Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Contra todas as espectativas a Força Aérea ucraniana está a executar missões em Bakhmut, nomeadamente através de helicópteros Mi-8.
O Grupo Wagner perdeu cerca de 75% dos seus homens na Ucrânia, sendo que grande parte foram os recrutados nas prisões.
O Grupo Wagner depende da artilharia russa, que está entre a espada e a parede, pois por um lado precisa da conquista de Bakhmut, por outro receia a ascensão de Prigozhin. À meses que existe um conflito entre o Grupo Wagner e Sergei Shoigu / Valery Gerasimov.

Pedro
O Grupo Wagner perdeu cerca de 75% dos seus homens na Ucrânia, sendo que grande parte foram os recrutados nas prisões.
O Grupo Wagner depende da artilharia russa, que está entre a espada e a parede, pois por um lado precisa da conquista de Bakhmut, por outro receia a ascensão de Prigozhin. À meses que existe um conflito entre o Grupo Wagner e Sergei Shoigu / Valery Gerasimov.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Recomendo a ver a reportagem...e tb com especial atenção a partir do minuto 42, em que um oligarca : "consegue comprar uma ilha estratégica sem qualquer controle na Finlândia..."
Perseguição aos Oligarcas - 5 de março de 2023
https://cnnportugal.iol.pt/videos/perseguicao-aos-oligarcas-5-de-marco-de-2023/6404ba9b0cf2c84d7fcaf1a0
Abraço,
Pepe
Querer é poder.
Pepe
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:Iran and Saudi Arabia signal the start of a new era, with China front and center![]()
When Saudi Arabia and Iran buried the hatchet in Beijing on Friday, it was a game-changing moment both for a Middle East shaped by their decades-old rivalry, and for China’s growing influence in the oil-rich region.
The announcement was surprising yet expected. The two regional powerhouses have been in talks to re-establish diplomatic relations for nearly two years. At times, negotiators seemed to drag their feet, the deep distrust between the two countries appearing immovable.
Iran’s talks with Saudi Arabia were unfolding at the same time as negotiations between Iran and the United States to revive the 2016 nuclear deal were faltering. The outcomes of both sets of Iran talks seemed interlinked – Riyadh and Washington have long walked in lockstep on foreign policy.
But a shift in regional alliances is afoot. Saudi Arabia’s relationship with the US has become strained in recent years, while China’s standing has risen. Unlike Washington, Beijing has shown an ability to transcend the many rivalries that criss-cross the Middle East. China has forged good diplomatic relations with countries across the region, driven by strengthening economic ties, without the Western lectures on human rights.
In retrospect, Beijing has been poised to broker the conflict-ridden Middle East’s latest diplomatic breakthrough for years, simultaneously underscoring the US’ diminishing regional influence.
“While many in Washington will view China’s emerging role as mediator in the Middle East as a threat, the reality is that a more stable Middle East where the Iranians and Saudis aren’t at each other’s throats also benefits the United States,” Trita Parsi, the executive vice president of the Washington-based Quincy Institute, tweeted Friday.
Parsi argues that the development should trigger a moment of introspection on Washington’s Middle East policy. “What should worry American decision-makers is if this becomes the new norm: the US becomes so deeply embroiled in the conflicts of our regional partners that our manoeuvrability evaporates and our past role as a peacemaker is completely ceded to China,” he added.
O circulo aperta. Enquanto isso por aqui continua-se a discutir o sexo dos anjos, enquanto se luta por subverter os que mais produzem e promover a incompetência. Um homem branco com alto nível de educação é recebido de braços abertos nos países árabes, aqui é escorraçado como se fosse um criminoso.
A menos que seja um politico ou amigo de políticos claro, mas esses educação é com diplomas comprados.
É pior a política fraca de fraqueza dá os seus frutos l
Pior que o homem branco , é o Ocidente com leis para a sua destruição .
China e outros guardam as suas fronteiras os ocidentais tem leis
para serem violadas ‘
Está manhã digiro-me ao metro para ir ver um museu numa capitam da Europa
Junto a máquina que me podia vender o bilhete , estão clandestino? Refugiados ?
…deitados ainda a dormir , desisto fiz um passeio , para a próxima vou escolher outra capital longe do Ocidente , talvez Pequim .
