Terrorismo
Habitualmente procuro não intervir em determinado tipo de tópicos mas agora sinto essa necessidade. Como em tudo na vida, a realidade não é uma única. Há mesmo muitas realidades. A minha, a vossa, a do outro e a do próximo...
A miséria humana não tem responsáveis exclusivos e a sua natureza reveste-se de uma complexidade que ultrapassa o óbvio.
Ao ler este tópico veio-me à memória os idos anos de 1997 quando o actual eurodeputado Miguel Portas foi a Moçambique em "missão de serviço" fazer um programazeco que passou no Canal 2 da RTP e que mais não era do que propaganda pura. Transgrediu este senhor propriedade privada, falou com os nossos trabalhadores sem nossa autorização prévia nas nossas propriedades e transmitiu para o exterior uma imagem completamente deturpada do que era aquela realidade. É que a realidade que ele não quis mostrar não era tão vendável e em linha com a política por ele defendida. De tal forma que o referido senhor nem sequer se dignou a solicitar uma entrevista com ninguém da Direcção da empresa. Mas enfim, são coisas da vida...
Tal como Angola. É mais fácil dizer que andam a roubar bué e que anda tudo a morrer à fome. Ya. Já o diziam em Moçambique. Mas a realidade é que Moçambique caminhou com passo firme rumo a um modelo de desenvolvimento sustentável elogiado inclusivamente pelos que ontem diziam serem eles todos uns corruptos e gatunos. Quem viu Moçambique em 1992, 1995 e o vê agora... Quem viu Angola há 2 anos atrás e quem a vê agora. Está em marcha e a mesma será acelerada. Deve-se a desgraça dos angolanos à vergonha tão apregoada? Vamos com calma. O que se vê cá não é o que se passa lá. É o poder dos media. Lembra-me algumas notícias sobre Cabinda que passaram em Portugal e que me contaram ao telefone estando eu lá. Foi grande a minha perplexidade perante o que por cá se dizia. Mas isto é mesmo tudo assim...
Falar de cor é fácil. Da mesma forma que olhar para a casa do vizinho é muito mais fácil do que para a nossa. Também Portugal podia ser um país espectacular e não é. Tem todas as condições mas não é. Porquê? Digam vocês, a mim já não me apetece...
Ainda sobre Angola, não sejamos ingénuos. Mas alguém tem alguma ideia do esforço financeiro necessário para por o país a funcionar normalmente!? Deixemo-nos argumentos falaciosos se é que se podem considerar argumentos... O que é afinal uma economia de guerra? O que é um país que terminou há apenas 2 anos um período de guerra de 40 anos!?
As reformas em Angola estão a decorrer a passo acelerado. Mais acelerado do que quando eu estava em Moçambique e vivi algumas das que por lá ocorreram. A tentativa de estabilização macroeconómica em Angola é já uma realidade com resultados bem visíveis! A especulação cambial do paralelo foi quase asfixiada, a taxa de inflação está controlada mesmo com a introdução de novas notas... O país corre a bom ritmo, mesmo dentro dos condicionalismos impostos pela "desestruturação" a que foi sujeito nas últimas décadas.
O que se passa em Angola é uma vergonha? Talvez seja. Mas sendo nós um Estado muito mais evoluído, é muito mais vergonhoso que coisas inacreditáveis continuem a suceder-se em Portugal. O descaramento é cada vez maior e é um fartar vilanagem. Lá dizia o velho Chissano "o cabrito come onde está amarrado".
Quanto às poderosas armas norte-americanas contra a descrição das velhinhas AK47 (talvez ferrujentas lol) mais as fisgas da Al-Qaeda, tenho por norma minha investigar um qualquer assunto antes de me pronunciar sobre o mesmo sob pena de não ser levado a sério e cair numa espécie de lugar-comum.
Um abraço,
MozHawk
A miséria humana não tem responsáveis exclusivos e a sua natureza reveste-se de uma complexidade que ultrapassa o óbvio.
