Fora do tópico
11 mensagens
|Página 1 de 1
JAOR, tens todo o direito de não gostar do homem e ainda mais direito de não o ler.
A questão não é essa: a questão é fazer afirmações sobre a sua qualidade literária ou sobre os motivos de ter recebido um prémio Nobel e de seguida admitir que não o leu (leu um livro e contra-feito pois foi a pedido para escrever um artigo para uma revista e até já podemos adivinhar mais ou menos o que ele escreveu no artigo). A isto chama-se... preconceito. E dizê-lo assim de caras de Polido só tem a graça (não é graça de piada, porque piada tem pouca, á graça de nome).
Agora, voltando ao início, quanto ao teu direito a não gostar do homem e de não o ler... tens todo o direito do mundo.
Agora, não passa pela cabeça de ninguém instruído dizer que não se gosta dos cozinhados do Chefe Silva porque ele é comunista (que me perdoe o Chefe Silva pois não sei se ele é comunista, era uma piada, agora sim, uma graça).
Devo dizer que não sou comunista nem sinto qualquer afinidade com o comunismo...
Mas como tenho o direito de ler Saramago, li e gostei. Gostei e gosto bastante. Depois de ele ter sido nobilizado não senti necessidade de lhe bater (agora está na moda) e não deixei de gostar por causa do prémio Nobel.
Também não tinha intenção de voltar ao tema mas fiz questão de voltar pois tinhamos tido uma conversa sobre isto no MSN e quis deixar claro que não me estava a referir a ti. O teu direito a não gostar do homem e o teu direito de não o ler são inabaláveis. Obviamente não era a isso que eu me refería mas a certas inconsistências de quem escreve na imprensa coisas como: eu não o li, o pouco que li foi a pedido, mas ele não tem qualidade literária e recebeu um prémio nóbel por isto e por aquilo.
A questão não é essa: a questão é fazer afirmações sobre a sua qualidade literária ou sobre os motivos de ter recebido um prémio Nobel e de seguida admitir que não o leu (leu um livro e contra-feito pois foi a pedido para escrever um artigo para uma revista e até já podemos adivinhar mais ou menos o que ele escreveu no artigo). A isto chama-se... preconceito. E dizê-lo assim de caras de Polido só tem a graça (não é graça de piada, porque piada tem pouca, á graça de nome).
Agora, voltando ao início, quanto ao teu direito a não gostar do homem e de não o ler... tens todo o direito do mundo.

Agora, não passa pela cabeça de ninguém instruído dizer que não se gosta dos cozinhados do Chefe Silva porque ele é comunista (que me perdoe o Chefe Silva pois não sei se ele é comunista, era uma piada, agora sim, uma graça).
Devo dizer que não sou comunista nem sinto qualquer afinidade com o comunismo...
Mas como tenho o direito de ler Saramago, li e gostei. Gostei e gosto bastante. Depois de ele ter sido nobilizado não senti necessidade de lhe bater (agora está na moda) e não deixei de gostar por causa do prémio Nobel.
Também não tinha intenção de voltar ao tema mas fiz questão de voltar pois tinhamos tido uma conversa sobre isto no MSN e quis deixar claro que não me estava a referir a ti. O teu direito a não gostar do homem e o teu direito de não o ler são inabaláveis. Obviamente não era a isso que eu me refería mas a certas inconsistências de quem escreve na imprensa coisas como: eu não o li, o pouco que li foi a pedido, mas ele não tem qualidade literária e recebeu um prémio nóbel por isto e por aquilo.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
errata
Onde se lê " Não tenciono intervir neste tópico " deve se ler Não tenciono intervir " mais " neste tópico
Cmpts
Cmpts
grão a grão enche a galinha o papo
----------------------------------
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
----------------------------------
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
Marco,eu sou das tais pessoas que não gostam do Saramago e nunca o leram .
Eu pergunto ,se não gosto do homem,porque raio o havia de ler ???
Eu detesto esse srº por tudo aquilo que ele ,sempre disse de Portugal e dos portugueses .
Simples , barato e dá milhões .
Não tenciono intervir neste tópico .
Cmpts
Eu pergunto ,se não gosto do homem,porque raio o havia de ler ???
Eu detesto esse srº por tudo aquilo que ele ,sempre disse de Portugal e dos portugueses .