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Iran and Saudi Arabia signal the start of a new era, with China front and center![]()
When Saudi Arabia and Iran buried the hatchet in Beijing on Friday, it was a game-changing moment both for a Middle East shaped by their decades-old rivalry, and for China’s growing influence in the oil-rich region.
The announcement was surprising yet expected. The two regional powerhouses have been in talks to re-establish diplomatic relations for nearly two years. At times, negotiators seemed to drag their feet, the deep distrust between the two countries appearing immovable.
Iran’s talks with Saudi Arabia were unfolding at the same time as negotiations between Iran and the United States to revive the 2016 nuclear deal were faltering. The outcomes of both sets of Iran talks seemed interlinked – Riyadh and Washington have long walked in lockstep on foreign policy.
But a shift in regional alliances is afoot. Saudi Arabia’s relationship with the US has become strained in recent years, while China’s standing has risen. Unlike Washington, Beijing has shown an ability to transcend the many rivalries that criss-cross the Middle East. China has forged good diplomatic relations with countries across the region, driven by strengthening economic ties, without the Western lectures on human rights.
In retrospect, Beijing has been poised to broker the conflict-ridden Middle East’s latest diplomatic breakthrough for years, simultaneously underscoring the US’ diminishing regional influence.
“While many in Washington will view China’s emerging role as mediator in the Middle East as a threat, the reality is that a more stable Middle East where the Iranians and Saudis aren’t at each other’s throats also benefits the United States,” Trita Parsi, the executive vice president of the Washington-based Quincy Institute, tweeted Friday.
Parsi argues that the development should trigger a moment of introspection on Washington’s Middle East policy. “What should worry American decision-makers is if this becomes the new norm: the US becomes so deeply embroiled in the conflicts of our regional partners that our manoeuvrability evaporates and our past role as a peacemaker is completely ceded to China,” he added.
O circulo aperta. Enquanto isso por aqui continua-se a discutir o sexo dos anjos, enquanto se luta por subverter os que mais produzem e promover a incompetência. Um homem branco com alto nível de educação é recebido de braços abertos nos países árabes, aqui é escorraçado como se fosse um criminoso.
A menos que seja um politico ou amigo de políticos claro, mas esses educação é com diplomas comprados.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Esta é uma guerra de atrito/exaustão, e a batalha por Bakhmut é a melhor imagem dessa definição.
As forças russas vão ser obrigadas a fazer uma pausa operacional.

Pedro
As forças russas vão ser obrigadas a fazer uma pausa operacional.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Bakhmut, carro de combate (T-80?) da 93ª Brigada Mecanizada Separada "Kholodnyi Yar", da qual também fazia parte Yana Rykhlitska, a paramédica ucraniana, que era conhecida como "Anjo" de Bakhmut, que morreu esta semana quando fazia uma evacuação.
https://twitter.com/albir2024/status/1633812892993634306
Pedro
https://twitter.com/albir2024/status/1633812892993634306
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
A Ucrânia está a transferir unidades para Chasiv Yar, para reforçar a sua linha defensiva.
As forças russas já estão em Bohdanivka, fechando cada vez mais o cerco.

Pedro
As forças russas já estão em Bohdanivka, fechando cada vez mais o cerco.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
https://en.defence-ua.com/weapon_and_tech/the_pentagon_confirmed_successful_use_of_jdam_er_by_ukraine_but_so_far_there_are_not_enough_of_them-5974.html
Já estão a seu usados os kits JDAM-ER (EUA/Austrália), que são instalados em bombas de 500 lbs., tornando-as guiadas por GPS, com alcance de cerca de 70 kms.
São lançadas pela aviação, nomeadamente pelos SU-24.
Pedro
Já estão a seu usados os kits JDAM-ER (EUA/Austrália), que são instalados em bombas de 500 lbs., tornando-as guiadas por GPS, com alcance de cerca de 70 kms.
São lançadas pela aviação, nomeadamente pelos SU-24.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Opcard Escreveu:As terras raras não são raras’ são más para o ambiente e europeu não gosta prefere comprar .
A politica da UE é exportar o lixo.
Se alguém vi-se como se fabricam os painéis solares ninguém os comprava...
