Novo artigo: "A corrida ao ouro negro"
É pena que esse produto não tenha estado disponível a tempo, realmente.
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De resto, eu disse que as análises sem um timing muito exacto não servem para futuros. Não disse que as análises não servem para um monte de outros produtos, porque obviamente servem. Analisar é sempre preferível a actuar com o coração.
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Pois, mas vão existir, já foram anunciadas. E eu sabía disse e como pretendía negocia-los analisei o crude mais atentamente nas duas ultimas semanas.
Infelizmente (para mim) o crude «mexeu-se» ainda antes dos ditos cujos saírem.
Haverá outras oportunidades, sou um trader paciente...
Infelizmente (para mim) o crude «mexeu-se» ainda antes dos ditos cujos saírem.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
É verdade, com opções pode-se esperar um pouco mais, embora dependa muito do preço.
Eu próprio procurei opções sobre o crude mas infelizmente não as achei (embora saiba que existam). Tb não procurei o suficiente...
Eu próprio procurei opções sobre o crude mas infelizmente não as achei (embora saiba que existam). Tb não procurei o suficiente...
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Incognitus Escreveu:O problema do crude e dos futuros em geral, é que não basta prever ou equacionar quedas, é preciso abrir as posições também, e quando elas se abrem qualquer movimento contrário fica a parecer o fim do mundo e o retornar da tendência altista.
Por exemplo, o artigo do MA a falar de quedas possíveis daí a 1-2 semanas - e chamando a isso "iminentes" - (e de facto foram iminentes, deram-se daí a horas), não serve para o trading numa commodity que em 1-2 semanas te arrasa psicologicamente, a menos que a posição tomada seja ínfima.
Tal não corresponde à realidade...
Estarão disponíveis bem dentro de pouco tempo no mercado nacional warrants (emitidos pelo BCP) sobre o crude. Eu estava a aguardar a saída desses warrants (anunciaram que estaríam cá fora antes do final do mês) para tomar precisamente uma posição pequena nesses warrants (em warrants put) que neste caso não são tão perigosos em termos de timing como os Futuros ou CFD's.
Poder-me-ía dar perfeitamente ao luxo de aguardar uma ou duas semanas e os movimentos intercalares pouca mossa faríam. Se o movimento se desse dentro da janela temporal que propus sairía facilmente ganhador e sem grande stress (ao contrário do que podería ocorrer com Futuros e CFD's).
A vantagem dos warrants é precisamente essa dado que as perdas estão limitadas logo de início (ao contrário dos Futuros e CFD's) o que neste caso, apesar da perda de valor temporal dos warrants (numa ou duas semanas não sería significativo) constitui uma grande vantagem para os warrants anulando o problema que referes.
Infelizmente ainda não detinha a posição porque os ditos cujos ainda não estão cá fora (pelo menos que eu os tenha visto na minha corretora e tb ainda não vi anunciada oficialmente a saída no site do BCP e fui lá há dois ou tres dias).
Fica a correcção, incognitus.

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Uma tendência tão forte e violenta como esta do crude, não acaba sem que depois de uma primeira queda, o mercado não tente uma recuperação e o retorno da mesma. A minha estratégia passa por esperar por esse momento e depois começar a definir no gráfico os suportes que funcionarão como pontos de activação dos meus curtos.
Claro que custa ver o movimento de ontem e eu de fora, mas apanhar topos e fundos tem riscos enormes, sobretudo porque os "spikes" finais costumam ser de uma violência enorme.
Um abraço,
Ulisses
Claro que custa ver o movimento de ontem e eu de fora, mas apanhar topos e fundos tem riscos enormes, sobretudo porque os "spikes" finais costumam ser de uma violência enorme.
Um abraço,
Ulisses
Claro. Nem eu disse que não, apenas disse que nos futuros e nas commodities ou o timing é excelente, ou então de nada servem as análises.
Alternativamente, tem que se adoptar uma postura defensiva tipo posições pequenas e lentamente crescentes (o que eu faço).
Ou seja, a análise torna-se útil, mas a forma de negociar não pode ser "all out".
Isto para quem está a ir contra a tendência. Para quem vai a favor é comprar e rezar que não acabe ali. E comprar os dips. O que normalmente me afasta de estar do lado da tendência, é que quando notammos que existe uma tendência fortíssima, já ela vai longa, e já o risco do lado da tendência é enorme. Ou se compreendem muito bem as razões dessa tendência, ou arriscamos a ser um dos "fools" que a alimenta e que nela vai perder dinheiro.
Alternativamente, tem que se adoptar uma postura defensiva tipo posições pequenas e lentamente crescentes (o que eu faço).
Ou seja, a análise torna-se útil, mas a forma de negociar não pode ser "all out".
Isto para quem está a ir contra a tendência. Para quem vai a favor é comprar e rezar que não acabe ali. E comprar os dips. O que normalmente me afasta de estar do lado da tendência, é que quando notammos que existe uma tendência fortíssima, já ela vai longa, e já o risco do lado da tendência é enorme. Ou se compreendem muito bem as razões dessa tendência, ou arriscamos a ser um dos "fools" que a alimenta e que nela vai perder dinheiro.
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Incognitus, eu percebo tudo aquilo que tu dizes e estou de acordo. Quem negoceia futuros tem que levar muita coisa em conta, para além da simples análise.
O Marco António responderá por ele, se assim o entender. Mas lendo o seu tópico, não vejo mais do que uma simples e bem fundamentada análise.
Eu, neste momento, não negoceio futuros mas, apesar disso, também posso fazer uma análise, ou não?
Abraço,
semprefrio
O Marco António responderá por ele, se assim o entender. Mas lendo o seu tópico, não vejo mais do que uma simples e bem fundamentada análise.
Eu, neste momento, não negoceio futuros mas, apesar disso, também posso fazer uma análise, ou não?

Abraço,
semprefrio
O problema do crude e dos futuros em geral, é que não basta prever ou equacionar quedas, é preciso abrir as posições também, e quando elas se abrem qualquer movimento contrário fica a parecer o fim do mundo e o retornar da tendência altista.
Por exemplo, o artigo do MA a falar de quedas possíveis daí a 1-2 semanas - e chamando a isso "iminentes" - (e de facto foram iminentes, deram-se daí a horas), não serve para o trading numa commodity que em 1-2 semanas te arrasa psicologicamente, a menos que a posição tomada seja ínfima.
E depois dá-se o outro fenómeno. Aquilo estava a $55. Quem quiser shortar agora shorta a $51.80. Enquanto se toma ou não a decisão, o risco da própria decisão aumenta. As duas últimas vezes que aquilo veio aos $51s voltou aos $55 em 2 dias. E se não houver duas sem três?