Simples , barato e dá milhões .
Não tenciono intervir neste tópico .
Cmpts
grão a grão enche a galinha o papo
----------------------------------
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
----------------------------------
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
Vasco Polido Valente Escreveu:...
Saramago é um escritor pouco interessante e nada original
...
Confesso que de Saramago só li O Evangelho segundo Jesus Cristo, uma coisa primária, por causa de um artigo que me encomendou a revista K
...
conceder à criatura qualquer espécie de autoridade intelectual ou artística para se pronunciar sobre o mundo não ocorreria a uma pessoa instruída
...
JN, fiquei a pensar precisamente a mesma coisa...
E a quantidade de pessoas que tenho ouvido dizer que não gostam de Saramago e que logo a seguir confessam que nêm o leram é impressionante.
A propósito: o Evangelho segundo Jesus Cristo é o meu livro preferido do Saramago. Li-o (como vários outros do Saramago) antes de ele receber o Prémio Nobel. Numa altura em que o Vasco Polido Valente e outros ainda não sentiam a necessidade de bater no homem...
E mais não digo.

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Uma coisa são as convições políticas de cada um, outra é a obra literária do mesmo.
O autor deste artigo, julga e tece a sentença a Saramago, baseado no único livro que leu
,e depois por o dito sr. se apelidar de "comuna" pronto tudo o que escreve é basico. Tal como neste forum, é necessário apresentar argumentos para sustentar as nossas afirmações.
Ao ler também o artigo, fico contente por saber que Portugal tem uma força capaz de influenciar o comité do premio Nobel, de forma a que nos seja atribuidos prémios, ainda mais a Saramago.
Uma coisa é certa, apelar ao voto em branco não me parece correcto, porque esta acção corresponde à não participação no acto eleitoral, o que está errado.
No entanto, e a meu ver da forma errada (através do ensaio sobre a lucidez), Saramago vem por o dedo numa ferida da sociedade moderna.
A velha discussão entre a democracia formal e a democracia substancial.
Infelizmente, e convições políticas à parte, a sociedade em geral, e principalmente a portuguesa têm-se recusado discutir reformas no nosso sistema democrático, para além de outros assuntos.
Os resultados desta acção são obvios, um cada vez maior afastamento dos cidadãos dos centros de decisão, e um maior sentimento de que o nosso voto não conta para nada, e que no fundo todos os políticos são uns "malandros".
Como se pode calcular, este é daqueles temas que dariam para escrever rios de bytes
, mas vamos deixar essa discussão para outra altura.
O autor deste artigo, julga e tece a sentença a Saramago, baseado no único livro que leu

Ao ler também o artigo, fico contente por saber que Portugal tem uma força capaz de influenciar o comité do premio Nobel, de forma a que nos seja atribuidos prémios, ainda mais a Saramago.
Uma coisa é certa, apelar ao voto em branco não me parece correcto, porque esta acção corresponde à não participação no acto eleitoral, o que está errado.
No entanto, e a meu ver da forma errada (através do ensaio sobre a lucidez), Saramago vem por o dedo numa ferida da sociedade moderna.
A velha discussão entre a democracia formal e a democracia substancial.
Infelizmente, e convições políticas à parte, a sociedade em geral, e principalmente a portuguesa têm-se recusado discutir reformas no nosso sistema democrático, para além de outros assuntos.
Os resultados desta acção são obvios, um cada vez maior afastamento dos cidadãos dos centros de decisão, e um maior sentimento de que o nosso voto não conta para nada, e que no fundo todos os políticos são uns "malandros".
Como se pode calcular, este é daqueles temas que dariam para escrever rios de bytes

Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
O Sr. VPV tem este estilo e dele tem feito vida. Quanto a isso não digo mais nada até porque só o consome quem quer.
Fico pasmado como se faz criticas a um escritor e a sua obra e ao mesmo tempo se afirma-se isto:
"Confesso que de Saramago só li O Evangelho segundo Jesus Cristo, uma coisa primária, por causa de um artigo que me encomendou a revista K."
Ok, é disto que o meu povo gosta!
Fico pasmado como se faz criticas a um escritor e a sua obra e ao mesmo tempo se afirma-se isto:
"Confesso que de Saramago só li O Evangelho segundo Jesus Cristo, uma coisa primária, por causa de um artigo que me encomendou a revista K."
