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Caldeirão da Bolsa

Factores de Escolha de um Warrant - Agradeço Participação

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Ó Homem

por infestacion » 20/9/2004 18:15

[quote=”homemdoswarrants”]
Vou seguir o concelho que me deram , abandonar este site , [/quote]

Ó Homem não vá…

Este é um espaço de troca de opiniões.
Já dizia a minha avó: As opiniões são como as Vaginas, cada um tem a sua e dá-a quando quiser

Quem não gosta que arrume para o lado, estamos aqui para debater, e não para andar aos beijinhos…

Esqueça isso e siga em frente, aliás já deve ter idade para brincar com a situação, e não levar a peito. Afinal de contas é fácil criticar quem não conhecemos.

Fique e enriqueça culturalmente este lindo e grandioso SITE.

Viva o Caldeirão de Bolsa

Bons negócios.
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por MarcoAntonio » 20/9/2004 18:08

Homemdoswarrants, vai-me desculpar mas não vou entrar na discussão deste assunto consigo e muito menos discutir consigo os meus conhecimentos sobre warrants ou falta deles. E muito menos vou discutir as gargalhadas de pessoas que não conheço, nunca vi, não sei quem são e nunca falei com elas...
:roll:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por homemdoswarrants » 20/9/2004 18:05

MarcoAntonio Escreveu:Caro Homemdoswarrants,

!

Outro exemplo que considero crítico é o de em Dezembro de 2003 o homemdoswarrants revelar que não sabe o que é um straddle - fui eu que lhe expliquei o que era - e surgir uns meses depois sugerindo essa estratégia convencido de que era segura e rentável.

De repente surge neste espaço revelando um «ódio» aos warrants e atacando todos aqueles que encaram os warrants de uma forma diferente da sua ou - o que é mais surreal - aqueles que não o apoiam na sua «recente luta contra os warrants».


.



Ainda hoje exibi este comentario numa sala de investidores que surtiu gargalhada geral.
Recordo que na altura citei a diferença entre paridades positivas e negativas e os experts deste site nao entenderam nada de nada.
Ainda hoje nada entendem de warrants e falam como se fossem dominadores deles.
Vou seguir o concelho que me deram , abandonar este site , pois os proprios moderadores nada entendem de warrants , dizem ser igual paridade positiva ou negativa e descredibilizam quem tenta ensinar.

´Sou o investidor de warrants mais antigo em Portugal e disso provam os meus extratos.
Naquele dia ,todo o joelho se dobrará e toda a lingua confessará:
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Re

por JAS » 20/9/2004 17:43

donjuan, as letrinhas dos warrants eu conheço, escusas de explicar...

Para concluir, o importante mesmo é acertar na direcção do movimento.
O resto são acessórios que não influenciam muito um negócio de curto prazo.

JAS
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por donjuan » 20/9/2004 17:08

JAS, isso aconteceu, e para tal basta olhar para um histórico do VDAX desde há 1 ano e meio. O máximo foi de 49.14 e o mínimo foi na semana passada de 15.90.
O VDAX é um óptimo indicador da volatilidade implícita já que traduz uma média simples de calls e puts sobre o DAX na EUREX, ponderada por maturidade e strike, para devolver o que será que o mercado cota para o at-the-money a 45 dias.

E já agora, entre o que cota a 30% e o que cota a 25%, concordo que é mais provável que o de 30% venha a descer na condição de que tem sido esse o seu comportamento. Agora o que eu disse foi que ainda não vi o BCP descer as volatilidades deles. E assim, prefiro pagar 40% de volatilidade porque se esta cair para 20%, o que cotava a 25% vai descê-la, mas fico à espera que o BCP não a desça. Tenho o inconveniente de que se a volatilidade subir, já sei que eles também não a devem subir, logo, não ganho nada com isso. Mas isso não me preocupa muito porque a minha aposta não foi em volatilidade...

A diferença para os turbos é que quer o mercado suba ou desça 100 pontos o turbo sobe/desce 1 EUR (exemplo típico). Mas nos warrants a relação não é linear, e pode acontecer, num movimento desfavorável de 100 pontos reflectir-se em 0.45 EUR de perda, enquanto que um movimento favorável de 100 pontos reflectir-se-ia em 0.55 EUR de ganho. A isto chama-se GAMA.
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Re

por JAS » 20/9/2004 16:48

donjuan Escreveu:dado que desde há cerca de ano e meio que as volatilidades implícitas têm caído de quase 50% para quase 15%.