Ao ler este tópico veio-me à memória os idos anos de 1997 quando o actual eurodeputado Miguel Portas foi a Moçambique em "missão de serviço" fazer um programazeco que passou no Canal 2 da RTP e que mais não era do que propaganda pura. Transgrediu este senhor propriedade privada, falou com os nossos trabalhadores sem nossa autorização prévia nas nossas propriedades e transmitiu para o exterior uma imagem completamente deturpada do que era aquela realidade. É que a realidade que ele não quis mostrar não era tão vendável e em linha com a política por ele defendida. De tal forma que o referido senhor nem sequer se dignou a solicitar uma entrevista com ninguém da Direcção da empresa. Mas enfim, são coisas da vida...
Tal como Angola. É mais fácil dizer que andam a roubar bué e que anda tudo a morrer à fome. Ya. Já o diziam em Moçambique. Mas a realidade é que Moçambique caminhou com passo firme rumo a um modelo de desenvolvimento sustentável elogiado inclusivamente pelos que ontem diziam serem eles todos uns corruptos e gatunos. Quem viu Moçambique em 1992, 1995 e o vê agora... Quem viu Angola há 2 anos atrás e quem a vê agora. Está em marcha e a mesma será acelerada. Deve-se a desgraça dos angolanos à vergonha tão apregoada? Vamos com calma. O que se vê cá não é o que se passa lá. É o poder dos media. Lembra-me algumas notícias sobre Cabinda que passaram em Portugal e que me contaram ao telefone estando eu lá. Foi grande a minha perplexidade perante o que por cá se dizia. Mas isto é mesmo tudo assim...
Falar de cor é fácil. Da mesma forma que olhar para a casa do vizinho é muito mais fácil do que para a nossa. Também Portugal podia ser um país espectacular e não é. Tem todas as condições mas não é. Porquê? Digam vocês, a mim já não me apetece...
Ainda sobre Angola, não sejamos ingénuos. Mas alguém tem alguma ideia do esforço financeiro necessário para por o país a funcionar normalmente!? Deixemo-nos argumentos falaciosos se é que se podem considerar argumentos... O que é afinal uma economia de guerra? O que é um país que terminou há apenas 2 anos um período de guerra de 40 anos!?
As reformas em Angola estão a decorrer a passo acelerado. Mais acelerado do que quando eu estava em Moçambique e vivi algumas das que por lá ocorreram. A tentativa de estabilização macroeconómica em Angola é já uma realidade com resultados bem visíveis! A especulação cambial do paralelo foi quase asfixiada, a taxa de inflação está controlada mesmo com a introdução de novas notas... O país corre a bom ritmo, mesmo dentro dos condicionalismos impostos pela "desestruturação" a que foi sujeito nas últimas décadas.
O que se passa em Angola é uma vergonha? Talvez seja. Mas sendo nós um Estado muito mais evoluído, é muito mais vergonhoso que coisas inacreditáveis continuem a suceder-se em Portugal. O descaramento é cada vez maior e é um fartar vilanagem. Lá dizia o velho Chissano "o cabrito come onde está amarrado".
Quanto às poderosas armas norte-americanas contra a descrição das velhinhas AK47 (talvez ferrujentas lol) mais as fisgas da Al-Qaeda, tenho por norma minha investigar um qualquer assunto antes de me pronunciar sobre o mesmo sob pena de não ser levado a sério e cair numa espécie de lugar-comum.
Um abraço,
MozHawk
Bem mas aquilo em Angola supera tudo quanto se possa imaginar Portugal a comparar com Angola é um país de Anjinhos disso não tenha duvidas estar a comparar Portugal com Angola deve ser o mesmo que comparar a Madre Teresa de Calcutá com a Madona
Cumpts
Vasco

Cumpts
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
valves Escreveu:Bem o que se passa em Angola é simplesmente uma vergonha ... e quem conhece bem os meandros sabe do que estou a falar ... é simplesmente vergonhoso ... não tem outro nome por mais que se queira dar ...