Eu por mim mantenho-me curto, mas com uma posição bastante menor do que a que tinha a $55.
Por exemplo, o artigo do MA a falar de quedas possíveis daí a 1-2 semanas - e chamando a isso "iminentes" - (e de facto foram iminentes, deram-se daí a horas), não serve para o trading numa commodity que em 1-2 semanas te arrasa psicologicamente, a menos que a posição tomada seja ínfima.
E depois dá-se o outro fenómeno. Aquilo estava a $55. Quem quiser shortar agora shorta a $51.80. Enquanto se toma ou não a decisão, o risco da própria decisão aumenta. As duas últimas vezes que aquilo veio aos $51s voltou aos $55 em 2 dias. E se não houver duas sem três?
Eu por mim mantenho-me curto, mas com uma posição bastante menor do que a que tinha a $55.
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Ulisses, ainda equacionas o curto?
olhando apenas para o gráfico, uma entrada curta não deixa de dar um friozinho na barriga. Uma eventual entrada tinha que que ser com um target bem definido.
Abraço,
semprefrio
olhando apenas para o gráfico, uma entrada curta não deixa de dar um friozinho na barriga. Uma eventual entrada tinha que que ser com um target bem definido.
Abraço,
semprefrio
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Olha, Ulisses, também eu sugiro-te calma.
Esta questão está mal resolvida e passa por um paradoxo: o preço exagerado do petróleo resulta na sua própria queda.
Uma elevação de preços ainda maior dará azo a um clima pré-recessivo (se calhar já estamos nele), o qual acabará inevitavelmente por causar um colapso nos preços.
Todavia podes observar valores de referência interessantes, em que a quebra de 55 USD pode levar a 58 - 60 USD !!
Mas um recuo a 52 deve suportar as quedas. Se assim for, há posições longas que se abrem. Se não suportar, temos um recuo maior em perspectiva, até 50 - 48 e no limite a zona entre 45 a 42 !!
Um abraço
dj
Esta questão está mal resolvida e passa por um paradoxo: o preço exagerado do petróleo resulta na sua própria queda.
Uma elevação de preços ainda maior dará azo a um clima pré-recessivo (se calhar já estamos nele), o qual acabará inevitavelmente por causar um colapso nos preços.
Todavia podes observar valores de referência interessantes, em que a quebra de 55 USD pode levar a 58 - 60 USD !!
Mas um recuo a 52 deve suportar as quedas. Se assim for, há posições longas que se abrem. Se não suportar, temos um recuo maior em perspectiva, até 50 - 48 e no limite a zona entre 45 a 42 !!
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Depois de no início desta semana, com o fim do vencimento do contrato deste mês, o crude ter caido bastante em dois dias, volta agora a recuperar rapidamente e estamos, de novo, a escassos ticks dos 55 dólares.
Nem as declarações sobre o aumento da produção ainda este ano, fazem o crude abrandar. Eu continuo a ver esta onda de euforia em torno do crude a crescer e quase que preciso de amarrar as minhas mãos para não abrir antes do tempo a posição curta que desejo ter. E qual será o momento certo? Essa é a grande questão, mas o ideal seria um "spike" final, onde toda a euforia seria bem visível. Infelizmente, raramente existem as condições perfeitas para os trades que nós sonhamos...
Um abraço,
Ulisses
Nem as declarações sobre o aumento da produção ainda este ano, fazem o crude abrandar. Eu continuo a ver esta onda de euforia em torno do crude a crescer e quase que preciso de amarrar as minhas mãos para não abrir antes do tempo a posição curta que desejo ter. E qual será o momento certo? Essa é a grande questão, mas o ideal seria um "spike" final, onde toda a euforia seria bem visível. Infelizmente, raramente existem as condições perfeitas para os trades que nós sonhamos...
Um abraço,
Ulisses
Choques Petrolíferos e Recessão
Por PEDRO MATOS BRANCO
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
O preço do petróleo subiu na semana passada para perto de 55 dólares por barril no mercado de Nova Iorque, fazendo ressurgir o espectro de recessão nas economias industrializadas. Esta subida assentou não só nas condições experimentadas no mercado, com razões do lado da procura e do lado da oferta, mas também nos reflexos da ocorrência de factores diversificados. A aceleração do crescimento da actividade nos Estados Unidos e, em particular, a manutenção de um elevado ritmo de expansão da China têm proporcionado um aumento da procura de petróleo, cuja satisfação começa a revelar dificuldades crescentes, uma vez que não se deu, nos últimos anos, a devida atenção aos investimentos em infra-estruturas de extracção e refinação. Refira-se que, só em 2003, a procura dirigida à OPEP foi 15 vezes superior ao crescimento da capacidade global de refinação.
Por outro lado, a instabilidade vivida no Médio Oriente, os riscos de ataques terroristas a instalações petrolíferas, as perturbações políticas na Venezuela, os problemas sociais e laborais da Nigéria, a crise da empresa petrolífera russa Iukos, as consequências na produção da grande instabilidade climatérica na região do Golfo do México e, por último, a forte investida dos "hedge funds" neste mercado, constituíram igualmente motivos bastantes para a recente escalada no preço do petróleo.
Dado este quadro, ocorre perguntar: será o actual patamar de preços do crude consentâneo com uma recuperação continuada da actividade económica ou corre-se inevitavelmente o risco, como no passado, de resvalar para situações recessivas?
Não há uma resposta concludente a esta questão, mas existe a percepção de que quer a conjuntura quer o estado das economias são diferentes das existentes nos choques anteriores. De um modo geral, a intensidade de variação do preço do petróleo foi maior no passado do que agora. No choque de 1973, o preço quase triplicou em cerca de seis meses (ao passar de 3,5 dólares para 10 dólares por barril), no choque de 1979 quase triplicou (de 11 para 30 dólares) em cerca de dois anos, com grande parte da subida a ocorrer naquele ano, e, no choque de 1990, dobrou (de 20 para 40 dólares) em apenas três meses. Na actualidade, o preço do crude subiu cerca de 68 por cento desde o início do ano, tendo duplicado em 13 meses. Por outro lado, e no caso da economia norte-americana, os choques petrolíferos anteriores foram precedidos por conjunturas inflacionistas e por actuações restritivas da política monetária. Em 1973, a subida de preços decorrente de uma política de salários muito frouxa obrigou a Reserva Federal a elevar para o dobro a taxa "fed funds", situação que se tornou particularmente gravosa na crise de 1979 com subidas de 500 pontos base antes do choque, seguida de mais 500 pontos base após o choque (a taxa "fed funds" atingiu 20 por cento). Em 1990, a política monetária já não era restritiva, mas a economia estava em desaceleração, com a confiança dos empresários e consumidores muito debilitada, dada a Guerra do Golfo. A situação presente é diferente: a inflação está relativamente controlada, particularmente a "core" (1,9 por cento), a política monetária ainda não se pode considerar restritiva, dado o nível em que se encontra a taxa "fed funds" (1,75 por cento) e o mercado de trabalho é claramente mais flexível que no passado, constituindo um factor de acomodação. Com excepção deste último ponto, a situação que experimenta a Zona Euro é similar à dos EUA. Por outro lado, a dependência energética é bastante menor do que a que se verificava nos anos setenta. Estima-se que, para o conjunto da OCDE, as necessidades de energia para a produção equivalente de um dólar tenha caído para metade desde 1973.
