Aumentos salariais da F. Pública!
11 mensagens
|Página 1 de 1
ó meu caro Thomas
tenha lá cuidado com isso que eu só não posso pagar isso tudo
já pago muito, como a grande maioria dos trabalhadores por conta de outrem, que juntamente com os automobilistas e fumadores constituem o núcleo duro dos pagadores de impostos nesta terra desgraçada., incapaz de produzir elites políticas capazes de governarem sem sondagens e por isso incapazes de tomarem as medidas impopulares mas indispensáveis a uma verdadeira "reforma" na Adm. Pública
tenha lá cuidado com isso que eu só não posso pagar isso tudo

já pago muito, como a grande maioria dos trabalhadores por conta de outrem, que juntamente com os automobilistas e fumadores constituem o núcleo duro dos pagadores de impostos nesta terra desgraçada., incapaz de produzir elites políticas capazes de governarem sem sondagens e por isso incapazes de tomarem as medidas impopulares mas indispensáveis a uma verdadeira "reforma" na Adm. Pública
Funcionários Públicos
Mais uma vez neste forum se assiste a um ataque aos FP, como se estes fossem a causa de todos os males da economia, e os grandes responsáveis pelo défice excessivo.
Que o sectro público tem gente a mais, todos nós estamos carecas de saber, que nenhum governo parou de por amigos, enteados, e apadrinhados que não fazem nada neste sector também é verdade,que nehum governo nunca teve a coragem de fazer uma verdadeira reforma da função publica e respecticas carreiras, disso ninguem fala.
Também ninguem fala das condições de trabalho de muitos FP, (já vi 8 pessoas trabalharem numa sala com menos àrea que a minha sala de estar). Como sempre Portugal vive num défice de pragmatismo, onde ninguem faz nada, e todos esperam que os problemas desapareçam por si ou por alguma arte mágica ( talvez seja melhor contratar o Prof.
Alexandrino).
Sendo assim os aumentos da FP nem me causam engulhos, até porque muitas desta pessoas tem 2 anos que não são aumentados. O que me causa alguma azia é o facto de sermos dos paises onde a qualidade dos serviços é a pior e onde se gasta maior % do PIB.
Posso dizer que em Portugal o que falta são "tomates" aos nossos governantes, que têm a lata de vir para a telivisão dizer que certas reformas são obscenas, que certas coisas na FP são pornográficas, mas quando chega a altura de se mudar algo não vê medida nenhuma, e já se sabe quem invariavelmente irá pagar a factura desta inação governamental, O Zé Povinho.
Que o sectro público tem gente a mais, todos nós estamos carecas de saber, que nenhum governo parou de por amigos, enteados, e apadrinhados que não fazem nada neste sector também é verdade,que nehum governo nunca teve a coragem de fazer uma verdadeira reforma da função publica e respecticas carreiras, disso ninguem fala.
Também ninguem fala das condições de trabalho de muitos FP, (já vi 8 pessoas trabalharem numa sala com menos àrea que a minha sala de estar). Como sempre Portugal vive num défice de pragmatismo, onde ninguem faz nada, e todos esperam que os problemas desapareçam por si ou por alguma arte mágica ( talvez seja melhor contratar o Prof.
Alexandrino).
Sendo assim os aumentos da FP nem me causam engulhos, até porque muitas desta pessoas tem 2 anos que não são aumentados. O que me causa alguma azia é o facto de sermos dos paises onde a qualidade dos serviços é a pior e onde se gasta maior % do PIB.
Posso dizer que em Portugal o que falta são "tomates" aos nossos governantes, que têm a lata de vir para a telivisão dizer que certas reformas são obscenas, que certas coisas na FP são pornográficas, mas quando chega a altura de se mudar algo não vê medida nenhuma, e já se sabe quem invariavelmente irá pagar a factura desta inação governamental, O Zé Povinho.
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
Corrupção
Talvez venha só um pouco a propósito do tema que tem entusiasmado muito os portugueses mas não queria deixar de acrescentar aqui esta história sobre funcionários públicos...
