Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:(...) não pensam no longo prazo. (...)
Começo por dizer um "cliché", que é: No longo prazo, estamos todos mortos.
Quanto ao assunto supracitado, confesso que ainda não vi o filme, nem sei se verei.
Como dizes, o assunto já tem sido mais que abordado, e passa (penso eu) por dizer que as acções do Homem provocam um aumento gradual de temperatura, que provoca o descongelamento das calotes polares, que causa o aumento do nível do mar, que por sua vez submergirá território hoje densamente povoado, mais tempestades, etc, etc.
Eu percebo os problemas que daí advêm, mas não consigo ter a visão "fundamentalista" que nos querem vender de que temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitar ou minorar isso.
Avanço e recuo das calotes glaciares, sempre existiram. Tivemos idades do gelo. Voltaremos provavelmente a ter.
Terreno submerso também, pelas mesmas razões ou por outras.
Continentes hoje separados já estiveram ligados, mesmo desde a existência do Homem na Terra... e as previsões indicam que voltará a haver ligações.
Por isso, e pela minha frase de abertura... who cares?
Podem dizer "ah, pelos nossos filhos e gerações vindouras"... ao que respondo: "quem cá estiver que se amanhe", ou seja, nascerão e viverão nesse contexto, saberão adaptar-se, como o Homem sempre se adaptou.
Até ao dia que não consiga, e aí acabar-se-à... paciência, nós andamos cá há pouco tempo, andaremos concerteza mais uns tempos, mas ninguém pense que vamos cá ficar para sempre - a Terra tinha milhões de anos quando aparecemos, e continuará por mais alguns depois de desaparecermos.
Re: Políticas para Portugal
Enquanto nos canais privados SIC e TVI ontem à noite eram transmitidos reality shows e telenovelas, no canal público RTP foi transmitido um documentário que aqui partilho e que muitos já certamente ouviram falar, com mais ou menos interesse. De qualquer forma, recomendo.
Não creio que mostre muito mais que muitos outros mas desperta mais uma vez para os aspectos em que o "mercado" está errado em relação ao que é um futuro melhor. Simplesmente porque o mercado, feito de pessoas, não pensam no longo prazo. Pensam no lucro imediato, que muitas vezes é insustentável num período de tempo que já não faz parte da vida de quem usufrui dele.
Achei também interessante uma parte em que um professor de economia de Harvard aconselha impostos indirectos (carbon tax) compensando-os com descidas dos impostos sobre o trabalho (e o senhor é ligado ao Partido Republicano). Algo que representa uma política fiscal responsável e que parece estar a ser feito aí num país qualquer à beira-mar plantado.
Não creio que mostre muito mais que muitos outros mas desperta mais uma vez para os aspectos em que o "mercado" está errado em relação ao que é um futuro melhor. Simplesmente porque o mercado, feito de pessoas, não pensam no longo prazo. Pensam no lucro imediato, que muitas vezes é insustentável num período de tempo que já não faz parte da vida de quem usufrui dele.
Achei também interessante uma parte em que um professor de economia de Harvard aconselha impostos indirectos (carbon tax) compensando-os com descidas dos impostos sobre o trabalho (e o senhor é ligado ao Partido Republicano). Algo que representa uma política fiscal responsável e que parece estar a ser feito aí num país qualquer à beira-mar plantado.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal
À medida que a desconfiança aumenta e cada vez menos gente vota nos partidos, estes ficam cada vez mais dependentes das clientelas.
Quem tenha acompanhado o “debate” político em torno do Orçamento do Estado nestas duas semanas que se seguiram à sua apresentação não poderá ter deixado de sentir que estava a assistir a um filme que já sabia de cor. À excepção das respectivas identidades de quem está momentaneamente no poder e de quem temporariamente se encontra na oposição, não há nada que alerte o espectador mais distraído para o facto de que se encontra em 2016 e não em qualquer um dos anos que o antecederam.
O Governo – hoje do PS, uma espécie de tubarão para as rémoras PCP e BE, ontem PSD e CDS – apresenta um documento essencialmente propagandístico e destinado a múltiplas alterações mal colida com a realidade, e a oposição (o governo de ontem) acusa o governo (ontem como hoje, a oposição acusadora do passado) de “austeritarismo” e “insensibilidade social”.
