Caldeirão da Bolsa

Venda do fundo da CGD ameaça derrubar bolsa

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 16/10/2004 16:50

TB detem EDP PTC BCP SON PTM SNC JMT
Visitante
 

..

por Mec* » 16/10/2004 0:07

Boa noite

"A ocorrer, a operação que visa reduzir o défice orçamental deste ano causaria uma depressão nos títulos cotados em bolsa, ao inundar o sistema de negociação com ordens de venda demasiado grandes para serem absorvidas pelo mercado"
:arrow: Todos os dias fundos / grandes investidores se desfazem de posições em determinados titulos, muitas vezes com a mesma simplicidade (ou mais até) que meros traders particulares também o fazem.
Acreditem quando vos digo que 700M€ são muitas vezes meio diazito de trading!

:arrow: Já ouviram falar em passagens? A nossa pequenez leva-nos a pensar que seria uma grande coisa...Se voces tivessem 600M€ de acçoes para vender em bolsa, antes de os "despejar", não iriam tentar arranjar alternativas (saber se existe algum fundo - e se calhar não é preciso ser um uito grande acreditem! - interessado e combinar operações)

Tomem juizo! Pensem um bocadinho antes de lançarem noticias destas! é nestes casos que se deveria talvez exercer alguma "pressão"!

Quero informação financeira de qualidade!
 
Mensagens: 75
Registado: 28/5/2004 13:18

por Visitante » 15/10/2004 23:20

esta "notícia" já tinhas umas semanas, só agoram é q deram por isto?

Isto é uma destruição de valor pura e simples! Transformar investimento em fluxo para despesa corrente. Os anéis estão quase a acabar...

O fundo de pensões dos CTT foi liquidado no Verão do ano transacto. Quanto é q as bolsas subiram desde então?

Isto é entregar o ouro ao bandido. Depois vêm falar de aumentos para os funcionários e redução de IRS para acalmar os pacóvios enquanto os sodomizam. Está quase todo lá dentro!
Visitante
 

Será ???

por Tiger » 15/10/2004 22:26

Mas, se não houver compradores interessados fora do mercado (partindo do princípio que essa seria uma hipótese válida), não haverá outro remédio do que recorrer às sessões normais.
E pelo volume em questão, se tal vier a acontecer, a queda deve ser feia :roll: :roll: :roll:

Se alguém puder adiantar mais alguma coisa sobre a composição do fundo... ...os restantes agradecem :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
Tiger

______________________________________________________________________________________________________
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 221
Registado: 18/6/2004 15:14
Localização: Seixal

por mvbb » 15/10/2004 11:56

Mas a venda das acções não deve ser feita fora do mercado?

A venda das acções do bcp que a cgd tinha foi realizada fora do mercado a investidores institucionais.

Embora, caso os preços sejam abaixo dos preços de mercado e se saiba, as acções deve realmente cair, tal como aconteceu c/ as acções do bcp que a cgd vendeu as suas a 1,75 (quando o preço de mercado era 1,84).
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 292
Registado: 15/2/2004 21:20

Venda do fundo da CGD ameaça derrubar bolsa

por TRSM » 15/10/2004 8:53

Venda do fundo da CGD ameaça derrubar bolsa
A eventual transferência do fundo de pensões da Caixa Geral de Depósitos para a esfera da Caixa Geral de Aposentações poderá desencadear uma derrocada do mercado accionista nacional com consequências difíceis de medir.

--------------------------------------------------------------------------------

Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt



A eventual transferência do fundo de pensões da Caixa Geral de Depósitos para a esfera da Caixa Geral de Aposentações poderá desencadear uma derrocada do mercado accionista nacional com consequências difíceis de medir.

O facto do Governo só poder recorrer a esta medida extraordinária através da entrada de dinheiro e de títulos de dívida – por forma a ser contabilizada como receita do Estado – obrigaria os gestores do fundo de pensões da CGD a desfazer-se de parte 2,5 mil milhões de euros em aplicações financeiras num curto espaço de tempo.