O meu pai era funcionário público na Secretaria duma Câmara Municipal e há cerca de 35 atrás tratava, entre outros assuntos, dos passaportes, muitos eram para imigrantes, pessoas normalmente sem grandes meios e que queriam tentar uma vida melhor noutros países porque como se sabe aqui a vida cá era difícil... mas ainda assim essas pessoas era costume deixarem uma gratificação que o meu pai aceitava. O ordenado dos funcionários públicos no tempo de antes do 25 Abril era inferior em média comparado com os dos privados mas em contrapartida havia outras regalias...entre elas a reforma por inteiro e daí o meu pai ter recusado bons empregos, num dos quais lhe pagariam 3x mais ...
Ora, determinado dia chega um pseudo colega do meu pai e faz-lhe o seguinte convite: ó fulano, não falta para aí pessoal a pedir passaportes e nós podíamos arranjar aqui um esquema para dar uma pipa de massa. O meu pai, já desconfiado, lá foi ouvindo o tipo. A proposta era um esquema a três, qualquer coisa do género de ...o indivíduo vem ter contigo, pede um passaporte e tu começas por pôr umas dificuldades mas dizes-lhe para vir ter comigo. O tipo vem ter comigo e eu ponho-lhe uns problemas, etc., etc. e mando-o ir ter com Beltrano. O Beltrano dá-lhe a volta e manda-o ir ter contigo novamente... aí o desgraçado, que precisa mesmo do passaporte, ou já se coçou antes ou acaba finalmente por largar a nota ao ter de voltar ao princípio. O esquema era simples como se vê.
Bem, o meu pai disse-lhe que nunca mais lhe dirigisse a palavra, virou-lhe as costas e desde aí deixaram de se cumprimentar. O meu pai sempre teve a mania que era honesto e assim nunca passou da “cepa torta”. Morreu pobre como Salazar de quem ele era grande admirador. Entre outras histórias de meu pai também esta nunca mais me esqueceu.
Entretanto o dito cujo, chegou a responsável da secção do Registo Civil e por certo com muitas outras habilidades pelo meio pois o nível de vida que fazia, e ainda faz...é bem evidente.
Mas o meu espanto foi quando uns anos mais tarde, já com idade de reforma, o tipo aparece no semanário local de maior tiragem, em grande entrevista de 2 páginas, com foto muito bonita na secretária no seu gabinete, sendo muito louvado e elogiado pelo seu apego ao trabalho e, pois, que recusava a aposentação em prol da comunidade, etc, etc. Posso acrescentar relativamente a esse Sr. que muitas vezes o vi em comezainas com empreiteiros e outros funcionários locais, tais como fiscais... que grande cambada.
Conclusão: Este mundo é dos espertos e dos mais fortes, e como na natureza, sobreviverá aquele que melhor se adapte ao meio ambiente local. E na verdade a PEQUENA E GRANDE CORRUPÇÃO está, sempre esteve, para a sociedade humana como o peixe está para a água, se é que esta comparação me é permitida.
Um abraço
O meu pai era funcionário público na Secretaria duma Câmara Municipal e há cerca de 35 atrás tratava, entre outros assuntos, dos passaportes, muitos eram para imigrantes, pessoas normalmente sem grandes meios e que queriam tentar uma vida melhor noutros países porque como se sabe aqui a vida cá era difícil... mas ainda assim essas pessoas era costume deixarem uma gratificação que o meu pai aceitava. O ordenado dos funcionários públicos no tempo de antes do 25 Abril era inferior em média comparado com os dos privados mas em contrapartida havia outras regalias...entre elas a reforma por inteiro e daí o meu pai ter recusado bons empregos, num dos quais lhe pagariam 3x mais ...