Um abraço
Vasco
Mas não é preciso olhar para fora do país.
Repare que no ano passado e devido aos incêndios, foram feitas campanhas pelos bancos e pelos média, e apoios do governo que dizia de milhões, e afinal passado este tempo todo, mais de 80% dos atingidos ainda não receberam qualquer apoio, onde anda esse dinheiro?

-
Visitante
Bem o que se passa em Angola é simplesmente uma vergonha ... e quem conhece bem os meandros sabe do que estou a falar ... é simplesmente vergonhoso ... não tem outro nome por mais que se queira dar ...
Um abraço
Vasco
Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Dei exemplos de vários países, alguns fora do âmbito da "civilização ocidental" para evidenciar que devem ser mesmo todos a contribuir ( alguns com mudanças das práticas religiosas, das práticas políticas, etc) considerando que as demoracias ocidentais não são sistemas perfeitos e que podem ser melhorados e muito. Alem disso a "civilização ocidental" já está a contribuir e muito com os actuais níveis do preço do petróleo.
-
Visitante
Anonymous Escreveu:´Porque é que têm de ser os americanos a ajudar economicamente essas populações?? Porque não os ingleses, franceses, alemães, suecos, portugueses, chineses, russos, venezuelanos, iranianos, líbios, marroquinos, etc, etc, todo o mundo?? Que eu saiba o terrorismo afecta toda a gente e todos se deveriam preocupar em irradia-lo deste lindo planeta.
Porque foram sempre os americanos mais a sua ganância, que originaram esta guerra. Fizeram a cama e agora que se deitem nela, pois que eu saiba todos os pretextos para a »invasão« do iraque foram manipulados e falsos, o petróleo falou mais alto, e não estou contra os americanos ou até mesmo o bush, ele é um burrito um pobre coitado que é manipulado pelos seus mais directos colaboradores.
Amigo vim agora de Angola e tive o prazer de assistir aquilo que se passa pelo fundo fora, ganância, poder, riqueza. Saiba vossa excêlencia, que num dos locais que visitei andam empresas portuguesas a trabalhar num desvio de um rio, para depois aquilo ser explorado, não consegui descobrir por quem mas o BES anda lá, aquilo vai ter a maior mina de extração de diamantes e outras pedras preciosas, mas a pobreza e a miséria continua em Angola a olhos vistos. Agora pergunto-lhe: quem deveria ajudar esta gente?
-
Visitante
Bem falava dos Americanos porque normalmente são eles os Alemães e os Japoneses que normalmente se chegam á frente quando é para pagar as contas ...
mas é obvio que é um dever de todos os países da chamada civilização ocidental
Um abraço
Vasco

Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
´Porque é que têm de ser os americanos a ajudar economicamente essas populações?? Porque não os ingleses, franceses, alemães, suecos, portugueses, chineses, russos, venezuelanos, iranianos, líbios, marroquinos, etc, etc, todo o mundo?? Que eu saiba o terrorismo afecta toda a gente e todos se deveriam preocupar em irradia-lo deste lindo planeta.
-
Visitante
Bons dias não podia deixar de dar aqui a minha opinião sobre a estratégia que os States estão a utilizar na guerra ao terrorismo ...