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
BearManBull Escreveu:China fornece à Europa 66% de todas as matérias-primas críticas
A Europa está consciente da necessidade de novas minas, bem como do reforço de toda a cadeira de valor das matérias-primas.
Neste momento, está dependente de um pequeno número de países terceiros, em particular, da China, que fornece 66% de todas as matérias-primas críticas e 98% das terras raras.
As terras raras não são raras’ são más para o ambiente e europeu não gosta prefere comprar .
Os europeus estão convencidos que com manifestações vão impedir o caminho para a sua pobreza .
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
China fornece à Europa 66% de todas as matérias-primas críticas
A Europa está consciente da necessidade de novas minas, bem como do reforço de toda a cadeira de valor das matérias-primas.
Neste momento, está dependente de um pequeno número de países terceiros, em particular, da China, que fornece 66% de todas as matérias-primas críticas e 98% das terras raras.
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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
https://twitter.com/Militarylandnet/status/1632673218673758208
Estima-se em 1.000 baixas russas e 500 ucranianas por dia, entre mortos, feridos e pow.

Pedro
Estima-se em 1.000 baixas russas e 500 ucranianas por dia, entre mortos, feridos e pow.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
pepe7 Escreveu:"Se Putin nos preocupa, então o melhor é derrotá-lo antes que possa avançar mais"
O problema é que se o Putin nos preocupa, da mesma forma o ocidente preocupa o Putin e a reação e pensamentos serão exatamente os mesmos do lado russo!!
Numa guerra existem sempre duas verdades... independentemente de uma estar mais ou menos certa que a outra...
Podemos andar aqui às voltas e até pode ser que a Rússia seja derrotada... mas se não forem criados laços de entendimento, será uma paz temporária...
Quanto mais insistirmos neste afastamento da Rússia e da China, maiores serão as probabilidades da nova ordem mundial se impor e maior será a probabilidade de uma nova era de conquistas e mudança do mapa mundial acontecer...
Mas isto é como tudo... se todos pensassem como eu, possivelmente neste momento o mundo seria bem diferente (para melhor ou para pior

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Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
"Se Putin nos preocupa, então o melhor é derrotá-lo antes que possa avançar mais"
Jornalista e historiadora, é das pessoas mais lidas e reputadas quando se trata da Europa de leste. Antes de regressar à Ucrânia onde já esteve três vezes desde que começou a guerra, Anne Applebaum em entrevista à TSF.
Anne Applebaum é jornalista e historiadora... uma das maiores especialista na Europa de leste desde a guerra fria... Premiada com o Pulitzer, Applebaum escreve principalmente sobre o comunismo e o desenvolvimento da sociedade civil na Europa Oriental e Central. Foi editora do The Spectator, e colunista do Daily Telegraph e Sunday Telegraph. Também escreveu para o The Independent e The Economist, cobriu as transições sociais e políticas na Europa do Leste, antes e depois da queda do Muro de Berlim. Agora escreve para a revista The Atlantic. Volta à Ucrânia dentro de poucos dias, já lá esteve três vezes desde que começou a guerra.
Qual é a importância de os russos tomarem Bakhmut?
Não tenho a certeza de que Bakhmut seja um lugar terrivelmente significativo. É notável que os russos tenham passado muitos, muitos meses a tentar tomar a cidade. Muitos milhares de pessoas morreram nesta batalha por uma cidade que não é particularmente estratégica ou importante. Na altura em que estamos a falar, não sei o resultado da batalha de Bakhmut. Talvez tenha outras informações, mas eu não tenho. Eu teria muito cuidado em fazer quaisquer declarações sobre o que os russos conquistaram ou não conquistaram, sabe, até que o possamos ver realmente num mapa.
Sloviansk e Kramatorks serão então os alvos seguintes?
Quer dizer, presumo que tentariam continuar. Mas como disse, lembram-se desta batalha por este lugar minúsculo que dura há semanas e semanas e semanas? Eles conseguiram ganhar alguns quilómetros aqui ou ali. Sabe, isso não diz muito bem do exército russo, uma vez que eles têm tanta dificuldade em avançar neste território.
Porque pensa que os ataques à Crimeia poderiam aumentar a pressão sobre a Rússia para vir para a mesa das negociações?
