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Caldeirão da Bolsa

BCP chega a acordo para vender Seguros e Pensões à CGD e For

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por nunofaustino » 19/7/2004 22:54

Artista... concordo contigo... o acordo efectuado foi muito bom para o BCP enquanto que para a Caixa os custos foram elevados.

Se a Caixa podia ter negociado melhores condições? Não só penso que podia como acho que devia. É que as condições de venda parece terem sido ditadas pelo BCP (vendedor) e não pela Caixa (comprador)...

Quanto à decisão de vender como vendeu (a 1.75... não foi mau) eu continuo a defendê-la.

1. Mesmo que a Caixa decidisse vender pouco de cada vez, eu duvido que conseguisse em preço médio superior aos 1.75. Se não conseguisse encontrar um comprador para grande parte destes 110M, eu acredito que a média iria bem para baixo dos 1.75. Repara que estes 1.75 estão colocados menos de 5% abaixo do fecho da semana passada e é irreal pensar que se conseguem vender 100M de acções sem provocar uma queda de, pelo menos, 10% na cotação...

2. A cotação do BCP ficava com um tecto... haveria uma ordem de venda de 110M a pressionar a acção. Ou seja, seria mais difícil encontrar compradores para as muitas acções que teriam de ser vendidas...

Um abraço
Nunofaustino
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por artista_ » 19/7/2004 22:29

Acontece que vocês só estão a considerar duas hipóteses, ou oferecer um prémio a quem compre as acções ou vender directamente em bolsa, é claro que entre estas duas não há dúvidas...

Penso que haveriam muitas outras hipóteses alternativas, já falei de algumas que poderiam ser negociadas com o BCP (será que este precisava de receber o Cash já?! duvido, andou tanto tempo a dizer que não havia pressa) mas certamente haveria muitas outras...

De qualquer forma sendo objectivo, a CGD "perdeu" cerca de 20 Milhões de euros com este negócio ou em alternativa pode considerar que a compra que fez custou mais 20 ME, ou que a menos valia que teve com esta venda foi (ainda) maior em 20ME... não deixa de me surpreender o assumir de uma menos valia tão brutal, sobretudo sendo a CGD uma empresa estatal (ou talvez pelo facto de ser estatal se possa mais facilmente dar a estes "luxos"??!
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por Ulisses Pereira » 19/7/2004 18:44

Nuno, assino por baixo de TUDO o que escreveste. Digo mais... se a Caixa vendesse 100 milhões de acções durante o mês estimo que as últimas acções seriam vendidas bem perto de 1,50 euros

Um abraço,
Ulisses
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por nunofaustino » 19/7/2004 18:38

Tal como disse, não concordo com o preço pago pela CGD (mas como n sou gestor nem sei a real dimensão do que foi comprado, a minha opinião baseia-se nas várias análises efectuadas ao valor da SP). Acho q foi demasiado caro e que a Caixa n soube negociar.

Mas concordo com o modo de vender os 110 Milhões de BCPs. Repara que a Caixa n poderia vender aos poucos porque era uma posição estratégica que convinha manter se o negócio não fosse concluido. Por outro lado, se decidisse vender aos poucos, nunca poderia ser inferior aos 5M por dia. Estás a ver o que isso faria na cotação do BCP... Pensa qual seria o resultado da CGD vender 50M de acções à média de 5M por dia. E ainda faltariam mais 60M...

A sugestão que deste, o BCP ficar com as acções, n interessava ao BCP, pois p BCP precisava de $$ para reduzir os racios...

Os 20MEuros "pagos" pela CGD pela transacção dos 110M de acções são, na minha opinião, um mal necessário que tem de ser considerado como um custo essencial para a transacção ocorrer.

Tal como disse antes, acho q o preço pago pela CGD é demasiado alto (mas n tenho conhecimentos sobre o valor do que foi comprado) mas que o modo de venda das acções do BCP foi o correcto de modo a salvarguardar o preço de venda e a cotação do banco (n esquecer que a CGD ainda mantem uma posição considerável no BCP. Não tinha interesse no descalabro da cotação).

Um abraço
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por artista_ » 19/7/2004 18:22

nunofaustino Escreveu:Se a Caixa vendesse os 110 milhões do BCP a uma média de 5 milhões por dia (ou seja, acabava de vender a posição que quer vender num mês) qual seria o preço médio a que a caixa conseguia vender? Com a pressão vendedora que este movimento ia exercer na cotação do BCP, provavelmente o preço médio seria por volta dos 1.6 ou mesmo menos.