Neste contexto, embora a permanência com carácter duradouro do preço do petróleo acima dos 50 dólares por barril gere preocupações fundadas quanto aos riscos de perturbações nos mercados e na actividade, os perigos de se resvalar para uma conjuntura recessiva são bem menores do que no passado.
*Economista Sénior do BES
Por PEDRO MATOS BRANCO
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
O preço do petróleo subiu na semana passada para perto de 55 dólares por barril no mercado de Nova Iorque, fazendo ressurgir o espectro de recessão nas economias industrializadas. Esta subida assentou não só nas condições experimentadas no mercado, com razões do lado da procura e do lado da oferta, mas também nos reflexos da ocorrência de factores diversificados. A aceleração do crescimento da actividade nos Estados Unidos e, em particular, a manutenção de um elevado ritmo de expansão da China têm proporcionado um aumento da procura de petróleo, cuja satisfação começa a revelar dificuldades crescentes, uma vez que não se deu, nos últimos anos, a devida atenção aos investimentos em infra-estruturas de extracção e refinação. Refira-se que, só em 2003, a procura dirigida à OPEP foi 15 vezes superior ao crescimento da capacidade global de refinação.
Por outro lado, a instabilidade vivida no Médio Oriente, os riscos de ataques terroristas a instalações petrolíferas, as perturbações políticas na Venezuela, os problemas sociais e laborais da Nigéria, a crise da empresa petrolífera russa Iukos, as consequências na produção da grande instabilidade climatérica na região do Golfo do México e, por último, a forte investida dos "hedge funds" neste mercado, constituíram igualmente motivos bastantes para a recente escalada no preço do petróleo.
Dado este quadro, ocorre perguntar: será o actual patamar de preços do crude consentâneo com uma recuperação continuada da actividade económica ou corre-se inevitavelmente o risco, como no passado, de resvalar para situações recessivas?
Não há uma resposta concludente a esta questão, mas existe a percepção de que quer a conjuntura quer o estado das economias são diferentes das existentes nos choques anteriores. De um modo geral, a intensidade de variação do preço do petróleo foi maior no passado do que agora. No choque de 1973, o preço quase triplicou em cerca de seis meses (ao passar de 3,5 dólares para 10 dólares por barril), no choque de 1979 quase triplicou (de 11 para 30 dólares) em cerca de dois anos, com grande parte da subida a ocorrer naquele ano, e, no choque de 1990, dobrou (de 20 para 40 dólares) em apenas três meses. Na actualidade, o preço do crude subiu cerca de 68 por cento desde o início do ano, tendo duplicado em 13 meses. Por outro lado, e no caso da economia norte-americana, os choques petrolíferos anteriores foram precedidos por conjunturas inflacionistas e por actuações restritivas da política monetária. Em 1973, a subida de preços decorrente de uma política de salários muito frouxa obrigou a Reserva Federal a elevar para o dobro a taxa "fed funds", situação que se tornou particularmente gravosa na crise de 1979 com subidas de 500 pontos base antes do choque, seguida de mais 500 pontos base após o choque (a taxa "fed funds" atingiu 20 por cento). Em 1990, a política monetária já não era restritiva, mas a economia estava em desaceleração, com a confiança dos empresários e consumidores muito debilitada, dada a Guerra do Golfo. A situação presente é diferente: a inflação está relativamente controlada, particularmente a "core" (1,9 por cento), a política monetária ainda não se pode considerar restritiva, dado o nível em que se encontra a taxa "fed funds" (1,75 por cento) e o mercado de trabalho é claramente mais flexível que no passado, constituindo um factor de acomodação. Com excepção deste último ponto, a situação que experimenta a Zona Euro é similar à dos EUA. Por outro lado, a dependência energética é bastante menor do que a que se verificava nos anos setenta. Estima-se que, para o conjunto da OCDE, as necessidades de energia para a produção equivalente de um dólar tenha caído para metade desde 1973.
Neste contexto, embora a permanência com carácter duradouro do preço do petróleo acima dos 50 dólares por barril gere preocupações fundadas quanto aos riscos de perturbações nos mercados e na actividade, os perigos de se resvalar para uma conjuntura recessiva são bem menores do que no passado.
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Petróleo Exuberante
Por *DIRECTOR ESPIRITO SANTO SECURITIES
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
Depois de uma semana em que os mercados tiveram grande dificuldade em assumir tendências, sinal da falta de visibilidade que os caracteriza por esta altura, nos próximos dias as atenções vão continuar muito concentradas na apresentação de resultados nos EUA. Na vertente macro-económica, e depois de na sexta-feira o índice de preços no produtor ter vindo mais forte do que o esperado, a prioridade será dada ao índice de preços no consumidor. Tentar aferir da capacidade das empresas passarem o aumento de custos para o consumidor, e por consequência saber o que esperar em termos de inflação no futuro, é tido por crucial nesta altura. Sempre presente, e determinante para o desempenho do mercado, continuará a ser o preço do petróleo. São cada vez em maior número as vozes a expressar preocupação acerca do impacto que a actual exuberância do crude poderá vir a ter sobre o crescimento das economias. Em pano de fundo, o empate técnico em que parecem estar as candidaturas à presidência norte-americana contribui também para alimentar a incerteza que domina os mercados e que teima em adiar a, noutras condições expectável, tendência de subida nos últimos meses de cada ano.
