Morais, e este acabou demitido.
Passam os anos e eis que, agora por causa da TAP, outra comissão de inquérito está em funções. Começou por ouvir um inspector-geral, das Finanças, que prestou um depoimento inenarrável a bem do seu ministro.
Depois vieram duas senhoras, a ainda CEO Christine e uma sua ex-companheira de administração, a dra. Alexandra Reis, por 24 horas membro do actual Governo. Lembramo-nos todos daquela cerimónia a que presidiu António Costa, e onde teve um papel preponderante o seu amigo Lacerda Machado. Eram os idos da "geringonça" e as papeletas assinadas com o Bloco e o PS obrigavam a reverter a privatização da companhia.
A partir daí, a coisa caminhou de desastre em desastre, de ministro em ministro, e numa bandalheira, evidenciada na comissão parlamentar, onde não se consegue distinguir a TAP do PS, o PS da TAP, o Governo do PS e a verdade da mentira.
Quando toda esta miséria moral e política acabar, o dr. Costa terá na mão um acervo - a reprivatizar com a mesma falta de vergonha política com que a "renacionalizaram" - bom em valor para um leilão na feira da Luz. E uma mão cheia de ministros que nunca o deviam ter sido.
Em 2001, no DN, e por causa do que comecei por contar, Vasco Pulido Valente escrevia: "O PS no Estado é isto: uma trupe aventureira e esfomeada, que a seu belo prazer dispõe do património colectivo.
No fundo, não se acha representante do povo, mas pura e simplesmente dona do País". Não mudou.
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Re: Políticas para Portugal
Marcelo: "Não faz sentido falar em dissolução" e não há na oposição "alternativa óbvia"
Deviam recordar ao ditador que compete ao povo português decidir se existe ou não alternativa (se tivéssemos uma democracia que não é o caso).
Quando ao sentido da dissolução, nunca existiu tanto como agora quando é explicito que os detentores do poder agem de má fé.
Deviam recordar ao ditador que compete ao povo português decidir se existe ou não alternativa (se tivéssemos uma democracia que não é o caso).
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“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
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Re: Políticas para Portugal
O pessoal do caldeirão é gente com imaginação pode ajudar Já são, neste momento, nove soluções .
Por favor eles só tem 9 soluções vamos duplicar a, comissão técnica independente
para o novo aeroporto agradece porque assim podem ficar com emprego até ao fim das suas vidas .
https://aeroparticipa.pt/
Obs: A minha sugestão foi a A Ilha do Rato assim fica a meio nem Norte nem Sul
Por favor eles só tem 9 soluções vamos duplicar a, comissão técnica independente
para o novo aeroporto agradece porque assim podem ficar com emprego até ao fim das suas vidas .
https://aeroparticipa.pt/
Obs: A minha sugestão foi a A Ilha do Rato assim fica a meio nem Norte nem Sul
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Re: Políticas para Portugal
Mas o TGV vai para a frente...
De qualquer forma penso que não estás a contar os dinheiros que recebemos da UE e que se factura no turismo.
Portugal neste momento é o destino mais caro do sul da Europa. Sai mais barato voo e estadia para ilhas gregas/Italianas do que ir para o Algarve.

De qualquer forma penso que não estás a contar os dinheiros que recebemos da UE e que se factura no turismo.
Portugal neste momento é o destino mais caro do sul da Europa. Sai mais barato voo e estadia para ilhas gregas/Italianas do que ir para o Algarve.
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Re: Políticas para Portugal
Está é verdade que sinto quando aterro em Lisboa os meus contactos protestam mas acabam falando de futebol e das maravilhas do sol, Portugal ou o seu futuro ou o dos seus decendentes pouco lhes interessa, estranhamente eu com mais interesses fora que no país durmo mal vendo o vou vendo …
“O Governo tem maioria e as pessoas andam contentes"
O economista admite que ‘Portugal atingiu um certo nível e está confortável e que isso chega às pessoas’. E diz que o 'Governo só faz asneira atrás de asneira, não apresenta uma ideia com pés e cabeça e ainda por cima desdiz-se sucessivamente'.
Realço :
Mas quando o Governo começar a ceder, nomeadamente aos professores, a despesa vai começar a aumentar...
Estamos a vender o país às fatias. Já vendemos empresas, terrenos, casas para estrangeiros e depois não temos casa para nós. Portugal está a tentar manter um nível artificialmente elevado de consumo e não é o Governo, é Portugal todo, através da venda das pratas da casa. Isto tem limites. Não vamos continuar assim toda a vida. Deixámos de tratar do equipamento, estamos a deixar degradar o que tínhamos, porque não estamos a investir, nem sequer estamos a tratar da manutenção. Este nível artificial não dura sempre e já é um período longo, estamos a falar de quase 25 anos.