Um abraço e bons negócios
Nunofaustino


Não concordo Nuno,

A CGD podia vender de muitas formas a um preço melhor, há tanto tempo que o negócio se arrasta que já podiam ter vendido algumas. Além disso poderiam ter incluído no preço que pagaram as acções que passariam para o BCP a preços de mercado, o BCP não pareceu nunca estar numa situação negocial previligiada para recusar tipos e formas de pagamento, ainda por cima quando a CGD parece que pago caro (enfim aqui estou a citar-te a ti e algumas análises ao valor da SP)!!!

Sinceramente nunca vi ninguém vender desta forma, talvez se justificasse se estivessem a realizar um negócio do outro mundo (não me parece o caso) ou se estivesse em risco de falência (menos ainda), mas não me parece que seja nenhum destes casos...

Os 10% de prémio são, mais coisa menos coisa, 20 Milhões de Euros!!!!!
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por nunofaustino » 19/7/2004 16:29

Ainda noutro dia o Ulisses colocou um post do Cramer sobre este aspecto.

Se a Caixa vendesse os 110 milhões do BCP a uma média de 5 milhões por dia (ou seja, acabava de vender a posição que quer vender num mês) qual seria o preço médio a que a caixa conseguia vender? Com a pressão vendedora que este movimento ia exercer na cotação do BCP, provavelmente o preço médio seria por volta dos 1.6 ou mesmo menos.

Para além disso, a novela da SP teria de ser adiada por mais um mês o que seria um factor adicional para a queda do BCP.

Para a Caixa encontrar uma empresa que compre os 110M de acções tem de lhe dar uma contrapartida. Essa contrapartida terá de ser um preço inferior ao do mercado. Neste caso foi cerca de 10% abaixo do valor de mercado.

Eu não só concordo como aplaudo a decisão da Caixa de não vender no mercado e tentar arranjar um comprador fora da bolsa que lhe compre as acções a preço de desconto (mas n me pronuncio sobre o preço que foi pago pelo negócio. Sinceramente acho q foi muito caro.)

Um abraço e bons negócios
Nunofaustino
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por Visitante » 19/7/2004 13:33

Acho muito interessante este último post.

Então podem vender estes milhões de acções a quem bem querem e ao preço que entendem sem passar pelo mercado de cotações oficiais. Então se p, ex. a cotação estivesse a 1.80€ podem vender toda esta quantidade fora de bolsa a p. ex. 1.70€.

Se for assim isto da bolsa é uma briancadeira.

Um abraço
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Duvida

por Mec* » 19/7/2004 13:10

A titulo de duvida / curiosidade:

:arrow: Os organismos / Instituições públicos têm, na sua maioria no nosso país autonomia de decisão. Daí terem liberdade para efectuar determinados negocios, pelo que o que aponto aqui poderá ter a sua importancia relativa, mas...

:arrow: Que a CGD decida adquirir o ramo de seguros ao BCP, assumo perfeitamente enquanto contribuinte, agora oque me custa um pouco mais a engolir é que se desfaça de uma posição consideravel no titulo (as tais 110 milhoes de acções provavelmente para criar liquidez para a compra) a valores 5 a 10% abaixo do valor a que elas estavam cotadas (valor actual que o mercado lhes estava a atribuir).

:arrow: Como e porque é é que isto acontece? Nós pagamos ordenados a gestores na CGD para que façam negocios deste genero? Para quem é este "prémio" de desconto que a CGD está a dar nesta venda? Ou por outra: quando anuncia que irá alienar este lote nestes 2 dias a estes preços (o que pelo menos já é transparente), também não seria mais que justo indicar se tal operação terá contra-parte única (passagem) ou se será por "despejos"? O facto de não darem essa indicação será prova que é no "mercado"? Se já hé uma contra-parte estabelecida, quem é que merece tal desconto face às cotações medias anteriores do titulo?

:arrow: Enfim, enquanto contribuinte e investidor, sinto-me um pouco "nublado" com dúvidas acerca deste negocio de venda de lote de acções do BCP por parte da CGD.
 