Alguns meses após o 11 de Setembro os EUA com os seus helicopetros apaches aviões furtivos B2 e caças F16;F14 equipados com armas guiadas por laser, sistemas de navegação por satelite dispositivo de visão noturna avançada lá foram tentar caçar o bin laden e o seu grupo cujo o armamento se resume ás velhinhas kalashnikov a explosivos artesanais e cujo o principal meio de locomoção é o burro para além disso tem um excelente sistema de visão noturna o olho humano para além disso dormem em tentas e sacos de cama no meio do deserto e atrveria a dizer -me que as suas refeições devem ser uma dose de arroz de 2 em 2 dias, claro os soldados americanos não dispensam os hamburgueres ao pequeno almoço, almoço e jantar nem os phones etc etc coisas que para a malta nova ocidental já são verdadeiros bens de 1 ª necessidade. Bem quando toda a gente julgava que aquilo ia ser uma tareia monumental constata -se que a situação ainda está longe de estar resolvida bin laden não está capturado e os seus amigos fazem do afegenistão gato sapato. Quando eu digo que os americanos são estupidos é porque não aprendem com os erros do passado nomeadamente quando levaram forte e feio no vietnam quando substimaram os limites de sacrificio que um povo podia aguentar em torno de uma causa comum Reparem tanto a guerra no Iraque como no afeganistão são guerras não convencionais e uma guerra não convencional não se ganha de uma forma convencional. Quando os EUA perceberem que a unica forma de ganharem os conflitos no Iraque e no Afeganistão é através de uma ajuda economica macica ás populações de uma radical mudança no sistema educativo que os faça pelo menos compreender o modo de vida das sociedades ocidentais então pode ser que as armas tão tecnologicamente avançadas deixem de ser precisas nessas áreas .
Alguns meses após o 11 de Setembro os EUA com os seus helicopetros apaches aviões furtivos B2 e caças F16;F14 equipados com armas guiadas por laser, sistemas de navegação por satelite dispositivo de visão noturna avançada lá foram tentar caçar o bin laden e o seu grupo cujo o armamento se resume ás velhinhas kalashnikov a explosivos artesanais e cujo o principal meio de locomoção é o burro para além disso tem um excelente sistema de visão noturna o olho humano para além disso dormem em tentas e sacos de cama no meio do deserto e atrveria a dizer -me que as suas refeições devem ser uma dose de arroz de 2 em 2 dias, claro os soldados americanos não dispensam os hamburgueres ao pequeno almoço, almoço e jantar nem os phones etc etc coisas que para a malta nova ocidental já são verdadeiros bens de 1 ª necessidade. Bem quando toda a gente julgava que aquilo ia ser uma tareia monumental constata -se que a situação ainda está longe de estar resolvida bin laden não está capturado e os seus amigos fazem do afegenistão gato sapato. Quando eu digo que os americanos são estupidos é porque não aprendem com os erros do passado nomeadamente quando levaram forte e feio no vietnam quando substimaram os limites de sacrificio que um povo podia aguentar em torno de uma causa comum Reparem tanto a guerra no Iraque como no afeganistão são guerras não convencionais e uma guerra não convencional não se ganha de uma forma convencional. Quando os EUA perceberem que a unica forma de ganharem os conflitos no Iraque e no Afeganistão é através de uma ajuda economica macica ás populações de uma radical mudança no sistema educativo que os faça pelo menos compreender o modo de vida das sociedades ocidentais então pode ser que as armas tão tecnologicamente avançadas deixem de ser precisas nessas áreas .
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
Terrorismo
"Cimeira de Terroristas" realizou-se em Março no Paquistão, diz a revista "Time" (17/08 | 7:54)
Um grupo dos mais importantes elementos da Al-Qaeda reuniu-se em Março passado no Paquistão para uma "cimeira" semelhante a uma outra que antecedeu os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os EUA, revela a revista norte-americana "Time" na sua última edição. Por seu lado, responsáveis militares paquistaneses ouvidos pela Reuters negam que um encontro deste tipo tenha acontecido.
Citando o Presidente paquistanês, Pervez Musharraf, a "Time" explica que o encontro da "elite do terrorismo" reuniu alguns dos homens que nas últimas semanas foram detidos, como o indiano Abu Issa al-Hindi, preso no Reino Unido, ou o paquistanês-americano Mohammed Junaid Babar, capturado em Abril em Queens, Nova Iorque.