Donjuan, isso não aconteceu...

Eu falo de variações mais pequenas e actuais.
Termos 30% ou 25% por exemplo em 2 warrants similares e, nesse caso, eu opto pelo de 25% exactamente porque já vi o MM baixá-la de repente sem mais nem menos...
Se estivermos num com volatilidade comparativamente mais baixa não é natural que ele vá aumentar a diferença, não é?

De qualquer forma, sob esse ponto de vista, são preferíveis os turbos pois o prémio é bastante menor.
Pena que haja tão poucos ou que seja mais difícil encontrá-los nos principais sites...

JAS
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por heterocedastico » 20/9/2004 15:24

Sim, concordo com o Donjuan. Para quem investe em warrants com objectivos de trading de curto-prazo o que interessa é estancar as variáveis que mais afectam o valor do warrant nesse espaço de tempo, ou seja, a volatilidade. Deste modo, faz todo o sentido escolher warrants com volatilidades mais fixas.

Para quem investe em warrants mais para o médio prazo acredito que a opção passa necessariamente por seleccionar warrants com a volatilidade mais baixa possível.

De uma forma geral acredito mais na primeira estratégia exposta visto que considere os warrants um investimento essencialmente de curto prazo.
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por donjuan » 20/9/2004 14:27

Caro JAS, o MM também tem a opção de descer a volatilidade implícita. Decerto que muitos de nós já o sentimos na pele, dado que desde há cerca de ano e meio que as volatilidades implícitas têm caído de quase 50% para quase 15%.
O que é que acontecia a quem andava nas calls apostando na subida do mercado... Acabava a ganhar pelo delta e a perder pelo vega, ou seja, muitas vezes perdíamos dinheiro mesmo com o mercado a ir na nossa direcção!

E o grande problema nem é a volatilidade implícita cair, porque quem anda em warrants já sabe que está exposto a esse parâmetro. O pior é que o ajustamento da volatilidade implícita é discricionário do MM. E muitas vezes vimos warrants a cairem de repente 5 e 10 cêntimos de um segundo para o outro sem que o mercado mexesse!

Pode haver quem não goste dessa estratégia do BCP, mas quem não quer estar exposto à volatilidade mas quiser andar mais descansado (já que os turbos, por muito bons, requerem que andemos sempre a olhar para eles, senão BUM) com rentabilidades não lineares, o custo é um valor temporal mais elevado.

Eu, pessoalmente, busco nos warrants rentabilidades elevadas num curto espaço de tempo, por isso não é um pouco de theta que me preocupa. Preocupa-me é acertar na direcção e ter um MM que não altere as condições iniciais em espaço de horas ou mesmo minutos!
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Re

por JAS » 20/9/2004 13:45

heterocedastico Escreveu:Acho que percebi o que quis dizer. Isso significa que o BCP mantém a volatilidade alta e não sofre com isso pois não possível shortar os warrants, ou seja, desenvolver estratégias de arbitragem desta forma. Certo?

Não me parece que ganhem muito com isso pois o que acontece na realidade é que os investidores preferem comprar "a mesma coisa" por preço mais baixo.
E, por essa razão, os warrants do BCP têm pouco volume.
Não nos podemos esquecer que a volatilidade tende para zero e que, no final, ficarão ao mesmo preço se tiverem o mesmo strike.

Parece-me preferível escolher um que tenha volatilidade comparativamente mais baixa pois as opções do MM serão mantê-la ou subi-la e, neste último caso, isso dá-nos lucro.

JAS
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por heterocedastico » 20/9/2004 13:01

Caro donjuan,

Acho que percebi o que quis dizer. Isso significa que o BCP mantém a volatilidade alta e não sofre com isso pois não possível shortar os warrants, ou seja, desenvolver estratégias de arbitragem desta forma. Certo?