Infelizmente, não é de espantar que assim seja. Num país relativamente pobre, com uma enorme parcela da população dependente do Estado, e em que cada vez menos gente para além dos fiéis ou das clientelas tem qualquer confiança em qualquer partido político, estes sabem que só podem chegar ao poder se concederem ao maior número de gente possível uma série de benesses que só o Estado poderá oferecer.
Mas, uma vez lá, os vários partidos que se vão revezando no governo vêem-se encurralados entre essa necessidade de usarem o Estado para redistribuírem pelas clientelas que deles dependem (e das quais eles próprios dependem ainda mais) a maior quantidade de riqueza possível, e a de, para terem com que fazer essa redistribuição, manterem junto dos mercados financeiros o crédito suficiente para endividarem o Estado a preços minimamente comportáveis e, com esse propósito, cumprirem as exigências orçamentais que possibilitem a permanência no Euro que dá a Portugal as taxas de juro baixas ou relativamente baixas de que, pela graça do BCE, vai gozando.
Por terem de alimentar os “boys” e as “girls” que gravitam em torno do poder político, os partidos de governo não podem cortar de forma “excessiva” as despesas do Estado. Por terem de, no mínimo, acalmar os receios europeus quanto à “indisciplina orçamental” portuguesa, precisam de garantir que a diferença entre o que uma parte significativa do país espera do Estado e aquilo que o Estado lhes pode oferecer – ou seja, o défice – seja a menor possível.
É esse dilema que determina o comportamento dos vários partidos consoante se encontrem no governo ou fora dele. No governo tentam equilibrar-se na corda bamba entre a “austeridade” inevitável e o despesismo distributivo imperioso para a sua sobrevivência; fora dele aproveitam a oportunidade que o periclitante equilibrismo governamental lhes dá para prometerem aquilo que sabem não poder dar uma vez lá alçados.
O resultado é o agravamento da tal crescente desconfiança dos eleitores nos partidos de todas as cores, à medida que as promessas de ontem são quebradas amanhã, e os resultados práticos do impossível estatismo de abundância implícito nessas promessas se fazem sentir nas suas vidas. E, claro, à medida que essa desconfiança aumenta e cada vez menos gente vota nos partidos, estes ficam cada vez mais dependentes das clientelas que, por sua vez, dependem da continuação deste estado de coisas, num círculo vicioso do qual não se vislumbra qualquer saída.
http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noti ... BfKlkuK6OM
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Re: Políticas para Portugal
rodrigo.santos1 Escreveu:
acções, obrigações subordinadas, obrigações sénior, depósitos > 100k.
se nunca houver uma situação dessas, nunca haverá decisões com racional económico financeiro nos bancos. sobretudo os que têm ligações políticas. se sabem que não podem falir, podem arriscar muito mais e sem racional.
Os países capitalistas - antes de 2008, nos US por ex. chegaram a deixar falir alguns bancos regionais. Ora eu acho que é por aí a solução: partir os grandes bancos todos em bancos mais pequenos, e depois deixá-los falir como uma empresa normal. Então a PT pode e um banco não pode porquê?
Os depósitos esses sim cobrir até 100k. Aumentar se acharem melhor para 250k ou 500k... mas a partir daí deixar ir a zero.
Falas de decisões com racional económico-financeiro e de cortar depósitos? Estás com noção do que estás a dizer? Estás a dizer a pessoas com esses valores que em caso de problema o dinheiro delas evapora. Mal essas pessoas sintam um espirro o dinheiro saí da conta e o sistema entra em espiral negativa. Isso para mim era para estourar de vez o conceito todo, mas devo ser eu.
Re: Políticas para Portugal
p3droPT Escreveu:Rejeitar salvar bancos? Até os países mais capitalistas sabem a asneirada que isso causa, porque mandar obrigações e ações a zero nunca chega para tapar o buraco.
acções, obrigações subordinadas, obrigações sénior, depósitos > 100k.
se nunca houver uma situação dessas, nunca haverá decisões com racional económico financeiro nos bancos. sobretudo os que têm ligações políticas. se sabem que não podem falir, podem arriscar muito mais e sem racional.
Os países capitalistas - antes de 2008, nos US por ex. chegaram a deixar falir alguns bancos regionais. Ora eu acho que é por aí a solução: partir os grandes bancos todos em bancos mais pequenos, e depois deixá-los falir como uma empresa normal. Então a PT pode e um banco não pode porquê?
Os depósitos esses sim cobrir até 100k. Aumentar se acharem melhor para 250k ou 500k... mas a partir daí deixar ir a zero.
