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Caldeirão da Bolsa

PT aliena 3,43% de acções próprias

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JN » 6/4/2004 9:16

Os investidores costumam penalizar essas engenharias pouco claras.
Um abraço
JN
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por zé povinho » 6/4/2004 9:08

ok

obrigado JAS
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re

por JAS » 6/4/2004 9:02

zé povinho Escreveu:de facto não percebo esta história:
compraram e agora "parquearam" as acções - qual o objectivo do parqueamento? - liquidez monetária momentânea?

Parece que tem a ver com um problema legal e burocrático...
É mais simples fazer a redução de capital com acções adquiridas APÓS a decisão da AG do que com acções compradas antes.
Com este subterfúgio do parqueamento, que até poderia durar apenas uns instantes, a PTC passará a ter todas elas compradas APÓS a decisão.

Não me perguntes qual é a razão legal pois não faço a mínima ideia...

JAS
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por zé povinho » 6/4/2004 8:52

de facto não percebo esta história:

compraram e agora "parquearam" as acções - qual o objectivo do parqueamento? - liquidez monetária momentânea?

estão de novo a comprar acções e mais caras que o preço do parqueamento, qual o objectivo? - vir a anular estas acções?

e para isso pretendem fazer um empréstimo obrigacionista?

caro Oeiras
o português eu entendo, não "entendo" é a lógica que está por trás desta operação.
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Re

por JAS » 6/4/2004 0:58

zé povinho Escreveu:comprar, vender e agora voltar a comprar bastante mais caro que se vendeu

Se facto não estás a perceber nada...
Acho que a PT tem esse preço médio na compra de acções próprias.
A PT não vendeu apenas parqueou as acções...
Até as podia ter parqueado a 1,00 pois o contrato é vender e recomprar ao mesmo preço.

O voltar a comprar a preço mais caro não, portanto, verdade. Eles vão continuar a comprar "outras" ao preço a que estiver a cotação na altura.

JAS
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por Oeiras » 5/4/2004 23:18

Zé Povinho

Não leves a mal o que te vou dizer, mas se não consegues entender, porque afirmas que o Ming é que está a comentar razoavelmente esta questão ?

Eu percebo, mas fica no ar a dúvida, claro que nem preciso de resposta.

Um abraço
 
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por zé povinho » 5/4/2004 23:08

só o Ming me parece estar a comentar razoávelmente esta questão.

tudo isto me parece uma "engenharia" muito complicada a que comum mortais não chegam

comprar, vender e agora voltar a comprar bastante mais caro que se vendeu :mrgreen:

e pelo meio um empréstimo obrigacionista....mas a PTC não estava no melhor dos mundos de capitais e liquidez financeira :?:

não deve ser para entender, e se alguém conseguir agradeço as explicações.
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por Visitante » 5/4/2004 22:09

Há uma coisa que eu não percebo muito bem...

A PTC, no comunicado inicial, disse que ia comprar os 10% em sessões normais... eu na altura fiquei com a ideia que esta compra de acções n poderia ser feita através de compra de participações de outros grupos...

No entanto, o último comunicado da PTC diz que possui >5%. Isso implica que terá comprado (ou que possui opções de compra) cerca de 1,5% fora do mercado (ou seja, não comprou em sessões normais).

Gostaria que esclarecessem se de facto a PTC, se acordo com o comunicado inicial, poderia comprar participações de outros grupos... é que caso possa adquirir acções fora do mercado, isso altera a regra do jogo e a influência da CAP na subida da PTC a médio prazo não será tão linear como tem sido até agora...

Um abraço
Nunofaustino
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Correcção

por JAS » 5/4/2004 20:50

Contrariamente às notícias que têm aparecido a PT não detinha 5% de acções próprias mas apenas 3,43% que alienou.
Basta ler o próprio comunicado em que informa da alienação de 3,43% no qual diz que "deixou de deter acções próprias".
No entanto o contrato foi feito até 5,56% do Capital pelo que é provavel que vão vender mais ou que o banco já detivesse cerca de 2% que a PT se comprometeu a também comprar.

