Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 8/12/2016 20:02

Amigo topline quem me garante que é do sexo feminino????

O problema aqui é que o gestor de conta conhece melhor a cliente que nós, logo, qualquer recomendação aqui é igual a zero, já agora, o gestor de conta do BPI ganha o ordenado dele, tanto lhe faz vender fundos do BPI ou da gestora da Cochichina.

topline quem anda desaparecido é o Rick, temo que tenha sido engolido pela concorrência, ás tantas anda a vender fundos em alguma instituição bancária :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 
Mensagens: 245
Registado: 14/2/2009 14:06
Localização: 17

Re: Fundos à la carte

por ZeNovato » 8/12/2016 19:48

Estive perto de colocar uns pozinhos nos pimco como complemento à parte de obrigações da minha carteira que só tenho TLT como sabes. Mas pronto.... Lá vou fazendo reforços 2 ou 3 vezes ao ano da minha carteira de etf e lá vai rolando. Já olhei tantas mas tantas vezes para o Pimco total return ou global bond que nem imaginas.........

Nunca pensei que fundos de entidades portugueses fossem assim tão bons. Se calhar aconselharam bem a Beatriz e nem fazia ideia. Em todo o caso isto não é chapa cinco. É preciso ir lendo e informarmo-nos para nos mantermos atentos mesmo que a gestão seja passiva como nas carteiras de etf já aqui apresentadas.
 
Mensagens: 304
Registado: 8/3/2014 19:34

Re: Fundos à la carte

por Bucks » 8/12/2016 19:35

ZeNovato Escreveu:Não me querendo intrometer.... VirtuaGod porque não aconselhas à Beatriz os fundos Pimco? Vou deixar aqui uma passagem do que disseste em 25/7/2011 em relação a eles:
"Os fundos estão ordenados meio por preferência meio por nível de risco. Os fundos mais calmos da PIMCO (os primeiros 5) são fundos que recomendo a TODA a gente e sem restrições. Façam uma carteira etc...".
A Beatriz poderia começar por aqui mas não acho que até segunda feira consiga ler tudo com atenção para tirar conclusões, na minha opinião.
Coloque esse montante que não sabemos se é grande ou pequeno num DP mesmo que a render 0% até ter bem a certeza do que vai fazer sem ir em cantigas dos Dr's dos bancos.
Agora só vou deixar a minha opinião sobre uma coisa..... Produtos dos próprios bancos não queria!! Neste campo o amigo BUCKS vai me contrariar pois disse à uns dias:
"Os fundos do bpi andam a dar-me alegrias, tais como os do montepio, tem muitos sectoriais, atrevo-me a dizer que dos nacionais são os melhorzinhos."

Como vê, ler é a solução e se esses € custaram a ganhar... aguarde mais uns dias até ter uma opinião mais fundamentada.


Pois, do Montepio são do próprio banco, mas bpi estão no AB. Isto porque já tive da cgd e deu borrada, muito fracos. Os do bcp depois passaram para a imga que só tem um sectorial financeiras.
O que falo é por experiência própria. Podem até consultar as tabelas de fundos nacionais na apfip, surgem lá, mas quando falo nisto é por os ter desde 2012, os do Montepio e consegui manter uma boa carteira com eles.
Obviamente e como seria esperar, tenho fundos estrangeiros...
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1752
Registado: 9/12/2013 13:12

Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 8/12/2016 19:31

ZeNovato Escreveu:Não me querendo intrometer.... VirtuaGod porque não aconselhas à Beatriz os fundos Pimco? Vou deixar aqui uma passagem do que disseste em 25/7/2011 em relação a eles:
"Os fundos estão ordenados meio por preferência meio por nível de risco. Os fundos mais calmos da PIMCO (os primeiros 5) são fundos que recomendo a TODA a gente e sem restrições. Façam uma carteira etc...".
A Beatriz poderia começar por aqui mas não acho que até segunda feira consiga ler tudo com atenção para tirar conclusões, na minha opinião.
Coloque esse montante que não sabemos se é grande ou pequeno num DP mesmo que a render 0% até ter bem a certeza do que vai fazer sem ir em cantigas dos Dr's dos bancos.
Agora só vou deixar a minha opinião sobre uma coisa..... Produtos dos próprios bancos não queria!! Neste campo o amigo BUCKS vai me contrariar pois disse à uns dias:
"Os fundos do bpi andam a dar-me alegrias, tais como os do montepio, tem muitos sectoriais, atrevo-me a dizer que dos nacionais são os melhorzinhos."