Ora, determinado dia chega um pseudo colega do meu pai e faz-lhe o seguinte convite: ó fulano, não falta para aí pessoal a pedir passaportes e nós podíamos arranjar aqui um esquema para dar uma pipa de massa. O meu pai, já desconfiado, lá foi ouvindo o tipo. A proposta era um esquema a três, qualquer coisa do género de ...o indivíduo vem ter contigo, pede um passaporte e tu começas por pôr umas dificuldades mas dizes-lhe para vir ter comigo. O tipo vem ter comigo e eu ponho-lhe uns problemas, etc., etc. e mando-o ir ter com Beltrano. O Beltrano dá-lhe a volta e manda-o ir ter contigo novamente... aí o desgraçado, que precisa mesmo do passaporte, ou já se coçou antes ou acaba finalmente por largar a nota ao ter de voltar ao princípio. O esquema era simples como se vê.
Bem, o meu pai disse-lhe que nunca mais lhe dirigisse a palavra, virou-lhe as costas e desde aí deixaram de se cumprimentar. O meu pai sempre teve a mania que era honesto e assim nunca passou da “cepa torta”. Morreu pobre como Salazar de quem ele era grande admirador. Entre outras histórias de meu pai também esta nunca mais me esqueceu.
Entretanto o dito cujo, chegou a responsável da secção do Registo Civil e por certo com muitas outras habilidades pelo meio pois o nível de vida que fazia, e ainda faz...é bem evidente.
Mas o meu espanto foi quando uns anos mais tarde, já com idade de reforma, o tipo aparece no semanário local de maior tiragem, em grande entrevista de 2 páginas, com foto muito bonita na secretária no seu gabinete, sendo muito louvado e elogiado pelo seu apego ao trabalho e, pois, que recusava a aposentação em prol da comunidade, etc, etc. Posso acrescentar relativamente a esse Sr. que muitas vezes o vi em comezainas com empreiteiros e outros funcionários locais, tais como fiscais... que grande cambada.
Conclusão: Este mundo é dos espertos e dos mais fortes, e como na natureza, sobreviverá aquele que melhor se adapte ao meio ambiente local. E na verdade a PEQUENA E GRANDE CORRUPÇÃO está, sempre esteve, para a sociedade humana como o peixe está para a água, se é que esta comparação me é permitida.
Um abraço
- Mensagens: 37
- Registado: 11/12/2002 2:46
- Localização: Porto
Re: Essa do estímulo ...
Marco Escreveu:não me parece claramente uma boa razão, pois as promoções e subidas, normalmente resultam de quase tudo, menos de competência e empenho.
Claro como a água!!! competência deve ser dos últimos requisitos para os cargos mais bem pagos!!!! pertencerem ao partido deve ser o primeiro, depois vêm os filhos, sobrinhos, primos e afilhados...
Esse argumento do estímulo ...
Esse argumento do estímulo não me parece claramente uma boa razão, pois as promoções e subidas, normalmente resultam de quase tudo, menos de competência e empenho no trabalho.
-
Marco
Essa do estímulo ...
não me parece claramente uma boa razão, pois as promoções e subidas, normalmente resultam de quase tudo, menos de competência e empenho.
-
Marco
Diferenças salariais
Mas tem que haver diferenças salariais, porque se não todo o mundo se sente realizado e sem grande estímulo para trabalhar e ser promovido a categorias superiores. Os vencimentos mais altos estimula ps funcionários a fazerem mais por alcançar esses vencimentos.
Penso eu de que...
Penso eu de que...
-
Sabepouco
não 2,2%, mas 3%
Caro MC,
as contas referentes aos 14 contos, diziam respeito a cerca de 3% e não 2,2%, como podes ver em cima.
Baseio-me em dados do ministro (entrevista à RTP) que diz que o salário médio são de 1800 Euros (380 contos).
As contas:
700.000 funcionários * 14 meses * 14 contos = 137.200.000 contos.
Dito de outra forma , se cada 1% de aumento são 50 milhões de contos (comunicação ao País de Bagão Félix a partir da Holanda), 3% serão o triplo 150 milhões de contos.
as contas referentes aos 14 contos, diziam respeito a cerca de 3% e não 2,2%, como podes ver em cima.