A totalidade tem interesse:
https://sol.sapo.pt/artigo/796499/o-gov ... -contentes
“O Governo tem maioria e as pessoas andam contentes"
O economista admite que ‘Portugal atingiu um certo nível e está confortável e que isso chega às pessoas’. E diz que o 'Governo só faz asneira atrás de asneira, não apresenta uma ideia com pés e cabeça e ainda por cima desdiz-se sucessivamente'.
Realço :
Como é que conseguimos manter os interesses satisfeitos sem haver grandes protestos e não aumentando a dívida que, aliás, continua esmagadora? Através da descapitalização. Estamos a comer capital e a vender as pratas da casa.
Mas quando o Governo começar a ceder, nomeadamente aos professores, a despesa vai começar a aumentar...
Estamos a vender o país às fatias. Já vendemos empresas, terrenos, casas para estrangeiros e depois não temos casa para nós. Portugal está a tentar manter um nível artificialmente elevado de consumo e não é o Governo, é Portugal todo, através da venda das pratas da casa. Isto tem limites. Não vamos continuar assim toda a vida. Deixámos de tratar do equipamento, estamos a deixar degradar o que tínhamos, porque não estamos a investir, nem sequer estamos a tratar da manutenção. Este nível artificial não dura sempre e já é um período longo, estamos a falar de quase 25 anos.
A totalidade tem interesse:
https://sol.sapo.pt/artigo/796499/o-gov ... -contentes
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Re: Políticas para Portugal
Isto define solideriedade para ti?
A mim parece-me uma formula para o sucesso...
"Valorizamos sempre a dedicação da nossa equipa, partilhando com ela parte dos resultados globais alcançados pela empresa. Atuamos com base numa cultura de meritocracia, onde reconhecemos o desempenho individual e global"
A mim parece-me uma formula para o sucesso...
Relativamente à nova sede da tecnológica, que conta com uma área de cerca de 1.500 metros quadrados, o CEO afirma que o novo espaço "está mais ajustado às reais necessidades" da empresa. "As nossas antigas instalações já eram pequenas para nós e sentimos que estávamos a precisar de uma mudança que refletisse o nosso nível de crescimento",
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:Tecnológica de Gaia fatura 8,5 milhões e distribui 25% dos lucros pelos 65 trabalhadores
Para mim isto devia ser obrigatório por lei.
Combatia-se mais desigualdade assim do que com qualquer tipo de progressivismo fiscal.
Uma pergunta: o estado já não fica com 21% + derrama dos lucros? Só que gere tão bem a coleta de impostos, que ainda temos que tornar obrigatória a solidariedade privada

Não obstante, foi uma atitude da empresa muito boa para com os seus funcionários

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Re: Políticas para Portugal
Tecnológica de Gaia fatura 8,5 milhões e distribui 25% dos lucros pelos 65 trabalhadores
Para mim isto devia ser obrigatório por lei.
Combatia-se mais desigualdade assim do que com qualquer tipo de progressivismo fiscal.
Para mim isto devia ser obrigatório por lei.
Combatia-se mais desigualdade assim do que com qualquer tipo de progressivismo fiscal.
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Re: Políticas para Portugal
O aeroporto de Beja só precisa de acessibilidades ferroviárias para poder complementar os de Lisboa e Faro, insiste Manuel Tão, professor universitário e especialista em sistemas de transportes.
https://www.transportesenegocios.pt/aer ... -alentejo/
Petição publica
https://peticaopublica.com/mobile/pview ... i=PT115231
https://www.transportesenegocios.pt/aer ... -alentejo/
Petição publica
https://peticaopublica.com/mobile/pview ... i=PT115231
Re: Políticas para Portugal
Sim a neo democracia sexista. 

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Re: Políticas para Portugal
Errado, não é ditadura. A meu ver tens uma ideia errada daquilo que no fundamental é a democracia. Mas eu respeito a tua opinião.
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Re: Políticas para Portugal
Errado, isso é uma ditadura.
Nas democracias tem que hacer sempre alguém do contra para as decisões serem moderadas.
Nas democracias tem que hacer sempre alguém do contra para as decisões serem moderadas.
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― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
HB em democracia não tem que haver sempre alguém do contra (só porque fica bem ou por desporto, eheh). Há muitas situações em que as opiniões e análises responsáveis confluem para posições muito próximas ou idênticas.