Como vê, ler é a solução e se esses € custaram a ganhar... aguarde mais uns dias até ter uma opinião mais fundamentada.


O post que recomendei com a carteira nova tem 55% de Pimco Global Bond. Entretanto encontrei o M&G Optimal Income senão seriam 70% Pimco :mrgreen: É mais uma questão de alocação que as pessoas querem e vontade em assumir risco. A qualidade dos Pimco pode-se ver pois eu disse isso em 2011 e foi um dos fundos que o R escolheu em 2016 como 'ideal' para a carteira.

São de facto um bom local para começar a explorar este mundo dos fundos. O M&G Optimal Income e o Jupiter Dynamic Bond também se têm portado muito bem, dentro de perfis conservadores/muitos conservadores.
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5707
Registado: 20/11/2002 21:56
Localização: Porto

Re: Fundos à la carte

por ZeNovato » 8/12/2016 19:01

Não me querendo intrometer.... VirtuaGod porque não aconselhas à Beatriz os fundos Pimco? Vou deixar aqui uma passagem do que disseste em 25/7/2011 em relação a eles:
"Os fundos estão ordenados meio por preferência meio por nível de risco. Os fundos mais calmos da PIMCO (os primeiros 5) são fundos que recomendo a TODA a gente e sem restrições. Façam uma carteira etc...".
A Beatriz poderia começar por aqui mas não acho que até segunda feira consiga ler tudo com atenção para tirar conclusões, na minha opinião.
Coloque esse montante que não sabemos se é grande ou pequeno num DP mesmo que a render 0% até ter bem a certeza do que vai fazer sem ir em cantigas dos Dr's dos bancos.
Agora só vou deixar a minha opinião sobre uma coisa..... Produtos dos próprios bancos não queria!! Neste campo o amigo BUCKS vai me contrariar pois disse à uns dias:
"Os fundos do bpi andam a dar-me alegrias, tais como os do montepio, tem muitos sectoriais, atrevo-me a dizer que dos nacionais são os melhorzinhos."

Como vê, ler é a solução e se esses € custaram a ganhar... aguarde mais uns dias até ter uma opinião mais fundamentada.
 
Mensagens: 304
Registado: 8/3/2014 19:34

Re: Fundos à la carte

por topline » 8/12/2016 17:39

Capturar 4.JPG
Capturar 4.JPG (43.42 KiB) Visualizado 7537 vezes
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por topline » 8/12/2016 17:22

Capturar 3.JPG
Capturar 3.JPG (39.29 KiB) Visualizado 7551 vezes


http://www.valuewalk.com/2016/12/europe ... s-exposed/
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 8/12/2016 16:51

Partilho do teu "estranhar" de ele só ter tentado vender fundos da casa. Eu pessoalmente tento ajudar ao máximo (dentro dos possíveis) aqui no fórum as pessoas menos conhecedoras a darem os primeiros passos no mundo dos fundos, mas sim, acredito que muitas vezes nos percamos em conversas técnicas (a última que tive até foi sobre programação e acho que 95% dos leitores não perceberam mas felizmente houve quem partilhou info durante a conversa e quem mostrou interesse após a conversa).