Esta alienação é um mero parqueamento e não afecta em nada a CAP (excepto nessa questão dos 2%...).

Hoje mesmo já comunicou ter adquido mais 640k passando a deter 0,05% e que tem um contrato de equity swap que lhe permite adquirir mais 5,56%.

JAS
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por TRSM » 5/4/2004 20:25

16% da liquidez
PT comprou 640 mil acções próprias na sessão de hoje
A Portugal Telecom comprou 640 mil acções próprias na sessão de hoje, equivalentes a 0,05% do seu capital social, no âmbito do programa de recompra de acções próprias.
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A Portugal Telecom comprou 640 mil acções próprias na sessão de hoje, equivalentes a 0,05% do seu capital social, no âmbito do programa de recompra de acções próprias.

Num comunicado a PT [Cot] diz que procedeu à «aquisição de 640.000 acções da PT, correspondentes a 0,05% do total de acções representativas do capital social da empresa admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais da Euronext, na sessão de bolsa de 5 de Abril de 2004».

Após esta operação a PT passou a deter 0,05% do seu capital social, mas a empresa adverte que tem um contratos de «equity swap», os quais prevêem a possibilidade de aquisição de acções da PT, equivalentes a 5,56% do seu capital social.

A PT tinha anunciado hoje que tinha alienado as acções próprias que detinha o Abn Amro, com o objectivo de agilizar o processo de extinção das mesmas.

As acções da PT fecharam a descer 0,55% para os 8,96 euros, tendo negociado 3,9 milhões de acções. As acções próprias compradas hoje pela PT representam 16,4% da liquidez de hoje.
 
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por TRSM » 5/4/2004 20:23

PT aliena 3,43% de acções próprias (correcção)
A Portugal Telecom (PT) alienou 43.020.108 acções, «correspondentes a 3,43% do total de acções representativas do capital social da empresa», numa operação realizada fora de bolsa, ao ABN Amro (‘ABN’) no dia 1 de Abril a um preço unitário de 7,78 euros, informou hoje a operadora telefónica em três comunicados distintos.
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(corrige valor máximo a emitir em obrigações e outros valores mobiliários para 1,5 mil milhões de euros)

A Portugal Telecom (PT) alienou 43.020.108 acções, «correspondentes a 3,43% do total de acções representativas do capital social da empresa», numa operação realizada fora de bolsa, ao ABN Amro no dia 1 de Abril a um preço unitário de 7,78 euros, informou hoje a operadora telefónica em três comunicados distintos.

Na sequência desta operação, a PT «deixa de deter acções próprias e o ABN Amro «passa a deter 56.924.914 acções representativas de 4,54% do capital e dos direitos de voto da PT, não pretendendo no entanto exercer qualquer influência sobre a gestão da sociedade», explica a mesma fonte.

A PT esclarece ainda que celebrou com a mesma instituição financeira «um contrato de ‘equity swap’, que prevê a possibilidade de exercício opcional pela PT de liquidação com reaquisição das acções agora alienadas».

A PT obteve autorização para a «aquisição e alienação de acções próprias (até 10% do capital social), bem como de obrigações e outros valores mobiliários próprios», sexta-feira passada durante a assembleia geral anual de accionistas.

A operadora telefónica ficou, assim, autorizada a reduzir o «capital social da PT no montante nominal de até 125.428.500 euros, inserida no âmbito do programa de ‘share buyback’, através da extinção de até 125.428.500 acções próprias, representativas de 10% do capital social, e respectiva alteração dos estatutos da PT».

Para além disso, o conselho de administração obteve não só «autorização para «emitir obrigações convertíveis até ao limite de 600 milhões de euros. Neste domínio foi também aprovada a supressão de direito de preferência dos accionistas na subscrição das referidas obrigações», mas também a possibilidade de «emitir obrigações e outros valores mobiliários ao limite de 1,5 mil milhões de euros».

No que diz respeito ao resultado líquido de 2003, a PT informou que do total de 240, 218 milhões de euros, «39.403.169 euros serão para a cobertura de resultados transitados negativos, 10.040.788 euros para a reserva legal e 190.774.979 euros para a distribuição de dividendos».