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Re: Políticas para Portugal
Quando foi ultima vez que viste um líder eleito democraticamente obstruir a presidência do FMI ou do WEF?
Na UE é o mesmo problema. É incrível como é que se alinham todos 27 na generalidade das decisões. Uma coisa é certa ali não há democracia. Nunca democracia real é extremamente complicado ter alinhados mais de 50% dos representantes. Na UE a esmagadora maioria dos casos, mesmo em leis sexistas conseguem ir para a frente com o aval dos 27.
Na UE é o mesmo problema. É incrível como é que se alinham todos 27 na generalidade das decisões. Uma coisa é certa ali não há democracia. Nunca democracia real é extremamente complicado ter alinhados mais de 50% dos representantes. Na UE a esmagadora maioria dos casos, mesmo em leis sexistas conseguem ir para a frente com o aval dos 27.
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Re: Políticas para Portugal
HB até considero que que não estás errado naquilo que dizes relativamente ao poder das organizações que mencionas. Contudo, na questão da representatividade democrática, ao contrário do que dizes eu respeito o poder dessas instituições e os seus líderes, porque os seus representantes não aparecem lá “por obra e graça do espírito santo, eheh), mas são sujeitos a um escrutínio indireto dos países (governos e deputados) que os elegem. Isto é, nesses casos a meu ver há democracia qb.
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Re: Políticas para Portugal
Neste caso em particular foi uma decisão segundo sondagens amplamente suportada pela população, não teve nada que ver com a miss teen politics, neste momento a Finlândia aderia à NATO nem que tivesse um governo anti NATO. Não tenho nada contra o conceito da NATO per se, penso que foi o mecanismo que permitiu finalmente existir paz na Europa (não foi a UE ao contrário da retorica que se vende...), mas infelizmente já existiram algumas situações em que a NATO foi usada como ferramenta de bullying...
De reste este voto de inconformismo com o laxismo ditatorial da esquerda autocrática não deve servir de pouco ou nada. Grande parte das decisões na Europa são fruto de meia duzia de intervenientes da entidade não democrática UE (que pode tomar e impor qualquer decisão sem o avalo do povo).
A nível global o WEF, o FMI, a ONU, os Gxx têm mais poder de decisão do que qualquer entidade democrática e são eles que marcam o compasso das decisões no mundo ocidental sem terem de responder a qualquer escrutinamento publico.
De reste este voto de inconformismo com o laxismo ditatorial da esquerda autocrática não deve servir de pouco ou nada. Grande parte das decisões na Europa são fruto de meia duzia de intervenientes da entidade não democrática UE (que pode tomar e impor qualquer decisão sem o avalo do povo).
A nível global o WEF, o FMI, a ONU, os Gxx têm mais poder de decisão do que qualquer entidade democrática e são eles que marcam o compasso das decisões no mundo ocidental sem terem de responder a qualquer escrutinamento publico.
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Re: Políticas para Portugal
Cá temos o Homembule a dar uma de Marcelo, na altura em que era comentador ou de "meia leca" atualmente, a botar faladura sobre tudo, eheh. Mas o que é que o HB sabe sobre a realidade finlandesa!!?? A Marin até nem era nada marxista e conseguiu unir os finlandeses numa situação fulcral para o seu futuro - a entrada na Nato. Provavelmente, a Finlândia tem problemas sérias com a imigração e daí o maior apoio que tiveram os partidos da direita e extrema-direita.
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Re: Políticas para Portugal
The 37-year-old Marin, who was the world's youngest prime minister when she took office in 2019, is seen abroad as a role model for progressive new leaders,
A Finlândia a dar um pontapé no cu aos wokes ditatoriais da esquerda. Aclamada pelos media (pois claro é mulher, pode dizer e fazer o que quiser que não se pode criticar) e supostamente com os maiores ratings de popularidade de sempre (ai a manipulação...) ficou em terceiro por baixo daquilo que os media catalogam de extrema direita.
Para bom entendedor meia palavra basta. -> Estamos fartos da porcaria woke e dos neo ditadores marxistas.
A Finlândia a dar um pontapé no cu aos wokes ditatoriais da esquerda. Aclamada pelos media (pois claro é mulher, pode dizer e fazer o que quiser que não se pode criticar) e supostamente com os maiores ratings de popularidade de sempre (ai a manipulação...) ficou em terceiro por baixo daquilo que os media catalogam de extrema direita.
Para bom entendedor meia palavra basta. -> Estamos fartos da porcaria woke e dos neo ditadores marxistas.