"As personalidades envolvidas, as operações, o facto de um perito em explosivos ter vindo e ter voltado, tudo isto é extremamente significativo", sublinhou o Presidente paquistanês, enquanto outra fonte citada pela revista descrevia o encontro como "a reunião de um grupo de assassinos a sangue-frio, com muita experiência no que fazem e um desejo intenso de infligir muita dor e sofrimento à América".
Tanto Al-Hindi como Babar fazem parte daquilo que Musharraf descreve como a "segunda linha" de líderes da Al-Qaeda. Babar, por exemplo, estaria encarregue dos abastecimentos e terá chegado às zonas tribais do Waziristão Sul, onde decorreu o encontro, com dinheiro, sacos-cama, ponchos, meias à prova de água e outro material para os combatentes que vivem nas montanhas junto à fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
"É uma espécie de Elvis"
Mas as preocupações das autoridades, quer americanas quer paquistanesas, estão concentradas numa terceira figura que terá participado na "cimeira" e que ainda está em liberdade: Adnan el-Shukrijumah, que a "Time" identifica como sendo um árabe, nascido na Guiana, e também um piloto comercial com conhecimentos sobre o fabrico de bombas.
Filho de um imã de nacionalidade saudita-iemenita, Shukrijumah foi criado na Florida, onde o pai pregava a linha dura do wahabbismo saudita numa pequena mesquita. Estudou informática nos EUA, tem passaportes da Guiana e de Trinidad (e possivelmente também do Canadá e Arábia Saudita) e fala perfeitamente inglês.
Em Maio, o FBI lançou um aviso em relação a Shukrijumah, identificando-o como um dos cinco terroristas mais perigosos da Al-Qaeda, e não hesitando em considerar que ele poderia ser "o próximo Mohammed Atta", referindo-se ao mais conhecido dos piratas do ar suicidas que executaram os atentados de 11 de Setembro.
Apesar da família - que diz nunca mais o ter visto desde alguns meses antes do 11 de Setembro - garantir que ele não está ligado ao terrorismo e que vive em Marrocos com a mulher e um filho pequeno, os investigadores consideram que há demasiadas coincidências suspeitas. Ele vivia perto ou frequentou alguns dos locais frequentados por outros suspeitos de terrorismo.
Desde o aviso público, o FBI não tem deixado de receber informações sobre o suposto paradeiro de Shukrijumah. "É uma espécie de Elvis", disse um responsável dos serviços secretos, "aparece em todo o lado", desde as Cataratas do Niagara até às Honduras.
O porta-voz militar paquistanês general Shaukat Sultan negou, entretanto, veementemente que uma "cimeira de terroristas" se tenha realizado no país em Março. "Essa história foi ficcionada", disse à Reuters. O que, segundo o general Sultan, Musharraf terá contado à "Time" foi que houve um encontro "discreto" na cidade de Lahore, entre o informático Mohammad Naeem Noor Khan, entretanto capturado, e Musa al-Hindi, preso no Reino Unido. Ainda segundo o porta-voz militar, Khan encontrou-se também com um perito em armas, que poderia ser Adnan el-Shukrijumah.
O ministro do Interior do Paquistão, Faisal Saleh Hayat, confirmou que a região de Shakai, no Waziristão Sul, foi até Junho uma "base de operações", onde os militantes poderão ter discutido planos, mas não confirmou a existência de uma "cimeira" como a descrita pela "Time".
Um grupo dos mais importantes elementos da Al-Qaeda reuniu-se em Março passado no Paquistão para uma "cimeira" semelhante a uma outra que antecedeu os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os EUA, revela a revista norte-americana "Time" na sua última edição. Por seu lado, responsáveis militares paquistaneses ouvidos pela Reuters negam que um encontro deste tipo tenha acontecido.