Recentemente apresentei uma ideia de carteira de investimento e podes ler + sobre isso no tópico onde costumo escrever. Acabei até agora de deixar uma versão interactiva do post de apresentação da carteira. Link: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=77465&start=7350#p1261897

Penso que se leres as últimas 3/4 páginas pode ser produtivo em termos de conhecimento (ignora a conversa sobre programação se não interessar). Falo sobre a necessidade de rebalancear, qual tem sido a melhor altura para o fazer, carteiras de ETFs americanos e carteira de fundos estrangeiros comercializados em Portugal (não sei se o BPI os tem a nível de pequeno investidor). Mas mais do que os conselhos é importante analisares o teu nível de risco, pois por muito boa que uma carteira seja vais passar sempre por periodos maus e se venderes depois das quedas vais perder dinheiro, mesmo sendo uma excelente carteira.
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5707
Registado: 20/11/2002 21:56
Localização: Porto

Re: Fundos à la carte

por Beatriz_P » 8/12/2016 16:37

Daemoon Escreveu:
Beatriz_P Escreveu:Peço desculpa por meter-me, mas venho pedir a vossa ajuda para o seguinte.
Tenho uma importância para aplicar num banco (BPI). Em conversa para conselho com um empregado, o senhor aconselhou-me fundos de investimentos. Falou-me de fundos do próprio BPI e fundos internacionais (um fixei, era da Goldman Sachs, do Durão Barroso).
Dos papeis (com gráficos) que o senhor do banco me deu, um era do Fundo Reestruturações que aqui falaram. Será uma boa aplicação? Pelo que eu interpretei, há quem diga bem e há quem olhe para o (grande) negativo do passado. Mas o que acham?
Eu sei que nisto dos fundos nada é garantido e que há riscos. Será melhor escolher fundos estrangeiros?
Acho que não devo seguir cegamente o que os funcionários dos bancos nos dizem. Como não sou uma especialista, pode dar-me uma ajuda, por favor?


A questão não é se o fundo é português ou estrangeiro, já que os riscos são os mesmos, a questão é o que cada fundo tem na sua carteira, em que zonas geográficas investe, que modelo de gestão tem, isso de fundo português ou estrangeiro só tem relevância fiscalmente, o estrangeiro é obrigatório declarar no IRS quando houver resgate o Português não.

Aconselho a estudar um pouco mais sobre fundos de investimento, aqui há quem saiba mais que certos gestores de conta, principalmente desses bancos grandes \:D/ \:D/


Boa tarde.
Eu já li aqui várias páginas deste site sobre fundos de investimentos. Contudo, o que eu reparo, é que os senhores usam uma linguagem muito técnica, de especialistas, que não está ao meu alcance. Eu sou uma leiga nestes assuntos financeiros e até me sinto deslocada aqui perante pessoas académicas tão conhecedoras.
A razão da minha intervenção tem a ver, acho que já o disse, com a necessidade de eu aplicar umas poupanças. Eu tenho um gestor de investimentos do BPI que me aconselhou, esta semana, repartir a importância que possuo depositada por um conjunto de produtos, todos do próprio banco, entre os quais o tal fundo de investimento BPI Restruturações.
Ora, quando eu cheguei a casa e decidi procurar na net informação sobre os produtos que o funcionário me aconselhou, vim parar a este site e deparei aqui com comentários algo contraditórios sobre precisamente este BPI Restruturações. Por isso resolvi perguntar.
Por razões da minha vida pessoal, que não interessam aqui para o caso, tenho de ser eu a decidir sobre a melhor forma de investir esta poupança e, muito sinceramente, quero sair-me bem desta tarefa. Eu compreendo que nesta área dos fundos de investimentos há riscos e nada é certo, no entanto, acho eu que, quem é conhecedor deste mercado como os senhores são, pode dar um conselho, naturalmente se quiser. A proposta que o senhor do banco me apresentou - tenho aqui os papeis - foi aplicar cerca de metade da importância num fundo chamado BPI Alternative Funds, sendo o resto distribuído pelo BPI Capitalização Moderado, BPI Restruturações e BPI Euro Taxa Fixa. (Trouxe também papeis de um BPI África e um BPI Brasil, em que o Sr, escreveu 5% em cada, mas acho que no final da conversa ele descartou estes 2 fundos).
Porque fiquei com a ideia que ele estava a tentar vender só os produtos da "da casa" (achei estranho serem todos fundos do BPI), perguntei se o banco não comercializava outros fundos. O senhor disse-me que sim, falou-me de vários fundos estrangeiros (eu só fixei um nome, o do banco (é banco?) do Durão Barroso - Goldman Sachs) e ficou de me enviar a lista até ao final da semana. Disse-me também que não tinham qualquer custo, isto é, que o banco não cobrava pela compra/venda nem pela manutenção dos fundos na minha conta.
Marcamos para 2ª feira uma reunião para então decidirmos como iremos efectuar a aplicação.
Ora, para não confiar cegamente nos conselhos deste dr do BPI, resolvi pedir aqui um conselho alternativo.
Espero ser merecedora desse vosso conselho, caso assim o entendam, naturalmente.
Boa tarde e muito obrigada.
 