Se sim julgo que essa opção do BCP, caso eles se comprometam em manter a volatilidade é óptima para os investidores. Seria menos um parâmetro importante a controlar.
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por donjuan » 20/9/2004 11:48

Caro heterocedastico,

Seria totalmente inviável o MM fixar a volatilidade! Senão veja, quando a volatilidade implícita a ser transaccionada no mercado de opções ultrapassasse aquela com a qual o MM se teria comprometido a cotar os warrants, tudo o que fosse arbitragistas entrariam a comprar os warrants do MM e a shortar opções.
A única forma de não mexer na volatilidade é tê-la suficientemente alta.
Por acaso até me parece que há alguém que o faz no nosso mercado: o BCP. Eles andam com a volatilidade muito alta mas nunca os vi a mexer nela, nem intraday nem dum dia para o outro. Sai caro, mas sinto-me mais à vontade para andar no intraday e no curto prazo, porque já ganhei confiança suficiente de que eles não vão fazer um ajustamento discreto de repente na volatilidade.
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por heterocedastico » 20/9/2004 10:51

1- Quais os vossos critérios de selecção de um Warrant (Activo Subjacente? Maturidade? Emitente? Strike? Volatilidade? Gregos? Outros?) e uma pequena justificação, se possível.

R: Activo Subjacente - Com boa performance técnica

Maturidade - Nunca menos de mês e meio

Emitente - O que para o mm activo subjacente, maturidade e strike, pratique as volatilidades mais baixas

Strike - próximo do preço actual do activo subj

Volatilidade - o mais baixa possível

Elasticidade - que corresponda ao meu perfil de risco para o investimento que vou fazer

2- Quais os sites, ou meios que utilizam para encontrar um warrant, ou as várias ofertas dos vários emitentes do mercado?

R: O do commerzbank

3- Que ferramentas utlizam para investir em Warrants (calculadoras/simuladores? Matrizes? Outros?)

R: Calculadora do commerzbank

4- Qual a informação que acham necessária para tomar uma decisão (informação em real time dos warrants? informação em real time dos subjacentes? Informação em real time de outros: por ex commodities, taxa de juro, entre outros?)

5- O que falta no mercado de warrants em Portugal?

R: Poder shortar e ter volatilidades fixas

Um abraço
Heterocedastico
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Manual de Warrants

por Visitante » 20/9/2004 9:30

O site do BCP tem alguma coisa.
http://www.millenniumbcp.pt/site/conteudos/40/invest_saiba/saiba_warrants/index.jhtml

O manual é que está bastante bom. Simples mas completo. A mim ajudou-me muito.
http://www.millenniumbcp.pt/multimedia/archive/00366/Manual_Warrants_Mil_366649a.pdf
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Re: Os termos esquisitos do mundo dos Warrants...

por MarcoAntonio » 19/9/2004 20:48

Maya Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:Outro exemplo que considero crítico é o de em Dezembro de 2003 o homemdoswarrants revelar que não sabe o que é um straddle - fui eu que lhe expliquei o que era - e surgir uns meses depois sugerindo essa estratégia convencido de que era segura e rentável.



Caro Sr. Administrador MarcoAntonio:


Agradecia que me désse uma breve explicação sobre o que são esses termos, que utilizou:

:arrow: "Straddle",
:arrow: "paridade",
:arrow: "elasticidade",
:arrow: "in-the-money",
:arrow: "at-the-money",
:arrow: "on-the-money",
:arrow: "out-the-money".


Muito obrigado de ante-mão pela sua generosidade e paciência.


Os meus cordiais cumprimentos a si e a todos os membros simpáticos do fórum.

_


Não tinha dado conta deste post e só agora com o post do ovos moles é que dei conta da existência dele.

O melhor para se ilucidar sobre estes termos é consultar um site que tenha alguma documentação e um glossário sobre warrants (o site da Big tem, o do Citi também, o do Commerzbank também, aliás, practicamente todas as entidades que trabalham com warrants disponibilizam um manual e/ou um glossário dada a profusão de termos «estranhos» aos que não estão habituados a este tipo de ferramentas).

Eu vou dar uma explicação muito sucinta para cada um dos termos mas não faz sentido estar aqui a refazer os glossários que já existem por aí disponíveis portanto entenda esta explicação como uma «abertura de apetite» para consultar documentação mais completa:

:arrow: Straddle: É uma estratégia composta que recorre à aquisição de warrants call e put em simultaneo por forma a negociar a volatilidade (continua a ter riscos, nomeadamente a eventual falta de volatilidade necessária para compensar a perda de valor temporal em ambos os warrants). No entanto, se o mercado se mexer o suficiente, seja para cima seja para baixo, saímos a ganhar.

:arrow: Paridade: Uma característica de cada warrant. Cada warrant é emitido com uma dada paridade. Um warrant é uma opção (não obrigação) de compra ou venda de xis acções de determinado activo subjacente (esse 1 warrant para xis acções é a paridade).