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Re: Políticas para Portugal
Crédito da casa só cresce entre quem ganha mais de 2.400 euros líquidos por mês
A procura por empréstimos já arrefeceu e os pedidos rejeitados aumentaram. Entre as famílias com rendimentos mais baixos a concessão de novos contratos de crédito à habitação caiu em 2022, ao contrário da tendência nos rendimentos mais altos.
O neo marxismo europeu continua no seu almejado caminho de concentração de poder.
A procura por empréstimos já arrefeceu e os pedidos rejeitados aumentaram. Entre as famílias com rendimentos mais baixos a concessão de novos contratos de crédito à habitação caiu em 2022, ao contrário da tendência nos rendimentos mais altos.
O neo marxismo europeu continua no seu almejado caminho de concentração de poder.
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Re: Políticas para Portugal
Não tem a ver com concordar ou discordar é para quem ama o génio da grande escrita .
https://harpers.org/archive/2023/02/the ... uellebecq/
Deixo em tradução automática mas perde classe .

“Noble Suicide, por Esteban Blanco © O artista. Cortesia Galleria Ca’ d’Oro
[Revisão]
O Caminho Europeu para Morrer
por Michel Houellebecq, Traduzido por Robyn Creswell
Sobre eutanásia e suicídio assistido
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Vamos começar com um pequeno parágrafo perverso. Guy Debord escolheu se matar à moda antiga; Jean-Luc Godard—“o maoista suíço mais burro de todos eles”, nas palavras do divertido slogan inspirado no situacionista—se virou suicídio assistido; o próximo provocador de gênio sem dúvida optará pela eutanásia medicalizada. O bar, como dizem, continua caindo.
Por outro lado, Mark Zuckerberg aumentou na minha estima (não é difícil de fazer) quando soube que ele havia decidido não comer animais, exceto aqueles que ele se matou. É um compromisso que podemos sugerir (ou exigir?) para todos que zombam do vegetarianismo. O mesmo vale para os defensores da pena de morte. Não seria interessante alistar um pelotão de fuzilamento composto pelo júri que votou pela pena capital? (Sinto muito por saltar de animais para pessoas, mas é basicamente a mesma pergunta.) Não sou um vegetariano convencido, nem sou resolutamente contra a pena de morte, mas acredito que devemos aceitar as consequências de nossas escolhas.
A maioria das pessoas come todos os dias (Zuckerberg certamente come), mas há uma boa chance de você nunca se cruzar com um assassino ou servir em um júri em um julgamento criminal. Há circunstâncias, no entanto - raras, mas dificilmente excepcionais - em que alguém pode se encontrar, durante o curso de uma vida longa, confrontado por uma decisão desse peso. Para nos prepararmos para essa eventualidade, vamos tentar um experimento mental (Gedankenexperiment).
Vamos supor - a ideia não é tão absurda - que eu seja capaz, por meio de conexões ou habilidade em navegar na dark web, de colocar minhas mãos em algum pentobarbital, um veneno aparentemente indolor e letal. Então suponha que um amigo para quem a vida se tornou insuportável me peça para lhe dar um pouco. Como devo reagir? Não há dúvida de que fazer o que ele pede aumentaria sua liberdade individual. Essa justificativa é suficiente? Nos dez estados americanos (mais o Distrito de Columbia) onde o suicídio assistido é legal, a parcela de pessoas doentes que acabam não tomando o coquetel que receberam está longe de ser insignificante: potencialmente se aproxima da metade em algumas jurisdições. Como Nietzsche escreve em Além do Bem e do Mal, “O pensamento de suicídio é um grande consolo: por meio dele, a pessoa passa com sucesso por muitas noites ruins.” Na verdade, muitas vezes é o único consolo. E, no entanto, acredito que a compra de veneno para pessoas com um histórico de mudanças de humor, como eu, deve ser desencorajada. A maioria das pessoas que o adquirem acabam se matando. Como eu me sentiria se meu amigo decidisse, alguns meses depois, tomar a dose que eu lhe dei? Como você se sentiria?
E como você reagiria se um estranho pedisse a mesma coisa em troca de dinheiro? Que tal muito dinheiro? Se, pulando graciosamente sobre esse obstáculo ético, você planeja entrar no negócio de suicídio assistido, eu não recomendaria a Suíça. Além do Dignitas sem fins lucrativos, que eu insultei grosseiramente em um dos meus romances - o caso judicial resultante recebeu menos atenção do que o sobre o Islã, mas ainda estou bastante orgulhoso disso, já que eles perderam (eles exigiram que seu nome fosse removido das edições alemã e suíça) - há também o ciclo de vida baseado em membros e o líder da indústria EXIT Em outras palavras, é um mercado bastante lotado.