Mensagens: 18
Registado: 16/1/2016 11:08

Re: Fundos à la carte

por topline » 8/12/2016 16:00

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (68.19 KiB) Visualizado 7593 vezes

Capturar 2.JPG
Capturar 2.JPG (28.85 KiB) Visualizado 7593 vezes

Nota: Na tabela, a coluna à esquerda do YTD diz respeito ao pós-eleição do Trump.
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 8/12/2016 15:41

Cem pt Escreveu:Amigo Linha de Topo:


Muito interessante o estudo que apresentaste, só que tem um pequeno problema: diz apenas respeito aos mercados norte-americanos.

Se formos a ver o que sucedeu desde os anos 90 até aos dias de hoje no Japão ou ao mercado português de 2000 até ao presente, no que ao mercado acionista (o de maior retorno potencial) diz respeito, estes estudos no fundo procuram justificar um investimento de longo prazo como a opção preferível à especulação de curto prazo, todas essas conclusões num âmbito mais universal teriam de ser reescritas e refeitas pela raiz!

De todas as maneiras obrigado pelos interessantes tópicos sugeridos que nos obrigam sempre a repensar toda esta matéria fascinante dos mercados financeiros.


Diria até que pegares no caso Português (completamente irrelevante pois representa algo como 0.3% da capitalização bolsista mundial) ou no caso Japonês é mais cherry picking que pegares no americano. Em caso de dúvida pegas num indíce mundial. Está definitivamente abaixo da performance dos EUA (principalmente depois deste Bull de 7/8 anos) mas de qualquer das formas muito interessante na mesma.

Para algo mais global que o Stocks for the Long Run (de onde os gráficos do mercado americano foram retirados) tens o Credit Suisse Global Investment Returns Yearbook . A versão de 2016 pode ser encontrada aqui. Recomendo a leitura destes yearbooks (até dos anos passados) a toda a gente!!
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5707
Registado: 20/11/2002 21:56
Localização: Porto

Re: Fundos à la carte

por Bucks » 7/12/2016 22:55

Tenho o bny sp500 index tracker e estou feliz.

E os PPRs em Portugal? Uma balela completa, com muita divida publica à mistura, baixa rentabilidade pois são defensivos e só os levantam na reforma.
---
Aliás, é crítica frequente dos nossos estudos anuais de PPR, as elevadas comissões cobradas por estes produtos que, usando o benefício fiscal como atrativo, vão enchendo os cofres de seguradoras e sociedades gestoras. Torna-se ainda mais grave quando muitos desses produtos cobram mais comissões do que oferecem em rendimento. E em produtos de poupança de longo prazo isso é bastante penalizador para o aforrador. A limitação da comissão de transferência dos PPR (até ao máximo de 0,5% no caso dos produtos com capital garantido) foi também fruto das nossas reivindicações.

:wall:
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1752
Registado: 9/12/2013 13:12

Re: Fundos à la carte

por topline » 7/12/2016 22:45

O amigo Daemoon anda muito ausente deste tópico, mas, sempre que aparece uma lady, ele está sempre on fire para dar uma ajuda ... só que neste caso ela não deve ter gostado muito da resposta ... :lol: 8-)
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 7/12/2016 22:27

topline Escreveu:A taxa de comissões (fees) dos fundos de investimento para as classes do retalho têm baixado acentuadamente ao longo do tempo, enquanto que para os investidores institucionais se têm mantido quase constante:

Capturar 1.JPG


O abaixamento acentuado da taxa (fees) dos fundos do retalho é a resposta para contrariar a fuga para os ETF's de baixo custo.