Por *DIRECTOR ESPIRITO SANTO SECURITIES
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
Depois de uma semana em que os mercados tiveram grande dificuldade em assumir tendências, sinal da falta de visibilidade que os caracteriza por esta altura, nos próximos dias as atenções vão continuar muito concentradas na apresentação de resultados nos EUA. Na vertente macro-económica, e depois de na sexta-feira o índice de preços no produtor ter vindo mais forte do que o esperado, a prioridade será dada ao índice de preços no consumidor. Tentar aferir da capacidade das empresas passarem o aumento de custos para o consumidor, e por consequência saber o que esperar em termos de inflação no futuro, é tido por crucial nesta altura. Sempre presente, e determinante para o desempenho do mercado, continuará a ser o preço do petróleo. São cada vez em maior número as vozes a expressar preocupação acerca do impacto que a actual exuberância do crude poderá vir a ter sobre o crescimento das economias. Em pano de fundo, o empate técnico em que parecem estar as candidaturas à presidência norte-americana contribui também para alimentar a incerteza que domina os mercados e que teima em adiar a, noutras condições expectável, tendência de subida nos últimos meses de cada ano.
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Greenspan "Põe Água na Fervura"
Por ANABELA CAMPOS
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
O influente presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan, veio na sexta-feira "pôr água na fervura" em relação ao impacte da subida do preço do petróleo na "saúde" da maior economia do mundo, mas os investidores continuam muito preocupados com o próximo ano e com o desempenho dos mercados. E não são os únicos. Também na sexta-feira, a agência Bloomberg veio afirmar que apurou que a Comissão Europeia irá baixar a sua previsão de crescimento para a Zona Euro em 2005 devido à alta dos preços do petróleo de 2,3 para 2,1 por cento.
Eventualmente para "acalmar os ânimos", Greenspan veio dizer aos mercados que os preços de petróleo não estão suficientemente altos para fazer disparar a inflação e abrandar o crescimento económico, como aconteceu em anteriores choques petrolíferos. "O impacto da actual escalada dos preços do petróleo, apesar de apreciável, é susceptível de provocar menos consequências no crescimento económico e na inflação do que nos anos 70", afirmou Greenspan. "O risco de consequências negativas mais sérias pode intensificar-se se os preços continuarem a subir significativamente", acrescentou. Em 1974, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano recuou 0,5 por cento e em 1975 desceu 0,2 por cento, enquanto a inflação subiu 12 e 6,9 por cento, respectivamente. Este ano, a economia norte-americana cresceu 3,3 por cento no segundo trimestre e pode chegar aos quatro por cento no último trimestre, segundo vários analistas contactados pela Bloomberg. Mas alguns analistas, lembrando que o crude atingiu na quinta-feira em Nova Iorque o valor recorde de 54,88 dólares por barril, admitem que há uma bolha especulativa no petróleo que não pára de ser "alimentada", o que está a deixar as bolsas demasiado vulneráveis e os investidores menos atraídos pelo investimento em bolsa.
Por ANABELA CAMPOS
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2004
O influente presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan, veio na sexta-feira "pôr água na fervura" em relação ao impacte da subida do preço do petróleo na "saúde" da maior economia do mundo, mas os investidores continuam muito preocupados com o próximo ano e com o desempenho dos mercados. E não são os únicos. Também na sexta-feira, a agência Bloomberg veio afirmar que apurou que a Comissão Europeia irá baixar a sua previsão de crescimento para a Zona Euro em 2005 devido à alta dos preços do petróleo de 2,3 para 2,1 por cento.
Eventualmente para "acalmar os ânimos", Greenspan veio dizer aos mercados que os preços de petróleo não estão suficientemente altos para fazer disparar a inflação e abrandar o crescimento económico, como aconteceu em anteriores choques petrolíferos. "O impacto da actual escalada dos preços do petróleo, apesar de apreciável, é susceptível de provocar menos consequências no crescimento económico e na inflação do que nos anos 70", afirmou Greenspan. "O risco de consequências negativas mais sérias pode intensificar-se se os preços continuarem a subir significativamente", acrescentou. Em 1974, o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano recuou 0,5 por cento e em 1975 desceu 0,2 por cento, enquanto a inflação subiu 12 e 6,9 por cento, respectivamente. Este ano, a economia norte-americana cresceu 3,3 por cento no segundo trimestre e pode chegar aos quatro por cento no último trimestre, segundo vários analistas contactados pela Bloomberg. Mas alguns analistas, lembrando que o crude atingiu na quinta-feira em Nova Iorque o valor recorde de 54,88 dólares por barril, admitem que há uma bolha especulativa no petróleo que não pára de ser "alimentada", o que está a deixar as bolsas demasiado vulneráveis e os investidores menos atraídos pelo investimento em bolsa.
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Anonymous Escreveu:http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/3701486.stm
Para o zeloso visitante, acho que encontrei a solução para o seguinte problema:
"Today China has 10 million private cars - by 2020 that number will be 120 million."
A solução está aqui:
http://www.elex.camosun.bc.ca/Projects/2004/hvt/hvt.htm
Abraço e atenção ao cesto onde coloca os ovos,

semprefrio
Permitam-me sublinhar o seguinte:
Isto reforça a tese de que não há fundamentais que justifiquem a actual subida de preços, sendo esta, como já aqui disse, meramente especulativa.
In summary, much of world oil supplies reside in potentially volatile areas of the world. Improving technology is reducing the energy intensity of industrial countries, and presumably recent oil price increases will accelerate the pace of displacement of energy-intensive production facilities. If history is any guide, oil will eventually be overtaken by less-costly alternatives well before conventional oil reserves run out. Indeed, oil displaced coal despite still vast untapped reserves of coal, and coal displaced wood without denuding our forest lands.
Isto reforça a tese de que não há fundamentais que justifiquem a actual subida de preços, sendo esta, como já aqui disse, meramente especulativa.
Cumprimentos,
Touro
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Vamos ver qual o efeito destas palavras.
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Remarks by Chairman Alan Greenspan
Oil
To the National Italian American Foundation, Washington, D.C.
October 15, 2004
Owing to the current turmoil in oil markets, a number of analysts have raised the specter of the world soon running out of oil. This concern emerges periodically in large measure because of the inherent uncertainty of estimates of worldwide reserves. Such episodes of heightened anxiety about pending depletion date back a century and more. But, unlike past concerns, the current situation reflects an increasing fear that existing reserves and productive crude oil capacity have become subject to potential geopolitical adversity. These anxieties patently are not frivolous given the stark realities evident in many areas of the world.
While there are concerns of seeming inadequate levels of investment to meet expected rising world demand for oil over coming decades, technology, given a more supportive environment, is likely to ensure the needed supplies, at least for a very long while.