O pagamento de dividendos «deverá ocorrer dia 30 de Abril» e o seu montante é de 275.942.700 euros, ou seja, 190.774.979 euros «provenientes do resultado líquido» e 85.167.721 euros «por utilização de reservas livres».

As acções da PT caíam 0,22%, para 8,99 euros.
 
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por Ming » 5/4/2004 15:09

Custa-me responder a visitantes anónimos, mas como algumas outras pessoas podem ver as coisas por esse tipo de prisma, aquí vai uma resposta limitada:

1.
O comunicado da PT de 2 de Abril, não acompanhado na altura de qualquer explicação adicional, é simplesmente uma mentira: Afinal não há qualquer venda verdadeira de acções: Entregaram-nas ao abrigo de um acordo de equity swap, para receberem cash para continuarem com o processo de aquisição em bolsa, e naturalmente, vão pagar os respectivos juros pelo cash recebido... (Basicamente entregaram-nas como garantia de um empréstimo!)
Basta reler:
Ao fazer um acordo de «equity swap» com o ABN Amro, a PT tem a possibilidade de recomprar as acções ao mesmo preço da venda. A PT pagará ao ABN Amro apenas os juros, este será o único custo para a operadora.
Além do ABN, a PT tem outro acordo de «equity swap», devendo o direito de recompra ser exercido até ao final do ano para que a operadora possa extinguir até 10% do seu capital social.


2.
Não se lembram de ler as declarações do Horta sobre as acções irem ser compradas à custa da grande geração de cash flow da PT?
Bom, mas agora já vem declarar que será com recurso a dívida:
Para além disso, o conselho de administração obteve não só «autorização para «emitir obrigações convertíveis até ao limite de 600 milhões de euros. Neste domínio foi também aprovada a supressão de direito de preferência dos accionistas na subscrição das referidas obrigações», mas também a possibilidade de «emitir obrigações e outros valores mobiliários ao limite de 1,5 milhões de euros».

(Em http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... tId=240982)

Em especial, a ideia da emissão de obrigações convertíveis até 600 Meuros, sem direito de preferência aos accionistas é absolutamente deliciosa:
Vão voltar a aumentar o número de acções por conversão dos direitos associados às obrigações, sem sequer darem o usual direito de preferência aos accionistas: No fim ainda irá haver MAIS acções da PT do que antes (só que estarão noutros bolsos :lol: )!

Penso que isto são realidades muito claras excepto, talvez, para os mais radicalmente avessos a cansar as celulazinhas cinzentas :?: :mrgreen:
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por Visitante » 5/4/2004 14:48

Certos comentários dão por vezes a ideia que os administradores das empresas não percebem patavina do seu negócio e que tomam determindas decisões como quem está a jogar no totoloto. Isso pra mim é totalmente falso. Reconheço muita competência na maioria dos presidentes (nomeados politicamente e não só) das empresas do nosso PSI20, etc . Considero que por vezes há muita ligeireza e falta de modéstia nos comentários e na análise das situações.
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por Ming » 5/4/2004 14:39

Jarc:

Se calhar tem algo mais do que adjectivação, e tu é que não percebeste... :?
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Pt

por jarc » 5/4/2004 14:24

Este Ming vai longe, um destes dias apelidou o pessoal do Barclays de "manfios"(previam a subida da edp), hoje os da Pt são de imbecis para baixo. Isto em adjectivação vai interessante. Do resto é que não tem nada... :lol:
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por Visitante » 5/4/2004 14:20

Visitante
 

por Ming » 5/4/2004 14:07

Aí está:
A notícia agora "postada" pelo TRSM confirma o que vinhamos a dizer...
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por TRSM » 5/4/2004 14:02

Extinção aprovada na assembleia geral de sexta-feira
Compra de acções próprias da PT pelo ABN pretende agilizar extinção dos títulos
A venda das acções próprias pela Portugal Telecom ao ABN Amro visam «facilitar o processo de extinção das acções», disse ao Canal de Negócios fonte da operadora. «Este é um mecanismo que visa facilitar o processo de cancelamento das acções», disse a mesma fonte.