Junta também os Mutual Funds americanos de baixos custos, até porque o primeiro veículo deste tipo foi o fundo índice que segue o S&P500, o qual foi lançado pela Vanguard nos anos 70 (os primeiros ETFs já são de meados dos anos 90).

topline Escreveu:Pode ser que num futuro próximo possam existir fundos com uma verdadeira gestão ativa (com uma elevada % de active share) e com baixas taxas de comissão de gestão, diferente de um grande nº de fundos falsamente ativos, designados por "closet index funds", que têm uma composição de ativos muito próxima dos respetivos index funds ou dos seus benchmarks, mas que apesar disso apresentam igualmente uma taxa elevada de gestão como fossem uns verdadeiros fundos ativos.


Como por exemplo os fundos/ETFs activos da Vanguard (que representam 50% do portfolio deles).

Mas como ter acesso a esses veículos na Europa é mentira, temos de nos contentar com alguns ETFs deles: http://www.etfstrategy.co.uk/vanguard-m ... tfs-56343/
 
Mensagens: 379
Registado: 13/9/2013 0:16

Re: Fundos à la carte

por topline » 7/12/2016 22:16

A taxa de comissões (fees) dos fundos de investimento para as classes do retalho têm baixado acentuadamente ao longo do tempo, enquanto que para os investidores institucionais se têm mantido quase constante:

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (33.22 KiB) Visualizado 7710 vezes


O abaixamento acentuado da taxa (fees) dos fundos do retalho é a resposta para contrariar a fuga para os ETF's de baixo custo.

Pode ser que num futuro próximo possam existir fundos com uma verdadeira gestão ativa (com uma elevada % de active share) e com baixas taxas de comissão de gestão, diferente de um grande nº de fundos falsamente ativos, designados por "closet index funds", que têm uma composição de ativos muito próxima dos respetivos index funds ou dos seus benchmarks, mas que apesar disso apresentam igualmente uma taxa elevada de gestão tal como fossem uns verdadeiros fundos ativos.
Isto é uma fraude muito parecida com aquele caso em que um verdadeiro macho latino contrata uma call girl supostamente verdadeiramente feminina e de alta performance e depois aparece-lhe em casa um travesti (closet index man's). :lol: :lol:
Editado pela última vez por topline em 7/12/2016 22:29, num total de 1 vez.
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por Daemoon » 7/12/2016 21:52

Beatriz_P Escreveu:Peço desculpa por meter-me, mas venho pedir a vossa ajuda para o seguinte.
Tenho uma importância para aplicar num banco (BPI). Em conversa para conselho com um empregado, o senhor aconselhou-me fundos de investimentos. Falou-me de fundos do próprio BPI e fundos internacionais (um fixei, era da Goldman Sachs, do Durão Barroso).
Dos papeis (com gráficos) que o senhor do banco me deu, um era do Fundo Reestruturações que aqui falaram. Será uma boa aplicação? Pelo que eu interpretei, há quem diga bem e há quem olhe para o (grande) negativo do passado. Mas o que acham?
Eu sei que nisto dos fundos nada é garantido e que há riscos. Será melhor escolher fundos estrangeiros?
Acho que não devo seguir cegamente o que os funcionários dos bancos nos dizem. Como não sou uma especialista, pode dar-me uma ajuda, por favor?


A questão não é se o fundo é português ou estrangeiro, já que os riscos são os mesmos, a questão é o que cada fundo tem na sua carteira, em que zonas geográficas investe, que modelo de gestão tem, isso de fundo português ou estrangeiro só tem relevância fiscalmente, o estrangeiro é obrigatório declarar no IRS quando houver resgate o Português não.