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por TRSM » 19/7/2004 12:20

Valor de venda da SeP acima do esperado
BPI diz resultados do BCP com impacto neutral a positivo
O BPI diz que os resultados hoje apresentados pelo Banco Comercial Português têm um impacto «neutral a positivo» para o banco, mas o mercado estará mais atento à venda da Seguros e Pensões, pois era uma questão aguardada há muito tempo.

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Nuno Carregueiro
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Resultados do Banco Comercial Português no 1º semestre
O BPI diz que os resultados hoje apresentados pelo Banco Comercial Português têm um impacto «neutral a positivo» para o banco, mas o mercado estará mais atento à venda da Seguros e Pensões, pois era uma questão aguardada há muito tempo.

Numa nota para comentar os resultados do BCP o BPI identifica várias boas e más notícias. Entre os aspectos positivos o banco de investimento do BPI destaca a subida de 12% nas comissões, a recuperação de 107 milhões de euros de crédito mal parado, o crescimento no crédito à habitação e nas receitas com corretagem.

Na parte negativa o BPI salienta a queda de 4% na margem financeira sem dividendos e classifica de neutral o facto de os custos terem descido 3% e o Tier I ter permanecido em 7,2%, ou 7,9% se ficar incluído o impacto da venda da Seguros e Pensões.

Assim, de uma forma geral, o BPI diz que o impacto dos resultados é «neutral a positivo, pois precisamos mais informação para fazer uma melhor avaliação».

No entanto a mesma fonte acrescenta que os resultados semestrais tem um menor impacto, pelo facto de esta manhã o BCP ter anunciado a venda de parte da Seguros e Pensões, um facto que o mercado esperava há muito tempo».

Sobre esta operação o Santander diz que «o valor total da transacção ficou acima do esperado, irá gerar mais valias de 367milhões de euros para o BCP, tendo ainda um impacto positivo em termos de libertação de capital afecto e rácios de solvabilidade, equivalente a cerca de 70 basis points».

As acções do BCP seguiam a descer 4,35% para os 1,76 euros, um mínimo de cinco meses, com quase 20 milhões de títulos transaccionados.
 
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por TRSM » 19/7/2004 10:29

Caixa vai vender 110 milhões de títulos em dois dias
Acções do BCP descem mais de 4% para mínimo de cinco meses (act)
As acções do Banco Comercial Português seguiam a desvalorizar 4,35% para os 1,76 euros, o valor mais baixo desde 5 de Fevereiro deste ano, no dia em que o banco de Jardim Gonçalves anunciou os resultados do primeiro semestre e a venda de 100% do ramo não vida e 50% do ramo vida da Seguros e Pensões.

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Acções do BCP em seis meses

As acções do Banco Comercial Português seguiam a desvalorizar 4,35% para os 1,76 euros, o valor mais baixo desde 5 de Fevereiro deste ano, no dia em que o banco de Jardim Gonçalves anunciou os resultados do primeiro semestre e a venda de 100% do ramo não vida e 50% do ramo vida da Seguros e Pensões.

A Caixa Geral de Depósitos, no âmbito da aquisição de 100% do ramo não vida da Seguros e Pensões ao BCP, decidiu vender 110 milhões de acções do maior banco privado português, reduzindo a sua posição no BCP para 2,6%.

Esta operação – que será feita nos próximos dois dias – está a ser coordenada pela Merrill Lynch e pelo Deutsche Bank e segundo a agência Reuters as acções serão vendidas no intervalo entre 1,70 e 1,75 euros.

Será então esta operação que está a determinar a queda das acções em bolsa. Magalhães Duarte, relação com os investidores do BCP, explicou em conferência de imprensa que esta queda é normal, mas a história mostra que os títulos recuperam nas sessões posteriores.

A venda da unidade de seguros do banco era já aguardada pelo mercado há bastantes meses e os analistas afirmavam que quando ela fosse oficializada poderia funcionar como impulsionador das acções.

Os resultados do primeiro semestre, que também foram hoje apresentados, saíram acima das estimativas dos analistas.
 
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por TRSM » 19/7/2004 10:23

CGD admite colocar unidade de seguros em bolsa após compra SeP
A Caixa Geral de Depósitos admitiu hoje colocar a sua unidade de seguros em bolsa, depois de ter chegado a acordo, com o Banco Comercial Português, para a aquisição no negócio não vida da Seguros e Pensões.

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Nuno Carregueiro
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A Caixa Geral de Depósitos admitiu hoje colocar a sua unidade de seguros em bolsa, depois de ter chegado a acordo, com o Banco Comercial Português, para a aquisição no negócio não vida da Seguros e Pensões.

