Fisco continua a tributar mais-valias se a herança se mantiver indivisa

[Visitante]

Vivam,

Ora bem, eu faço todas as semanas a via sacra Lisboa-Porto / Porto-Lisboa e pela ida e volta em 1ª/Conforto paga-se cerca de 60 Euro. Eu não me estou a ver a pagar 120 Euro (o dobro) para demorar menos meia hora (ou mesmo uma hora) ... Alguém irá pagar esse valor ?
Na minha opinião estamos a construir, com toda a pompa e circunstancia, mais um "elefante branco" que depois terão que ser os contribuintes a sustentar :-(

jepm

pois o elefante branco vai fazer uma lavagem cerebral ao Zé-povinho. Na prática foi tudo ao contrário, perca de poder de compra, aumento real dos impostos e muito mais, mas vão tentar trnsmitir tudo ao contrário, tipo uma hipnose
Agora percebo quem paga as campanhas dos governos, somos nós e a taxa que pagamos à RTP

Governo mostra «obra feita» em dois anos

Um Portugal moderno, alegre e feliz. Esta é a mensagem que o PSD quer transmitir num filme de sete minutos, divulgado esta quinta-feira à noite na RTP1.
O partido de Pedro Santana Lopes, ao abrigo do seu direito de antena, mostra aos portugueses aquilo que diz ter feito nos últimos dois anos.

O «spot» de propaganda política, onde palavras como «esperança» e «confiança» acompanham imagens de portugueses com um ar satisfeito com a vida, é o primeiro sob a liderança de Santana Lopes.

O PSD elenca tudo o que, na sua visão, vai bem no país e fala aos portugueses «de todas as idades, todas as cores, todos os credos e todas as classes sociais».

Esta quinta-feira os portugueses poderão dormir descansados porque Portugal está no bom caminho, dizem: saímos «de uma situação orçamental grave» e soubemos negociar a Política Agrícola Comum e a Política Comum das Pescas «tão importante para os Açores». As regiões autónomas não são esquecidas no filme, com imagens dignas do melhor anúncio de promoção turística.

E quais são as «reformas indispensáveis para o nosso futuro», que, acreditando no que é dito no "clip", «foram feitas»? Os aumentos das pensões, o apoio aos ex-combatentes, um novo regimento mais célere de adopção e o abono de família e a criação do rendimento social de inserção.

O filme não refere o facto do ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, Fernando Negrão, ter reconhecido, esta segunda-feira em Castelo Rodrigo, que as pensões para idosos são insuficientes e esquece os problemas que se têm registado na aplicação do "sucessor" do rendimento mínimo garantido.

O PSD refere a ainda profissionalização das forças armadas como um facto consumado, apesar do fim do serviço militar obrigatório só se tornar realidade em Novembro.

Mas os «sucessos» não param aqui. O PSD destaca ainda a privatização dos notários e afirma que as contas do campeonato europeu de Futebol foram «respeitadas ao cêntimo».

Outras «conquistas» são a redução do IRC, o fim da sisa, o início da reforma da administração pública, a introdução do mecenato científico e a chegada dos medicamentos genéricos.

Estes dois anos de governação "laranja" também deram à luz a Agência Portuguesa de Investimentos, levaram a cabo a reforma do sector das florestas e a revisão curricular do ensino secundário. O filme não refere que Jorge Sampaio vetou a Lei de Bases da Educação, nem que os professores dos ensinos básico e secundário só vão saber onde serão colocados na segunda quinzena de Agosto. Aliás, o PSD optou por não enunciar um único problema no país.

Depois de dizer adeus a Durão Barroso e saudar Santana Lopes no seu novo cargo, o filme chega ao clímax mesmo antes de acabar com uma referência ao «melhor campeonato Europeu de sempre».