Ou vamos supor, apenas para continuar o experimento de pensamento, que você vive em uma democracia e o assunto foi colocado em referendo. Como você votaria?
“Nem vou administrar um veneno a ninguém quando solicitado a fazê-lo, nem vou sugerir tal curso. Da mesma forma, não darei a uma mulher um pessário para causar o aborto. Mas vou manter puro e santo tanto minha vida quanto minha arte.” Sente-se uma certa nostalgia quando se depara com a nobre serenidade do Juramento de Hipócrates - ou, para usar um termo atual, sua decência fundamental - que dura até sua frase final. “Agora, se eu realizar este juramento e não o quebrar, que eu possa ganhar para sempre reputação entre todos os homens pela minha vida e pela minha arte; mas se eu transgredir e me jurar, que o oposto me afaleça.”
Hipócrates viveu bem antes do advento do cristianismo—um fato significativo. Todos os opositores da eutanásia que conheço são cristãos fervorosos; como o único agnóstico entre eles, às vezes me sinto incompreendido. Não porque eles duvidam das minhas convicções, que eu expressei de forma muito consistente, mas porque meus motivos escapam deles, ou assim eu me sinto. (Para complicar as coisas, eu apoio o direito ao aborto, pelo menos sob certas condições, mas esse é outro assunto.)
Para Immanuel Kant, a dignidade humana claramente proibiu o suicídio. Mas foi necessário um enorme esforço intelectual para Kant separar a dignidade humana e a lei moral da metafísica (em outras palavras, do cristianismo). Quem pode medir esse esforço hoje? A dignidade se tornou uma palavra sem sentido, uma piada de mau gosto. Eu até tenho a impressão de que, para meus contemporâneos, a ideia de uma lei moral se tornou bastante obscura.
Pouco a pouco, e sem que ninguém se oponha - ou mesmo pareça notar - nosso direito civil se afastou da lei moral, cujo cumprimento deve ser seu único propósito. É difícil e exaustivo viver em um país onde as leis são desprezadas, seja sancionando atos que não têm nada a ver com moralidade ou tolerando atos moralmente abjetos. Mas é ainda pior viver entre pessoas que se começa a desprezar por sua submissão a essas leis que desprezam, bem como por sua ganância em exigir novas. Um suicídio assistido - no qual um médico prescreve um coquetel letal que o paciente autoadministra sob circunstâncias de sua própria escolha - ainda é um suicídio. No cenário improvável de que alguém possa me fornecer uma garrafa de pentobarbital e um copo para acompanhar, a primeira coisa que eu pediria é que ele saísse da sala. Quando ouço que alguém que conheço cometeu suicídio, o que sinto não é respeito—eu não quero exagerar—mas nem é desaprovação, nem escárnio.
O suicídio assistido por um método ou outro foi legalizado em grande parte dos Estados Unidos e na Suíça. Na França, estamos perto de aprovar a eutanásia administrada por médicos, seguindo a Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Espanha. Ou seja, está se tornando a maneira europeia de morrer. Estamos demonstrando mais uma vez nosso fraco respeito pela liberdade individual e um apetite insalubre pela microgestão - um estado de coisas que enganosamente chamamos de bem-estar, mas é descrito com mais precisão como servidão. Essa mistura de infantilização extrema, pela qual se concede a um médico o direito de acabar com a vida e um desejo petulante de “liberdade final” é uma combinação que, francamente, me enoja.
Grupos que defendem a legalização da eutanásia voluntária argumentam que o procedimento é a única alternativa humana quando os últimos dias, semanas ou meses da vida de uma pessoa serão preenchidos com dor insuportável. Este argumento é baseado em duas mentiras, ainda mais eficazes por serem ao mesmo tempo aterrorizantes e raramente articuladas. O primeiro tem a ver com sofrimento—s sofrimento físico. Posso ter sorte, mas em todos os casos de agonia física que experimentei, a morfina foi suficiente para aliviar minha dor. Esta droga maravilhosa foi descoberta no início do século XIX e, desde então, muito progresso foi feito; derivados de opioides muito mais poderosos do que a molécula original de morfina foram sintetizados. Em nossos dias - isso precisa ser dito de forma clara e constantemente repetida - a dor física pode ser
A segunda mentira é mais insidiosa. É apenas na televisão (televisão americana em particular) que um médico é perguntado: “Quanto tempo me resta, doutor?” e responderá com a gravidade apropriada, “Três semanas no máximo”. Na vida real, os médicos são mais cauteloso. Eles sabem, porque seu treinamento básico é científico, que o tempo que nos resta está em conformidade, como tantas coisas neste mundo, com uma curva de sino.