Assim que a guerra terminar, quando os russos compreenderem que foi um erro, e que a era do Império acabou, tal como outrora os franceses compreenderam que a guerra na Argélia foi um erro, tal como os portugueses compreenderam outrora que já não havia necessidade de colónias em África, tal como os britânicos compreenderam outrora que precisavam de se retirar da Irlanda no início do século XX. Isto é, uma mudança mental que precisa de acontecer. Haverá muitas maneiras de o fazer. Poderá haver uma discussão dentro do Kremlin, poderá haver pressão dentro da Rússia. Mas uma das formas de ajudarmos a que isso aconteça é ajudar os ucranianos a alcançar as vitórias que os russos consideram embaraçosas ou, ou irrefutáveis. Sabe, a minha esperança é que os ucranianos possam, nos próximos seis meses, recuperar o território que perderam, especialmente no sul, o território ao longo da costa, e na direção da Crimeia. E pode ser que, para convencer os russos de que a guerra foi um erro, e que Putin cometeu um erro, os ucranianos acabem por ter também de retomar a Crimeia, ou pelo menos desafiar e lutar pela Crimeia, deixar claro aos russos que a Crimeia estará em perigo. Esta é uma guerra que vai terminar quando tiver havido uma mudança psicológica em Moscovo. E temos de pensar em como conseguir isso e em como ajudar os ucranianos a consegui-lo.
O que mais a impressionou ao longo deste ano em relação à Ucrânia?
Então, eu sabia que os ucranianos iriam ripostar. E tive a sorte de o ter conseguido dizer perante as câmaras alguns dias antes do início da guerra. Por isso, disse que sabia que os russos tinham subestimado os ucranianos. Mas penso que o apoio do mundo democrático à Ucrânia é muito maior do que eu poderia ter previsto. E penso também que os ucranianos têm sido muito mais criativos e flexíveis na sua compreensão de como utilizar novas armas e de como combater um tipo de batalha diferente do que alguém poderia ter esperado. Esta não é uma guerra que alguém que conheça, tenha ensaiado realmente. Não é o tipo de guerra que alguém alguma vez pensou que seria travada novamente, na Europa; não há, realmente, exércitos europeus que estejam preparados para ela. E podemos ver isso porque os europeus, todos os países europeus, estão a ficar sem munições, porque nós não estávamos preparados para esta escala de guerra. E assim, o facto de os ucranianos terem sido capazes de resistir ao ataque russo e de, como dissemos, os russos terem conseguido alcançar tão pouco território, especialmente depois do primeiro ataque surpresa em, em Fevereiro do ano passado, que tiveram tanta dificuldade em avançar, é surpreendente.
O seu livro A Cortina de Ferro, é acima de tudo, uma abordagem extensiva sobre a forma como as sociedades civis baseadas em certos valores individuais e de liberdade, podem ser apagadas por um modelo político particular?
Portanto, a Cortina de Ferro, embora não seja um livro sobre a Ucrânia, é o livro que escrevi que penso que melhor ajuda a explicar este momento atual. Descreve como o Exército Vermelho e a NKVD soviética, a polícia secreta soviética, ocuparam e governaram a Europa Central e Oriental nos anos imediatos após a guerra, começando em 1944, quando foram para a Polónia e Hungria, e eventualmente, depois, para a Checoslováquia, Alemanha Oriental, e assim por diante. E uma das coisas que fizeram foi, antes de mais, visar a liderança, qualquer pessoa que fosse uma autoridade moral ou uma autoridade política na região. E a outra coisa que fizeram foi visar ativistas cívicos de todos os tipos, qualquer pessoa que fosse, que dirigisse uma organização independente, qualquer pessoa que fosse capaz de uma atividade espontânea, qualquer pessoa que pudesse, sabe, até dirigir uma instituição de caridade. Como era o caso na altura. Este modelo é muito semelhante ao que o exército russo está agora a fazer na Ucrânia ocupada. Portanto, sabemos que eles quando vão para um novo território, e sabemos isto porque o vimos depois da libertação, primeiro de Bucha, depois da zona de Kharkiv, depois de Kherson, sabemos que o que eles fazem é exatamente isso. Visam os conselheiros municipais locais do presidente da câmara, prendem-nos, torturam-nos, matam muitos deles. Sabemos que prendem e torturam e matam ativistas cívicos, sabemos que os colocam em campos de concentração, e de lá, enviam muitos deles para a Rússia. E sabemos que enviaram crianças para a Rússia como uma forma de limpeza étnica. Também sabemos que, se quisermos compreender o padrão do que está a acontecer, e se também quisermos compreender porque é que os ucranianos sentem que têm de ripostar, então é útil ler a Cortina de Ferro. E também é útil tentar realmente compreender o que está a acontecer na ocupação russa da Ucrânia, porque sim, é uma tentativa de destruir uma sociedade para apagar a sua, sabe... não só a sua democracia, mas a sua vida cívica. E para a substituir por algo completamente diferente. Chamam-lhe russificação. Costumavam chamar-lhe sovietização. Mas essencialmente, está a colocar uma espécie de estrutura totalitária sobre o que era uma espécie de sociedade viva e aberta.
