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Caldeirão da Bolsa

Sigam o Cherne - Sérgio Figueiredo CN

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

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por Info. » 28/6/2004 15:00

por falar em "seguidismo", e mais ainda... "baixar a bolinha", "não pensar por nós" e a melhor forma de ter empolado e aprofundado uma recessão.... :

Dois Anos Estupidamente Perdidos
Por ISABEL ARRIAGA E CUNHA *Correspondente em Bruxelas - DE

Foram dois anos perdidos, que ajudaram a cavar a recessão económica em Portugal e provocaram um confronto inútil entre a Comissão Europeia e o conselho de ministros da UE, em nome do Pacto de Estabilidade e Crescimento do euro (PEC).

Joaquin Almunia, comissário europeu responsável pelo euro, reconheceu oficialmente na semana passada o que toda a gente já tinha percebido há muito: o PEC, que fornece o quadro legislativo destinado a garantir a disciplina orçamental dos membros da moeda única, é excessivamente rígido, não distingue os défices conjunturais dos estruturais e, sobretudo, trata da mesma forma países em abrandamento económico e em expansão.

Romano Prodi, presidente da Comissão Europeia, já tinha chegado à mesma conclusão quando, em Outubro de 2002,se saiu com o seu célebre "pacto estúpido". Mesmo se as premissas da sua análise estavam correctas, o adjectivo aniquilou por longos meses as possibilidades de lançar uma reflexão serena sobre as lacunas do PEC. Prodi apenas conseguiu provocar um confronto entre os defensores do pacto e os seus críticos em torno da questão de saber se o pacto era ou não estúpido.

Enquanto duravam as guerras de religião,os países do euro em situação de "défice excessivo", ou seja, superior a três por cento do PIB (Produto Interno Bruto), começaram a cair como castelos de cartas: primeiro Portugal, logo seguido da França e Alemanha e, mais recentemente, da Holanda, Reino Unido e Grécia. Alguns devido a comportamentos de cigarras nos tempos das vacas gordas, outros em resultado de uma severa recessão económica ou da necessidade de investir em infra-estruturas. A todos, o PEC exige indistintamente a redução dos défices num prazo de dois anos, sob pena de multas.

A recusa da França e Alemanha de se conformar com esta exigência para não comprometer um crescimento económico ainda muito tímido, provocou um braço de ferro com a Comissão Europeia, o "polícia" do direito comunitário e a suspensão de facto do PEC, que culminou numa batalha, ainda em curso, no tribunal de Justiça da UE.

As "pistas" lançadas por Almunia procuram responder, com dois anos de atraso, aos problemas detectados. Os procedimentos do PEC, defendeu, têm de ser adaptados às condições específicas de cada país, tendo nomeadamente em conta o seu endividamento global, a sustentabilidade a longo prazo das finanças públicas e as necessidades individuais de investimento público. Terão de ter em conta a fase do ciclo económico em que cada um se encontra, para não impôr a adopção de políticas pro-cíclicas em nome do princípio absoluto da redução do défice. E deverão pressionar os Estados a manterem os esforços de consolidação orçamental em tempos de forte crescimento.

São tudo ideias de bom-senso, que só não puderam ser lançadas mais cedo devido ao adjectivo deslocado de Romano Prodi. Os portugueses bem lhe podem agradecer a recessão em que ajudou a mergulhar o país.
Info.
 

O casino está aberto....

por Visitante » 28/6/2004 14:51

"faitez-vos-jeux" snr.(s) e snr.a(s).

E a pândega continua.
Ó zé, aperta o cinto! "Eu bou mas é pirar-me" antes que as coisas fiquem mais feias. :oops:

Viva Portugal e a nossa selecção, o que nos salva é a "futebulite aguda", e nada melhor para anunciar uma medida extrema senão o dia em que o ópio está a ser distribuido em quantidades supremas! 8-)

Como dizia um dos que já cá não anda : "Earthlings? Bah!" :mrgreen:
Visitante
 

por Rodriguez » 28/6/2004 14:37

Boa tarde
Sou por Portugal acima de qualquer partido politico
Dizia Sá Carneiro O PAÍS ACIMA DA SOCIAL DEMOCRACIA.
Talvez desta vez se veja quem não põe o partido acima do País.
Espero
Rodriguez
 
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por Casal Investidor » 28/6/2004 14:29

Para mim, sigam o PINÓQUIO.