Ok, é disto que o meu povo gosta!
Um abraço
JN
JN
Saramago
Desculpa o atraso, mas o dn digital não estava disponível. Mesmo do Norte podes dar uma espreitadela ao digital. Cá vai então o texto de V.P.V.
Uma polémica
Esta semana, não houve cão nem gato que não viesse dizer o que pensava sobre Saramago e a ideia do voto em branco. Não se percebe porquê. Saramago é um escritor pouco interessante e nada original (o Nobel, um prémio político, não garante a qualidade) e a ideia do voto em branco, além de conformista, é eminentemente estúpida. Confesso que de Saramago só li O Evangelho segundo Jesus Cristo, uma coisa primária, por causa de um artigo que me encomendou a revista K. Um amigo meu diz que ele fica melhor em francês. Bem precisa. Mas de qualquer maneira, mesmo em francês, conceder à criatura qualquer espécie de autoridade intelectual ou artística para se pronunciar sobre o mundo não ocorreria a uma pessoa instruída. Infelizmente, Portugal não se distingue pela instrução e as tristes figuras que por aí se fizeram não são uma surpresa. Pior ainda, ninguém conseguiu ver a evidência: o apelo ao voto em branco não rejeita o «sistema». Pelo contrário, afirma expressamente a legitimidade eleitoral e o poder democrático de corrigir perversões, por um «não», em última análise, colaborante e ordeiro. Saramago passou injustamente por um «subversivo», como convém à personagem muito oficial em que hoje se tornou. Subversivo era pôr em causa a totalidade do «sistema». A abstenção, por exemplo, subverte, na medida em que declara o voto, qualquer voto, inteiramente inútil. E o desprezo também subverte: criar, como em Inglaterra, o «Partido da Loucura Geral»; propor Vale e Azevedo para ministro das Finanças; ou eleger Herman Presidente da República. O princípio é simples: quem está dentro do «sistema» nunca pode estar contra o «sistema». A pseudopolémica a que assistimos excedeu a saloiice permissível.
Uma polémica
Esta semana, não houve cão nem gato que não viesse dizer o que pensava sobre Saramago e a ideia do voto em branco. Não se percebe porquê. Saramago é um escritor pouco interessante e nada original (o Nobel, um prémio político, não garante a qualidade) e a ideia do voto em branco, além de conformista, é eminentemente estúpida. Confesso que de Saramago só li O Evangelho segundo Jesus Cristo, uma coisa primária, por causa de um artigo que me encomendou a revista K. Um amigo meu diz que ele fica melhor em francês. Bem precisa. Mas de qualquer maneira, mesmo em francês, conceder à criatura qualquer espécie de autoridade intelectual ou artística para se pronunciar sobre o mundo não ocorreria a uma pessoa instruída. Infelizmente, Portugal não se distingue pela instrução e as tristes figuras que por aí se fizeram não são uma surpresa. Pior ainda, ninguém conseguiu ver a evidência: o apelo ao voto em branco não rejeita o «sistema». Pelo contrário, afirma expressamente a legitimidade eleitoral e o poder democrático de corrigir perversões, por um «não», em última análise, colaborante e ordeiro. Saramago passou injustamente por um «subversivo», como convém à personagem muito oficial em que hoje se tornou. Subversivo era pôr em causa a totalidade do «sistema». A abstenção, por exemplo, subverte, na medida em que declara o voto, qualquer voto, inteiramente inútil. E o desprezo também subverte: criar, como em Inglaterra, o «Partido da Loucura Geral»; propor Vale e Azevedo para ministro das Finanças; ou eleger Herman Presidente da República. O princípio é simples: quem está dentro do «sistema» nunca pode estar contra o «sistema». A pseudopolémica a que assistimos excedeu a saloiice permissível.
Não seria possível.
Transcreveres o artigo ou as partes principais... é que torna-se difícil arranjar o DN amanhã, aqui no Norte.
-
Inox
Fora do tópico
Sair do tópico ou do contexto é um erro de pragmática característico das grandes dificuldades e das incapacidades de comunicação. Acontece que não resisti. O artigo de V.P.Valente sobre Saramago no DN de hoje está um espanto. A não perder!
11 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], Google [Bot], marketisnotefficient, niceboy, silva_39 e 186 visitantes