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Re: Políticas para Portugal
rodrigo.santos1 Escreveu:p3droPT Escreveu:Mas não existem operações financeiras estúpidas feitas com bancos privados? É que no caso da banca, dado que a responsabilidade vai dar a volta toda e vai sempre ter aos contribuintes, não sei se é assim tanta estupidez discutir isto.
Quantos bancos privados existem? Quantos faliram?
Quantos públicos? 1. Quantos faliram? 1. (pelo menos já precisou de tanto dinheiro como bes.)
Só chega aos contribuintes se deixares. Se rejeitares salvar bancos (mandar as obrigações e acções TODAS irem a zero), reduzires o seu tamanho, obrigares a serem vendidos, desligares o poder político dos bancos (como no bpn, bes e banif) enfim...regulares, como deveria ser o único trabalho do estado, isso não acontece. Relembro que o banif era o banco do psd madeira e do ps açores. o bpn era do psd. o bes até tinha socialistas no conselho da administração que entravam mudos e saiam calados.
Os bancos que eram mesmo privados, sem grandes negociatas com o poder político, ainda aí andam.
a cgd pública serve essencialmente para meter boys, e fazer negócios políticos. e continuará a ser...com aumentos de capital ano sim ano sim senhor. realmente assim nunca vai à falência![]()
![]()
E eu a pensar que tinham falido o BPN, o BES e o Banif

Rejeitar salvar bancos? Até os países mais capitalistas sabem a asneirada que isso causa, porque mandar obrigações e ações a zero nunca chega para tapar o buraco.
Desse ponto de vista até o próprio governo serve para meter boys. Não vês estes que nem licenciaturas tiram que chegam a adjuntos do PM, a Ministros ou mesmo a PM? Que tal acabar com o estado e viver em anarquia? E discussões destas com problemas destes são transversais a "PS's e PSD's" portanto esses argumentos são muito limitados.
Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Bem, vocês 3.. só falta o Caramelo.![]()
Masterchief, eu também lamento que te sintas tão frustrado que tenhas que vir para fóruns de bolsa atacar os outros por discordarem de ti, mas que se pode fazer? Resta-me ignorar-te como faço aos outros dois.
Worf, quanto a ti até me parecias mais sério, apesar de claramente comprometido com o amigo Passos. Também não vejo mal nenhum nisso, tal como não vejo mal nenhum eu dizer que não estou associado a nenhum partido. Aliás, basta ver que eu já critiquei este governo tal como já elogiei. Ao contrário de vocês, que vêm para aqui com essa propaganda de denegrir tudo e todos os que pensam de forma diferente de vocês. Querem calar a malta que não pensa como vocês, mas a mim não conseguem. Habituem-se. Portanto, epa se é para também mandares essas boquinhas tristes a ver se cola, até um dia.
O problema é que tu estás convencido a 100% que este governo é a melhor solução para portugal, com a mesma receita que nos levou ao resgate, agora apoiada também pela esquerda mais radical e ignoras qualquer numero ou lógica que te apresentem. Tudo bem, é a tua opinião. Mas não tentes atirar com areia para os olhos dos outros. Não tentes defender aquilo que não tem defesa.
Infelizmente o tempo se encarregará de te mostrar a verdade se a quiseres ver.
Re: Políticas para Portugal
Políticas para Portugal: Acabar com os 3500 euros, para os avençados dos fóruns, blogs, twitters, etc.
oh wait,
assim acabava a propaganda socialista.

oh wait,
assim acabava a propaganda socialista.


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Re: Políticas para Portugal
Bem, vocês 3.. só falta o Caramelo.
Masterchief, eu também lamento que te sintas tão frustrado que tenhas que vir para fóruns de bolsa atacar os outros por discordarem de ti, mas que se pode fazer? Resta-me ignorar-te como faço aos outros dois.
Worf, quanto a ti até me parecias mais sério, apesar de claramente comprometido com o amigo Passos. Também não vejo mal nenhum nisso, tal como não vejo mal nenhum eu dizer que não estou associado a nenhum partido. Aliás, basta ver que eu já critiquei este governo tal como já elogiei. Ao contrário de vocês, que vêm para aqui com essa propaganda de denegrir tudo e todos os que pensam de forma diferente de vocês. Querem calar a malta que não pensa como vocês, mas a mim não conseguem. Habituem-se. Portanto, epa se é para também mandares essas boquinhas tristes a ver se cola, até um dia.

