Meu caro Féfé (2)
12 mensagens
|Página 1 de 1
-
Visitante
Re
otis Escreveu:Não faltariam argumentos para debater as opiniões do JAS, mas como sou de opinião de que as partidarites devem ficar arredadas deste espaço, não o faço.
Se leres bem a minha "partidarite" é muito isenta e o facto de utilizar algum humor não significa que despreze o PS.
otis Escreveu:E lamento que o JAS não leve em conta os mesmos princípios pois, diz-nos o bom senso, disutir política neste espaço é a melhor forma de o estragar.
Houve alguns 20 posts sobre este assunto e o meu nem sequer foi o primeiro.
Ter e manifestar uma opinião nunca estragou nada em democracia se a discussão fôr civilizada.
Além disso considero que esta decisão política do Presidente tem influências benéficas na nossa economia e consequentemente no nosso PSI.
E, podes crer, isso pesou na própria decisão.
JAS
Não faltariam argumentos para debater as opiniões do JAS, mas como sou de opinião de que as partidarites devem ficar arredadas deste espaço, não o faço.
E lamento que o JAS não leve em conta os mesmos princípios pois, diz-nos o bom senso, disutir política neste espaço é a melhor forma de o estragar.
Para o JAS: Há outros locais na internet para essas discussões, se não os conhece, o que não acredito, posso ajudar.
E lamento que o JAS não leve em conta os mesmos princípios pois, diz-nos o bom senso, disutir política neste espaço é a melhor forma de o estragar.
Para o JAS: Há outros locais na internet para essas discussões, se não os conhece, o que não acredito, posso ajudar.
- Mensagens: 65
- Registado: 12/11/2002 0:38
Re: Muito bem JAS
Hortodoxo Escreveu:Só te quero chamar a atenção que o teu amigo Féfé sai para entrar de novo e pela porta grande.Ainda vamos ouvir falar muito no Féfé.
Sobre isso acho que estás enganado.
O Féfé ira ser como aquele secretário-geral do PSD que sucedeu ao Cavaco e de quem já ninguém se lembra sequer do nome.
Jonhy Escreveu:Quero-te dizer que o teu primeiro; Féfé, foi bem mais brilhante. Contudo este segundo, é digestivel.
Intervenho, neste teu, Féfé, também por motivos da minha resposta ao primeiro, que inteligentemente, a administração do forum, apagou. Digamos que são duas presenças, algo turbulentas. Pois, tal como na primeira, agora te digo e reafirmo, ...que o teu querido Féfé se f....Apenas uma satisfação...também já um Féfé, encanei...
Um pouco difícil de entender o que queres dizer.
Sendo este segundo "mais digestível" não terás abusado dos digestivos depois do jantar?
Um abraço,
JAS
Parabéns Jas
Está realmente um must.
Divertido mas certeiro na análise.
Muitos parabéns.
óscar
Divertido mas certeiro na análise.
Muitos parabéns.
óscar
«Ninguém sabe o suficiente para ser intolerante»
Karl Popper
Karl Popper
- Mensagens: 252
- Registado: 6/11/2002 0:41
- Localização: Coimbra
olá
Quero-te dizer que o teu primeiro; Féfé, foi bem mais brilhante. Contudo este segundo, é digestivel.
Intervenho, neste teu, Féfé, também por motivos da minha resposta ao primeiro, que inteligentemente, a administração do forum, apagou. Digamos que são duas presenças, algo turbulentas. Pois, tal como na primeira, agora te digo e reafirmo, ...que o teu querido Féfé se f....Apenas uma satisfação...também já um Féfé, encanei...
um abraço
Jonhy
Quero-te dizer que o teu primeiro; Féfé, foi bem mais brilhante. Contudo este segundo, é digestivel.
Intervenho, neste teu, Féfé, também por motivos da minha resposta ao primeiro, que inteligentemente, a administração do forum, apagou. Digamos que são duas presenças, algo turbulentas. Pois, tal como na primeira, agora te digo e reafirmo, ...que o teu querido Féfé se f....Apenas uma satisfação...também já um Féfé, encanei...
um abraço
Jonhy
- Mensagens: 57
- Registado: 30/8/2003 23:07
Muito bem JAS
Só te quero chamar a atenção que o teu amigo Féfé sai para entrar de novo e pela porta grande.Ainda vamos ouvir falar muito no Féfé. A manta de retalhos em que o PS se vai transformar, vai ser a grande aliada dele. Dos candidatos conhecidos nada se aproveita para ser lider do PS
-
Hortodoxo
Meu caro Féfé (2)
Meu caro Féfé,
Escrevi isto em Maio de 2003 e escrevo-te agora para, contrariamente ao que todos possam ter começado a pensar, apenas para te felicitar.
