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Caldeirão da Bolsa

Importam-se de explicar?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Ming » 18/3/2004 18:50

Não tem robustez financeira? Não tem qualidade de gestão? Ou temos que concluir que a razão é que o poder se dá mal com o carácter indomável do líder da Sonae?


Acho que basta olhar para a situação da Sonae Indústria para se ver quais dessas perguntas tem de certeza resposta afirmativa... :lol:
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Edp

por jarc » 18/3/2004 18:50

Então? O que se passa é que o homem faz milagres!
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Será por isto?

por JAS » 18/3/2004 18:44

O empresário tem um currículo que não deixa dúvidas. O grupo que construiu facturou no ano passado mais de 1.600 milhões de euros e o endividamento líquido de 2.500 milhões já parece menos assustador.


O passivo consolidado da SON, de acordo com o balanço de 2002, era de 6.416.464.114 euros ou seja qualquer coisa como 1.281 milhões de contos.

O endividamento líquido era de 4.258 milhões de euros...
Não sei como passou para "apenas" 2.500 milhões assim de repente.

JAS
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Importam-se de explicar?

por TRSM » 18/3/2004 18:02

Importam-se de explicar?
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O homem tem mau feitio. Diz alto e grosso o que outros só ousam desabafar em confidência. Cultiva ódios de estimação – que o digam o professor Marcelo, que ainda não conseguiu fazer as pazes depois da polémica sobre os grandes grupos económicos, ou Jorge Armindo.

Belmiro de Azevedo é assim mesmo. Politicamente incorrecto e inconveniente. Mais hábil a fazer inimigos do que a conquistar aliados. A irritação que às vezes provoca não pode fazer esquecer que é também o grande empresário da geração pós-revolução de Abril.

Está à frente de um grupo que emprega 58 mil pessoas, presentes em três continentes. A Sonae Indústria, que tantas dores de cabeça lhe dá, é provavelmente a única empresa global de capital português. É o maior grupo do mundo no sector das placas.

O empresário tem um currículo que não deixa dúvidas. O grupo que construiu facturou no ano passado mais de 1.600 milhões de euros e o endividamento líquido de 2.500 milhões já parece menos assustador.

Mas como a operação com o imobiliário demonstra, o grupo tem activos não espelhados no valor do balanço que a qualquer momento podem ser utilizados – basta dizer que os imóveis dos hipermercados são propriedade da empresa e estão registados ao valor de aquisição.

Posto isto, há uma reclamação de Belmiro de Azevedo em relação à Portucel que tem toda a razão de ser. O grupo investiu na Portucel no mercado, sem pedir autorização, uma irreverência que caiu mal ao então ministro Sousa Franco.

Na segunda fase da privatização, o Governo não lhe dá, nem aos restantes accionistas, qualquer preferência. O Governo ainda não conseguiu explicar por que motivo a Sonae não seria um bom accionista para controlar a Portucel.

Não tem robustez financeira? Não tem qualidade de gestão? Ou temos que concluir que a razão é que o poder se dá mal com o carácter indomável do líder da Sonae?

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