Masterchief, eu também lamento que te sintas tão frustrado que tenhas que vir para fóruns de bolsa atacar os outros por discordarem de ti, mas que se pode fazer? Resta-me ignorar-te como faço aos outros dois.
Worf, quanto a ti até me parecias mais sério, apesar de claramente comprometido com o amigo Passos. Também não vejo mal nenhum nisso, tal como não vejo mal nenhum eu dizer que não estou associado a nenhum partido. Aliás, basta ver que eu já critiquei este governo tal como já elogiei. Ao contrário de vocês, que vêm para aqui com essa propaganda de denegrir tudo e todos os que pensam de forma diferente de vocês. Querem calar a malta que não pensa como vocês, mas a mim não conseguem. Habituem-se. Portanto, epa se é para também mandares essas boquinhas tristes a ver se cola, até um dia.
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Re: Políticas para Portugal
cegueira é quando se recebe 3500 para defender o diabo
temos mesmo que acreditar com muita força no que escrevemos
mas o segredo aparentemente é não desistir senão acaba-se o dinheirito.
no fundo eu até percebo certas pessoas.
temos mesmo que acreditar com muita força no que escrevemos

no fundo eu até percebo certas pessoas.
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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Masterchief, acredito sim naquilo que escrevo.
E concordo contigo. A ver pelos teus comentários, e de mais alguns, há mesmo gente comprometida politicamente neste fórum. A cegueira irracional e o ataque pessoal que utilizam é típica.
Não vejo mal nenhum em haver comprometimento político. Até acho bem.
Pior do que estar comprometido é vir para os fóruns criando personagens, por vezes fictícias, a relatar pormenores da vida privada (não sei à espera de quê?), e afirmando sempre que não se está comprometido, quando o intuito e o importante é discutir ideias. Deve ser para gerar um clima de confiança entre os utilizadores da rede social.


Algum grau de comprometimento acabamos todos por ter. Uns mais outros menos, o essencial é discutir estas ideias a bem do País.
Editado pela última vez por Worf em 26/10/2016 17:09, num total de 2 vezes.
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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Masterchief, acredito sim naquilo que escrevo.
E concordo contigo. A ver pelos teus comentários, e de mais alguns, há mesmo gente comprometida politicamente neste fórum. A cegueira irracional e o ataque pessoal que utilizam é típica.
Eu não gosto é de ver mentiras apresentadas como verdades supremas. O tipo de coisas que tu defendes ás vezes deixa-me na duvida. Foi por isso perguntei se acreditavas mesmo naquilo que escreves.
Mas visto que acreditas só te posso dizer que lamento. Lamento muito a tua desilusão quando um dia abrires os olhos e acordares para a vida.
Re: Políticas para Portugal
Masterchief, acredito sim naquilo que escrevo.
E concordo contigo. A ver pelos teus comentários, e de mais alguns, há mesmo gente comprometida politicamente neste fórum. A cegueira irracional e o ataque pessoal que utilizam é típica.
E concordo contigo. A ver pelos teus comentários, e de mais alguns, há mesmo gente comprometida politicamente neste fórum. A cegueira irracional e o ataque pessoal que utilizam é típica.
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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:(...) No entanto, há questões estratégicas de segredo de negócio que acho normal que não seja partilhado por todos, certo?
Quanto às remunerações, eu acho que um trabalhador deve ser pago pelo que vale no "mercado", e não conforme trabalhe no Estado ou no privado. Senão temos o que acontece desde sempre. Só os piores é que vão gerir as empresas do Estado.
Mais, pela primeira vez, pelo que sei, a CGD tem uma administração politicamente neutra. Não olham para isso de forma positiva?
Sabes perfeitamente que os problemas que actualmente se falam não têm rigorosamente nada a haver com questões estratégicas, nem tão pouco de politiquice manhosa. Falta de decência, isso sim.
Achas que não ter que entregar a declaração de rendimentos no tribunal constitucional é estratégico?
achas que colocar 19 administradores é estratégico? Alguns dos quais até são chumbados pelo bce e são obrigados a ir estudar para poderem ir para a caixa?
isto são os melhores? quando o BCE ainda os manda estudar?
quanto ao politicamente neutra acho que não tens forma de provar o que dizes portanto deixa lá esses tipos de argumentos que são tudo menos objectivos.