Para te felicitar por te teres demitido de um cargo para o qual não tinhas nenhum jeito.
Fostes um homem sério, num lugar errado e também no tempo errado.
O lugar era errado porque na política não tem sucesso quem fala mais com o coração e menos com a cabeça. Isso aconteceu quando tiveste que tratar do caso Paulo Pedroso.
O tempo também era errado pois Guterres tinha-se demitido por já ter gasto todo o dinheirinho disponível e o PS ia passar uns anos na oposição. Numa travessia do deserto o lugar de condutor é pouco disputado. Só tu para o aceitares. E deve ter sido por devoção...
Quando entrámos nesta crise política procurei acompanhar a tua actuação.
Tinha ouvido o Pacheco Pereira dizer, com alguma lucidez e antevisão política, uma frase que me ficou no ouvido: Que “o PS estava a pedir eleições com pouca convicção” e que isso mostrava bem “que não as queria”
Fiquei a meditar no assunto e vi que aquilo tinha muita lógica.
Tinha lógica porque, neste momento, o problema do déficit ainda só está meio resolvido, a retoma está em curso mas ainda é incipiente, a Previdência continua a estar a médio prazo tecnicamente falida e, ainda por cima, o País não tem qualquer pé-de-meia que seja suficiente para incrementar políticas sociais.
E, se o País parasse para realizar eleições, toda a retoma ficaria comprometida e poderíamos até ter desinvestimento ou emigração de capitais.
Portanto quando chegasses ao Governo, se é que lá chegavas, irias provavelmente governar um País ainda de tanga.
E num País de tanga apenas poderias distribuir pobreza pelos mais desfavorecidos pois dinheiro não haveria.
Terias que manter um rumo de austeridade pois se tentasses incrementar medidas sociais caía-te em cima o Carmo e a Trindade ou seja o Constâncio, o próprio Sampaio e a Comissão Europeia.
O teu Governo seria um fiasco pois desagradarias profundamente à direita e decepcionarias a esquerda.
E, sendo assim, virias a ser outro Lula da Silva.
Ao fim de um ano esgotar-se-ia o benefício da dúvida e ver-se-ia que não cumprias as promessas.
Nem sei se chegarias sequer ao meio do mandato.
Esta era a análise lúcida que muitos socialistas faziam mas que não revelavam em público.
Até tive muita dificuldade em que mo dissessem pelo telefone...
Mas em almoços, bem regados, com alguns conhecidos, a quem chamo amigavelmente de “perigosos intelectuais de esquerda”, estes iam confessando (à sobremesa...) que isso correspondia à realidade.
E tem graça que muitos ainda acrescentaram que, para o PS ser governo, seria necessário mandar regressara Lisboa muitos dos deputados europeus pois eram os mais ministriaveis. E logo agora que já tinham comprado um fatinho novo e duas gravatas..
Provavelmente alguns terão mesmo transmitido essa ideia a Jorge Sampaio nas audiências privadas.
E foi assim que, usando apenas a lógica, adquiri a convicção de que não teríamos eleições antecipadas.
O mesmo sucedeu a muito boa gente pois essa ideia foi ganhando força ao longo da semana.
Muitos comentadores políticos mudaram de campo.
Se a decisão de não-eleições pode ter sido uma surpresa para o Povo não acredito que ela tenha constituído qualquer surpresa para a elite política.
Tu pertences à elite política e, ao demitires-te, viu-se bem que a surpresa era pequena pois choraste com pouca convicção...
Mas deixa-me voltar um pouco atrás antes de entrar no caso da tua demissão.
Mesmo que muita gente possa ter acertado no final da novela acho que a tarde e noite de sexta-feira foram um verdadeiro filme de Alfred Hitchcock em que o “ suspense” se manteve até ao fim.
Todos sabiam, exactamente como num jogo de futebol, que uns iriam perder e que outros iriam ganhar.
Como de costume antes do jogo ninguém dizia mal do árbitro...
O árbitro até era bem visto por setenta e tal por cento dos espectadores de acordo com as últimas sondagens.
Quando soou o apito final é que foi o descalabro pois muitos adeptos mostraram falta de fair-play.
Afinal o árbitro “era um malandro” disseram, por muito estranho que pareça, aqueles que o tinham nomeado.
E em seguida assistimos a alguns episódios dignos do Big Brother.
- A Ana Gomes teve uma grave crise de histerismo e nem sei se, a esta hora, já estará internada.
- Chegou-se ao cúmulo de atribuir a culpa de um ataque cardíaco, que infelizmente vitimou Maria de Lurdes Pintassilgo, a Jorge Sampaio.