Aconselho a estudar um pouco mais sobre fundos de investimento, aqui há quem saiba mais que certos gestores de conta, principalmente desses bancos grandes \:D/ \:D/
 
Mensagens: 245
Registado: 14/2/2009 14:06
Localização: 17

Re: Fundos à la carte

por topline » 7/12/2016 21:03

A gloomy shadow has enveloped the normally positive passive industry. With increasing competition putting pressure on fees, can ETFs regain their confidence?

http://citywireusa.com/news/big-flows-m ... 6628/print
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por topline » 7/12/2016 18:33

Cem pt Escreveu:Amigo Linha de Topo:


Muito interessante o estudo que apresentaste, só que tem um pequeno problema: diz apenas respeito aos mercados norte-americanos.

Se formos a ver o que sucedeu desde os anos 90 até aos dias de hoje no Japão ou ao mercado português de 2000 até ao presente, no que ao mercado acionista (o de maior retorno potencial) diz respeito, estes estudos no fundo procuram justificar um investimento de longo prazo como a opção preferível à especulação de curto prazo, todas essas conclusões num âmbito mais universal teriam de ser reescritas e refeitas pela raiz!

De todas as maneiras obrigado pelos interessantes tópicos sugeridos que nos obrigam sempre a repensar toda esta matéria fascinante dos mercados financeiros.


Efetivamente o estudo em apreço do Prof. Siegel diz respeito apenas aos mercados e aos dados económico-financeiros dos EUA.
Contudo, o mesmo representa o estudo mais abrangente de várias classes de ativos e com as respetivas séries de dados de confronto mais extensas temporalmente.
Para além disso, como tu sabes, o mercado acionista dos EUA ao representar atualmente uma capitalização bolsista de cerca de 54% do total da capitalização mundial, faz com que nós tenhamos uma grande amostra do mercado global, e quando a quantidade da amostra é mais de metade do total da amostra de dados que queremos analisar, então essa análise ou conclusões de extrapolação que poderemos tirar, para a totalidade da amostra, apresenta já um nível de confiança estatístico muito razoável ou bom.
Portanto, este estudo não é propriamente uma brincadeira estatística com pouco significado ou representatividade, como acontece com outros estudos pouco abrangentes e que reportam séries de dados de curto ou médio prazo.

Para além disso, como tu sabes, cada vez mais os mercados acionistas sofrem o contágio uns dos outros, como houvesse uma espécie de volatilidade de base que atravessa todos os mercados mundiais, formando assim uma mancha global de um cluster de volatilidade que atravessa todos os mercados, a que se somará uma volatilidade específica dos mercados de cada país.

É claro que apesar desse efeito de contágio da volatilidade, vai continuar a haver significativas diferenças entre os vários mercados setoriais e os diferentes países, dependendo essencialmente dos ciclos económicos e das politicas monetárias dos bancos centrais que afetarão de um modo diferencial os vários países ou mercados com as suas especificidades próprias.
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por Cem pt » 7/12/2016 17:34

Amigo Linha de Topo:


Muito interessante o estudo que apresentaste, só que tem um pequeno problema: diz apenas respeito aos mercados norte-americanos.

Se formos a ver o que sucedeu desde os anos 90 até aos dias de hoje no Japão ou ao mercado português de 2000 até ao presente, no que ao mercado acionista (o de maior retorno potencial) diz respeito, estes estudos no fundo procuram justificar um investimento de longo prazo como a opção preferível à especulação de curto prazo, todas essas conclusões num âmbito mais universal teriam de ser reescritas e refeitas pela raiz!