A ocorrer, a operação que visa reduzir o défice orçamental deste ano causaria uma depressão nos títulos cotados em bolsa, ao inundar o sistema de negociação com ordens de venda demasiado grandes para serem absorvidas pelo mercado. Segundo apurou o Jornal de Negócios, cerca de 27% do fundo, ou 675 milhões de euros, estão alocados a acções nacionais e estrangeiras.


«Quando aparece um investidor institucional dessa dimensão a assumir uma posição claramente vendedora, o sinal que está a dar ao mercado é muito negativo», explicou ao Jornal de Negócios, Francisco Garcia dos Santos, presidente da Associação Portuguesa de Corretoras (APC). «Porque a expectativa que cria no mercado é a de que as cotações vão cair no curto prazo», acrescentou.

Maioria esmagadora dos trabalhadores contra
Os colaboradores da maior instituição financeira nacional, que descontam todos os meses 10% do seu salário para o fundo, foram rápidos em expressar o seu descontentamento perante a perspectiva de passarem ao regime geral de pensões (verificar informação sobre regime geral) do Estado.

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresa do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) convocou uma greve para dia 29 de Outubro, por considerar que a passagem do rentável fundo para a deficitária CGA se vai reflectir na deterioração das suas reformas e que a mesma serve interesses pontuais do Estado.

A Comissão de Trabalhadores da CGD, que representa os 11 mil funcionários do banco, fez passar pelos trabalhadores um abaixo assinado contra a transferência do fundo, tendo recolhido cerca de oito mil assinaturas num espaço de uma semana.

«A proposta de Bagão Félix não só prejudica os trabalhadores, como o próprio país», afirmou Palmira Areal, membro da Comissão de Trabalhadores da CGD, em declarações ao Jornal de Negócios, apontando o dedo à ilegalidade da transferência.

Segundo o aviso 12/2001 do Banco de Portugal, os bancos «devem assegurar o financiamento das suas responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência exclusivamente através de fundos de pensões, salvaguardada a existência de contratos de seguro, subscritos anteriormente à entrada em vigor do aviso nº 6/95, para cobertura de pensões já em pagamento ou de contratos de seguro ou resseguro subscritos no âmbito do nº 2 do artigo 29.º do Decreto-Lei nº 475/99.

Ao abrigo deste aviso do regulador do sector, a extinção do fundo de pensões da CGD seria «ilegal», segundo Palmira Areal. A responsável diz que o Governo pode fazer uma interpretação do aviso que lhe permita contornar a obrigatoriedade de existência do fundo.

«O Banco de Portugal poderá autorizar que a cobertura de responsabilidades por encargos com pensões de reforma e de sobrevivência e o seu reconhecimento contabilístico seja efectuada fora das condições fixadas no presente aviso, mediante pedido devidamente fundamentado das instituições», lê-se no aviso.

Palmira Areal sublinhou a «atitude irresponsável» do Governo que «vai ter consequências negativas que, nesta altura, ainda não se conseguem medir». Fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos, quando contactada pelo Jornal de Negócios, remeteu qualquer informação para a tutela do Ministério das Finanças.

O problema do tempo
Este exercício financeiro, sobre o qual o Governo ainda não tomou uma decisão final, não seria o primeiro do género a ser utilizado por um Executivo por forma a garantir o cumprimento do limite de 3% do PIB imposto por Bruxelas para o défice orçamental.

A equipa liderada por Durão Barroso usou um processo semelhante no ano passado, quando a então ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite, decidiu transferir o fundo de pensões dos CTT para a CGA.

Mas ao contrário deste ano, a operação que forçou a venda de 1,3 mil milhões de euros de activos financeiros foi desencadeada no Verão, dando suficiente tempo à entidade gestora do fundo para se ir desfazendo das posições suavemente, evitando perturbações no mercado de capitais. Para além disso, o fundo dos CTT valia, no final do ano passado, cerca de metade do valor do fundo da CGD.