Em quase todos os países, era histórica, religião, civilização e cultura, a agonia tem sido considerada um aspecto crucial da nossa existência. Não nos faltam estudos sobre a morte: para o Ocidente cristão, recomendo o trabalho de Philippe Ariès. Se você acredita na existência de um criador que o chamará para prestar contas ou não, este é o momento de despedida - uma última chance de ver certas pessoas, dizer a elas o que você pode nunca ter dito antes e ouvir o que elas podem ter a dizer a você. Encurtá-los é ímpio (para aqueles que acreditam) e imoral (para qualquer um). Este é o consenso das civilizações, religiões e culturas que nos precederam, e é isso que o chamado progressismo está se preparando para destruir.
Este momento de despedida pode acontecer durante um suicídio assistido—caso em que teríamos algo como a cena de Sócrates e a cicuta. Mas isso não pode ocorrer se o momento chegar de acordo com as diretrizes antecipadas. Não é o trabalho dos médicos acabar com vidas. Na verdade, este é o exato oposto do trabalho deles. E na França, muitos médicos se opõem fortemente à legalização da eutanásia. Não é uma responsabilidade que eles estão ansiosos para assumir.
A ficção científica americana escrita durante os anos cinquenta e sessenta explorou com um poder impressionante e visionário uma série de questões que agora apresentam, ou começaram a apresentar, em nossas vidas diárias: a internet, o transumanismo, a busca pela imortalidade e a criação de robôs inteligentes. Para tais escritores, a ideia de eutanásia, concebida como uma solução para os problemas econômicos colocados pelo envelhecimento da população, era um assunto óbvio—quase óbvio demais. O trabalho mais conhecido do tipo é, sem dúvida, Make Room! Make Room!, em grande parte por causa da versão cinematográfica Soylent Green, com uma performance extraordinária de Edward G. Robinson. No entanto, meu favorito é “The Test”, um conto comovente de Richard Matheson, curiosamente nunca adaptado ao cinema, até onde eu sei, embora o cinema tenha sido amigável com Matheson e a história seja fácil de adaptar. No mundo da história, os idosos recebem testes regulares de competência que devem passar para evitar serem colocados fora de sua miséria. Enquanto isso, seus descendentes ficam em casa, esperando silenciosamente pelo resultado que os libertará do fardo do envelhecimento. Depois de ler “O Teste”, parece-me que não há mais nada a dizer contra a eutanásia; a história diz tudo.
https://harpers.org/archive/2023/02/the ... uellebecq/
Deixo em tradução automática mas perde classe .

“Noble Suicide, por Esteban Blanco © O artista. Cortesia Galleria Ca’ d’Oro
[Revisão]
O Caminho Europeu para Morrer
por Michel Houellebecq, Traduzido por Robyn Creswell
Sobre eutanásia e suicídio assistido
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Vamos começar com um pequeno parágrafo perverso. Guy Debord escolheu se matar à moda antiga; Jean-Luc Godard—“o maoista suíço mais burro de todos eles”, nas palavras do divertido slogan inspirado no situacionista—se virou suicídio assistido; o próximo provocador de gênio sem dúvida optará pela eutanásia medicalizada. O bar, como dizem, continua caindo.
Por outro lado, Mark Zuckerberg aumentou na minha estima (não é difícil de fazer) quando soube que ele havia decidido não comer animais, exceto aqueles que ele se matou. É um compromisso que podemos sugerir (ou exigir?) para todos que zombam do vegetarianismo. O mesmo vale para os defensores da pena de morte. Não seria interessante alistar um pelotão de fuzilamento composto pelo júri que votou pela pena capital? (Sinto muito por saltar de animais para pessoas, mas é basicamente a mesma pergunta.) Não sou um vegetariano convencido, nem sou resolutamente contra a pena de morte, mas acredito que devemos aceitar as consequências de nossas escolhas.
A maioria das pessoas come todos os dias (Zuckerberg certamente come), mas há uma boa chance de você nunca se cruzar com um assassino ou servir em um júri em um julgamento criminal. Há circunstâncias, no entanto - raras, mas dificilmente excepcionais - em que alguém pode se encontrar, durante o curso de uma vida longa, confrontado por uma decisão desse peso. Para nos prepararmos para essa eventualidade, vamos tentar um experimento mental (Gedankenexperiment).