O nariz tanto tem crescido que a dimensão ultrapassa de muito o comprimento deste triste país,porque não procurar maiores dimensões e lá como cá terá seguidores.
 
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por Visitante » 28/6/2004 14:20

Eu não o vou seguir, mas vou fazer o mesmo, e vou sair desta porcaria de País, estou farto :!:
Visitante
 

Sigam o Cherne - Sérgio Figueiredo CN

por Tiger » 28/6/2004 14:00

Só por miopia ou mesquinhez se pode recriminar Durão Barroso. E só por demência ou ignorância alguém é incapaz de entender que é bom para Portugal vê-lo partir para a presidência da Comissão Europeia.
Só por miopia ou mesquinhez se pode recriminar Durão Barroso. E só por demência ou ignorância alguém é incapaz de entender que é bom para Portugal vê-lo partir para a presidência da Comissão Europeia.

Este foi, com nuances e em vários tons, o consenso do fim-de-semana. Na sexta, «analistas» como Pacheco Pereira e Lobo Xavier e precipitados como Guilherme Silva, o líder dos deputados PSD, ainda foram apanhados em conversas e entrevistas gravadas com antecedência. Agora ninguém se atreve a questioná-lo.

A dúvida circunstancial de quem afirmava que sería incompreensível ver o primeiro-ministro marchar reside nisso mesmo: as circunstâncias em que ele abandona o país, o Governo, a coligação e o partido. Qual deles, em pior estado?!

Ninguém pode negar o óbvio. É realmente decisivo para Portugal, à imagem do que têm por exemplo feito os espanhóis, ocupar lugares-chave no plano internacional. A questão está no momento: algo que, como é lógico, Barroso não controla.

Ainda assim, como convencer as pessoas normais, aquelas a quem nunca ninguém se preocupou em explicar a União Europeia, de que não está Barroso a fugir do Governo?

E os lisboetas? Com a cidade esventrada por um imbróglio que há quem diga que um dia se vai chamar túnel, não vão pensar que também Santana está a fugir da Câmara?

Acontece, como diria La Palice, que as coisas são como são. A saída de Barroso para Bruxelas é uma oportunidade imperdível. Porque dificilmente irrepetível. Tem naturalmente uma factura.

Este Governo cai, procura-se um novo Governo, um novo primeiro-ministro, nem que seja através de eleições. Não é dramático.

Qual é o drama de ver este Governo morrer antes de tempo, se há muito definhava? A «banhada» nas eleições do Parlamento Europeu apenas acentuou a agonia de quem, a começar pelo próprio primeiro-ministro, não sabia já o que fazer aos dois anos que ainda restam.

A triste ironia é que o país volta a concluir que tinha um Governo novamente num pântano e o país na encruzilhada. Barroso segue o caminho de Bruxelas por razões totalmente diferentes das que levaram Guterres a sair para o desemprego.

É algo insultuoso, para este primeiro-ministro, insistir na comparação das duas demissões. O problema é que, entre uma e outra, o país fingiu que andava a fazer reformas muito importantes, quando, afinal e na prática, não mudou muito.

Se o senhor Presidente da República não quer dissolver o Parlamento, em nome da estabilidade, deve então garantir que Santana Lopes não comprometa essa mesma estabilidade. Tenho sérias dúvidas. Muito boa gente do PSD também.

A ministra Ferreira Leite já fez saber que «com este nunca». O ministro Marques Mendes pede um Congresso extraordinário, fala num golpe de «legitimação na secretaria».

Santana Lopes tem grandes qualidades. Carisma, energia, dizem que é um mobilizador. Conta realmente com muitos fiéis seguidores. Organizou mundialitos de praia na Figueira. E tinha uns planos para o ParqueMayer.

Barroso prefere Bruxelas. Sigam o cherne.

Por Sérgio Figueiredo
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