Notwithstanding the recent paucity of discoveries of new major oil fields, innovation has proved adequate to meet ever-rising demands for oil. Increasingly sophisticated techniques have facilitated far deeper drilling of promising fields, especially offshore, and have significantly increased the average proportion of oil reserves eventually brought to the surface. During the past decade, despite more than 250 billion barrels of oil extracted worldwide, net proved reserves rose in excess of 100 billion barrels. That is, gross additions to reserves have significantly exceeded the extraction of oil the reserves replaced. Indeed, in fields where, two decades ago, roughly one-third of the oil in place ultimately could be extracted, almost half appears to be recoverable today. I exclude from these calculations the reported vast reserves of so-called unconventional oils such as Canadian tar sands and Venezuelan heavy oil.
Gains in proved reserves have been concentrated among OPEC members, though proved reserves in the United States, for the most part offshore, apparently have risen slightly during the past five years. The uptrend in world proved reserves is likely to continue at least for awhile. Oil service firms still report significant involvement in reservoir extension and enhancement. Nonetheless, growing uncertainties about the long-term security of world oil production, especially in the Middle East, have been pressing oil prices sharply higher.
These heightened worries about the reliability of supply have led to a pronounced increase in the demand to hold larger precautionary inventories of oil. In addition to the ongoing endeavors of the oil industry to build inventories, demand from investors who have accumulated large net long positions in distant oil futures and options is expanding once again. Such speculative positions are claims against future oil holdings of oil firms. Currently, strained capacity has limited the ability of oil producers to quickly satisfy this markedly increased demand for inventory.
Adding to the difficulties is the rising consumption of oil, especially in China and India, both of which are expanding economically in ways that are relatively energy intensive. Even the recent notable pickup in OPEC output, by exhausting most of its remaining excess capacity, has only modestly satisfied overall demand. Output from producers outside OPEC has also increased materially, but investment in new producing wells has lagged, limiting growth of production in the near term.
Crude oil prices are also being distorted by shortages of capacity to upgrade the higher sulphur content and heavier grades of crude oil. Over the years, increasing demand for the environmentally desirable lighter grades of oil products has pressed refiners to upgrade the heavier crude oils, which compose more than two-thirds of total world output. But refiners have been only partly successful in that effort, judging from the recent extraordinarily large increase in price spreads between the lighter and heavier crudes. For example, the spread between the price of West Texas intermediate (WTI), a light, low-sulphur crude, and Dubai, a benchmark heavier grade, has risen about $10 per barrel since late August, to an exceptionally high $17 a barrel. While spot prices for WTI soared in recent weeks to meet the rising demand for light products, prices of heavier crudes lagged.
This temporary partial fragmentation of the crude oil market has clearly pushed gasoline prices higher than would have been the case were all crudes available to supply the demand for lighter grades of oil products. Moreover, gasoline prices are no longer buffered against increasing crude oil costs as they were during the summer surge in crude oil prices. Earlier refinery capacity shortages had augmented gasoline refinery-marketing margins by 20 to 30 cents per gallon. But those elevated margins were quickly eroded by competition, thus allowing gasoline prices to actually fall during the summer months even as crude oil prices remained firm. That cushion no longer exists. Refinery-marketing margins are back to normal and, hence, future gasoline and home heating oil prices will likely mirror changes in costs of light crude oil.
With increasing investment in upgrading capacity at refineries, the short-term refinery problem will be resolved. More worrisome are the longer-term uncertainties that in recent years have been boosting prices in distant futures markets for oil.
Between 1990 and 2000, although spot crude oil prices ranged between $11 and $40 per barrel for WTI crude, distant futures exhibited little variation around $20 per barrel. The presumption was that temporary increases in demand or shortfalls of supply would lead producers, with sufficient time to seek, discover, drill, and lift oil, or expand reservoir recovery from existing fields, to raise output by enough to eventually cause prices to fall back to the presumed long-term marginal cost of extracting oil. Even an increasingly inhospitable and costly exploratory environment--an environment that reflects more than a century of draining the more immediately accessible sources of crude oil--did not seem to weigh significantly on distant price prospects.
Such long-term price tranquility has faded dramatically over the past four years. Prices for delivery in 2010 of light, low-sulphur crude rose to more than $35 per barrel when spot prices touched near $49 per barrel in late August. Rising geopolitical concerns about insecure reserves and the lack of investment to exploit them appear to be the key sources of upward pressure on distant future prices. However, the most recent runup in spot prices to nearly $55 per barrel, attributed largely to the destructive effects of Hurricane Ivan, left the price for delivery in 2010 barely above its August high. This suggests that part of the recent rise in spot prices is expected to wash out over the longer run.
Should future balances between supply and demand remain precarious, incentives for oil consumers in developed countries to decrease the oil intensity of their economies will doubtless continue. Presumably, similar developments will emerge in the large oil-consuming developing economies.
Elevated long-term oil futures prices, if sustained at current levels or higher, would no doubt alter the extent of, and manner in which, the world consumes oil. Much of the capital infrastructure of the United States and elsewhere was built in anticipation of lower real oil prices than currently prevail or are anticipated for the future. Unless oil prices fall back, some of the more oil-intensive parts of our capital stock would lose part of their competitive edge and presumably be displaced, as was the case following the price increases of the late 1970s. Those prices reduced the subsequent oil intensity of the U.S. economy by almost half. Much of the oil displacement occurred by 1985, within a few years of the peak in the real price of oil. Progress in reducing oil intensity has continued since then, but at a lessened pace.
* * *
The extraordinary uncertainties about oil prices of late are reminiscent of the early years of oil development. Over the past few decades, crude oil prices have been determined largely by international market participants, especially OPEC. But that was not always the case.
In the early twentieth century, pricing power was firmly in the hands of Americans, predominately John D. Rockefeller and Standard Oil. Reportedly appalled by the volatility of crude oil prices in the early years of the petroleum industry, Rockefeller endeavored with some success to control those prices. After the breakup of Standard Oil in 1911, pricing power remained with the United States--first with the U.S. oil companies and later with the Texas Railroad Commission, which raised allowable output to suppress price spikes and cut output to prevent sharp price declines. Indeed, as late as 1952, U.S. crude oil production (44 percent of which was in Texas) still accounted for more than half of the world total. However, that historical role came to an end in 1971, when excess crude oil capacity in the United States was finally absorbed by rising demand.
At that point, the marginal pricing of oil, which for so long had been resident on the Gulf coast of Texas, moved to the Persian Gulf. To capitalize on their newly acquired pricing power, many producing nations in the Middle East nationalized their oil companies. But the full magnitude of their pricing power became evident only in the aftermath of the oil embargo of 1973. During that period, posted crude oil prices at Ras Tanura, Saudi Arabia, rose to more than $11 per barrel, significantly above the $1.80 per barrel that had been unchanged from 1961 to 1970. A further surge in oil prices accompanied the Iranian Revolution in 1979.