Editado pela última vez por Worf em 26/10/2016 16:50, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal
MasterChief Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:Mais, pela primeira vez, pelo que sei, a CGD tem uma administração politicamente neutra. Não olham para isso de forma positiva?
Tu acreditas mesmo naquilo que escreves?

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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Worf Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:...
Mais, pela primeira vez, pelo que sei, a CGD tem uma administração politicamente neutra. Não olham para isso de forma positiva?
Tu acreditas mesmo naquilo que escreves?
Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Info:
http://www.doingbusiness.org/reports/gl ... ry/PRT.pdf
Mau:
Rank 2016: 24
Rank 2017: 25
Bom:
Pontuação 2016: 77.12
Pontuação 2017: 77.40
Conclusão: Devemos estar na mesma.
A necessidade de apresentar dados positivos é tanta que qualquer informação serve. Esse estudo, se leres bem é baseado (projecções) em valores de 2015 e alguns até de 2014.
O facto de alguém dizer que um objecto é branco não significa que este seja branco. Principalmente quando falamos de gente mal intencionada e mentirosa.
Aliás esta é a estratégia típica dos militantes de esquerda. Desinformação e mentira. Mas mentem com uma facilidade incrível. Lançam números e factos FALSOS como se estes fossem uma verdade incontornável. Eles sabem que a maioria dos portugueses, infelizmente, não percebe nada do assunto nem sabem do que eles estão a falar (e muito menos vão confirmar aquilo que eles dizem).
Isso e, quando inquiridos contra atacarem com outras questões (sem responder à pergunta, claro) como forma de fuga à pergunta. Se repararem nos debates quer na assembleia da republica, quer na televisão, baseia-se exactamente nestes 2 "truques".
Cada vez mais me convenço que alguns participantes deste fórum estão politicamente comprometidos (para não dizer outra coisa).
Re: Políticas para Portugal
Worf Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:
Bom, acho que seria melhor que se mantivesse o escrutínio. Eu defendo que, querendo-se a CGD bem gerida, se pague bem a quem a gere, mas isso nada tem a ver com escrutínio de incompatibilidades. De qualquer forma, falas no povo mas o povo nunca sabe de nada, mas sim mais duas ou três instituições, pelo que percebo. Mas sem dúvida que não percebo também o porquê disso.
Quanto ao motivo de eu a querer pública, não vale a pena repeti-lo..
Sim não vale a pena repetires-te. Mas paulatinamente fazia e faço intenção de te dar razões para que não seja pública.
Esta é uma delas, falta de escrutínio. O ministro Mário Centeno (mais parece sem-tino) afirmou que quem deve escrutinar são os accionistas. Por isso falei no povo, onde me incluo a mim também.
Então sendo a caixa pública, tendo o povo que pagar um aumento de capital de 4 mil milhões (dá mais ou menos 400 € a cada um), achas que Centeno tem alguma razão?
Presumo que achas também que foi uma intervenção infeliz do nosso ministro.
Finalmente Robaz, é teu costume baseares-te em estudos da OCDE. Não obstante os problemas conhecidos da cgd, não achas que as remunerações dos administradores deviam estar em linha com a produtividade per capita dos portugas. Ou seja, se nós tivermos em primeiro lugar no ranking da produtividade per capita da ocde (exemplo), então deveria-mos ter os administradores mais bem pagos da ocde. Caso fossemos os últimos teria-mos os mais mal pagos da ocde.
Mas o que fazemos acabados de entrar numa espiral de crise de confiança pelos problemas que têm acontecido na banca (quer em portugal quer no estrangeiro). Aumentamos os ordenados aos administradores.
por estas e por outras não posso dar o benefício da dúvida a esta geringonça.
Caro Worf, lancei o debate mesmo para isso, para me mostrarem argumentos contra a CGD pública que não seja o lixo que alguns aqui espalham.
Bom, concordo contigo na primeira questão, pois faz parte de uma ideia que defendo e já aqui defendi: transparência do Estado. Sendo a CGD pública, faz parte do Estado. Portanto, os cidadãos deveriam poder escrutinar o desempenho da CGD. No entanto, há questões estratégicas de segredo de negócio que acho normal que não seja partilhado por todos, certo?
Quanto às remunerações, eu acho que um trabalhador deve ser pago pelo que vale no "mercado", e não conforme trabalhe no Estado ou no privado. Senão temos o que acontece desde sempre. Só os piores é que vão gerir as empresas do Estado.
