-Transportes.... filho irresponsável
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Tudo corre bem enquanto
o vento sopra a favor, o problema é quando assim não o é, e ai gestores e administradores fabulosos são muito poucos ou enixestentes neste País, principalmente no sector público, e os bons são aqueles que aumentam nas taxas e nos impostos para aumentarem os resultados, mas desses existem aos pontapés, e já no tempo dos "Reis" assim se fazia, e a "pleube" é que pagava a factura 

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-Transportes.... filho irresponsável
Com uma vénia.....
Mais dinheiro para os transportes?
01/06/2004 16:05
Mais dinheiro para os transportes?
O Governo vai aprovar um plano de reestruturação para o sector público de transportes, que visa resolver a sua desequilibrada situação financeira. «Resolver» é a palavra-chave. Porque o que se pede é que não seja decidido mais um envelope de muitos milhões, tão inútil para o futuro distante como um adesivo para tapar uma fenda de uma barragem: ela vai explodir. Por muito que nos custe, o cancro quase nunca morre com a morte do estômago.
O essencial não é saldar uma dívida, ainda que alivie subitamente as tesourarias e embeleze os resultados. O essencial é resolver a origem do endividamento. Por isso, o pior que o Governo pode fazer é aprovar um plano de saneamento dos passivos históricos. A STCP e a Carris, que estão com as cordas da liquidez e do art.º 35 à garganta, agradecem. A CP e o Metro respiram de alívio. Mas os contribuintes â¿¿ donos e clientes destas empresas â¿¿ não. Por si só, uma mala cheia de notas não só nada resolve como podia ser melhor aplicada noutros fins. Por exemplo, evitar que persistam casos de crianças que esperam três anos para serem operadas.
Como tem sido, a resignada prática de atribuir pacotes financeiros ou assumir dívida é como entregar mesadas a um filho irresponsável: «Toma e gasta como quiseres. Mas não me venhas pedir mais. Mais? Bom, está bem. Mas é a última...»
As empresas de transporte público jamais serão rentáveis operacionalmente, por causa do serviço público que têm de prestar. Por isso, dar-lhes condições de sustentabilidade económica passa por contratualizar rigorosamente quanto tem o Estado de pagar por esse serviço público. E depois premiar a gestão, o cumprimento de objectivos e responsabilizar os trabalhadores. «Resolver» é, assim, sanear passivo mas também mexer em tabus como os preços e envolver a gestão e os trabalhadores das empresas no processo, aniquilando o argumento de que a culpa está num problema endémico e incontrolável chamado dívida galopante, resolúvel apenas pelo Estado. Aprenda-se com a espanhola Renfe como gerir a relação com o Estado. E aprenda-se com a RTP como se «resolve» uma empresa sem viço.
Este Governo já tem todos os estudos que precisa. Só falta vontade política.
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Mais dinheiro para os transportes?
01/06/2004 16:05
Mais dinheiro para os transportes?
O Governo vai aprovar um plano de reestruturação para o sector público de transportes, que visa resolver a sua desequilibrada situação financeira. «Resolver» é a palavra-chave. Porque o que se pede é que não seja decidido mais um envelope de muitos milhões, tão inútil para o futuro distante como um adesivo para tapar uma fenda de uma barragem: ela vai explodir. Por muito que nos custe, o cancro quase nunca morre com a morte do estômago.
O essencial não é saldar uma dívida, ainda que alivie subitamente as tesourarias e embeleze os resultados. O essencial é resolver a origem do endividamento. Por isso, o pior que o Governo pode fazer é aprovar um plano de saneamento dos passivos históricos. A STCP e a Carris, que estão com as cordas da liquidez e do art.º 35 à garganta, agradecem. A CP e o Metro respiram de alívio. Mas os contribuintes â¿¿ donos e clientes destas empresas â¿¿ não. Por si só, uma mala cheia de notas não só nada resolve como podia ser melhor aplicada noutros fins. Por exemplo, evitar que persistam casos de crianças que esperam três anos para serem operadas.
Como tem sido, a resignada prática de atribuir pacotes financeiros ou assumir dívida é como entregar mesadas a um filho irresponsável: «Toma e gasta como quiseres. Mas não me venhas pedir mais. Mais? Bom, está bem. Mas é a última...»
As empresas de transporte público jamais serão rentáveis operacionalmente, por causa do serviço público que têm de prestar. Por isso, dar-lhes condições de sustentabilidade económica passa por contratualizar rigorosamente quanto tem o Estado de pagar por esse serviço público. E depois premiar a gestão, o cumprimento de objectivos e responsabilizar os trabalhadores. «Resolver» é, assim, sanear passivo mas também mexer em tabus como os preços e envolver a gestão e os trabalhadores das empresas no processo, aniquilando o argumento de que a culpa está num problema endémico e incontrolável chamado dívida galopante, resolúvel apenas pelo Estado. Aprenda-se com a espanhola Renfe como gerir a relação com o Estado. E aprenda-se com a RTP como se «resolve» uma empresa sem viço.
Este Governo já tem todos os estudos que precisa. Só falta vontade política.
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