- E tu apresentaste a demissão esperada num momento inesperado...
Bastou haver uma mera hipótese do PS voltar ao poder para te puxarem o tapete.
Já se sabia, já se esperava.
Mas atribuíres a tua demissão à decisão do Jorge Sampaio foi, pelo menos para mim, perfeitamente inesperado.
Porque tinhas sido o primeiro a dizer que respeitarias a decisão do Presidente da República.
Julguei que a respeitarias qualquer que ela fosse.
- Sais, muito teatralmente encarnando o personagem “desgraçada vítima do mau da fita” e o vilão, para aumentar o dramatismo da encenação, até é (ou era...) um teu grande amigo;
- Sais, com a aura de vencedor por teres obtido “o melhor resultado de sempre” quando todos sabemos que isso apenas derivou do não-voto ou de um castigo ao partido que foi forçado a implementar medidas necessárias mas impopulares;
- Sais, com os agradecimentos do teu partido por teres aceite o lugar que ninguém queria e antes que alguém o reclamasse;
- Sais, sem teres de disputar eleições contra um Santana que as costuma ganhar e nas quais, por estares gordo e continuares com ar mal pronto, nunca serias o preferido de um eleitorado maioritariamente feminino;
- Sais, antes que pudesse existir o insólito problema de seres primeiro-ministro e de te apearem de secretário-geral;
- Sais, sem teres que explicar ao Povo que as medidas de austeridade continuariam a ser aplicadas na remota hipótese de seres primeiro-ministro;
- Sais, finalmente, sem ainda haver uma decisão final sobre o caso do Paulo Pedroso e sabendo-se que, se as provas vierem a ser consideradas suficientes para o levar a julgamento, serias forçado a demitires-te.
Por tudo isto concluo que a tua veia artística ainda se mantém.
Conseguiste encenar muito bem o chamado “momento oportuno” e ainda atribuir as culpas a outrem...
Dou-te os meus sinceros parabéns.
JAS
JAS Escreveu:Há muitos anos, quando te sentavas numa carteira do Liceu Francês, eu nunca pensei que chegarias um dia a Secretário Geral de um partido político fosse ele qual fosse.
Escrevi isto em Maio de 2003 e escrevo-te agora para, contrariamente ao que todos possam ter começado a pensar, apenas para te felicitar.
Para te felicitar por te teres demitido de um cargo para o qual não tinhas nenhum jeito.
Fostes um homem sério, num lugar errado e também no tempo errado.
O lugar era errado porque na política não tem sucesso quem fala mais com o coração e menos com a cabeça. Isso aconteceu quando tiveste que tratar do caso Paulo Pedroso.
O tempo também era errado pois Guterres tinha-se demitido por já ter gasto todo o dinheirinho disponível e o PS ia passar uns anos na oposição. Numa travessia do deserto o lugar de condutor é pouco disputado. Só tu para o aceitares. E deve ter sido por devoção...
Quando entrámos nesta crise política procurei acompanhar a tua actuação.
Tinha ouvido o Pacheco Pereira dizer, com alguma lucidez e antevisão política, uma frase que me ficou no ouvido: Que “o PS estava a pedir eleições com pouca convicção” e que isso mostrava bem “que não as queria”
Fiquei a meditar no assunto e vi que aquilo tinha muita lógica.
Tinha lógica porque, neste momento, o problema do déficit ainda só está meio resolvido, a retoma está em curso mas ainda é incipiente, a Previdência continua a estar a médio prazo tecnicamente falida e, ainda por cima, o País não tem qualquer pé-de-meia que seja suficiente para incrementar políticas sociais.
E, se o País parasse para realizar eleições, toda a retoma ficaria comprometida e poderíamos até ter desinvestimento ou emigração de capitais.
Portanto quando chegasses ao Governo, se é que lá chegavas, irias provavelmente governar um País ainda de tanga.
E num País de tanga apenas poderias distribuir pobreza pelos mais desfavorecidos pois dinheiro não haveria.
Terias que manter um rumo de austeridade pois se tentasses incrementar medidas sociais caía-te em cima o Carmo e a Trindade ou seja o Constâncio, o próprio Sampaio e a Comissão Europeia.
O teu Governo seria um fiasco pois desagradarias profundamente à direita e decepcionarias a esquerda.
E, sendo assim, virias a ser outro Lula da Silva.
Ao fim de um ano esgotar-se-ia o benefício da dúvida e ver-se-ia que não cumprias as promessas.
Nem sei se chegarias sequer ao meio do mandato.
Esta era a análise lúcida que muitos socialistas faziam mas que não revelavam em público.
Até tive muita dificuldade em que mo dissessem pelo telefone...