The higher prices of the 1970s brought to an abrupt end the extraordinary period of growth in U.S. oil consumption and the increased intensity of its use that was so evident in the decades immediately following World War II. Between 1945 and 1973, consumption of petroleum products rose at a startling 4-1/2 percent average annual rate, well in excess of growth of real gross domestic product. However, between 1973 and 2003, oil consumption grew, on average, only 1/2 percent per year, far short of the rise in real GDP.
Although OPEC production quotas have been a significant factor in price determination for a third of a century, the story since 1973 has been as much about the power of markets as it has been about power over markets. The signals provided by market prices have eventually resolved even the most seemingly insurmountable difficulties of inadequate domestic supply in the United States. The gap projected between supply and demand in the immediate post-1973 period was feared by many to be so large that rationing would be the only practical solution.
But the resolution did not occur quite that way. To be sure, mandated fuel-efficiency standards for cars and light trucks induced slower growth of gasoline demand. Some observers argue, however, that, even without government-enforced standards, market forces would have produced increased fuel efficiency. Indeed, the number of small, fuel-efficient Japanese cars that were imported into the United States markets rose throughout the 1970s as the price of oil moved higher.
Moreover, at that time, prices were expected to go still higher. Our Department of Energy, for example, had baseline projections showing prices reaching $60 per barrel--the equivalent of about twice that in today's prices.
The failure of oil prices to rise as projected in the late 1970s is a testament to the power of markets and the technologies they foster. Today, despite its recent surge, the average price of crude oil in real terms is still only three-fifths of the price peak of February 1981. Moreover, the impact of the current surge in oil prices, though noticeable, is likely to prove less consequential to economic growth and inflation than in the 1970s. So far this year, the rise in the value of imported oil--essentially a tax on U.S. residents--has amounted to about 3/4 percent of GDP. The effects were far larger in the crises of the 1970s. But, obviously, the risk of more serious negative consequences would intensify if oil prices were to move materially higher.
* * *
In summary, much of world oil supplies reside in potentially volatile areas of the world. Improving technology is reducing the energy intensity of industrial countries, and presumably recent oil price increases will accelerate the pace of displacement of energy-intensive production facilities. If history is any guide, oil will eventually be overtaken by less-costly alternatives well before conventional oil reserves run out. Indeed, oil displaced coal despite still vast untapped reserves of coal, and coal displaced wood without denuding our forest lands.
Innovation is already altering the power source of motor vehicles, and much research is directed at reducing gasoline requirements. At present, gasoline consumption in the United States alone accounts for 11 percent of world oil production. Moreover, new technologies to preserve existing conventional oil reserves and to stabilize oil prices will emerge in the years ahead. We will begin the transition to the next major sources of energy perhaps before midcentury as production from conventional oil reservoirs, according to central tendency scenarios of the Energy Information Administration, is projected to peak. In fact, the development and application of new sources of energy, especially nonconventional oil, is already in train. Nonetheless, it will take time. We, and the rest of the world, doubtless will have to live with the uncertainties of the oil markets for some time to come.

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Remarks by Chairman Alan Greenspan
Oil
To the National Italian American Foundation, Washington, D.C.
October 15, 2004
Owing to the current turmoil in oil markets, a number of analysts have raised the specter of the world soon running out of oil. This concern emerges periodically in large measure because of the inherent uncertainty of estimates of worldwide reserves. Such episodes of heightened anxiety about pending depletion date back a century and more. But, unlike past concerns, the current situation reflects an increasing fear that existing reserves and productive crude oil capacity have become subject to potential geopolitical adversity. These anxieties patently are not frivolous given the stark realities evident in many areas of the world.
While there are concerns of seeming inadequate levels of investment to meet expected rising world demand for oil over coming decades, technology, given a more supportive environment, is likely to ensure the needed supplies, at least for a very long while.
Notwithstanding the recent paucity of discoveries of new major oil fields, innovation has proved adequate to meet ever-rising demands for oil. Increasingly sophisticated techniques have facilitated far deeper drilling of promising fields, especially offshore, and have significantly increased the average proportion of oil reserves eventually brought to the surface. During the past decade, despite more than 250 billion barrels of oil extracted worldwide, net proved reserves rose in excess of 100 billion barrels. That is, gross additions to reserves have significantly exceeded the extraction of oil the reserves replaced. Indeed, in fields where, two decades ago, roughly one-third of the oil in place ultimately could be extracted, almost half appears to be recoverable today. I exclude from these calculations the reported vast reserves of so-called unconventional oils such as Canadian tar sands and Venezuelan heavy oil.
Gains in proved reserves have been concentrated among OPEC members, though proved reserves in the United States, for the most part offshore, apparently have risen slightly during the past five years. The uptrend in world proved reserves is likely to continue at least for awhile. Oil service firms still report significant involvement in reservoir extension and enhancement. Nonetheless, growing uncertainties about the long-term security of world oil production, especially in the Middle East, have been pressing oil prices sharply higher.
These heightened worries about the reliability of supply have led to a pronounced increase in the demand to hold larger precautionary inventories of oil. In addition to the ongoing endeavors of the oil industry to build inventories, demand from investors who have accumulated large net long positions in distant oil futures and options is expanding once again. Such speculative positions are claims against future oil holdings of oil firms. Currently, strained capacity has limited the ability of oil producers to quickly satisfy this markedly increased demand for inventory.
Adding to the difficulties is the rising consumption of oil, especially in China and India, both of which are expanding economically in ways that are relatively energy intensive. Even the recent notable pickup in OPEC output, by exhausting most of its remaining excess capacity, has only modestly satisfied overall demand. Output from producers outside OPEC has also increased materially, but investment in new producing wells has lagged, limiting growth of production in the near term.
Crude oil prices are also being distorted by shortages of capacity to upgrade the higher sulphur content and heavier grades of crude oil. Over the years, increasing demand for the environmentally desirable lighter grades of oil products has pressed refiners to upgrade the heavier crude oils, which compose more than two-thirds of total world output. But refiners have been only partly successful in that effort, judging from the recent extraordinarily large increase in price spreads between the lighter and heavier crudes. For example, the spread between the price of West Texas intermediate (WTI), a light, low-sulphur crude, and Dubai, a benchmark heavier grade, has risen about $10 per barrel since late August, to an exceptionally high $17 a barrel. While spot prices for WTI soared in recent weeks to meet the rising demand for light products, prices of heavier crudes lagged.