«Com um ‘deadline’ mais apertado, o fundo teria uma maior dificuldade em vender, exercendo uma pressão brutal no lado da oferta», declarou Garcia dos Santos, que também é presidente da Fincor, sociedade corretora controlada pelo Grupo Banco Português de Negócios (BPN).

«Dinheiro que entra já está gasto»

A questão não se colocaria se as receitas resultantes da liquidação do fundo, ao entrarem na Caixa Geral de Aposentações, pudessem ser de novo aplicadas em activos financeiros num perfil de investimento semelhante ao seguido pelo fundo de pensões da CGD, diz Garcia dos Santos.

Mas a situação deficitária da CGA não dá espaço à criação de uma almofada financeira que permita a sua capitalização. A CGA tem apenas uma pequena reserva de aplicações em tesouraria, factor que deita por terra a possibilidade da transferência ter um impacto neutro no mercado de capitais.

«Quando e se o dinheiro (resultante da liquidação do fundo) entrar na CGA, ele já está gasto», explicou ao Jornal de Negócios Carlos Pereira da Silva, ex-presidente do Instituto de Gestão dos Fundos de Capitalização da Segurança Social e relator do Livro Branco da Segurança Social.

O economista e professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) acrescenta que «é o mesmo que utilizar o dinheiro das aplicações que garantem responsabilidades no longo prazo para colmatar necessidades de curto prazo, hipotecando o futuro das pensões dos trabalhadores da CGD.

Novabase e Brisa em três meses

Cotações da Brisa, BPI e Novabase em risco
A composição do fundo de pensões da CGD é um segredo bem guardado, mas o Jornal de Negócios, ao consultar a listagem de participações qualificadas em empresas publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), apurou que companhias como a Brisa, o Banco BPI e a Novabase são participações incluídas na lista de activos.

O fundo é o terceiro maior accionista da concessionária de auto-estradas, com 5,02% do capital traduzidos numa participação avaliada, a preços de mercado, em cerca de 195 milhões de euros. O limite temporal para a operação levaria a que as 30,14 milhões de acções encontrassem um comprador até final do ano.

Com 53 sessões de bolsa até 31 de Dezembro, se o fundo tivesse ordem do Governo para actuar de imediato, ver-se-ia confrontado com a necessidade de vender uma média diária de 568,7 mil acções. Este valor contrasta com a média de 1,1 milhões de papéis por dia que a empresa liderada por Vasco de Mello negociou desde o início do ano.

No caso do Banco BPI, a posição detida é de 1,43%, ou 32,68 milhões de euros expressos em 10,75 milhões de acções. O que significa a pressão de vender, em média, 200 mil títulos por sessão, quando o actual volume acumulado no ano é de 713 mil papéis por dia.

A Novabase, que das três empresas é a que tem a liquidez mais reduzida, é controlada em 4,54% pelo fundo. Ou seja, seria preciso colocar 1,28 milhões de acções no mercado até final do ano a um ritmo de 24 mil por dia, quando a média diária ronda os 19 mil títulos.

Uma decisão política

A liquidação do fundo necessária à sua transferência para a CGA é uma questão delicada. O ministro das Finanças admite a possibilidade de avançar com a operação, mas precisa do aval da Comissão Europeia para poder contabilizá-la como uma receita do Estado.

Enquanto Bruxelas estuda o caso, Bagão Félix já sugeriu que a medida poderá mesmo ser alargada a outros fundos de pensões de empresas estatais, como a gestora dos aeroportos nacionais ANA.

O Jornal de Negócios tentou falar com o Ministério das Finanças, mas não foi possível obter um comentário. Apesar da decisão de Bagão Félix não ser definitiva, a polémica está desde já instalada.


CN
 
Mensagens: 23939
Registado: 5/11/2002 11:30
Localização: 4


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: AlfaTrader, Bing [Bot], BullDuck, edufarinhoto, Google Adsense [Bot], latbal, m-m, malakas, Massao1, OCTAMA, PAULOJOAO, PMP69, TTM62 e 70 visitantes