Mas em almoços, bem regados, com alguns conhecidos, a quem chamo amigavelmente de “perigosos intelectuais de esquerda”, estes iam confessando (à sobremesa...) que isso correspondia à realidade.
E tem graça que muitos ainda acrescentaram que, para o PS ser governo, seria necessário mandar regressara Lisboa muitos dos deputados europeus pois eram os mais ministriaveis. E logo agora que já tinham comprado um fatinho novo e duas gravatas..
Provavelmente alguns terão mesmo transmitido essa ideia a Jorge Sampaio nas audiências privadas.
E foi assim que, usando apenas a lógica, adquiri a convicção de que não teríamos eleições antecipadas.
O mesmo sucedeu a muito boa gente pois essa ideia foi ganhando força ao longo da semana.
Muitos comentadores políticos mudaram de campo.
Se a decisão de não-eleições pode ter sido uma surpresa para o Povo não acredito que ela tenha constituído qualquer surpresa para a elite política.
Tu pertences à elite política e, ao demitires-te, viu-se bem que a surpresa era pequena pois choraste com pouca convicção...
Mas deixa-me voltar um pouco atrás antes de entrar no caso da tua demissão.
Mesmo que muita gente possa ter acertado no final da novela acho que a tarde e noite de sexta-feira foram um verdadeiro filme de Alfred Hitchcock em que o “ suspense” se manteve até ao fim.
Todos sabiam, exactamente como num jogo de futebol, que uns iriam perder e que outros iriam ganhar.
Como de costume antes do jogo ninguém dizia mal do árbitro...
O árbitro até era bem visto por setenta e tal por cento dos espectadores de acordo com as últimas sondagens.
Quando soou o apito final é que foi o descalabro pois muitos adeptos mostraram falta de fair-play.
Afinal o árbitro “era um malandro” disseram, por muito estranho que pareça, aqueles que o tinham nomeado.
E em seguida assistimos a alguns episódios dignos do Big Brother.
- A Ana Gomes teve uma grave crise de histerismo e nem sei se, a esta hora, já estará internada.
- Chegou-se ao cúmulo de atribuir a culpa de um ataque cardíaco, que infelizmente vitimou Maria de Lurdes Pintassilgo, a Jorge Sampaio.
- E tu apresentaste a demissão esperada num momento inesperado...
JAS em Maio 03 Escreveu:A seguir, graças ao casamento do Guterres, que o fez dedicar-se muito mais aos prazeres do lar e muito menos ao Partido (e ao País ainda menos...) a tua ascensão foi rápida. Nessa altura pensei o mesmo que agora. Coitado do Eduardo, com o partido dividido em tantas facções, vão acabar por o trucidar.
Bastou haver uma mera hipótese do PS voltar ao poder para te puxarem o tapete.
Já se sabia, já se esperava.
Mas atribuíres a tua demissão à decisão do Jorge Sampaio foi, pelo menos para mim, perfeitamente inesperado.
Porque tinhas sido o primeiro a dizer que respeitarias a decisão do Presidente da República.
Julguei que a respeitarias qualquer que ela fosse.
- Sais, muito teatralmente encarnando o personagem “desgraçada vítima do mau da fita” e o vilão, para aumentar o dramatismo da encenação, até é (ou era...) um teu grande amigo;
- Sais, com a aura de vencedor por teres obtido “o melhor resultado de sempre” quando todos sabemos que isso apenas derivou do não-voto ou de um castigo ao partido que foi forçado a implementar medidas necessárias mas impopulares;
- Sais, com os agradecimentos do teu partido por teres aceite o lugar que ninguém queria e antes que alguém o reclamasse;
- Sais, sem teres de disputar eleições contra um Santana que as costuma ganhar e nas quais, por estares gordo e continuares com ar mal pronto, nunca serias o preferido de um eleitorado maioritariamente feminino;
- Sais, antes que pudesse existir o insólito problema de seres primeiro-ministro e de te apearem de secretário-geral;
- Sais, sem teres que explicar ao Povo que as medidas de austeridade continuariam a ser aplicadas na remota hipótese de seres primeiro-ministro;
- Sais, finalmente, sem ainda haver uma decisão final sobre o caso do Paulo Pedroso e sabendo-se que, se as provas vierem a ser consideradas suficientes para o levar a julgamento, serias forçado a demitires-te.
Por tudo isto concluo que a tua veia artística ainda se mantém.
Conseguiste encenar muito bem o chamado “momento oportuno” e ainda atribuir as culpas a outrem...
Dou-te os meus sinceros parabéns.
JAS
12 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Ferreiratrade, Google [Bot], Heldroo, kknd2, mjcsreis, nickforum, PacoNasssa, Tosta mista e 138 visitantes