Mas será que estamos a falar de coisas semelhantes quando comparamos a destruição da sociedade civil, o realismo social, o sistema educativo do bloco soviético durante a Guerra Fria e a Cortina de Ferro com a Rússia atual de Vladimir Putin?
Bem, não estamos a falar exatamente da mesma coisa. E na verdade, até há pouco tempo, pensava que o Putinismo era muito diferente em alguns aspetos. Mas cada vez mais o Putinismo tem semelhanças com a pior era da tirania soviética. E como digo, se olharmos para o sistema que o exército russo está a trazer para a Ucrânia ocupada, então vemos realmente a semelhança, vemos um ataque semelhante a instituições semelhantes, incluindo, por exemplo, também instituições supranacionais, pressão sobre os professores para destruírem os livros escolares ucranianos para não mencionar a história ucraniana, enviando-lhes um currículo de Moscovo. Não está terrivelmente bem organizado, e não é muito competente, mas é extremamente brutal. E isso faz lembrar como, mais uma vez, a União Soviética se comportou nos territórios ocupados na década de 1940.
Nos anos cinquenta, o Ocidente, como referiu no final do capítulo um, aceitou a ideia de uma Europa dividida. Se a Rússia conseguiu vencer no campo de batalha, porque é que o Ocidente não aceitaria AGORA a ideia de uma Ucrânia dividida?
Mas nós aceitámos a ideia de uma Ucrânia dividida. Aceitámo-la em 2014. Aceitámos a ocupação russa da Crimeia, e a ocupação russa de facto de parte do Donbass. Pensámos que isso seria, sabe... seria suficiente. E depois o que aconteceu foi que os russos se reagruparam e voltaram a armar e a invadir. E assim, se queremos que esta guerra acabe desta vez, por outras palavras, se queremos impedir uma nova invasão russa da Ucrânia, ou uma nova invasão russa da Polónia, ou dos Estados Bálticos ou mesmo da Alemanha... Putin é um antigo oficial do KGB que estava destacado na Alemanha Oriental e ainda pensa nessa parte da Alemanha como uma parte natural do império soviético. Então nós, faríamos realmente melhor em derrotá-los agora. Antes que eles se espalhem. Neste sentido, este é um regime diferente do regime estalinista das décadas de 1940 e 1950. É um regime que ainda é muito ambicioso para o território. E é um regime que deixou claro que essas ambições, como eu disse, incluem todas as áreas do antigo Pacto de Varsóvia e da União Soviética. Portanto, se estamos preocupados com isso, então faríamos melhor em derrotá-los antes que eles possam avançar mais.
A propaganda no Bloco de Leste durante a época da Cortina de Ferro ainda tem impacto na forma como os ucranianos e os russos comunicam com as suas audiências nacionais?