Vamos supor - a ideia não é tão absurda - que eu seja capaz, por meio de conexões ou habilidade em navegar na dark web, de colocar minhas mãos em algum pentobarbital, um veneno aparentemente indolor e letal. Então suponha que um amigo para quem a vida se tornou insuportável me peça para lhe dar um pouco. Como devo reagir? Não há dúvida de que fazer o que ele pede aumentaria sua liberdade individual. Essa justificativa é suficiente? Nos dez estados americanos (mais o Distrito de Columbia) onde o suicídio assistido é legal, a parcela de pessoas doentes que acabam não tomando o coquetel que receberam está longe de ser insignificante: potencialmente se aproxima da metade em algumas jurisdições. Como Nietzsche escreve em Além do Bem e do Mal, “O pensamento de suicídio é um grande consolo: por meio dele, a pessoa passa com sucesso por muitas noites ruins.” Na verdade, muitas vezes é o único consolo. E, no entanto, acredito que a compra de veneno para pessoas com um histórico de mudanças de humor, como eu, deve ser desencorajada. A maioria das pessoas que o adquirem acabam se matando. Como eu me sentiria se meu amigo decidisse, alguns meses depois, tomar a dose que eu lhe dei? Como você se sentiria?
E como você reagiria se um estranho pedisse a mesma coisa em troca de dinheiro? Que tal muito dinheiro? Se, pulando graciosamente sobre esse obstáculo ético, você planeja entrar no negócio de suicídio assistido, eu não recomendaria a Suíça. Além do Dignitas sem fins lucrativos, que eu insultei grosseiramente em um dos meus romances - o caso judicial resultante recebeu menos atenção do que o sobre o Islã, mas ainda estou bastante orgulhoso disso, já que eles perderam (eles exigiram que seu nome fosse removido das edições alemã e suíça) - há também o ciclo de vida baseado em membros e o líder da indústria EXIT Em outras palavras, é um mercado bastante lotado.
Ou vamos supor, apenas para continuar o experimento de pensamento, que você vive em uma democracia e o assunto foi colocado em referendo. Como você votaria?
“Nem vou administrar um veneno a ninguém quando solicitado a fazê-lo, nem vou sugerir tal curso. Da mesma forma, não darei a uma mulher um pessário para causar o aborto. Mas vou manter puro e santo tanto minha vida quanto minha arte.” Sente-se uma certa nostalgia quando se depara com a nobre serenidade do Juramento de Hipócrates - ou, para usar um termo atual, sua decência fundamental - que dura até sua frase final. “Agora, se eu realizar este juramento e não o quebrar, que eu possa ganhar para sempre reputação entre todos os homens pela minha vida e pela minha arte; mas se eu transgredir e me jurar, que o oposto me afaleça.”
Hipócrates viveu bem antes do advento do cristianismo—um fato significativo. Todos os opositores da eutanásia que conheço são cristãos fervorosos; como o único agnóstico entre eles, às vezes me sinto incompreendido. Não porque eles duvidam das minhas convicções, que eu expressei de forma muito consistente, mas porque meus motivos escapam deles, ou assim eu me sinto. (Para complicar as coisas, eu apoio o direito ao aborto, pelo menos sob certas condições, mas esse é outro assunto.)
Para Immanuel Kant, a dignidade humana claramente proibiu o suicídio. Mas foi necessário um enorme esforço intelectual para Kant separar a dignidade humana e a lei moral da metafísica (em outras palavras, do cristianismo). Quem pode medir esse esforço hoje? A dignidade se tornou uma palavra sem sentido, uma piada de mau gosto. Eu até tenho a impressão de que, para meus contemporâneos, a ideia de uma lei moral se tornou bastante obscura.
Pouco a pouco, e sem que ninguém se oponha - ou mesmo pareça notar - nosso direito civil se afastou da lei moral, cujo cumprimento deve ser seu único propósito. É difícil e exaustivo viver em um país onde as leis são desprezadas, seja sancionando atos que não têm nada a ver com moralidade ou tolerando atos moralmente abjetos. Mas é ainda pior viver entre pessoas que se começa a desprezar por sua submissão a essas leis que desprezam, bem como por sua ganância em exigir novas. Um suicídio assistido - no qual um médico prescreve um coquetel letal que o paciente autoadministra sob circunstâncias de sua própria escolha - ainda é um suicídio. No cenário improvável de que alguém possa me fornecer uma garrafa de pentobarbital e um copo para acompanhar, a primeira coisa que eu pediria é que ele saísse da sala. Quando ouço que alguém que conheço cometeu suicídio, o que sinto não é respeito—eu não quero exagerar—mas nem é desaprovação, nem escárnio.