:arrow: Elasticidade: Outra característica do warrant mas esta não fixa. Trata-se basicamente da velocidade com que o warrant reage a movimentos do subjacente. Basicamente, o seu factor de alavancagem. Não é constante com o tempo e depende de vários factores...

:arrow: In-the-money - Cada warrant tem ainda outra característica fixa: o strike. O objectivo é teoricamente que no dia da maturidade o subjacente esteja «para além» do strike (se for call para cima, se for put para baixo). Em todo o momento em que isso se verifique o warrant está in-the-money...

:arrow: e se o subjacente estiver cotado exactamente no strike do warrant então este está at-the-money...

:arrow: caso contrário estará out-of-the-money (subjacente aquém do strike, se for um call abaixo, se for um put acima).
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Força nas respostas Forum

por .Ovos Moles » 19/9/2004 20:32

Boas, interrompi a minha lua-de-mel só para dar uma vista de olhos ao meu tópico e para tristeza minha, tirando meia duzia de pessoas sempre presentes para manter a integridade deste forum, tenho a lamentar o facto de terem sido dado tão poucas respostas ao que realmente iniciou isto, o meu questionário. Vejam lá se podem fazer uma forcinha para ajudar e respondam ao que pedi. Cal e Donjuan em vez de destablizarem vejam lá se tambem dao uma resposta, que eu sei que voces são gurus na materia (apesar do Cal já ser um velhote :mrgreen: ). Obrigado forum e deixa lá fugir para junto da milha mulher (ainda custa a dizer esta palavra) antes que ela veja que eu já estou no vicio :lol: .
Um abraço
Ovos moles
.Ovos Moles
 

Re: Re

por MarcoAntonio » 19/9/2004 14:15

JAS Escreveu: Tu podes fazer arbitragem entre eles.


Não, só «meia arbitragem».

JAS Escreveu:Se metem uma volatilidade muito grande num deles (ele terá um preço exageradamente alto) tu vendes e compras outro similar mais baratinho e que representa exactamente a mesma coisa.


Para isso, preciso de já ter em carteira o que está caro demais. E em qq dos casos isso não é arbitragem pois estás exposto.


JAS Escreveu:Ganhas dinheiro com a troca.


Ganho dinheiro com a troca mas não necessariamente com o trade. Apenas ganho mais assim do que se mantivesse o warrant inicial.

Arbitragem é um trade de muito baixo risco (practicamente nulo). Isto é, é um ganho quase garantido sem practicamente haver possibilidade de perder dinheiro e se risco de exposição (isto é, para nós é independente do que acontece ao mercado depois de entrarmos, é-nos indiferente se os warrants valorizam ou desvalorizam).

Arbitragem é shortar um e alongar o outro sabendo que na data de expiração, aconteça o que acontecer no mercado, eles vão valer ambos a mesma coisa (seja zero, seja o valor intrínseco correspondente).

Não preciso de ter (nem devo) qualquer warrant inicialmente. Apenas olho para ele, vejo que estão avaliados a um valor diferente então shorto o que está caro e alongo o que está barato e é dinheiro em caixa.

Isso é possível com as opções, que são muito idênticos aos warrants mas são mais «honestas» e menos «polémicas» e «dúbias».

Nos Estados Unidos só existem opções (julgo que os warrants nem sequer são permitidos lá). Em qq dos casos nem faz sentido, havendo um mercado de opções, negociar warrants é como negociar opções «mancas» dado que as probabilidades de ganho são inferiores em opções e pode-se fazer bastante mais coisas com elas...

Basta recordar que em opções há 4 possibilidades:

:arrow: Longo em Calls

:arrow: Curto em Calls

:arrow: Longo em Puts

:arrow: Curto em Puts

E atenção, estar longo em calls não é exactamente a mesma coisa que estar curto em puts e estar curto em calls não é exactamente a mesma coisa que estar longo em puts.

As opções permitem com muito maior segurança negociar a própria volatilidade (estratégias straddle e strangle) e realizar arbitragem completa entre warrants.



JAS Escreveu:As diferenças tendem a desaparecer exactamente por causa da arbitragem entre eles.


Não senhor. Não é por causa da arbitragem que a diferença tende a desaparecer. Aliás, nem sequer é possível realizar arbitragem como deve ser entre eles. Quem quiser tirar proveito disso tem de se expor e isso não é arbitragem. A arbitragem não tem exposição ao mercado (quem faz arbitragem não está depende de se o mercado sobe ou desce).