Mais, pela primeira vez, pelo que sei, a CGD tem uma administração politicamente neutra. Não olham para isso de forma positiva?
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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:
Bom, acho que seria melhor que se mantivesse o escrutínio. Eu defendo que, querendo-se a CGD bem gerida, se pague bem a quem a gere, mas isso nada tem a ver com escrutínio de incompatibilidades. De qualquer forma, falas no povo mas o povo nunca sabe de nada, mas sim mais duas ou três instituições, pelo que percebo. Mas sem dúvida que não percebo também o porquê disso.
Quanto ao motivo de eu a querer pública, não vale a pena repeti-lo..
Sim não vale a pena repetires-te. Mas paulatinamente fazia e faço intenção de te dar razões para que não seja pública.
Esta é uma delas, falta de escrutínio. O ministro Mário Centeno (mais parece sem-tino) afirmou que quem deve escrutinar são os accionistas. Por isso falei no povo, onde me incluo a mim também.
Então sendo a caixa pública, tendo o povo que pagar um aumento de capital de 4 mil milhões (dá mais ou menos 400 € a cada um), achas que Centeno tem alguma razão?
Presumo que achas também que foi uma intervenção infeliz do nosso ministro.
Finalmente Robaz, é teu costume baseares-te em estudos da OCDE. Não obstante os problemas conhecidos da cgd, não achas que as remunerações dos administradores deviam estar em linha com a produtividade per capita dos portugas. Ou seja, se nós tivermos em primeiro lugar no ranking da produtividade per capita da ocde (exemplo), então deveria-mos ter os administradores mais bem pagos da ocde. Caso fossemos os últimos teria-mos os mais mal pagos da ocde.
Mas o que fazemos acabados de entrar numa espiral de crise de confiança pelos problemas que têm acontecido na banca (quer em portugal quer no estrangeiro). Aumentamos os ordenados aos administradores.
por estas e por outras não posso dar o benefício da dúvida a esta geringonça.
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Re: Políticas para Portugal
rodrigo.santos1 Escreveu:Não estragaram o trabalho excelente do psd e do passos coelho, depois da bancarrota socialista.
(só se concentraram em aumentar o vencimento aos FP e pensionistas mais ricos de portugal, cativando nas despesas, ou seja diminuindo a qualidade dos serviços públicos)
mas com este OE2017, vamos baixar e bem nesse ranking.
Pensava que tinham estragado tudo..


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Re: Políticas para Portugal
Não estragaram o trabalho excelente do psd e do passos coelho, depois da bancarrota socialista.
(só se concentraram em aumentar o vencimento aos FP e pensionistas mais ricos de portugal, cativando nas despesas, ou seja diminuindo a qualidade dos serviços públicos)
mas com este OE2017, vamos baixar e bem nesse ranking.
(só se concentraram em aumentar o vencimento aos FP e pensionistas mais ricos de portugal, cativando nas despesas, ou seja diminuindo a qualidade dos serviços públicos)
mas com este OE2017, vamos baixar e bem nesse ranking.
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Re: Políticas para Portugal
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
p3droPT Escreveu:Mas não existem operações financeiras estúpidas feitas com bancos privados? É que no caso da banca, dado que a responsabilidade vai dar a volta toda e vai sempre ter aos contribuintes, não sei se é assim tanta estupidez discutir isto.
Quantos bancos privados existem? Quantos faliram?
Quantos públicos? 1. Quantos faliram? 1. (pelo menos já precisou de tanto dinheiro como bes.)
Só chega aos contribuintes se deixares. Se rejeitares salvar bancos (mandar as obrigações e acções TODAS irem a zero), reduzires o seu tamanho, obrigares a serem vendidos, desligares o poder político dos bancos (como no bpn, bes e banif) enfim...regulares, como deveria ser o único trabalho do estado, isso não acontece. Relembro que o banif era o banco do psd madeira e do ps açores. o bpn era do psd. o bes até tinha socialistas no conselho da administração que entravam mudos e saiam calados.