No âmbito da aquisição de três companhias de seguros da Seguros e Pensões, a CGD admite a «possibilidade de, reunidos os requisitos legais necessários, se realizar subsequentemente a abertura ao público de parte do capital da sociedade que concentrará as participações seguradoras do Grupo CGD», refere a instituição financeira estatal em comunicado.

Para além das entidades adquiridas, no sector dos Seguros a Caixa controla a Fidelidade, a Mundial Confiança e a OK Teleseguro.

Depois de nos últimos anos todas as companhias de seguros terem saído de bolsa, a CGD pode assim marcar o regresso das emrpresas deste sector de actividade ao mercado de capitais português. A Mundial Confiança e a Tranquilidade chegaram a ter as suas acções listadas na Euronext Lisbon.

A CGD diz que com a aquisição destas companhias, pelo valor de 343 milhões de euros, visa atingir vários objectivos, como o «aproveitamento de uma oportunidade de crescimento que não seria atingível através de processos de evolução orgânica» e «contribuição para a valorização das competências próprias numa área em que se tem verificado o reforço continuado da posição dos grandes operadores internacionais;

No âmbito deste negócio a CGD vai vender em bolsa 110 milhões de acções do BCP, mas reiterou a intenção de se manter como accionista de referência do maior banco privado português.
 
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por TRSM » 19/7/2004 10:22

Após compra parte da Seguros e Pensões
Fortis poderá ser accionista do Banco Comercial Português
O Fortis poderá vir a tornar-se accionista do Banco Comercial Português. Segundo Jardim Gonçalves, presidente da instituição portuguesa, este assunto «está em aberto», e a acontecer será sempre no âmbito do espírito das parcerias estratégicas, cujas posições variam entre 1,5 a 3%.

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Sílvia de Oliveira
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O Fortis poderá vir a tornar-se accionista do Banco Comercial Português. Segundo Jardim Gonçalves, presidente da instituição portuguesa, este assunto «está em aberto», e a acontecer será sempre no âmbito do espírito das parcerias estratégicas, cujas posições variam entre 1,5 a 3%.

«Aceitou-se que poderia existir [entrada do Fortis no BCP] mas não está nada decidido», disse Jardim Gonçalves em conferência de imprensa.

A propósito das alterações à estrutura accionista do banco – na sequencia da venda da da Seguros e Pensões a Caixa Geral de Depósitos vai reduzir a sua posição para 2,6% - Jardim Gonçalves sublinhou ainda o aumento do "free float" como «um final muito positivo para o banco».

Jardim Gonçalves sublinhou ainda a aposta do BCP na banca de retalho em Portugal, na polónia e Grécia , escusando-se a revelar que outros activos não core poderão ser alienados no futuro.

Sobre a posição na EDP, o presidente do BCP sublinhou que a parceria está longe de estar esgotada. «Podemos fazer muitas coisas com a EDP», acrescentou.

Jardim Gonçalves acrescentou que o negócio de venda da Seguros e Pensões – à CGD e ao Fortis - deverá ficar concluído dentro de um trimestre
 
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por heterocedastico » 19/7/2004 9:59

O que é um processo de "accelerated book building" a preço de mercado?
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por TRSM » 19/7/2004 8:45

Caixa vende 110 milhões de acções do BCP
BCP chega a acordo para vender Seguros e Pensões à CGD e Fortis por 843 milhões (act)
O Banco Comercial Português anunciou hoje que chegou a acordo para vender 100% de três companhias da Seguros e Pensões do negócio não vida, à Caixa Geral de Depósitos, por 343 milhões de euros, alienando ainda 50% do capital de mais quatro companhias da sua unidade de seguros, ao banco belga holandês Fortis, por 500 milhões de euros. Estas duas operações resultarão numa mais valia para o banco de Jardim Gonçalves no valor de 367 milhões de euros.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


O Banco Comercial Português anunciou hoje que chegou a acordo para vender 100% de três companhias da Seguros e Pensões do negócio não vida, à Caixa Geral de Depósitos, por 343 milhões de euros, alienando ainda 50% do capital de mais quatro companhias da sua unidade de seguros, ao banco belga holandês Fortis, por 500 milhões de euros. Estas duas operações resultarão numa mais valia para o banco de Jardim Gonçalves no valor de 367 milhões de euros.