This temporary partial fragmentation of the crude oil market has clearly pushed gasoline prices higher than would have been the case were all crudes available to supply the demand for lighter grades of oil products. Moreover, gasoline prices are no longer buffered against increasing crude oil costs as they were during the summer surge in crude oil prices. Earlier refinery capacity shortages had augmented gasoline refinery-marketing margins by 20 to 30 cents per gallon. But those elevated margins were quickly eroded by competition, thus allowing gasoline prices to actually fall during the summer months even as crude oil prices remained firm. That cushion no longer exists. Refinery-marketing margins are back to normal and, hence, future gasoline and home heating oil prices will likely mirror changes in costs of light crude oil.
With increasing investment in upgrading capacity at refineries, the short-term refinery problem will be resolved. More worrisome are the longer-term uncertainties that in recent years have been boosting prices in distant futures markets for oil.
Between 1990 and 2000, although spot crude oil prices ranged between $11 and $40 per barrel for WTI crude, distant futures exhibited little variation around $20 per barrel. The presumption was that temporary increases in demand or shortfalls of supply would lead producers, with sufficient time to seek, discover, drill, and lift oil, or expand reservoir recovery from existing fields, to raise output by enough to eventually cause prices to fall back to the presumed long-term marginal cost of extracting oil. Even an increasingly inhospitable and costly exploratory environment--an environment that reflects more than a century of draining the more immediately accessible sources of crude oil--did not seem to weigh significantly on distant price prospects.
Such long-term price tranquility has faded dramatically over the past four years. Prices for delivery in 2010 of light, low-sulphur crude rose to more than $35 per barrel when spot prices touched near $49 per barrel in late August. Rising geopolitical concerns about insecure reserves and the lack of investment to exploit them appear to be the key sources of upward pressure on distant future prices. However, the most recent runup in spot prices to nearly $55 per barrel, attributed largely to the destructive effects of Hurricane Ivan, left the price for delivery in 2010 barely above its August high. This suggests that part of the recent rise in spot prices is expected to wash out over the longer run.
Should future balances between supply and demand remain precarious, incentives for oil consumers in developed countries to decrease the oil intensity of their economies will doubtless continue. Presumably, similar developments will emerge in the large oil-consuming developing economies.
Elevated long-term oil futures prices, if sustained at current levels or higher, would no doubt alter the extent of, and manner in which, the world consumes oil. Much of the capital infrastructure of the United States and elsewhere was built in anticipation of lower real oil prices than currently prevail or are anticipated for the future. Unless oil prices fall back, some of the more oil-intensive parts of our capital stock would lose part of their competitive edge and presumably be displaced, as was the case following the price increases of the late 1970s. Those prices reduced the subsequent oil intensity of the U.S. economy by almost half. Much of the oil displacement occurred by 1985, within a few years of the peak in the real price of oil. Progress in reducing oil intensity has continued since then, but at a lessened pace.
* * *
The extraordinary uncertainties about oil prices of late are reminiscent of the early years of oil development. Over the past few decades, crude oil prices have been determined largely by international market participants, especially OPEC. But that was not always the case.
In the early twentieth century, pricing power was firmly in the hands of Americans, predominately John D. Rockefeller and Standard Oil. Reportedly appalled by the volatility of crude oil prices in the early years of the petroleum industry, Rockefeller endeavored with some success to control those prices. After the breakup of Standard Oil in 1911, pricing power remained with the United States--first with the U.S. oil companies and later with the Texas Railroad Commission, which raised allowable output to suppress price spikes and cut output to prevent sharp price declines. Indeed, as late as 1952, U.S. crude oil production (44 percent of which was in Texas) still accounted for more than half of the world total. However, that historical role came to an end in 1971, when excess crude oil capacity in the United States was finally absorbed by rising demand.
At that point, the marginal pricing of oil, which for so long had been resident on the Gulf coast of Texas, moved to the Persian Gulf. To capitalize on their newly acquired pricing power, many producing nations in the Middle East nationalized their oil companies. But the full magnitude of their pricing power became evident only in the aftermath of the oil embargo of 1973. During that period, posted crude oil prices at Ras Tanura, Saudi Arabia, rose to more than $11 per barrel, significantly above the $1.80 per barrel that had been unchanged from 1961 to 1970. A further surge in oil prices accompanied the Iranian Revolution in 1979.
The higher prices of the 1970s brought to an abrupt end the extraordinary period of growth in U.S. oil consumption and the increased intensity of its use that was so evident in the decades immediately following World War II. Between 1945 and 1973, consumption of petroleum products rose at a startling 4-1/2 percent average annual rate, well in excess of growth of real gross domestic product. However, between 1973 and 2003, oil consumption grew, on average, only 1/2 percent per year, far short of the rise in real GDP.
Although OPEC production quotas have been a significant factor in price determination for a third of a century, the story since 1973 has been as much about the power of markets as it has been about power over markets. The signals provided by market prices have eventually resolved even the most seemingly insurmountable difficulties of inadequate domestic supply in the United States. The gap projected between supply and demand in the immediate post-1973 period was feared by many to be so large that rationing would be the only practical solution.
But the resolution did not occur quite that way. To be sure, mandated fuel-efficiency standards for cars and light trucks induced slower growth of gasoline demand. Some observers argue, however, that, even without government-enforced standards, market forces would have produced increased fuel efficiency. Indeed, the number of small, fuel-efficient Japanese cars that were imported into the United States markets rose throughout the 1970s as the price of oil moved higher.
Moreover, at that time, prices were expected to go still higher. Our Department of Energy, for example, had baseline projections showing prices reaching $60 per barrel--the equivalent of about twice that in today's prices.
The failure of oil prices to rise as projected in the late 1970s is a testament to the power of markets and the technologies they foster. Today, despite its recent surge, the average price of crude oil in real terms is still only three-fifths of the price peak of February 1981. Moreover, the impact of the current surge in oil prices, though noticeable, is likely to prove less consequential to economic growth and inflation than in the 1970s. So far this year, the rise in the value of imported oil--essentially a tax on U.S. residents--has amounted to about 3/4 percent of GDP. The effects were far larger in the crises of the 1970s. But, obviously, the risk of more serious negative consequences would intensify if oil prices were to move materially higher.
* * *
In summary, much of world oil supplies reside in potentially volatile areas of the world. Improving technology is reducing the energy intensity of industrial countries, and presumably recent oil price increases will accelerate the pace of displacement of energy-intensive production facilities. If history is any guide, oil will eventually be overtaken by less-costly alternatives well before conventional oil reserves run out. Indeed, oil displaced coal despite still vast untapped reserves of coal, and coal displaced wood without denuding our forest lands.