Eu não acho, não é exactamente o mesmo. E, sabe, esta é uma nova era e a propaganda e a informação são transmitidas de formas diferentes. A propaganda russa moderna, ao contrário da propaganda soviética, não tenta realmente entusiasmar as pessoas ou fazê-las sair às ruas e marchar a favor do regime. O que ela faz, pelo contrário, é tentar tornar as pessoas apáticas, e persuadi-las a ficarem em casa. Oferece mensagens muito confusas e divididas, de tal forma que parecem concebidas para fazer as pessoas questionarem se existe algo que nunca poderão saber, se existe alguma verdade, e isso e o efeito disso é que a maioria dos russos fica fora da política, não querem de todo participar na política. Por isso, é um pouco diferente dos velhos tempos. Os russos agora não se preocupam em tentar retratar o seu estado como uma espécie de estado ideal, não mostram e não fazem estatísticas sobre a quantidade de cereais colhidos ou algo do género. O seu objectivo é antes persuadir as pessoas de que não há mais nada e que não há nada melhor, e elas não podem esperar qualquer tipo de mudança melhor. Portanto, a natureza da propaganda mudou um pouco.
Como é que estes dois países podem ser reconstruídos, embora se trate de dimensões diferentes de reconstrução?
Bem, penso que se a guerra terminar, por outras palavras, terminar realmente, e sabermos que não vai recomeçar, dentro de dois anos, se chegarmos a uma conclusão real, então não creio que a Ucrânia seja difícil de reconstruir. Penso que os Ucranianos demonstraram através da forma como lutaram e da forma como mantiveram o país unido que o sabem fazer, há ali muito talento. É um país dirigido por gente muito jovem, a maioria das pessoas que dirigem os militares e o governo estão na casa dos 40, ou mesmo dos 30 anos. E penso que será um centro natural para o investimento europeu no futuro, especialmente nas áreas de engenharia tecnológica onde, sabem, surpreenderam realmente as pessoas com o que podem fazer. Por isso, não tenho a certeza se isso será difícil. Quer dizer, a Rússia de certa forma é mais difícil. É um país que depende completamente dos recursos naturais. E sabe, qualquer país que depende de uma única fonte de rendimento, muito mais facilmente cai nos padrões da autocracia, à medida que as pessoas lutam para controlar esses recursos. Mas se a Rússia emerge desta guerra, liderada por pessoas que querem que seja um país normal, ou seja, um país europeu normal que não procura criar ou impor um império aos seus vizinhos, e se a Rússia quer ser integrada com o mundo e com a Europa, o que alguns russos fizeram nos anos 90, mas isso não tem sido realmente o caso desde então... sabe, então penso que há uma hipótese de a Rússia poder ser integrada, ou seja, nada é impossível. Mas tem de haver esta mudança de atitude na Rússia, esta verdadeira mudança de filosofia. Dizerem: "somos um país normal. Não procuramos criar um império. Procuramos integrar-nos com a Europa e com o mundo". Se tivermos isso na Rússia, então talvez haja alguma possibilidade de uma mudança mais positiva.
https://www.tsf.pt/mundo/se-putin-nos-preocupa-entao-o-melhor-e-derrota-lo-antes-que-possa-avancar-mais-15939680.html
Abraço,
Pepe
Querer é poder.
Pepe
Querer é poder.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
China to increase defense spending 7.2%, sets economic growth target of ‘around 5%’ for 2023
O orçamento real deve andar por cima dos 10%...
Os chineses devem agir com mais cautela do que os russos, vão esperar até terem total supremacia para invadir Taiwan sem que ninguém tenha coragem de oferecer resistência.
O orçamento real deve andar por cima dos 10%...
Os chineses devem agir com mais cautela do que os russos, vão esperar até terem total supremacia para invadir Taiwan sem que ninguém tenha coragem de oferecer resistência.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Pare ser ter uma ideia como está e vai ficar o terreno com o derretimento da neve e do gelo.
https://mobile.twitter.com/EetuSeppnen1/status/1632071282899419137
Pedro
https://mobile.twitter.com/EetuSeppnen1/status/1632071282899419137
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Situação de ontem à tarde.
https://mobile.twitter.com/ChuckPfarrer/status/1631681374846328833
Aparentemente, as forças ucranianas receberam ordens para recuarem, pois estavam quase cercadas, tendo apenas uma faixa de cerca de 4 km a oeste, para retirar.
Apesar de quase todos dizerem que Bakhmut não tem valor estratégico, não concordo, pois é um tampão para Kramatorsk e Sloviansk.
Muitas forças, incluindo unidades especiais, foram transferidas de Zaporijia, o que irá atrasar a ofensiva que estava a ser preparada naquela zona, em direcção a Melitopol.