Num comunicado o BCP [Cot] diz que chegou a acordo com vista à alienação de 100% do capital social das companhias Império Bonança – Companhia de Seguros, S.A., Seguro Directo Gere – Companhia de Seguros, S.A. , Impergesto – Assistência e Serviços, S. A. e Servicomercial – Consultoria e Informática, Lda.

Este negócio foi firmado pelo montante de 343 milhões de euros, com a Caixa a pagar em dinheiro 70% do valor quando a operação for concretizada e o restante no prazo de três anos, acrescido de juros.

O BCP diz que a este valor global acrescerá «ainda o pagamento pelo adquirente de um valor adicional correspondente à variação patrimonial positiva das sociedades alienadas ocorrida entre a data de referência do acordo e a data efectiva da sua concretização».


As seguradoras agora vendidas à CGD dedicam-se à comercialização de produtos de seguros através da rede própria de balcões Império Bonança, de agentes, corretores, e canais directos, tendo emitido prémios no valor de 806 milhões de euros em 2003.

Estes activos estavam contabilizados em 199 milhões de euros, pelo que a sua venda resulta numa mais valia de 144 milhões de euros.

Acções do BCP em três meses

Caixa vende 110 milhões de acções do BCP em dois dias


No âmbito deste negócio a Caixa Geral de Depósitos vai vender 110 milhões de acções BCP por si detidas, a realizar em processo de "accelerated book building" a preço de mercado, com início imediato e conclusão no prazo máximo de dois dias.

A Caixa detém 205 milhões de acções do BCP, correspondentes a 6,29% do capital da empresa, mas a instituição financeira estatal reiterou a intenção de se manter como accionista do banco de Jardim Gonçalves.

Segundo a agência Reuters as acções do BCP estão a ser vendidas entre 1,7 a 1,75 euros, explicando a queda de 3,26% das acções do BCP em bolsa, na sessão de hoje.

Jardim Gonçalves sobre venda da SeP
«A parceria hoje anunciada é uma decisão importante para o Grupo, já que concretiza a nossa opção de enfoque no negócio de retalho bancário, permitindo uma parceria estratégica com um especialista em bancassurance como a Fortis com experiência bancária e seguradora, de forte reputação e presença internacionais.

O propósito desta parceria é, assim, criar mais valor através do forte empenho dos parceiros no aumento da rentabilidade pela conjugação das nossas competências essenciais, nomeadamente a capacidade e força de mercado únicas do Millenniumbcp em Portugal e as capacidades de "cross-selling"».

Negócio Vida alienado da Seguros e Pensões vendido ao Fortis
Depois de um processo negocial que durou vários meses e ter incluído várias instituições (ficaram de fora a AXA, Mapfre e CNP) o BCP chegou também a acordo para vender 50% do negócio de seguros vida, bem como o controlo de gestão ao Fortis, um banco com origem na Bélgica e na Holanda.

As companhias em causa são a Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros de Vida, S. A., Ocidental – Companhia Portuguesa de Seguros, S. A. , Pensõesgere – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. e Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde, S. A .- Médis, sendo que o montante envolvido no negócio é de 500 milhões de euros, a ser pago integralmente em dinheiro pelo adquirente no momento da venda.

No mesmo comunicado o BCP diz que estes activos estavam contabilizados a um valor de 244 milhões de euros, pelo que a mais valia é de 256 milhões de euros.

«Na sequência deste acordo, cuja documentação final se encontra em ultimação, as duas Instituições estabelecem parceria numa sociedade "joint-venture" Millenniumbcp-Fortis Grupo Segurador, holding que deterá as companhias referidas», explica o comunicado do BCP.

Estas seguradoras são líderes de mercado em bancassurance e seguros de saúde e registaram mais de 1,25 mil milhões de euros de prémios em 2003, actuando primordialmente na venda pelo canal bancário, tendo as partes celebrado um acordo de distribuição exclusiva de produtos de seguros vida, saúde, não vida e de fundos de pensões (estes comercializados também por outros canais) através da rede bancária Millenniumbcp em Portugal, combinando assim o potencial de mercado dos mais de 3 milhões de clientes e 1000 sucursais do Millenniumbcp, com a reconhecida competência da Fortis no sector segurador.

Segundo o BCP, «as duas instituições financeiras manifestaram ainda interesse em explorar áreas de negócio adicionais de cooperação, podendo considerar outras iniciativas para alargar a parceria entre os dois Grupos, sempre que o considerem de interesse mútuo».