Innovation is already altering the power source of motor vehicles, and much research is directed at reducing gasoline requirements. At present, gasoline consumption in the United States alone accounts for 11 percent of world oil production. Moreover, new technologies to preserve existing conventional oil reserves and to stabilize oil prices will emerge in the years ahead. We will begin the transition to the next major sources of energy perhaps before midcentury as production from conventional oil reservoirs, according to central tendency scenarios of the Energy Information Administration, is projected to peak. In fact, the development and application of new sources of energy, especially nonconventional oil, is already in train. Nonetheless, it will take time. We, and the rest of the world, doubtless will have to live with the uncertainties of the oil markets for some time to come.
Touro Escreveu:O crescimento desses países não se vai fazer com base no petróleo, o petróleo é uma energia de outro tempo. É impensável que actualmente um país que está em vias de desenvolvimento aposte no petróleo como base energética.
Jarc Escreveu:Não concordo com o Touro quando diz que o desenvolvimento de países como a China assentam na base energética que é o petróleo.


Cumprimentos,
Touro
Touro
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Energias
O artigo vem a propósito como de costume. Em relação à forte subida do petróleo parece não existirem fundamentais que a suportem. Não concordo com o Touro quando diz que o desenvolvimento de países como a China assentam na base energética que é o petróleo. O nuclear está a proliferar por essas bandas e o futuro passa por muito menos petróleo. Para terminar não me parece que as recentes subidas do petróleo tenham feito mais que embalar um pouco a descida. Considero os números do emprego nos eua mais decisivos.
Pergunta
Alguém sabe quando toma posse o novo governo dos USA que resultar destas eleições?
Pergunto isto porque na minha opinião se o Kerry ganhar as eleições vão haver alterações estratégicas que podem ter muita influência no rumo dos mercados. O dia das eleições é importante mas também é bom sabermos quando toma posse o novo governo devido às eleições no Iraque em Janeiro ou Fevereiro
Se alguém souber agradecia essa informação
obrigado
Pergunto isto porque na minha opinião se o Kerry ganhar as eleições vão haver alterações estratégicas que podem ter muita influência no rumo dos mercados. O dia das eleições é importante mas também é bom sabermos quando toma posse o novo governo devido às eleições no Iraque em Janeiro ou Fevereiro
Se alguém souber agradecia essa informação
obrigado
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Catarino
Petróleo e correlação com bolsa (artigo Ulisses)
Li o seu artigo e gostei. Parabéns.
Peço licença para emitir a seguinte observação: A procura de matérias primas tem ou parece ter normalmente correlação positiva, com o crescimento da economia, isto é, quando a economia entra numa fase de crescimento, observa-se ao mesmo tempo uma maior procura de matérias primas e uma subida de preço destas, como é óbvio. Com o petróleo observa-se a mesma coisa, a economia a crescer precisa de consumir mais petróleo e os preços sobem devido a maior procura. Portanto, quando a economia cresce empurra por via da maior procura os preços do petróleo para cima. Mas há que considerar também a influência da subida de preços do petróleo na própria economia. já existem estudos feitos sobre isso, cada aumento de 10 dólares no preço do crude, empurra para baixo o crescimento do PIB mundial de cerca de 0,3%. Há portanto uma interacção recíproca entre economia e petróleo. Seguindo este raciocínio no limite, a subida do petróleo a níveis muito elevados poderão obrigar a economia a inverter o ciclo de crescimento e entrar num ciclo recessivo. Se considerarmos que entre as variáveis Bolsa e Economia existe uma correlação positiva, isto é, se a economia cresce a bolsa cresce, e se a economia entra em recessão a bolsa decresce e se o preço do petróleo cresce com a maior procura e portanto com o crescimento da economia e decresce com menor procura em consequência no limite de recessão, então aqui haverá realmente correlação positiva. Mas pode acontecer que a correlação a partir de certo ponto seja negativa, isto é se o preço de petróleo chegar a um ponto relativamente elevado, sem ser excessivamente elevado para comprometer o crecimento económico e começe a inverter, acredito que a bolsa continue a subir, pois o preço a cair não vai comprometer o crescimento económico instalado. Tem acontecido isso nos últimos tempos; O petróleo cai e a bolsa sobe porque o ambiente ou melhor o ciclo instalado é de crescimento e é imediatamente favorecido e fortalecido quando o preço do crude desce.
Na minha modesta opinião, o que tem feito a bolsa andar de lado há bastantes meses é o medo dos elevados preços do crude que não permite a retoma mundial consolidar-se dando aos agentes económicos boas expectativas para o bom desenvolvimento dos negócios.
Cumprimentos
Peço licença para emitir a seguinte observação: A procura de matérias primas tem ou parece ter normalmente correlação positiva, com o crescimento da economia, isto é, quando a economia entra numa fase de crescimento, observa-se ao mesmo tempo uma maior procura de matérias primas e uma subida de preço destas, como é óbvio. Com o petróleo observa-se a mesma coisa, a economia a crescer precisa de consumir mais petróleo e os preços sobem devido a maior procura. Portanto, quando a economia cresce empurra por via da maior procura os preços do petróleo para cima. Mas há que considerar também a influência da subida de preços do petróleo na própria economia. já existem estudos feitos sobre isso, cada aumento de 10 dólares no preço do crude, empurra para baixo o crescimento do PIB mundial de cerca de 0,3%. Há portanto uma interacção recíproca entre economia e petróleo. Seguindo este raciocínio no limite, a subida do petróleo a níveis muito elevados poderão obrigar a economia a inverter o ciclo de crescimento e entrar num ciclo recessivo. Se considerarmos que entre as variáveis Bolsa e Economia existe uma correlação positiva, isto é, se a economia cresce a bolsa cresce, e se a economia entra em recessão a bolsa decresce e se o preço do petróleo cresce com a maior procura e portanto com o crescimento da economia e decresce com menor procura em consequência no limite de recessão, então aqui haverá realmente correlação positiva. Mas pode acontecer que a correlação a partir de certo ponto seja negativa, isto é se o preço de petróleo chegar a um ponto relativamente elevado, sem ser excessivamente elevado para comprometer o crecimento económico e começe a inverter, acredito que a bolsa continue a subir, pois o preço a cair não vai comprometer o crescimento económico instalado. Tem acontecido isso nos últimos tempos; O petróleo cai e a bolsa sobe porque o ambiente ou melhor o ciclo instalado é de crescimento e é imediatamente favorecido e fortalecido quando o preço do crude desce.
Na minha modesta opinião, o que tem feito a bolsa andar de lado há bastantes meses é o medo dos elevados preços do crude que não permite a retoma mundial consolidar-se dando aos agentes económicos boas expectativas para o bom desenvolvimento dos negócios.
Cumprimentos
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Sabetudo
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