Volto a dizer, com o movimento que disseste tu só tendes a ganhar mais do que se mantiveres o warrant inicial. Mas se ambos os warrants estiverem a caminhar para zero por exemplo (ou nem precisa de ser para zero, basta que seja para um valor inferior ao que compraste qualquer um dos dois) então perdeste dinheiro.

Os warrants tendem a valer o mesmo porque isso é inevitável devido à perda de valor temporal em quaquer um deles. Na data de maturidade o valor temporal (que é o causador das diferenças, é nele que se faz sentir diferenças na avaliação da volatilidade) é ZERO e não passa de repente para zero, ele vai progressivamente diminuindo em ambos os warrants e a diferença vai-se esbatendo, não devido à arbtritagem mas devido à mecânica dos warrants.

Na maturidade ambos os warrants valerão o seu valor intrínseco (valor temporal = 0) portanto ou valem zero (se estiverem out-of-the-money) ou o valor intrínseco correspondente se estiverem in-the-money. Este valor é indiscutível, não há dúvidas de qual é e o MM pode considerar a volatilidade que quiser pois ela já não tem peso algum no calculo do warrant. Quer eles queiram quer não eles, na maturidade, têm de valer o mesmo (se o strike e a paridade forem iguais, claro está).

Não tem nada que ver com arbitragem (que nem sequer é possível).

JAS Escreveu:Mas o verdadeiro negócio dos Emitentes reside no spread e não nas mexidas da volatilidade.


Eu sei disso. Mas isso não invalida nada do que eu disse...
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Re

por JAS » 19/9/2004 13:48

MarcoAntonio Escreveu:JAS, por isso mesmo é que eu digo que se devía poder shortar os warrants (o que os transformava em opções).
No momento em que isso fosse possível os warrants idênticos tenderíam a apresentar os mesmos valores de volatilidade (ou se não apresentassem podías fazer negócio com isso, fazias arbitragem entre eles).

Tu podes fazer arbitragem entre eles.
Se metem uma volatilidade muito grande num deles (ele terá um preço exageradamente alto) tu vendes e compras outro similar mais baratinho e que representa exactamente a mesma coisa.
Ganhas dinheiro com a troca.

MarcoAntonio Escreveu:Além de tenderem a desaparecer essas diferenças (ou se não desaparecem tiravas benefício delas), o próprio cálculo da volatilidade implícita tendería a ser mais rigoroso e transparente.

As diferenças tendem a desaparecer exactamente por causa da arbitragem entre eles.
Em geral as variações de volatilidade obedecem a um conceito de marketing.
Há fases em que o MM apenas quer vender o seu produto e baixa-a para o tornar comparativamente atractivo.
Há outras em que ele já vendeu uma quantidade suficiente e mete a volatilidade normal.

Mas o verdadeiro negócio dos Emitentes reside no spread e não nas mexidas da volatilidade.

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Os termos esquisitos do mundo dos Warrants...

por Maya » 19/9/2004 9:43

MarcoAntonio Escreveu:Outro exemplo que considero crítico é o de em Dezembro de 2003 o homemdoswarrants revelar que não sabe o que é um straddle - fui eu que lhe expliquei o que era - e surgir uns meses depois sugerindo essa estratégia convencido de que era segura e rentável.



Caro Sr. Administrador MarcoAntonio:


Agradecia que me désse uma breve explicação sobre o que são esses termos, que utilizou:

:arrow: "Straddle",
:arrow: "paridade",
:arrow: "elasticidade",
:arrow: "in-the-money",
:arrow: "at-the-money",
:arrow: "on-the-money",
:arrow: "out-the-money".


Muito obrigado de ante-mão pela sua generosidade e paciência.


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por Visitante » 19/9/2004 9:05

Concordo com o RED.

Porquê que o JAS não negoceia nos futuros do DAX, em vez de negociar os nossos ''coxos'' Warrants do DAX?
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por Red » 18/9/2004 18:23

Olá,
Estas discussões à volta dos warrants fazem-me alguma confusão... Confesso que sei pouco de opções, negociei alguns warrants no passado e fiquei muito feliz quando os pude deixar de lado.