Baseio-me em dados do ministro (entrevista à RTP) que diz que o salário médio são de 1800 Euros (380 contos).
As contas:
700.000 funcionários * 14 meses * 14 contos = 137.200.000 contos.
Dito de outra forma , se cada 1% de aumento são 50 milhões de contos (comunicação ao País de Bagão Félix a partir da Holanda), 3% serão o triplo 150 milhões de contos.
-
Marco
Caro Marco
Não vou discutir o assunto, apenas para dizer que mesmo em termos médios, para que um aumento de 2,2% corresponda a 14 contos, o vencimento médio do funcionário teria que ser na ordem dos 636 contos, o que me parece de todo irreal. Alguém anda a fazer mal as contas.
Um abraço
Não vou discutir o assunto, apenas para dizer que mesmo em termos médios, para que um aumento de 2,2% corresponda a 14 contos, o vencimento médio do funcionário teria que ser na ordem dos 636 contos, o que me parece de todo irreal. Alguém anda a fazer mal as contas.
Um abraço
Ter sempre um plano e acreditar nele. Nada acontece por acidente.
(Chwick Knox)
(Chwick Knox)
- Mensagens: 332
- Registado: 5/11/2002 0:04
- Localização: 17
Aumentos salariais da F. Pública!
Aumentos salariais da F. Pública!
Já que o Sr. Ministro das Finanças, anunciou na entrevista à RTP que os aumentos da F. Pública serão superiores a 2.2%. Vamos supor que serão 3%. Se cada 1% equivale a 50 milhões de contos por ano, então 3% seriam 150 Milhões de contos/ano.
Dadas as brutais e mesmo obscenas (parafraseando o o próprio Ministro, a propósito da reforma de Mira Amaral) descrepâncias de salários, deixo aqui uma proposta:
150 Milhões de Contos / 700 mil funcionários públicos daria cerca de 200 contos por ano a cada funcionário, ou seja 14 contos por mês.
Como o país está numa situação dificil, proponho que o estado gaste apenas metade desse valor, 75 milhões de contos e dê de aumento a cada trabalhador 10 contos mensais, nos salários até 750 contos, congelando os salários acima desse valor.
10 contos para quem ganha 70, 80, 100, 130 contos é uma pequena fortuna no fim do mês. Para quem ganha 800, 900, 1000, 1500 contos, esse montante não aquece nem arrefece.
Se houver vontade política, o Ministro Bagão Félix, poderá facilmente explicar isto aos Portugueses, que todos entenderão de forma muito fácil.
Mas isto não vos aparece demasiado óbvio!
Por que será que não irá ser assim?
Alguém percebe?
Já que o Sr. Ministro das Finanças, anunciou na entrevista à RTP que os aumentos da F. Pública serão superiores a 2.2%. Vamos supor que serão 3%. Se cada 1% equivale a 50 milhões de contos por ano, então 3% seriam 150 Milhões de contos/ano.
Dadas as brutais e mesmo obscenas (parafraseando o o próprio Ministro, a propósito da reforma de Mira Amaral) descrepâncias de salários, deixo aqui uma proposta:
150 Milhões de Contos / 700 mil funcionários públicos daria cerca de 200 contos por ano a cada funcionário, ou seja 14 contos por mês.
Como o país está numa situação dificil, proponho que o estado gaste apenas metade desse valor, 75 milhões de contos e dê de aumento a cada trabalhador 10 contos mensais, nos salários até 750 contos, congelando os salários acima desse valor.
10 contos para quem ganha 70, 80, 100, 130 contos é uma pequena fortuna no fim do mês. Para quem ganha 800, 900, 1000, 1500 contos, esse montante não aquece nem arrefece.
Se houver vontade política, o Ministro Bagão Félix, poderá facilmente explicar isto aos Portugueses, que todos entenderão de forma muito fácil.
Mas isto não vos aparece demasiado óbvio!
Por que será que não irá ser assim?
Alguém percebe?
-
Marco
11 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado: