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Caldeirão da Bolsa

Warrant PTM

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MarcoAntonio » 13/5/2004 16:09

Incognitus Escreveu:MA, é uma vantagem ilusória, obscurecida pelo facto de que pode ou não ser vantajoso investir num warrant/opção consoante o seu pricing, e não por causa de não se poder perder mais do que o que se investe.


Incognitus, obviamente que não é por os warrants terem esta característica que eu vou a correr a negociar neles.

Isso é ser ingenuo. Quando se fala de uma vantagem tem de se ver em que contexto se está a falar.

As acções têm a mesmíssima vantagem (se não alavancares e se não negociares do lado curto).

Trata-se de uma vantagem no contexto específico dos produtos alavancados e que permite estabelecer determinadas estratégias (por exemplo, precisamente como aquele que exemplificaste para a PTC e que só é possível ser da forma que apresentaste devido exactamente a esta vantagem e aos warrants serem como são, pois se fossem Futuros já não terías aquela vantagem de, por um reduzido downside poderes beneficiar de um apreciável upside). O teu downside era igual ao downside (em Futuros) e poderías perder mais dos que os tais 1.25%...

Portanto, tu próprio estás a reconher a vantagem ao elaborar uma estratégia acente nela!

Não é ilusória. Tem é de ser vista no contexto devido.



Incognitus Escreveu: Se o warrant/opção estiver consistentemente mal preçado (preçado de uma forma desfavorável para o comprador), então a estratégia de os comprar revelar-se-á um erro a prazo (excepto por sorte), independentemente de apenas se perder o dinheiro que neles se investe.


Claro que sim, isso parece-me óbvio.


Incognitus Escreveu:Nesse caso, aliás, os futuros são muito mais neutros, pois esses quase invariavelmente estão bem preçados (arbitragem oblige - e os métodos de arbitragem em futuros são muito mais objectivos/mecânicos do que em opções).


É verdade. Mas eu mesmo referi-o quando disse que a troco dessa vantagem os warrants apresentavam outras desvantagens (e enumerei-as).
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Incognitus » 13/5/2004 16:02

MA, é uma vantagem ilusória, obscurecida pelo facto de que pode ou não ser vantajoso investir num warrant/opção consoante o seu pricing, e não por causa de não se poder perder mais do que o que se investe. Se o warrant/opção estiver consistentemente mal preçado (preçado de uma forma desfavorável para o comprador), então a estratégia de os comprar revelar-se-á um erro a prazo (excepto por sorte), independentemente de apenas se perder o dinheiro que neles se investe.

Nesse caso, aliás, os futuros são muito mais neutros, pois esses quase invariavelmente estão bem preçados (arbitragem oblige - e os métodos de arbitragem em futuros são muito mais objectivos/mecânicos do que em opções).
 
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 16:01

maeinvestidora Escreveu:Só concordo teoricamente. Acho que nestas situações mais vale ficar de fora ou comprar directamente a acção.


Talvez não me tenha explicado bem. Tento esclarecer melhor: eu não estou a dizer que se o investidor acha que vai lateralizar deve comprar warrants in.

O que estou a dizer é que se, achando que vai subir ou descer, consider que ainda assim a probabilidade de lateralizar é relativamente elevada, deve apostar em warrants in (quanto mais in melhor) em detrimento de warrants out.

Estes últimos são adequados para daytrading e para quando estamos muito seguros do movimento (por exemplo, se ele já arrancou).

Porque como é óbvio, se o investidor acha que é mais provável lateralizar do que subir/descer, então mais vale não ter warrant nenhum, seja in ou out.
:wink:

maeinvestidora Escreveu:Mas se achar que não vai mexer mesmo, então não compro nem warrants nem a acção nem nada...


É claro, e eu acho o mesmo, naturalmente.
:lol:
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por maeinvestidora » 13/5/2004 15:57

Incognitus Escreveu:Não quero com isso dizer que os warrants (as opções) não tenham o seu uso, mas apenas aquele pequeno facto acima relatado já mostra o quão limitado esse uso é, e o quão inadequados eles/elas (os warrants/as opções) são para uma estratégia de investimento racional.


Eu não generalizo tanto...Este caso é flagrante; outros não tanto! Os warrants do citi, do commerz, da SG e desde que haja concorrência em termos de activo subjacente. Os warrants do DAX, da Nokia, do Nasdaq 100 são mais justos. Podem não ser completamente justos, mas são mais justos...

Marco António Escreveu:Se um investidor considera que existe uma probabilidade relativamente elevada do subjacente não se mexer então deve apostar num warrant claramente in-the-money (quanto mais in, melhor).


Só concordo teoricamente. Acho que nestas situações mais vale ficar de fora ou comprar directamente a acção. No entanto, quem não pode ou acha que gasta muito dinheiro em comissões em comprar directamente uma acção estrangeira, então sim são úteis...Nokia, Microsoft. Existem poucas acções interessantes como subjacentes e os preços de exercício são de rir às gargalhadas (estou-me a lembrar dos warrants sobre a Microsoft, que está a cotar 26 dólares, da SG...os preços de exercício das calls são, nem mais nem menos que 30 usd- delta de 6% - e 35 usd - delta de 0%).

Mas se achar que não vai mexer mesmo, então não compro nem warrants nem a acção nem nada...

JAS Escreveu:Basta mudarem a volatilidade para 50%, nas habituais manipulações, para a cotação do warrant perder "apenas" 20%...


E sabemos todos que bem o podem fazer, e quando o entenderem. Qual será a probabilidade de, neste warrant em particular, efectuar um trade e entrar e sair sem que alterem a volatilidade??
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:55

Incognitus Escreveu:
MarcoAntonio Escreveu:
Incognitus Escreveu:Mais elevados, MA, porque as pessoas compram mais, porque só olham para o que estão a por no warrant e não que tipo de exposição estão a comprar.


As pessoas que cometem esse erro cometeríam (e cometem) o mesmíssimo erro em Futuros ou CFD's...

Com consequências iguais ou piores.

Felizmente em warrants nunca ficarão devedores à corretora. O mesmo não se pode dizer do que lhes pode acontecer em Futuros ou CFD's (embora seja improvável).


Mas, MA, o que é que eu tenho estado a dizer? Que as pessoas cometem ESSE ERRO, tanto nos WARRANTS como nos FUTUROS, precisamente porque comparam o valor do prémio (warrants) ou da margem (futuro) com o valor da sua carteira, em vez de compararem o valor do subjacente representado pelo warrant/futuro à carteira...


Mas incognitus, em warrants o que interessa é mesmo quanto eles compram de warrants. Tu próprio estás a dizer que o erro está quando, por olharem para o peso na carteira, começam a comprar grandes quantidades como 50 ou 100%.

Mas quem é que diz que quem olha para o peso na carteira acaba a comprar 50 ou 100%?

Só se não souber o que é um warrant...

Ou seja, se eu olho para o peso dos warrants na carteira e determino, como limite de risco, que não invisto mais de 1 ou 2% numa posição em warrants onde é que está exactamente o erro?

E voltando à questão inicial: nos warrants não perdes mais do que aquilo que investes neles e isso, no contexto de um produto alavancado, é mesmo uma vantagem.

O termo de comparação são naturalmente os Futuros e CFD's onde podes perder mais do que aquilo que investes na posição (e até com relativa facilidade).
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por Incognitus » 13/5/2004 15:46

MarcoAntonio Escreveu:
Incognitus Escreveu:Mais elevados, MA, porque as pessoas compram mais, porque só olham para o que estão a por no warrant e não que tipo de exposição estão a comprar.


As pessoas que cometem esse erro cometeríam (e cometem) o mesmíssimo erro em Futuros ou CFD's...

Com consequências iguais ou piores.

Felizmente em warrants nunca ficarão devedores à corretora. O mesmo não se pode dizer do que lhes pode acontecer em Futuros ou CFD's (embora seja improvável).


Mas, MA, o que é que eu tenho estado a dizer? Que as pessoas cometem ESSE ERRO, tanto nos WARRANTS como nos FUTUROS, precisamente porque comparam o valor do prémio (warrants) ou da margem (futuro) com o valor da sua carteira, em vez de compararem o valor do subjacente representado pelo warrant/futuro à carteira...
 
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:44

Incognitus Escreveu:Mais elevados, MA, porque as pessoas compram mais, porque só olham para o que estão a por no warrant e não que tipo de exposição estão a comprar.


As pessoas que cometem esse erro cometeríam (e cometem) o mesmíssimo erro em Futuros ou CFD's...

Com consequências iguais ou piores.

Felizmente em warrants nunca ficarão devedores à corretora. O mesmo não se pode dizer do que lhes pode acontecer em Futuros ou CFD's (embora seja improvável).
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por Incognitus » 13/5/2004 15:43

De resto, quem tenha trabalhado numa corretora sabe do que estou a falar.

Não existe "lei" nenhuma que "obrigue" as pessoas a comprar uma exposição maior em warrants do que fariam em acções, por só olharem para o valor do warrant comparado ao valor da carteira. Porém, é EXACTAMENTE isso que fazem, e é aí que está o erro.
 
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por Incognitus » 13/5/2004 15:39

Mais elevados, MA, porque as pessoas compram mais, porque só olham para o que estão a por no warrant e não que tipo de exposição estão a comprar.

De resto, as explicações sobre margens e prémios, dispenso-as.
 
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:35

Incognitus Escreveu:MA, a tua ilusão está em que vês o risco limitado ao que colocaste no warrant, e não estás a ver que não se podem admitir perdas de 10% em posições que representam 10% da carteira, e esperar que a estratégia resultante seja vencedora.


Incognitus, não existe ilusão nenhuma. Tu é que estás a criar a ilusão pelo facto de considerares que só porque eu penso (e é essencial pensar, quando se trata de warrants) em quanto representa em % no global da carteira, só por isso vou tender a adquirir % maiores. Ora, nada mais falso...

Tu é que estás a concluir isso mas não corresponde minimamente à verdade.

Isso é quase o mesmo que dizer: não é relevante olhar ao tamanho do carro e ver se ele cabe na garangem ou não, o que é relevante é olhar para a destreza do condutor; se te puseres a olhar para o tamanho do carro rapidamente pões-te a comprar carros que enchem a garagem toda.

Passe a analogia é precisamente isto que estás a dizer...

Ora, é por olhar para quanto representa no global da carteira o warrant (um produto alavancado que com relativa facilidade vai a zero) que eu nunca compraría 50 ou 100% da carteira neles. Mas mesmo nunca!...

Não é por ver quanto eles representam no global da carteira que eu vou comprar mais. Antes pelo contrário...

Como é óbvio, não existe ilusão nenhuma.
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por Ovos Moles » 13/5/2004 15:32

O comentario que vou fazer vai-se cingir unica e exclusivamente à questão da vol e do spread do warrant sobre a PTM, se não estou em erro é o 7069P.

A questão do spread relaciona-se com a profundidade existente no subjacente, no caso de o MM ter de fazer a cobertura de uma compra ou venda do warrant e ainda o spread natural com que eles cotam(entre 0.01 a 0.03).
Sendo assim, vejam como o MM deve fazer a cobertura:
-Cotam com 4.500 Bid/Ask
-Imaginem que alguem compra 4.500 warrants (o 7069P é um call) então o MM fica vendido e tem de ir comprar ao mercado PTM de forma a ficar delta hedge. Como neste momento o Delta deste warrant deve andar à volta dos 0.50, 4.500*0.50=2.250 acções que ele tem de comprar. Como a PTM cota neste momento 17.50-17.59 (só aqui são 0.09 de spread) vejam como é dificil cobrirem o risco deste activo, logo é natural que o warrant chegue a ter 0.10 spread.

Em relação à vol deste MM, por acaso eu só trabalho com eles, pois cotam a vol alta mas é estavel, não acompanha o mercado, dando maior segurança para quem investe warrants. Desde que lançaram os warrants a vol de cada emissão sempre foi igual ao seu lançamento.
Um abraço
Ovos Moles
"Quem comprou, comprou. Quem não comprou, comprasse."
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:29

Incognitus Escreveu:O peso na carteira, é conseuquência da estratégia, não o objectivo em si. Os 1.25% de peso daqueles warrants na carteira em nada influenciaram a decisão.

Repara os 1.25% naquele caso substituiram uma exposição de 100% a PT, com um custo baixo. A lógica foi "não perder upside, ficar sem downside por este warrant possibilidade essa hipótese com um custo baixo", e o resultado foi aquele.


Nem mais!

E isso porquê?

Porque se trata de warrants. Só em warrants te é possível fazer isso precisamente pela vantagem que dizes não ser uma vantagem.

Em Futuros não era possível limitares a perda a esses 1.25% continuando a beneficiar do tal upside (a menos que definas um stop mental ou automatico no sistema no momento que introduzes a ordem).


Incognitus Escreveu:Isto só ilustra que, se levarem em conta o valor de exposição ao subjacente que estás a tomar, os pesos "consequência" dos warrants na carteira tendem a ser bastante mais reduzidos.


Simplesmente porque esse raciocínio te leva a chegar a valores reduzidos no global da carteira (e valores elevados como não racionais).

Ou seja, estás a concluir o mesmo que eu (não é racional colocar 50 ou 100% do global da carteira recorrendo a um elaborado raciocínio). Ora, basta olhar para os 50 ou 100% em si para chegar a essa conclusão: não é racional.

Facilmente se perde isso tudo...


Incognitus Escreveu:Se te esqueces deste facto, e começas a levar em conta o peso do valor do warrant na carteira, esses pesos tornam-se muito mais elevados,


Mas porque é que se tornam mais elevados?

É isto que não percebo?

Mais elevados a que propósito?

Eu qnd invisto em warrants, tipicamente compro 1 ou 2% do global da carteira e é essa a medida que uso para determinar quantos vou comprar.

E porque é que só compro isso?

Porque é a quanto quero limitar o meu risco nesse produto!


Incognitus Escreveu:e partes para uma situação em que tens exposição a 200% de PT, 300% de PTM, etc, ou seja, uma situação que tende essencialmente a produzir perdas substanciais com regularidade (e por sorte, grandes ganhos ocasionalmente).


Não faz sentido falar disto (apenas em Futuros). Em warrants a tua exposição real é a exposição em warrants...

Já em Futuros podes estar investido a 200 ou 300%. Em warrants, não. O máximo é 100% (comprares toda a carteira em warrants). E claro, arriscas-te a perder os 100%...


Incognitus Escreveu:O ÚNICO peso que conta, estejas a fazer futuros ou warrants, é o peso do subjacente, e não do prémio ou da margem.


Em warrants não existe margem. A mecanica de alavancagem é totalmente diferente.

O teu warrant até pode dar direito a comprares (ou venderes) 1 Milhão de PT's que essa quantidade de PT's é para ti irrelevante em termos de risco. O que interessa é quanto compras em warrants face ao global da carteira.

Se comprares 1%, represente isso o que represente (em termos de direito a comprar ou a vender), nunca perderás mais do que 1%.

A exposição real é o que compras em warrants. Compras 1% de warrants estás exposto em 1%...

Já em Futuros não é assim, estás exposto em margem x alavancagem (o que pode dar mais de 100% de exposição real). Assim, com uma posição de 1% da carteira podes perder 3, 4, 5 ou mais %.
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por Incognitus » 13/5/2004 15:18

MA, a tua ilusão está em que vês o risco limitado ao que colocaste no warrant, e não estás a ver que não se podem admitir perdas de 10% em posições que representam 10% da carteira, e esperar que a estratégia resultante seja vencedora.
 
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por Incognitus » 13/5/2004 15:14

O peso na carteira, é conseuquência da estratégia, não o objectivo em si. Os 1.25% de peso daqueles warrants na carteira em nada influenciaram a decisão.

Repara os 1.25% naquele caso substituiram uma exposição de 100% a PT, com um custo baixo. A lógica foi "não perder upside, ficar sem downside por este warrant possibilidade essa hipótese com um custo baixo", e o resultado foi aquele.

Esta forma de pensar, permite conhecer exactamente o risco que se está a tomar, face ao subjacente. Repara que o caso é extremo de 100% em PT, se a exposição fosse uns racionais 10% da carteira em PT, o resultado seria 0.125% em warrants PT (o que pode deixar de ser prático devido a uma série de custos fixos).

Isto só ilustra que, se levarem em conta o valor de exposição ao subjacente que estás a tomar, os pesos "consequência" dos warrants na carteira tendem a ser bastante mais reduzidos.

Se te esqueces deste facto, e começas a levar em conta o peso do valor do warrant na carteira, esses pesos tornam-se muito mais elevados, e partes para uma situação em que tens exposição a 200% de PT, 300% de PTM, etc, ou seja, uma situação que tende essencialmente a produzir perdas substanciais com regularidade (e por sorte, grandes ganhos ocasionalmente).

O ÚNICO peso que conta, estejas a fazer futuros ou warrants, é o peso do subjacente, e não do prémio ou da margem. As pessoas focam-se no prémio e na margem, e por isso é que destroem as suas carteiras, sem se darem conta que pelo meio estiveram investidas a 500% no DAX, ou a 1000% na PTM. Uma coisa, que se estivessem a comprar o subjacente directamente, jamais fariam porque o risco se tornava imediatamente óbvio.
 
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Obrigado incognitus...

por Surfer » 13/5/2004 15:06

Agora entendi o teu raciocinio e estou de acordo contigo, a minha dificuldade baseou-se no facto de não estar a conseguir imaginar um cenário como tu descreveste e de facto gerir a carteira daquela forma com base em Warrants/opções é um erro.

Eu desde à praticamente dois anos para cá que só negoceio warrants e provavelmente em breve avançarei para futuros, acções já pouco me diz. Se tive em conta a percentagem desse warrant na carteira e sempre abri posições com percentagens defenidas tendo em conta o valor da carteira até porque faço algum «money-management» e reservo sempre margem para reforço de posições sempre que seja oportuno.

Mas não me lembro sequer de ter agido conforme descreves o primeiro cenário, nesse caso certamente já tinha «estoirado»!!

Abraço
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:05

Aliás (e penso que a questão do Surfer se deveu a isso), em warrants deixa de fazer sentido falar do peso do subjacente.

O único peso que existe é o peso do warrant. A tua exposição real no mercado é a tua compra de warrants, nem mais centimo nem menos centimo.

Já em futuros, a exposição real é de facto o peso do subjacente (aí sim). Se cativares em margem 1% mas se o produto usa uma alavancagem de 40x, a tua exposição real é de 40% nesse subjacente no global da carteira. Aliás, é fácil estares exposto a mais de 100% numa carteira em que 10% seja alocado a CFD's ou Forex...

Aí sim, é determinante o peso do subjacente (ou seja, a exposição real) que difere do quanto apostas (valor cativo em margem).

Nos warrants apostas o que compras deles e essa é a tua exposição real e daí não passa!
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 15:01

Incognitus Escreveu:Repara, MA, o erro está, não na utilização dos warrants, que por vezes podem ter utilidade, mas sim, no considerar o seu peso no global da carteira usando o VALOR do warrant em si, em vez do valor do SUBJACENTE que o warrant representa.


Mas é o valor do warrant em si que interessa. Que outro valor queres usar?

Tu próprio, nos teus exempos, usaste sempre o seu peso no global da carteira. Num caso investias 1.25% do global da carteira e noutro 50 ou 100%. E chegaste à conclusão que essa diferença era determinante...

Em que é que o valor do subjacente é importante?

O valor a que está a PT é praticamente irrelevante (é relevante apenas ao nível da análise). Em termos de risco o que é determinante não és e a PTC vale 7 ou 8€. É se arriscas em warrants 1.25% do global da carteira ou 50 ou 100%...
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por Incognitus » 13/5/2004 14:56

Repara, MA, o erro está, não na utilização dos warrants, que por vezes podem ter utilidade, mas sim, no considerar o seu peso no global da carteira usando o VALOR do warrant em si, em vez do valor do SUBJACENTE que o warrant representa.

Só isso.

Obviamente, levar em conta apenas o valor do warrant em si, tenderá a produzir pesos do warrant na carteira muito superiores aos que viriam de se levar em conta o valor do subjacente, transformando praticamente todas as decisões racionais que podem ser alcançadas com uso a opções/warrants, em jogos de vida ou morte para a carteira e respectiva rendibilidade (isto aplica-se até a uma posição num warrant que fosse apenas de 10% da carteira, se esse warrant possuir uma probabilidade baixa de estar in the money na sua maturidade - jogar vezes suficientes a esse jogo provoca a ruína da mesma forma).
 
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 14:49

Incognitus Escreveu:Qual é que é o erro que as pessoas cometem? Bem, o erro é que numa carteira de 8000 EUR, como a que descrevi, são capazes de comprar não 1.25% em warrants PT, mas sim 50% ou 100% em warrants PT, porque estão a comparar o valor investido em warrants com a totalidade da carteira, tal como o faziam se estivessem investidos em PT.


Incognitus, o que estás a dizer é que o peso no global da carteira é importante...

Incognitus Escreveu:Agora, um warrant se está a 0.10, tem uma probabilidade elevada de valer 0 na sua maturidade. Resultado, essa pessoa ao proceder dessa forma, está a sujeitar a totalidade da carteira a uma probabilidade ELEVADA de ir para 0.


Exactamente. Logo deve ter muito cuidado ao adquirir 50 ou 100% do global da carteira pois pode perde-los todos.

Se comprar apenas 1.25% só perde esses 1.25...

Afinal, estás totalmente de acordo comigo.

incognitus Escreveu:No segundo, o warrant (e a carteira toda) transformou-se num totoloto.


Pelo que investir ou não a carteira toda (ou quanto se investe do global da carteira) é uma questão importantíssima. E não é erro nenhum colocar a questão nesse ponto. É antes uma necessidade para quem investe em warrants.

Se arriscar 1.25% poderá perder 1.25%. Se arriscar 100% poderá perder 100%...
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por Incognitus » 13/5/2004 14:42

Surfer, regra geral as posições em opções (warrants) podem fazer sentido se estiverem a substituir, ou a servir como hedge, a outra posição na carteira. Imagina que 1000 warrants representam a opção de comprar 1000 PT's. Ainda não há muito tempo atrás advoguei que, a determinada altura, fazia sentido substituir TODA a posição que uma pessoa tivesse em PT's por warrants PT, numa base de 1-1. Porquê? Porque se perdia pouco upside (apenas a diferença entre a cotação da PT e o strike do warrant mais o prémio do warrant, sendo que ambos eram pequenos), e ficava-se quase sem downside (apenas o prémio do warrant).

Imagina que esse warrant custava 0.10. E a pessoa tinha 1000 PT's a 8 EUR que representavam 100% da sua carteira. 1000 warrants seriam 100 EUR, ou seja, o seu peso na carteira seria de 1.25%.

Qual é que é o erro que as pessoas cometem? Bem, o erro é que numa carteira de 8000 EUR, como a que descrevi, são capazes de comprar não 1.25% em warrants PT, mas sim 50% ou 100% em warrants PT, porque estão a comparar o valor investido em warrants com a totalidade da carteira, tal como o faziam se estivessem investidos em PT.

Agora, um warrant se está a 0.10, tem uma probabilidade elevada de valer 0 na sua maturidade. Resultado, essa pessoa ao proceder dessa forma, está a sujeitar a totalidade da carteira a uma probabilidade ELEVADA de ir para 0.

No primeiro caso (substituir uma posição em PT por uma posição num derivado de PT) o warrant teve utilidade.