Mais valias de 367 milhões de euros com operações

Através destes dois negócios o BCP apurou uma mais valia patrimonial de 367 milhões de euros, a que corresponde um acréscimo de 0.7% no rácio de capitais tier 1 (fundos próprios de base).

O Banco, através da Seguros e Pensões, mantém nos seus livros 50% das sociedades parcialmente alienadas, referidas no ponto 2, relativamente às quais prosseguirá a consolidação pelo método de equivalência patrimonial.

O maior banco privado português adianta que estes negócios visam reduzir «a exposição a negócios como a actividade seguradora não relacionada com o canal bancário, e de reforço dos capitais próprios do Grupo para níveis próximos dos por nós desejados».
 
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por mvbb » 19/7/2004 8:43

LISBOA, 19 Jul (Reuters) - As acções do BCP estão a cair 4,35 pct para o mínimo de 1,76 euros, pressionadas pela colocação no mercado dos 110 milhões de acções do banco que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a vender, disseram dealers.

Acrescentaram que os resultados do semestre e também as condições de venda da Seguros e Pensões (SeP) suportariam o título, que está a ajustar ao preço presumível da venda da posição da Caixa.

Uma fonte ligada ao processo disse à Reuters que a Merrill Lynch estava a colocar os 110 milhões de acções do BCP, detidas pela Caixa, entre 1,70 e 1,75 euros por acção.

"O BCP está a ajustar ao preço de colocação das acções que a CGD está a vender no mercado, através de um processo de 'accelerated book building'", disse um dealer.

"Há pressão vendedora no BCP porque a Caixa vai vender 3,3 pct do banco, com um desconto, ou seja entre 1,70 e 1,75 euros por acção", disse outro dealer.

Transaccionaram-se 4.531.848 acções do BCP a perderem 3,80 pct para 1,77 euros.

((---José Barata, Lisboa Editorial, +351 21 3509203, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: jose.barata.reuters.com@reuters.net))
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por TRSM » 19/7/2004 8:43

TSF deu agora mesmo essa noticia.

CGD vende as suas acções entre os 1,70/1,75
 
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por mvbb » 19/7/2004 8:41

Os resultados foram acima da média das previsões dos analistas e foi finalmente vendida a S&P. Porque é que o BCP está a cair tanto? Por causa da venda das acções do BCP que a CGD possui? Penso que existe um rumor de que vão ser vendidas a 1,7/1,75, mas é verdadeiro?

Cumps. :(
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por TRSM » 19/7/2004 8:19

Lucros do BCP sobem 13,8% no primeiro semestre
O Banco Comercial Português anunciou hoje que apurou um resultado líquido de 239,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, mais 13,8% que o registado no período homólogo do ano passado e acima da média das estimativas dos analistas.
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O Banco Comercial Português anunciou hoje que apurou um resultado líquido de 239,1 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, mais 13,8% que o registado no período homólogo do ano passado e acima da média das estimativas dos analistas.
 
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por TRSM » 19/7/2004 8:18

Acções do BCP abrem a descer mais de 4% e pressionam Euronext Lisbon
A Euronext Lisbon iniciou em queda, pressionada pelas acções do Banco Comercial Português, que desciam mais de 4% depois do banco ter anunciado acordos para vender a Seguros e Pensões e os resultados do primeiro semestre. O PSI-20 descia 0,83%.
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A Euronext Lisbon iniciou em queda, pressionada pelas acções do Banco Comercial Português, que desciam mais de 4% depois do banco ter anunciado acordos para vender a Seguros e Pensões e os resultados do primeiro semestre. O PSI-20 descia 0,83%.
 
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BCP chega a acordo para vender Seguros e Pensões à CGD e For

por TRSM » 19/7/2004 7:53

BCP chega a acordo para vender Seguros e Pensões à CGD e Fortis
O Banco Comercial Português anunciou hoje que chegou a acordo para vender 100% de três companhias da Seguros e Pensões à Caixa Geral de Depósitos por 343 milhões de euros, vendendo ainda 50% do capital de mais quatro companhias da sua unidade de seguros, ao banco belga holandês Fortis, por 500 milhões de euros. Estas duas operações resultarão numa mais valia para o banco de Jardim Gonçalves no valor de 367 milhões de euros.

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