O suicídio assistido por um método ou outro foi legalizado em grande parte dos Estados Unidos e na Suíça. Na França, estamos perto de aprovar a eutanásia administrada por médicos, seguindo a Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Espanha. Ou seja, está se tornando a maneira europeia de morrer. Estamos demonstrando mais uma vez nosso fraco respeito pela liberdade individual e um apetite insalubre pela microgestão - um estado de coisas que enganosamente chamamos de bem-estar, mas é descrito com mais precisão como servidão. Essa mistura de infantilização extrema, pela qual se concede a um médico o direito de acabar com a vida e um desejo petulante de “liberdade final” é uma combinação que, francamente, me enoja.
Grupos que defendem a legalização da eutanásia voluntária argumentam que o procedimento é a única alternativa humana quando os últimos dias, semanas ou meses da vida de uma pessoa serão preenchidos com dor insuportável. Este argumento é baseado em duas mentiras, ainda mais eficazes por serem ao mesmo tempo aterrorizantes e raramente articuladas. O primeiro tem a ver com sofrimento—s sofrimento físico. Posso ter sorte, mas em todos os casos de agonia física que experimentei, a morfina foi suficiente para aliviar minha dor. Esta droga maravilhosa foi descoberta no início do século XIX e, desde então, muito progresso foi feito; derivados de opioides muito mais poderosos do que a molécula original de morfina foram sintetizados. Em nossos dias - isso precisa ser dito de forma clara e constantemente repetida - a dor física pode ser
A segunda mentira é mais insidiosa. É apenas na televisão (televisão americana em particular) que um médico é perguntado: “Quanto tempo me resta, doutor?” e responderá com a gravidade apropriada, “Três semanas no máximo”. Na vida real, os médicos são mais cauteloso. Eles sabem, porque seu treinamento básico é científico, que o tempo que nos resta está em conformidade, como tantas coisas neste mundo, com uma curva de sino.
Em quase todos os países, era histórica, religião, civilização e cultura, a agonia tem sido considerada um aspecto crucial da nossa existência. Não nos faltam estudos sobre a morte: para o Ocidente cristão, recomendo o trabalho de Philippe Ariès. Se você acredita na existência de um criador que o chamará para prestar contas ou não, este é o momento de despedida - uma última chance de ver certas pessoas, dizer a elas o que você pode nunca ter dito antes e ouvir o que elas podem ter a dizer a você. Encurtá-los é ímpio (para aqueles que acreditam) e imoral (para qualquer um). Este é o consenso das civilizações, religiões e culturas que nos precederam, e é isso que o chamado progressismo está se preparando para destruir.
Este momento de despedida pode acontecer durante um suicídio assistido—caso em que teríamos algo como a cena de Sócrates e a cicuta. Mas isso não pode ocorrer se o momento chegar de acordo com as diretrizes antecipadas. Não é o trabalho dos médicos acabar com vidas. Na verdade, este é o exato oposto do trabalho deles. E na França, muitos médicos se opõem fortemente à legalização da eutanásia. Não é uma responsabilidade que eles estão ansiosos para assumir.
A ficção científica americana escrita durante os anos cinquenta e sessenta explorou com um poder impressionante e visionário uma série de questões que agora apresentam, ou começaram a apresentar, em nossas vidas diárias: a internet, o transumanismo, a busca pela imortalidade e a criação de robôs inteligentes. Para tais escritores, a ideia de eutanásia, concebida como uma solução para os problemas econômicos colocados pelo envelhecimento da população, era um assunto óbvio—quase óbvio demais. O trabalho mais conhecido do tipo é, sem dúvida, Make Room! Make Room!, em grande parte por causa da versão cinematográfica Soylent Green, com uma performance extraordinária de Edward G. Robinson. No entanto, meu favorito é “The Test”, um conto comovente de Richard Matheson, curiosamente nunca adaptado ao cinema, até onde eu sei, embora o cinema tenha sido amigável com Matheson e a história seja fácil de adaptar. No mundo da história, os idosos recebem testes regulares de competência que devem passar para evitar serem colocados fora de sua miséria. Enquanto isso, seus descendentes ficam em casa, esperando silenciosamente pelo resultado que os libertará do fardo do envelhecimento. Depois de ler “O Teste”, parece-me que não há mais nada a dizer contra a eutanásia; a história diz tudo.
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