Acredito que em maio/junho, os ucranianos vão ser capazes de contra-atacar.
Pedro
https://mobile.twitter.com/ChuckPfarrer/status/1631681374846328833
Aparentemente, as forças ucranianas receberam ordens para recuarem, pois estavam quase cercadas, tendo apenas uma faixa de cerca de 4 km a oeste, para retirar.
Apesar de quase todos dizerem que Bakhmut não tem valor estratégico, não concordo, pois é um tampão para Kramatorsk e Sloviansk.
Muitas forças, incluindo unidades especiais, foram transferidas de Zaporijia, o que irá atrasar a ofensiva que estava a ser preparada naquela zona, em direcção a Melitopol.
Acredito que em maio/junho, os ucranianos vão ser capazes de contra-atacar.
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Sky NewsCrowd laughs at Russia's foreign minister
Sergei Lavrov faced laughter and groans from the audience as he spoke in New Delhi earlier today.
The Russian foreign minister had asserted that Moscow was not the aggressor in its war in Ukraine, telling the Raisina Dialogue conference: "The war, which we are trying to stop, was launched against us using the Ukraine."
He paused briefly as the crowd laughed at his comments, but then carried on.
The Raisina Dialogue is one of few major international conferences that is still inviting Russian officials, and had allowed an audience with a mix of views.
While Mr Lavrov faced derision at points, he was also applauded when he said there was a "double standard" in questions directed to him about the war when compared with the US's military interventions in past decades.
Oliver Carroll, foreign correspondent for The Economist, commented on Twitter: "These days, Russian FM Lavrov doesn't usually go anywhere near hostile crowds. He underestimated this Indian audience."
Pode ser visto completo aqui (o episódio dá-se por volta dos 28:50).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
As forças ucranianas estão a destruir pontes, provavelmente para retirarem.
Em Vuhledar, as forças russas não conseguiram tomar a cidade, e aparentemente tiveram enormes perdas, incluindo cerca de 130 veículos blindados.
https://twitter.com/UKikaski/status/1631632877514358789

Pedro
Em Vuhledar, as forças russas não conseguiram tomar a cidade, e aparentemente tiveram enormes perdas, incluindo cerca de 130 veículos blindados.
https://twitter.com/UKikaski/status/1631632877514358789
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Cada vez mais, torna-se difícil uma retirada ordenada, só fazendo uma rotura de combate, que é extremamente difícil fazer com pressão do inimigo.

https://twitter.com/AZgeopolitics/status/1631341538205736967
Pedro
https://twitter.com/AZgeopolitics/status/1631341538205736967
Pedro
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Flavc Escreveu:Li alguns tópicos na diagonal mas há uma outra observação que a meu ver é útil realçar. Fico bastante surpreendido com a "fé" que o Homembule e até outros têm nos dados referentes à Rússia e China e ... tutti quanti da mesma laia. Cem por cento credíveis, eheh.
Por outro lado parece-me que quem teve de procurar outras fontes de fornecimento de petróleo, gaz, etc., foram os países da UE e que estão a conseguir colmatar relativamente bem as falhas da Rússia, penso eu de que. Além disso, julgo que os países asiáticos (India, China, ...), já tinham as suas fontes de fornecimento garantidas para as suas necesidades, normalmente com contratos de longo prazo e não é fácil a Rússia substituir, mesmo com reduções significativas de preço.
O que eu não queria era ter uma China e uma Russia em casa e tenho a certeza que num estado decente com gente com gente com boas faculdades mentais esta guerra nem sequer tinha acontecido. Infelizmente o bom senso já foi com os porcos (literalmente) há muito tempo.