Citando o Presidente paquistanês, Pervez Musharraf, a "Time" explica que o encontro da "elite do terrorismo" reuniu alguns dos homens que nas últimas semanas foram detidos, como o indiano Abu Issa al-Hindi, preso no Reino Unido, ou o paquistanês-americano Mohammed Junaid Babar, capturado em Abril em Queens, Nova Iorque.
"As personalidades envolvidas, as operações, o facto de um perito em explosivos ter vindo e ter voltado, tudo isto é extremamente significativo", sublinhou o Presidente paquistanês, enquanto outra fonte citada pela revista descrevia o encontro como "a reunião de um grupo de assassinos a sangue-frio, com muita experiência no que fazem e um desejo intenso de infligir muita dor e sofrimento à América".
Tanto Al-Hindi como Babar fazem parte daquilo que Musharraf descreve como a "segunda linha" de líderes da Al-Qaeda. Babar, por exemplo, estaria encarregue dos abastecimentos e terá chegado às zonas tribais do Waziristão Sul, onde decorreu o encontro, com dinheiro, sacos-cama, ponchos, meias à prova de água e outro material para os combatentes que vivem nas montanhas junto à fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.
"É uma espécie de Elvis"
Mas as preocupações das autoridades, quer americanas quer paquistanesas, estão concentradas numa terceira figura que terá participado na "cimeira" e que ainda está em liberdade: Adnan el-Shukrijumah, que a "Time" identifica como sendo um árabe, nascido na Guiana, e também um piloto comercial com conhecimentos sobre o fabrico de bombas.
Filho de um imã de nacionalidade saudita-iemenita, Shukrijumah foi criado na Florida, onde o pai pregava a linha dura do wahabbismo saudita numa pequena mesquita. Estudou informática nos EUA, tem passaportes da Guiana e de Trinidad (e possivelmente também do Canadá e Arábia Saudita) e fala perfeitamente inglês.
Em Maio, o FBI lançou um aviso em relação a Shukrijumah, identificando-o como um dos cinco terroristas mais perigosos da Al-Qaeda, e não hesitando em considerar que ele poderia ser "o próximo Mohammed Atta", referindo-se ao mais conhecido dos piratas do ar suicidas que executaram os atentados de 11 de Setembro.
Apesar da família - que diz nunca mais o ter visto desde alguns meses antes do 11 de Setembro - garantir que ele não está ligado ao terrorismo e que vive em Marrocos com a mulher e um filho pequeno, os investigadores consideram que há demasiadas coincidências suspeitas. Ele vivia perto ou frequentou alguns dos locais frequentados por outros suspeitos de terrorismo.
Desde o aviso público, o FBI não tem deixado de receber informações sobre o suposto paradeiro de Shukrijumah. "É uma espécie de Elvis", disse um responsável dos serviços secretos, "aparece em todo o lado", desde as Cataratas do Niagara até às Honduras.
O porta-voz militar paquistanês general Shaukat Sultan negou, entretanto, veementemente que uma "cimeira de terroristas" se tenha realizado no país em Março. "Essa história foi ficcionada", disse à Reuters. O que, segundo o general Sultan, Musharraf terá contado à "Time" foi que houve um encontro "discreto" na cidade de Lahore, entre o informático Mohammad Naeem Noor Khan, entretanto capturado, e Musa al-Hindi, preso no Reino Unido. Ainda segundo o porta-voz militar, Khan encontrou-se também com um perito em armas, que poderia ser Adnan el-Shukrijumah.
O ministro do Interior do Paquistão, Faisal Saleh Hayat, confirmou que a região de Shakai, no Waziristão Sul, foi até Junho uma "base de operações", onde os militantes poderão ter discutido planos, mas não confirmou a existência de uma "cimeira" como a descrita pela "Time".
-
Visitante
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: 01José01Ferreira, brunoktm, carlosdsousa, latbal, m-m, malakas, Manchini888, nunorpsilva, peterteam2, PMP69, trilhos2006 e 150 visitantes