Optimismo para recuperação económica
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Optimismo para recuperação económica
Economistas mostram optimismo
Recuperação ganha consistência
29-06-2004, João Silvestre e Rui Peres Jorge
A recuperação económica está definitivamente em curso. Os indicadores têm apresentado uma evolução favorável nos últimos meses e os economistas não têm dúvidas em afirmar que a economia portuguesa está já numa fase ascendente. Também Vitor Constâncio manifestou, esta semana, o seu optimismo.
«Consegue garantir-nos que a retoma já passou o ponto de não retorno?», perguntou esta semana um deputado do partido do governo ao secretário de Estado do Orçamento aquando da última Comissão de Execução Orçamental. Norberto Rosa, que ali estava com o à vontade que lhe conferiam números positivos de execução orçamental, respondeu com alguma hesitação: «Tudo indica que sim». E de facto assim parece ser.
Depois dos dados relativos ao primeiro trimestre terem indicado uma retoma muito ligeira, o governo «gritou»: Recuperação! Em reacção, diversos economistas chamaram a atenção para o facto dessa conclusão ser prematura, evidenciando a incapacidade de afirmação externa como elemento limitador da sustentabilidade da retoma. No entanto, e apesar de diversos factores de risco, os economistas contactados estão optimistas.
Para Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, «os últimos indicadores económicos apontam para uma clara melhoria». Isto porque, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento em cadeia de 0,1% no primeiro trimestre deste ano e tudo indica que deverá continuar a crescer nos próximos meses. A economista espera mesmo que a aceleração da economia portuguesa possa acontecer já no segundo trimestre deste ano, com as previsões do BPI a apontarem para um crescimento em cadeia de 0,6%. Para o final de 2004, o departamento de research económico do banco projecta um crescimento de 0,9%.
Igualmente optimista em relação à melhoria das condições macroeconómicas nacionais está Rui Constantino, economista do Santander Central Hispano, que considera que «a sustentabilidade da retoma continua fazer sentido».
Vitor Constâncio afina pelo mesmo diapasão
Às vozes de optimismo dos especialistas e responsáveis políticos juntou-se ontem Vitor Constâncio. O governador do Banco de Portugal, conhecido pela prudência e rigor que normalmente coloca na análise da situação económica, manifestou ontem uma maior confiança na retoma económica. Em declarações citadas pela Agência Lusa, num almoço na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Sul Africana, Vitor Constâncio referiu que «a recuperação da actividade económica da União Europeia acima das expectativas justificam esta melhoria».
Indicadores económicos suportam optimismo
O optimismo dos especialistas encontra suporte nos últimos números divulgados. Os indicadores de síntese económica do Instituto Nacional de Estatística apresentados esta semana , designadamente o indicador de clima económico e o indicador de actividade económica, voltaram a apresentar uma evolução positiva em Maio e tudo indica que a tendência deverá continuar nos próximos meses. No entanto, nem tudo são boas notícias na conjuntura económica portuguesa (ver caixa). Como referem os especialistas contactados, o crescimento nos primeiros meses do ano voltou a basear-se na procura interna e não, como pretendia o Governo, no andamento do saldo comercial que se degradou nos primeiros quatro meses do ano. Um cenário que, para Cristina Casalinho, não deve impedir que a economia continue a crescer nos próximos trimestres mas que deve ser corrigido pois «a melhoria da actividade com base na procura interna não tem pernas para andar.»
Também o endividamento em percentagem do rendimento disponível continua a crescer e é factor de preocupação mas que, na opinião de Rui Constatino, «apesar disso está mais baixo que as estimativas que constavam por exemplo nas previsões do OE para 2004».
Recuperação ganha consistência
29-06-2004, João Silvestre e Rui Peres Jorge
A recuperação económica está definitivamente em curso. Os indicadores têm apresentado uma evolução favorável nos últimos meses e os economistas não têm dúvidas em afirmar que a economia portuguesa está já numa fase ascendente. Também Vitor Constâncio manifestou, esta semana, o seu optimismo.
«Consegue garantir-nos que a retoma já passou o ponto de não retorno?», perguntou esta semana um deputado do partido do governo ao secretário de Estado do Orçamento aquando da última Comissão de Execução Orçamental. Norberto Rosa, que ali estava com o à vontade que lhe conferiam números positivos de execução orçamental, respondeu com alguma hesitação: «Tudo indica que sim». E de facto assim parece ser.
Depois dos dados relativos ao primeiro trimestre terem indicado uma retoma muito ligeira, o governo «gritou»: Recuperação! Em reacção, diversos economistas chamaram a atenção para o facto dessa conclusão ser prematura, evidenciando a incapacidade de afirmação externa como elemento limitador da sustentabilidade da retoma. No entanto, e apesar de diversos factores de risco, os economistas contactados estão optimistas.
Para Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, «os últimos indicadores económicos apontam para uma clara melhoria». Isto porque, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) registou um crescimento em cadeia de 0,1% no primeiro trimestre deste ano e tudo indica que deverá continuar a crescer nos próximos meses. A economista espera mesmo que a aceleração da economia portuguesa possa acontecer já no segundo trimestre deste ano, com as previsões do BPI a apontarem para um crescimento em cadeia de 0,6%. Para o final de 2004, o departamento de research económico do banco projecta um crescimento de 0,9%.
Igualmente optimista em relação à melhoria das condições macroeconómicas nacionais está Rui Constantino, economista do Santander Central Hispano, que considera que «a sustentabilidade da retoma continua fazer sentido».
Vitor Constâncio afina pelo mesmo diapasão
Às vozes de optimismo dos especialistas e responsáveis políticos juntou-se ontem Vitor Constâncio. O governador do Banco de Portugal, conhecido pela prudência e rigor que normalmente coloca na análise da situação económica, manifestou ontem uma maior confiança na retoma económica. Em declarações citadas pela Agência Lusa, num almoço na Câmara de Comércio e Indústria Luso-Sul Africana, Vitor Constâncio referiu que «a recuperação da actividade económica da União Europeia acima das expectativas justificam esta melhoria».
Indicadores económicos suportam optimismo
O optimismo dos especialistas encontra suporte nos últimos números divulgados. Os indicadores de síntese económica do Instituto Nacional de Estatística apresentados esta semana , designadamente o indicador de clima económico e o indicador de actividade económica, voltaram a apresentar uma evolução positiva em Maio e tudo indica que a tendência deverá continuar nos próximos meses. No entanto, nem tudo são boas notícias na conjuntura económica portuguesa (ver caixa). Como referem os especialistas contactados, o crescimento nos primeiros meses do ano voltou a basear-se na procura interna e não, como pretendia o Governo, no andamento do saldo comercial que se degradou nos primeiros quatro meses do ano. Um cenário que, para Cristina Casalinho, não deve impedir que a economia continue a crescer nos próximos trimestres mas que deve ser corrigido pois «a melhoria da actividade com base na procura interna não tem pernas para andar.»
Também o endividamento em percentagem do rendimento disponível continua a crescer e é factor de preocupação mas que, na opinião de Rui Constatino, «apesar disso está mais baixo que as estimativas que constavam por exemplo nas previsões do OE para 2004».
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