O fluxo de oil dos russo claro que nunca ia parar, têm a torneira aberta e ocorreu o natural tiveram de reduzir o preço mesmo assim ainda temos o oil mais caro desde 2014, quase uma década. Independência energética continua inexistente, fizeram troca de diabos.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Uma alternativa interessante aqui, em que cobrem as receitas energéticas em combustíveis fósseis em geral, não apenas crude mas também gás e carvão:

Fonte - https://crea.shinyapps.io/russia_counter/?tab=methodology
E finalmente, para quem estiver interessado em perceber como é que a Europa se tem safado no gás natural, deixo este link com acompanhamento actualizado periodicamente também:
https://www.bruegel.org/dataset/europea ... as-imports
Eu já manifestei a minha opinião antes. Parece-me difícil que a Europa fosse capaz de fazer melhor nestas circunstâncias. Não tem como impedir, num mercado global como é o da energia, as vendas russas para a ásia (India e China). O que podia a Europa fazer? Ambos por motivos económicos mas também estratégicos viram interesse em apoiar a Rússia (apesar de se apresentarem como "neutros") e não hesitaram. Imediatamente a seguir ao início da guerra começaram a comprar petróleo russo a rodos, o que "cancelou" as vendas que cairam drasticamente na Europa para praticamente zero. A Europa fez o seu papel. E dentro disso, não se tem estado a dar mal. O preço do crude voltou para valores de antes da guerra, o que já é um feito bastante razoável. Não tem havido problemas de stock, mesmo no gás em que se chegou a temer um inverno problemático, como se pode ver num dos links que partilho as reservas foram mantidas sempre em níveis elevados. Os preços subiram muito (e já estavam altos) mas entretanto também baixaram. Mais tarde do que no Petróleo, mas também acabaram por baixar. Isto é, na minha óptica, a Europa navegou uma situação difícil com alguns sucesssos e alguns insucessos relativos, tendo em conta as circunstâncias (que ache que nem é preciso estar a descrever). Numa primeira instância, a Rússia inclusivamente beneficiou significativamente da situação, entretanto as coisas corrigiram e não são tão risonhas (as receitas cairam de volta). Mas também não será ao ponto de por a Rússia de rastos. Acho que, quanto muito, se poderá dizer que se impediu que a Rússia continuasse a facturar extra com a guerra e a instabilidade introduzida no mercado energético.
Fonte - https://crea.shinyapps.io/russia_counter/?tab=methodology
E finalmente, para quem estiver interessado em perceber como é que a Europa se tem safado no gás natural, deixo este link com acompanhamento actualizado periodicamente também:
https://www.bruegel.org/dataset/europea ... as-imports
Eu já manifestei a minha opinião antes. Parece-me difícil que a Europa fosse capaz de fazer melhor nestas circunstâncias. Não tem como impedir, num mercado global como é o da energia, as vendas russas para a ásia (India e China). O que podia a Europa fazer? Ambos por motivos económicos mas também estratégicos viram interesse em apoiar a Rússia (apesar de se apresentarem como "neutros") e não hesitaram. Imediatamente a seguir ao início da guerra começaram a comprar petróleo russo a rodos, o que "cancelou" as vendas que cairam drasticamente na Europa para praticamente zero. A Europa fez o seu papel. E dentro disso, não se tem estado a dar mal. O preço do crude voltou para valores de antes da guerra, o que já é um feito bastante razoável. Não tem havido problemas de stock, mesmo no gás em que se chegou a temer um inverno problemático, como se pode ver num dos links que partilho as reservas foram mantidas sempre em níveis elevados. Os preços subiram muito (e já estavam altos) mas entretanto também baixaram. Mais tarde do que no Petróleo, mas também acabaram por baixar. Isto é, na minha óptica, a Europa navegou uma situação difícil com alguns sucesssos e alguns insucessos relativos, tendo em conta as circunstâncias (que ache que nem é preciso estar a descrever). Numa primeira instância, a Rússia inclusivamente beneficiou significativamente da situação, entretanto as coisas corrigiram e não são tão risonhas (as receitas cairam de volta). Mas também não será ao ponto de por a Rússia de rastos. Acho que, quanto muito, se poderá dizer que se impediu que a Rússia continuasse a facturar extra com a guerra e a instabilidade introduzida no mercado energético.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Ucrânia vs Rússia - Escalada de tensão
Flavc, a China e a India (especialmente a India) aumentaram significativamente as suas compras de crude à Russia. Isto tem colmatado o que deixou de vender à Europa. Em termos de receitas, depois de ter subido bastante após o inicio da guerra, entretanto decaiu por vários factores. A Bloomberg, entre outros, tem feito um acompanhamento detalhado dessa evolução, entretanto coloco aqui um par de graficos que serão bastante esclarecedores.



FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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