Os bancos que eram mesmo privados, sem grandes negociatas com o poder político, ainda aí andam.
a cgd pública serve essencialmente para meter boys, e fazer negócios políticos. e continuará a ser...com aumentos de capital ano sim ano sim senhor. realmente assim nunca vai à falência



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- Registado: 18/10/2016 14:24
Re: Políticas para Portugal
Caro P3droPt, quanto à CGD, completamente de acordo. Acho que era benéfico dispersar parte do capital em bolsa, mas mantendo uma maioria do Estado (o mesmo não acho em relação à TAP, que para mim não é tão relevante para a soberania do país, tendo sido uma das coisas que critiquei neste governo)
Quanto à RTP, de acordo. Para mim também não faz nenhum sentido haver canais públicos sem ser em sinal aberto. E por esse motivo, fazia sentido discutir se compensa a RTP ter os canais que tem para além da RTP1, RTP2 e RTP-Internacional. Não sei até que ponto ter esses canais custa dinheiro ou faz ganhar dinheiro à RTP. Para não dizer que, por exemplo falando dos canais informativos, a programação dos três canais (RTPN, SICN e TVI24) é muito idêntica ao contrário do que acontece nos canais de sinal aberto, mais generalistas, pelo que se justifica menos a existência de um canal público nesta gama.
Quanto à RTP, de acordo. Para mim também não faz nenhum sentido haver canais públicos sem ser em sinal aberto. E por esse motivo, fazia sentido discutir se compensa a RTP ter os canais que tem para além da RTP1, RTP2 e RTP-Internacional. Não sei até que ponto ter esses canais custa dinheiro ou faz ganhar dinheiro à RTP. Para não dizer que, por exemplo falando dos canais informativos, a programação dos três canais (RTPN, SICN e TVI24) é muito idêntica ao contrário do que acontece nos canais de sinal aberto, mais generalistas, pelo que se justifica menos a existência de um canal público nesta gama.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Worf, a CGD já deu bastantes milhões de lucros ao Estado (contribuintes). Não basta olhar para os últimos anos para chegar a uma conclusão sobre a sua viabilidade como banco público ou sobre o que ela influencia nos bolsos dos contribuintes. Para mim, e volto a repetir e sublinhar, em condições de mercado livre, ter a CGD com maioria do Estado é a única forma de garantir que os portugueses sejam os donos de pelo menos um banco em Portugal. É uma questão de soberania financeira do país. O que é ser um banco público? Qual é a diferença para um privado? Deve apoiar empresas que não são viáveis? Não concordo com isso. Apoiar empresas viáveis? Isso não é o que os bancos todos fazem? Um banco é um banco, ponto. Pedir a um banco para funcionar de forma diferente só porque o accionista é o Estado para mim é que não faz sentido. Quanto aos salários, estão na média dos banqueiros do país, e se queremos a CGD bem gerida e de volta aos lucros, temos que conseguir ter os melhores a geri-la, e para isso não lhes podemos pagar muito menos do que eles ganhariam noutro sítio qualquer. Agora que deve haver auditorias exigentes e acompanhamento dos resultados, isso concordo em absoluto. O Estado e mesmo os contribuintes devem ser exigentes com a gestão da CGD.
Eu até compreendo a questão de termos banca pública, porque se é verdade que a mesma não tem demonstrado resultados nos últimos anos, também a privada não tem, muito pelo contrário. Mas acho que o Estado não deveria deter a CGD ou qualquer outra empresa a 100%. Poderia manter uma maioria, fazer um acordo 'tipo TAP' ou colocar uma % da empresa em bolsa, porque penso que isso acabaria por salvaguardar os contribuintes, na medida em que uma nova grande quantidade de accionistas traria novas vozes a um assunto que ouvimos apenas uma vez por ano, para saber 'se deu lucro ou não'. Para além da partilha do risco, haveria pressão para tornar o barco um bocadinho mais eficiente.
rodrigo.santos1 Escreveu:soberania financeira de um pais.. ahaha há malta que ficou parada no PREC. ahahha que estupidez.
sabemos bem o que isso significa. serve para comprar acções do bcp sem colateral, ou melhor, com as próprias acções como colateral
ou então para entrar no vale do lobo e perder o dinheiro todo. tristeza.
Mas não existem operações financeiras estúpidas feitas com bancos privados? É que no caso da banca, dado que a responsabilidade vai dar a volta toda e vai sempre ter aos contribuintes, não sei se é assim tanta estupidez discutir isto.
JohnyRobaz Escreveu:Bom, a CGD e RTP não despertaram comentários da malta para além do Joaquim e Worf.
Fui entretanto ler a página anterior sobre a RTP e sobre esta, compreendendo perfeitamente o objectivo de manter a empresa publica, acho 'criminoso' para com os contribuintes termos canais da RTP que não estão em sinal aberto. É a minha única reserva em relação a essa empresa.
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