Ricardo, o guarda-redes da selecção nacional, deseja boa sorte ao primeiro-ministro que parte para a Europa e diz-se honrado «pelo golo» de Durão Barroso. Um dos novos heróis nacionais convida os portugueses a confiarem neste novo Governo.

À imagem de um antigo tempo de antena do PSD, em que Cavaco aparecia associado ao êxito no Mundial de juniores de Futebol, em 1991, este "clip" despede-se com o golo que Ricardo defendeu e o que marcou logo a seguir contra a Inglaterra. Assim termina o sonho «laranja» que dura sete minutos.

[jepm]

Vivam,

O Rui12Id diz que o preço de ida e volta será de cerca de 120 Euro. Com as paragens previstas, o tempo que demora não deverá ser muito inferior ao Alfa (3 horas) que ainda poderia ser melhor se toda a linha permitisse a velocidade de cruzeiro (cerca de 200 km/hora).

Ora bem, eu faço todas as semanas a via sacra Lisboa-Porto / Porto-Lisboa e pela ida e volta em 1ª/Conforto paga-se cerca de 60 Euro. Eu não me estou a ver a pagar 120 Euro (o dobro) para demorar menos meia hora (ou mesmo uma hora) ... Alguém irá pagar esse valor ?
Na minha opinião estamos a construir, com toda a pompa e circunstancia, mais um "elefante branco" que depois terão que ser os contribuintes a sustentar :-(

Prece-me também que as mentes sábias que estão a desenhar este novo serviço, ainda não se aperceberam que o "foguete" desapareceu há muito e agora, temos comboios dos mais confortaveis do Mundo a fazerem estas viagens, num tempo/custo que já é muito competitivo em relação ao avião ...

Bons negócios,

jepm

[valves]

Sim Rui realmente focaste um pouco muito importante já que está provado que a melhoria das infraestruturas de transporte entre as grandes cidades e as regiões remotas de um país apenas aceleram o processo de migração desses mesmos centros remotos para os grandes aglomerados populacionais ... já agora para ilustrar o problema estima-se que em 2020 a região metropolitana de Lisboa tenha quase 5 milhões de habitantes e que as regiões de Lisboa e Porto juntos tenham quase 70% da população total concentrados nestes 2 polos. A realmente cada vez é mais verdade que Portugal é Lisboa e Porto e o resto é paisagem talvez Braga e Setubal possam ser uma excepção ao deserto ...

[Rui12ld]

Pois é que desenvolver por desenvolver só para dizer-se que investiu, ficar com a consciência tranquila e não tirar nenhum (mas nenhum mesmo) retorno do que se gastou, enfim...

Se calhar não fui explicito caro mec*, mas já agora vou deixar alguns dados sobre alta velocidade.

Imagine a cidade A (PIB interno 5) que se liga a cidade E (PIB interno 4), no meio a cidade B, C e D todas com PIB interno inferior a 1. Quer saber quais as cidades que ganham com a sua construção? E qual a que mais fica a ganhar? É simples: As ganhadoras são a A e E, a mais ganhadora é a A. Isto está provado e mais que provado.
Com o AVE Madrid-Sevilha passou-se o mesmo. Em Ciudad Real esperava-se que os madrileños fossem almoçar a cidade ao fim de semana, pois era iam gastar pipas de massa por um almoço. O que se passou foi exactamente o contrário os habitantes vão de manhã para Madrid, fazem compras, almoçam e jantam por lá, vão ao cinema e saem lá a noite. Foi só dinheirinho a sair da cidade. O comércio quase que fechou (crise pior que na baixa do porto com o metro).
E com Lisboa-Madrid vai-se passar o mesmo.
Se perguntarmos a qualquer pessoa que entenda de alta velocidade se justifica paragens com menos de 100km ela mete logo as mãos a cabeça. De Lisboa ao Porto são 280km com 5 paragens, enfim…

As coisas por vezes não são assim de simples, o exemplo do estudante que dei embora irónico pode bem vir a ser real. O preço Lisboa-Porto ida e volta não serão nunca inferiores a €120.

Abraços cordiais

[Mec*]

Desculpe lá, mas com esse seu último post nem preciso de utilizar mais argumentos, já que o Rui21ld já disse tudo...

Obrigado

[Rui12ld]

Certamente ficarei surpreendido pelo seu número, mas por este ser tão baixo.
Sou de Lisboa e moro em Lisboa, sou novo mas já vivi anos fora de Lisboa dentro do país e fora de este.
Conheço relativamente bem a realidade Portuguesa e a Alentejana ainda melhor para afirmar que mais de 50% dos postos de trabalho naquela região são alimentados pelo estado (assim de simples, e o número é por baixo). Ali não há criatividade, dinheiro, nem força anímica para se poder comportar o gasto da paragem.
Admiro e muito as realidades de Aveiro e Leiria (prefiro sair ali a noite do que em Lisboa, mas sem qq lugar para duvida), cidades pujantes/vibrantes que só pecam pela falta de dimensão (para criar massa crítica – parece uma frase pré-feita mas não é). Justifica no entanto paragens aí? Claro que não!
Coimbra enfim, desculpem lá qualquer coisita mas aquilo é um caso típico de não desenvolvimento de cidade. Quer continuar a ser a eterna estudante? A população estudantil universitária de Lisboa e Porto é quantas vezes superior 5x? E o renome da universidade nunca esteve tão por baixo. É minha opinião que se deveria premiar esta cidade negativamente (tipo descriminação negativa), não lhe dando a paragem. Está-se mesmo a ver o estudante que deixa acumular a loiça no lava-loiças para não gastar água apanhar a alta velocidade a €50 o bilhete . Os governos tem que perceber que a cidade desperdiçou todas as oportunidades concedidas. E porque não apostar em Leiria, Aveiro e Viseu?
Conta-se que a uns anos a associação comercial/industrial reuniu-se e passou o tempo a discutir se a marcha da queima era maior ou não do que a do Porto.

[valves]

Mec disse :

Abrindo um pouco os olhos, verá que Portugal não será só Lisboa (mas não abra demasiado também que queremos na "provincia" continuar a levar uma qualidade de vida melhor que a lisboeta estando estes iludidos com a "#"$%&%& de vida que levam

Sim realmente tens toda a razão existe essa enorme ilusão de que quem vive em Lisboa vive melhor quando é nas cidades pequenas por exemplo do interior que eu constato que as pessoas têm uma qualidade de vida bastante superior e até muitas vezes em termos materiais não nos podemos esquecer que as casas em Lisboa são francamente mais caras que no resto do país e muito especialmente no interior obrigando as pessoas a terem que desviar uma maior proporção do orçamento familiar para o serviço da divida

Um abraço

Vasco

[Mec*]

O Rui12ld desculpe, mas nota-se bem que é de Lisboa...

As acessibilidades são, como se sabe um primeiro passo decisivo para o desenvolvimento sustentado das regiões.
Ora, pese aos custos inerentes a criar paragens nesses pontos, penso que a decisão está mais que correcta, na minha opinião. Não lhe chamaria então custos, mas sim investimento numa que deve ser das principais prioridades de um governo portugues, o desvanecimento das assimetrias regionais.
Abrindo um pouco os olhos, verá que Portugal não será só Lisboa (mas não abra demasiado também que queremos na "provincia" continuar a levar uma qualidade de vida melhor que a lisboeta estando estes iludidos com a "#"$%&%& de vida que levam )
De qualquer forma, o investimento é público e tanto valem os impostos dos alfacinhas como os de todos os outros habitantes de Portugal, daí ser realmente necessario criar desenvolvimento em regioes menos favorecidas, não acha?
Vai daí se calhar daqui a uns anos quando estiver no seu comboio de alta velocidade rumo a LX, ficará surpreendido com as pessoas que sairão / entrarão em referidas paragens.

Cumprimentos
Agora

[Rui12ld]

Já agora metendo a colherada no assunto de grandes obras públicas já leram a noticia? http://jornal.publico.pt/publico/2004/0 ... a/E21.html

Mas que palhaçada é esta de a alta velocidade ter paragens em Leiria, Aveiro, Coimbra e Évora? Quem é que no seu perfeito juízo poderá aprovar uma aberração destas?
Estou mesmo a ver o comboio a parar em Évora e a não sair e entrar ninguém ou então um ou outro desgraçado. Os custos destas paragens são enormes (consumo, etc) sem falar no tempo que se perde (bagagem, anúncio, espera, etc).

[Mec*]

Bem... pelo menos fica estatisticamente provado que nos países organizadores de eventos desportivos "entalados" financeiramente joga-se bem à bola!

[valves]

Bem também não nos podemos esquecer JCS que naquele ano em Espanha Barcelona realizou os Jogos Olimpicos e Madrid salvo erro foi a capital Europeia da cultura e claro depois de uma Grande festa á Espanhola ouve a inevitavel ressaca ... Agora o que me parece é que normalmente as derrapagens são proporcionais ao total do empreendimento o que também me parece logico.

PS : Já agora a proxima EXPO 2008 e tem 3 cidades candidatas :

THESSALONIKI grecia - TEMA - "TERRA MATER"
TRIESTE - Italia - TEMA - MOBILITY OF KNOWLEDGE
ZARAGOÇA - Espanha - TEMA -"Expo 2008", Zaragoza Una Ciudad Por la Paz

Já me disseram que TRIESTE é uma candidatura muito forte.

Um abraço

Vasco

[JCS]

Acredito. Por causa de brincadeiras destas serão menos "1% do PIB" que ficarão nos cofres do estado grego (também aconteceu cá em Portugal) que como o resto da europa terá de cumprir o PEC. Como aconteceu cá, lá acontecerá o mesmo. Lá terão eles inevitávelmente de, ou aumentar os impostos ou de vender património. Os maus da fita serão os do próximo governo... (onde é que eu já vi isto?... ).

Cumprimentos

JCS

[valves]

Olhe JCS e nem é preciso ir tão longe para a Grecia depois da EXPO 92 de Sevilha a ressaca das contas publicas espanholas foi muito violenta ... tendo inclusive acelarado o defice e a recessão que naquela altura se fazia sentir em Espanha. E até lhe digo mais a derrapagem na EXPO 98 a comparar com a EXPO 92 deve ter sido uma brincadeira de meninos

Um abraço

Vasco

[JCS]

Chega-se à conclusão que existem mais "Expo's 98" no mundo...

Cumprimentos

JCS

[valves]

Bem nessa historia dos incumprimentos nas contas publicas nós e os gregos batemo -nos bem para ver quem qual é País que tem o incumprimento em maior escala ... deve ser de sermos ambos países com Sol e á beira mar plantados

[JCS]

Derrapagem no orçamento dos Jogos Olímpicos de 1,6 mil milhões de euros

DE


"O orçamento previsto pelo Governo grego para os Jogos Olímpicos de Atenas 2004 poderá sofrer uma derrapagem de 1,6 mil milhões só este ano, admitiu o secretário de Estado helénico da Economia, Christos Folias.

Segundo o mesmo responsável, o orçamento inicial para 2004, de 1,4 mil milhões de euros, poderá mesmo superar a barreira dos três mil milhões, o que representa um por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Apesar de admitir que os números concretos só poderão ser conhecidos no final do evento, que se disputa entre 13 e 29 de Agosto, Christos Folias reconheceu que os verbas dispararam devido à urgência em concluir as obras em atraso.

No total, os Jogos Olímpicos de Atenas2004 poderão custar ao Estado grego mais de seis mil milhões de euros, valores somados aos orçamentos entre 2000 e 2004."