No segundo, o warrant (e a carteira toda) transformou-se num totoloto.
 
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por MarcoAntonio » 13/5/2004 14:38

Eu exemplifico:

Imagina que tens uma carteira da qual 10% vais apostar em produtos alavancados.

O investidor A investe esses 10% em warrants e o investidor B investe esses 10% em futuros.

Na carteira de futuros, o investidor B abre uma posição de 10% (representa 1% do global) e o investidor A faz o mesmo com uns warrants quaisquer (representa igualmente 1% do global).

A perda que é possível gerar com esta posição na carteira do investidor A é de 1%. Tenha lá o peso que o subjacente tiver, seja o warrant muito ou pouco alavancado. Na pior das hipoteses perde o que investiu naqueles warrants, os 10% da parte alavancada ou seja, 1% do global da carteira.

Na carteira do investidor B aquela posição em Futuros pode, sem grande dificuldade sublinhe-se, gerar uma perda de 20% ou 30 ou até mais % daqueles 10% alavancados. Ou seja, investindo/arriscando 1% do global da carteira, o Investidor B pode ver gerada uma perda de 3 ou 4% do Global da carteira.

Tal, em condições similares em warrants, é impossível.

Isto é uma vantagem dos warrants (face a outros produtos alavancados).

Agora imagina que A compra não 10% mas sim 50%. Então no limite habilitava-se a perder 5% do global. Já o investidor B habilitava-se a perder praticamente os 10% alocados a produtos alavancados...

Esta vantagem tem de ser vista em termos comparativos com produtos alavancados similares e o risco de que estamos a falar é sempre no contexto de um produto alavancado.

É claro que para compensar esta vantagem, bastante significativa, os warrants têm diversas desvantagens: tipicamente maus spreads, ambiguidade da volatilidade, dificuldade de controlar os diversos parametros e acrescidas exigencias de timing no trading (que toma particular importancia nos warrants, não basta estar certo, é preciso estar certo no momento certo).
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Incognitus » 13/5/2004 14:34

Ulisses Pereira Escreveu:Voltando à génese desta série de posts, o que não me parece criar dúvidas é que, com a actual volatilidade e spread deste warrant, as probabilidades de sucesso de um investidor jogam claramente contra ele. Muito mais do que o normal...

Um abraço,
Ulisses


Sim, é essa a conclusão. Ou seja, há casos em que jogar não faz sentido, MESMO que posteriormente se ganhe. Jogar ao totoloto não faz sentido MESMO existindo vencedores.
 
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Incognitus...

por Surfer » 13/5/2004 14:31

«...Outro erro básico geralmente cometido por quem investe em warrants, e que elimina precisamente a sua utilidade, é considerar o peso na carteira do dinheiro investido no warrant, e não o peso do subjacente representado pelo warrant...»

Confesso que não entendi o que pretendes dizer com «o peso do subjacente representado pelo warrant», que significado atribuis á palavra «peso»? E de que forma ou razão elimina a utilidade do warrant?

Importaste de explicar melhor?

Abraço e Obrigado
Surfer
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por Incognitus » 13/5/2004 14:31

Repara ...

"Porque é que é perdedora. Estás a dizer que é impossível sair a ganhar em warrants...

Eu admito que é difícil, bastante difícil. Mas não é impossível... "

e

concordas que isto produz mais perdedores que vencedores.

Não ser impossível, em certa medida, torna-se irrelevante. Pois se é mais difícil que fácil, se a estratégia é mais perdedora que ganhadora, então jogar segundo essa estratégia é uma má política. Ou melhor, é tão boa como jogar ao totoloto. Também não é impossível ganhar ... só "difícil, bastante difícil".
 
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por Ulisses Pereira » 13/5/2004 14:30

Voltando à génese desta série de posts, o que não me parece criar dúvidas é que, com a actual volatilidade e spread deste warrant, as probabilidades de sucesso de um investidor jogam claramente contra ele. Muito mais do que o normal...

Um abraço,
Ulisses
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