De todas as maneiras obrigado pelos interessantes tópicos sugeridos que nos obrigam sempre a repensar toda esta matéria fascinante dos mercados financeiros.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
 
Mensagens: 3199
Registado: 4/3/2008 17:21
Localização: 16

Re: Fundos à la carte

por Beatriz_P » 7/12/2016 17:19

Peço desculpa por meter-me, mas venho pedir a vossa ajuda para o seguinte.
Tenho uma importância para aplicar num banco (BPI). Em conversa para conselho com um empregado, o senhor aconselhou-me fundos de investimentos. Falou-me de fundos do próprio BPI e fundos internacionais (um fixei, era da Goldman Sachs, do Durão Barroso).
Dos papeis (com gráficos) que o senhor do banco me deu, um era do Fundo Reestruturações que aqui falaram. Será uma boa aplicação? Pelo que eu interpretei, há quem diga bem e há quem olhe para o (grande) negativo do passado. Mas o que acham?
Eu sei que nisto dos fundos nada é garantido e que há riscos. Será melhor escolher fundos estrangeiros?
Acho que não devo seguir cegamente o que os funcionários dos bancos nos dizem. Como não sou uma especialista, pode dar-me uma ajuda, por favor?
 
Mensagens: 18
Registado: 16/1/2016 11:08

Re: Fundos à la carte

por topline » 7/12/2016 15:47

Desconstrução de alguns mitos existentes no processo de investimento de ativos financeiros, que os dados históricos provam que são inverdades para períodos de longo prazo.


As acções podem ter menos risco que as obrigações? Podem, tudo depende do período de detenção do investimento.

As acções podem ao mesmo tempo ter menos risco e mais retornos que as obrigações, que é o ideal de um processo de investimento? Podem, tudo depende do período de detenção do investimento.

Para responder a estas 2 perguntas e efectuar comentários colaterais a estas questões, vou socorrer-me dos resultados históricos compilados pelo Prof. Jeremy Siegel, do período de 1802 a 2012, e para tal basta-me apresentar apenas 2 gráficos ilustrativos sobre os retornos e o risco ou desvio padrão das classes de ativos em apreço, ao longo do referido período.

Capturar 1.PNG
Capturar 1.PNG (76.88 KiB) Visualizado 7837 vezes

Capturar 2.PNG
Capturar 2.PNG (56.44 KiB) Visualizado 7837 vezes

Quanto ao 1º gráfico dos retornos, o mesmo é perfeitamente claro e como tal não vou esmiuçar o mesmo, passando de seguida ao 2º gráfico.

Conforme se pode ver no 2º gráfico do risco, o processo de investimento de ativos ao longo do tempo não segue um percurso aleatório como no caso da distribuição normal de frequência da curva de Gauss (em forma de sino), aleatório esse que assenta no pressuposto de que os retornos futuros são completamente independentes dos retornos passados. O percurso aleatório é assim um processo imprevisível.

Se os retornos de ativos seguissem um percurso aleatório, o desvio padrão ou risco de cada classe de ativos cairia pela raiz quadrada do período de detenção (na fórmula do desvio padrão existe a raiz quadrada).
As barras a tracejado neste 2º gráfico em apreço mostram a evolução do risco previsto no caso da hipótese do percurso aleatório.
Os dados históricos mostram que a hipótese do percurso aleatório não ocorre nas acções. Isso acontece porque o risco real dos retornos de ações declinam muito mais rápido do que o previsto pela teoria do percurso aleatório, isto por causa da ocorrência do fenómeno da reversão para a média dos retornos nas ações.

Por outro lado, o desvio padrão ou risco das obrigações não cai tão rápido quanto a teoria do percurso aleatória prediz. Este facto é derivado da existência do fenómeno da aversão para a média dos retornos nas obrigações. Aversão significa que uma vez que o retorno de um ativo se desvie da sua média de longo prazo, há uma chance maior de que ele se desvie ainda mais futuramente, em vez de voltar a níveis mais normais.

A aversão para a média dos retornos nas obrigações é derivada essencialmente das hiperinflações, onde as mudanças de preços com um ritmo acelerado tornam os ativos em papel muito desvalorizados.
A aversão também está presente nas inflações mais moderadas que impactou os Estados Unidos e outras economias desenvolvidas. Depois da inflação começar a acelerar, o processo inflacionário torna-se cumulativo, e assim os obrigacionistas não têm praticamente nenhuma chance de compensar as perdas do poder de compra.

Em contrapartida, os acionistas detentores dos activos raramente sofrem uma perda permanente devido à inflação.

Depois destas considerações técnicas, vamo-nos recentrar novamente na análise do 2º gráfico do risco.