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Alexandra Machado
amachado@mediafin.pt



A venda das acções próprias pela Portugal Telecom ao ABN Amro visam «facilitar o processo de extinção das acções», disse ao Canal de Negócios fonte da operadora. «Este é um mecanismo que visa facilitar o processo de cancelamento das acções», disse a mesma fonte.

É que como as acções agora vendidas ao ABN Amro tinham sido adquiridas antes da assembleia geral que aprovou a extinção das mesmas o processo de cancelamento dos títulos seria, juridicamente, mais complicado. Ao fazer um acordo de «equity swap» com o ABN Amro, a PT tem a possibilidade de recomprar as acções ao mesmo preço da venda. A PT pagará ao ABN Amro apenas os juros, este será o único custo para a operadora.

Além do ABN, a PT tem outro acordo de «equity swap», devendo o direito de recompra ser exercido até ao final do ano para que a operadora possa extinguir até 10% do seu capital social.

O programa de compra de acções próprias prevê a aquisição, em bolsa, de até 10% do capital. A PT já tinha adquirido cerca de 5% de acções próprias, pelo que até ao final do ano deverá adquirir mais 5% e recomprar as que foram alienadas com contratos de «equity swap», procedendo à sua extinção.

As acções da PT [Cot] seguiam a valorizar 0,55%, para 9,06 euros.
 
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por Ming » 5/4/2004 13:12

Zen:
Sim, dá essa sensação. O financiamento será o endividamento de 1500 Meuros referido na notícia.

Agora que tudo isto é uma jogada sem sentido (qual é a vantagem em termos empresariais?) e sem transparência (lê o comunicado da CMVM: Explica alguma coisa? Em algum lado -mesmo noutras notícias-há a mínima referência a uma opção de recompra?) que em nada beneficia a empresa, isso é inquestionável...

Claro, pode beneficiar os administradores e os bancos envolvidos, e até os actuais especuladores.

Mas no final a empresa estará em tudo igual a antes, só que com mais 1500 Meuros de dívida e com as cotações ao dobro do preço inicial: Prontas para um divertidíssimo big crunch... :mrgreen:
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por Zen » 5/4/2004 13:02

Dá ideia que esta operação é uma mera estrutura de financiamento do programa e não uma suspensão do programa. Ou seja - a PT vende e fica com uma call. Continua a comprar e mantém o direito de ir buscar estas que estão parqueadas e de lado.
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por MC » 5/4/2004 13:01

Obrigado Ulisses.
Um abraço.
Ter sempre um plano e acreditar nele. Nada acontece por acidente.
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por Ming » 5/4/2004 13:00

Pois, concordo com o Ulisses:
A prazo isto é sem dúvida mau para a PT e para os accionistas que permanecerem depois disto acabado.

Mas no curto prazo a compra de acções próprias tem todas as condições para continuar a fazer subir as cotações.
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por Ulisses Pereira » 5/4/2004 12:54

MC,

Como sabes, desde o anúncio do plano de aquisições próprias eu considerei que era um facto muito relevante e que iria empurrar as cotações da PT para cima, por todas as razões que expliquei no artigo "Uma locomotiva que se reboca a si própria": http://www.caldeiraodebolsa.com/article.php?iId=194

Se o plano continuar, a pressão compradora continuará a significar uma boa % do volume diário e fica difícil aos ursos atirarem a cotação ao tapete. De qualquer das formas, o gráfico parece continuar a ser muito claro: Enquanto o suporte horizontal dos 8,82 e a LT ascendente se mantiver inviolada, os touros continuam no comando da situação.

Um abraço,
Ulisses
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por Ming » 5/4/2004 12:36

Serrano:

Lembra isso, mas o comunicado está no site da CMVM (vê o link no meu post acima) e tem data de 2 de Abril...
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Já repararam na data?

por Serrano » 5/4/2004 12:34

1 de Abril. Deve ser isso...
 
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