Acho que não há muito que inventar, os factos são: Os warrants são opções coxas, que não podem ser vendidas, e como tal, são normalmente cotadas a preços muito altos, desvalorizando com o tempo.
Isto quer dizer que em comparação com as opções, os warrants são instrumentos muito maus, com probabilidades de sucesso para o investidor muito mais baixas.
Comparando com os futuros e CFD, também ficam largamente a perder.

A unica vantagem que poderá existir nos warrants, é a de eventualmente haver mais variedade e poder-se negociar certos activos que de outra forma seria difícil.

Concluindo, quem negoceia warrants, fá-lo por não ter acesso a melhores instrumentos, ou por desconhecimento. Mas uma coisa é certa, fica com bastante menos probebilidades de sucesso, comparando com opções, futuros, CFD, e obviamente acções.

E as estatisticas parecem comprovar isso.

bom fim de semana!
red
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por MarcoAntonio » 18/9/2004 17:41

JAS, por isso mesmo é que eu digo que se devía poder shortar os warrants (o que os transformava em opções).

No momento em que isso fosse possível os warrants idênticos tenderíam a apresentar os mesmos valores de volatilidade (ou se não apresentassem podías fazer negócio com isso, fazias arbitragem entre eles).

Além de tenderem a desaparecer essas diferenças (ou se não desaparecem tiravas benefício delas), o próprio cálculo da volatilidade implícita tendería a ser mais rigoroso e transparente.
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Re

por JAS » 18/9/2004 15:53

Meu caro heterocedastico, vejo que estás localizado num paraíso tropical, do qual gosto muito, mas tens um nick difícil de memorizar... Deves-te ter inspirado nalguma dessas ilhas onde abundam os nomes difíceis...

Quanto à volatilidade implícita tudo o que transcreveste dos manuais tem fundamento teórico mas na practica há uma pequena diferença.

A "volatilidade implicita" deveria ser calculada "por cálculos complexos" e, se assim fosse. ela deveria ser identica em produtos identicos (em que só muda o emitente).

Na pratica vemos que o MM tem um certo poder de manipulação e, muitas vezes, temos diferenças apreciáveis entre warrants que têm o mesmo strike, maturidade e paridade.

E mesmo quando têm pequenas diferenças nesses parametros não se justifica tanta variação de volatilidade.

Actualmente costumo comparar e procuro evitar os de volatilidade mais alta quando quero comprar. Já sei que uns dias depois a irão baixar e a cotação diminui...

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Cá vai um pouco de literatura sobre volatilidade...

por heterocedastico » 18/9/2004 14:56

Volatilidade - é simultaneamente a palavra mais utilizada e menos entendida no mundo das opções e dos warrants. Volatilidade significa pura e simplesmente movimento, mas este conceito não é totalmente assimilado pelos investidores que operam em acções e futuros e que estão habituados a pensar em termos de direcção de mercado e não de movimento de mercado. A direcção ou sentido do mercado é muito importante para o investidor em warrants e opções, mas a diferença entre este investidor e o investidor em acções é que para o primeiro a velocidade a que se move o mercado tem uma importância fundamental. Se o mercado a contado não se move com a suficiente velocidade, as opções diminuem de valor pelo simples facto de se reduzir a probalidade de que o activo subjacente alcance um determinado preço de exercício na data de vencimento do warrant.
Diz-se frequentemente que um activo financeiro é volátil quando este regista oscilações fortes no seu comportamento: podemos dizer que a volatilidade mede os desvios da evolução do preço de um determinado activo em relação a um valor médio.
É importante mencionar que o investidor não tem que saber como se calcula cada um destes parâmetros para ter sucesso na negociação em warrants. O que é realmente importante para o investidor é saber interpretar estes parâmetros.

Existem três tipos de volatilidade:

Volatilidade Histórica - É a volatilidade passada (com base em séries históricas) tal como a descrevemos anteriormente e é conhecida. Esta volatilidade ajuda-nos a estimar qual vai ser a volatilidade futura do activo.

Volatilidade Implícita - É a volatilidade futura estimada pelo mercado. Esta volatilidade obtém-se através dos preços das opções negociadas no mercado de derivados e é calculada através de métodos probabilísticos complexos. A volatilidade implícita é utilizada para calcular o preço dos warrants e das opções. Como o resto dos parâmetros que influenciam a valorização dos warrants, a volatilidade implícita utilizada na cotação de um warrant deve se seguida atentamente já que o resultado do investimento em warrants depende em grande medida não só da direcção de mercado mas também da direcção dos movimentos na volatilidade para o warrant escolhido até ao vencimento do warrant. No mercado de warrants, o comprador do warrant está a comprar a probabilidade de que o activo subjacente atinja um determinado valor numa determinada data, isto é, está a comprar volatilidade. Assim, se a volatilidade do activo subjacente sobre, isto é, se a velocidade a que se movem os preços aumenta, maior será a probabilidade de que seja alcançado o preço de exercício e logo o preço do warrant irá subir, quer seja um call warrant quer seja um put warrant. Ao contrário, se a volatilidade cai isto terá um efeito negativo no preço do warrant, e mais uma vez quer seja um call warrant quer seja um put warrant.

Pode acontecer que o preço do activo subjacente suba ao mesmo tempo que a volatilidade baixa e aí poderemos ver o preço do call warrant a descer ao invés de subir ou a subir menos do que estávamos à espera. O vega de cada opção é uma variável que mede quanto varia o preço do warrant em euros se a volatilidade implícita varia 1%. O vega não é constante e depende entre outros factores do tempo que falta até ao vencimento do warrant. O investidor em warrant deve ter em conta este factor no momento em que toma a decisão de investir em warrant e deve tentar estimar os movimentos que o activo subjacente possa vir a sofrer no futuro já que estes afectarão directamente a avaliação do warrant.

A volatilidade implícita nem sempre acompanha a volatilidade histórica. Em teoria, não existe uma relação entre uma direcção do preço do activo subjacente e a direcção da volatilidade implícita, mas na prática, verifica-se um relação negativa em períodos curtos de tempo. Um exemplo são os períodos de crash em que quedas do mercado são acompanhadas de subidas nas volatilidades implícitas, pelo simples facto de que os investidores profissionais começam a comprar opções puts para cobrirem as suas carteiras, o que naturalmente faz subir as volatilidades. É por esta razão que em períodos de quedas abruptas de mercado de ter-se alguma cautela no investimento em warrants, pois pode dar-se o caso de que um aumento na volatilidade implícita faça subis o preço dos warrants.

Volatilidade Real – Futura - È a volatilidade efectiva do preço do activo subjacente no futuro. Não é conhecida à partida e uma vez verificada torna-se imediatamente volatilidade histórica. Os operadores dos mercados de opções tentam que a sua estimativa – volatilidade implícita – seja tão próxima quanto possível da volatilidade real.
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por heterocedastico » 18/9/2004 14:46

De facto, tal como o Marco António disse, o mercado dos warrants seria muito mais transparente se pudesse-mos shortá-los. No entanto tal revelar-se-ia muito complicado num mercado onde nem sequerer acções se consegue shortar.

Portanto, julgo que, de forma a tornar os seus preços mais credíveis, o market maker deveria fixar a volatilidade do warrant desde a sua emissão até à maturidade. Deste modo, seria um valor fixo do conhecimento de todos.

Não sei se esta será uma estratégia viável para um market maker mas julgo que através de uma cobertura adicional em vega seria possível eliminar a discricionariedade desta variável, o que traria enormes benefícios para os investidores.
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warrants

por JAS » 18/9/2004 14:07

Será o valor temporal assim tão importante como alguns dizem?
Será ele o responsável por os warrants levarem a que muitos investidores percam dinheiro?

A minha opinião é um rotundo NÃO!!!


No Caldeirão a maioria dos investidores segue a AT.
A AT é optima para identificar tendências de curto-prazo.
Portanto podemos concluir que a maioria dos frequentadores do caldeirão tem a sabedoria necessária para poder investir em warrants no curto-prazo ou mesmo no intraday.

Nesses lapsos de tempo, como é evidente, o valor temporal varia muito pouco.
No intraday não varia nada e numa semana não varia significativamente...
E nos turbos o valor temporal quase não varia.

Portanto não atribuam os insucessos ao valor temporal porque se fosse apenas isso as perdas seriam mínimas e perfeitamente comparaveis ao mercado de acções.

As grandes perdas dão-se quando nos colocamos do lado errado. Quando prevemos quedas e o activo subjacente sobe ou vice-versa. Nesse caso o prejuizo é grande e rápido...

As grandes perdas derivam dos nossos erros e não de "defeito do produto".
Convençam-se disso apesar de ser mais fácil deitar as culpas para o produto...

JAS
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