Analisando este gráfico e os resultados históricos que o suportam, podemos tirar as seguintes conclusões principais:

a) Para períodos de detenção do investimento entre 15 e 20 anos (e > 20 anos), o risco das acções é inferior ao das obrigações e apesar disso o retorno das acções é também superior ao das obrigações, conforme demonstram os resultados históricos dos retornos destas classes de ativos.

Este facto é curioso porque habitualmente fala-se num prémio de risco nas acções: a tomada de mais risco é premiada com mais retornos, ora acontece que nestes períodos de longo prazo, para as acções ocorre o ideal do processo de investimento: mais retorno com menos risco (do tipo “almoço grátis” ou do tipo “sol na eira e chuva no nabal”);

b) Para períodos de detenção >= 5 anos, o risco das acções é inferior ao da hipótese do percurso aleatório, ao contrário das obrigações em que o risco é superior ao da teoria aleatória.

Este facto prova que o investimento em acções não é um jogo de sorte ou azar, de um percurso perfeitamente aleatório, e que esse investimento é capitalizável positivamente para períodos de médio-longo prazo, havendo assim um prémio do mercado, do tipo juros, pelo aumento do período de detenção do investimento. Este prémio do mercado é garantido pela existência do fenómeno da reversão para a média dos retornos nas acções;

c) À medida que o período de detenção aumenta, o risco das acções cai quase duas vezes mais rápido que o risco das obrigações, e para períodos >= 30 anos, o risco das acções cai para menos de ¾ do risco das obrigações.

Portanto, está totalmente respondido às 2 questões que coloquei no inicio deste meu post.
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por Bucks » 6/12/2016 18:59

PRUSSLC:LX
Equity Russia Opportunities
+62.39%
8-)
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 1752
Registado: 9/12/2013 13:12

Re: Fundos à la carte

por topline » 6/12/2016 15:06

Capturar 1.PNG
Capturar 1.PNG (51.16 KiB) Visualizado 7954 vezes


http://www.marketwatch.com/story/why-va ... st=markets
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por topline » 5/12/2016 17:43

Ora aqui está um exemplo de como um investimento no imobiliário de muito, muito, ..., muito longo prazo, a tender para o infinito, se pode transformar num desastre total: com o aquecimento global => subida do nível da água dos oceanos => submersão das zonas baixas da Flórida e aí os respetivos prédios deixam de ser habitáveis.

Capturar 1.PNG
Capturar 1.PNG (150.2 KiB) Visualizado 7792 vezes
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

Re: Fundos à la carte

por topline » 5/12/2016 16:42

bucks Escreveu:http://www.morningstar.pt/pt/funds/snapshot/snapshot.aspx?id=F0GBR05808&tab=1

Digo porque está no quartil 1.


bucks,

Em 2016, esse fundo faz parte do P1 (Percentil 1) do Ranking da MS: pertence ao grupo dos 1% melhores fundos na sua categoria, em termos de performance.

No entanto, nos 3 anos anteriores esse fundo já fez parte dos grupos dos 92%, 98% e 99% piores fundos. Com este ciclo de 3 anos com péssimos resultados a que se seguiu este ano com um ótimo resultado, estes factos induzem que a estratégia da gestão do fundo será correta para o médio-longo prazo e que a carteira de ativos do fundo teve poucos turnovers: os gestores acreditaram na valorização, a médio prazo, da maioria dos ativos componentes da carteira do fundo.

Assim, o dumb money de 2013, 2014 e 2015 transformou-se em smart money em 2016. Há swing na performance dos fundos, pelo que não é recomendável subscrever um fundo que tenha tido uma brutal outperformance de curto prazo, por ex., nos 2-3 últimos anos, isto porque a margem de progressão anual desse fundo começou a ser cada vez muito mais estreita e assim uma outperformace pode-se transformar, num ano posterior, em underperformance em relação aos seus pares (fundos da mesma categoria).
 
Mensagens: 101
Registado: 20/11/2016 15:31

AnteriorPróximo

Quem está ligado: