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[TRSM]

PSI-20 recuou pelo terceiro mês consecutivo
Maio foi o pior mês para a Euronext Lisbon desde Fevereiro de 2003
Maio foi um mês de desvalorizações para a quase totalidade dos 20 títulos que integram o PSI-20, que verificou uma queda mensal de 3,70%, a terceira consecutiva e a maior desde Fevereiro do ano passado. As empresas de media foram as que mais desceram e a ParaRede e a Jerónimo Martins, que anunciaram aumentos de capital, as únicas duas a subir.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


Maio foi um mês de desvalorizações para a quase totalidade dos 20 títulos que integram o PSI-20, que verificou uma queda mensal de 3,70%, a terceira consecutiva e a maior desde Fevereiro do ano passado. As empresas de media foram as que mais desceram e a ParaRede e a Jerónimo Martins, que anunciaram aumentos de capital, as únicas duas a subir.

Depois de sete meses consecutivos a subir – entre Agosto de 2003 e Fevereiro deste ano – o PSI-20 [Cot] acumula agora três meses consecutivos em queda, tendo acompanhado a tendência depressiva das congéneres internacionais. Desde o início de Março o índice cai 5,33%, enquanto nos sete meses anteriores avançou 32%.

Para encontrar uma série de três meses consecutivos em queda terá também de recuar ao trimestre finalizado em Fevereiro de 2003.

A escalada do preço do petróleo e da violência do Médio Oriente, bem como a possibilidade das taxas de juro subirem de uma forma rápida nos Estados Unidos, explicam o sentimento negativo nos mercados accionistas.

Ainda assim, desde o início do ano o saldo para o PSI-20 continua a ser positivo, com um ganho de 7%, longe da subida de 18% que o índice chegou a atingir este ano.

Em Maio apenas dois títulos conseguiram acumular valorizações. A ParaRede [Cot] e a Jerónimo Martins [Cot] – as duas empresas do índice que estão a efectuar aumentos de capital – somaram 6,03% e 5,91%, respectivamente.

Já as maiores descidas do índice pertenceram à Impresa [Cot] e PT Multimédia [Cot], que pertencem ao sector dos media, um dos que os analistas diziam ir ser mais beneficiados com a realização em Portugal do Rock in Rio e do Euro 2004.

Em Maio a Impresa depreciou 9,76% e a PT Multimédia caiu 9,34%, enquanto fora do PSI-20 a Media Capital deslizou 8,33%. Ainda assim a Impresa e a PT Multimédia figuram na parte superior do «ranking» das maiores subidas anuais, com ganhos de 8,29% e 11,62%.

A Portucel [Cot] e a Semapa [Cot], que protagonizaram um dos principais negócios deste ano, também evoluíram em queda no mês de Maio, com descidas de 9,21% e 7,25%. A Semapa acordou pagar ao Estado 334 milhões de euros por uma posição de 30% do capital da empresa de pasta e papel, que viu as suas acções descerem com o mercado mais céptico face a uma oferta pública de aquisição sobre a empresa.

Uma outra empresa envolvida neste negócio, a Sonae SGPS [Cot], desceu 6,52% este mês, aliviando parte dos ganhos anuais, que ainda assim ascendem a 30,3%, na segunda melhor performance entre os títulos do PSI-20.

Maio também foi um mês negativo para a banca, com o Banco BPI a descer 5,66%, o Banco Espírito Santo em queda de 2,86%, enquanto os títulos do Banco Comercial Português baixaram 1,03%. Entre as acções com mais peso no PSI-20 a Portugal Telecom caiu 6,74% e a Electricidade de Portugal recuou 2,62%.