EUR/USD - terror, crise, dúvidas no Forex
Bom dia a todos,
PL, para mim, essa é a melhor ferramenta possível que poderia ser apresentada a alguém. É uma forma automática de trailing para quem tem que se ausentar da plataforma. Depois do hedge à posição, é a melhor coisa, sem dúvida alguma.
Hoje o mercado está a penalizar o USD enquanto os operadores voltaram a desafiar o BOJ para ver se este tem força de vontade. A moeda americana cai em todas as frentes.
Em relação ao Euro, voltámos ao nosso ponto pivot da semana e espera-se daqui a minutos o indicador de sentimento empresarial na Alemanha, algo que costuma ter influência, alías dos poucos indicadores europeus que mexe com a cotação do Forex.
Ainda é cedo para falar, mas quer parecer que o mercado está preparado para o regresso ao status quo anterior à crise de 11 de Março !!
Daqui a pouco, volto
dj
PL, para mim, essa é a melhor ferramenta possível que poderia ser apresentada a alguém. É uma forma automática de trailing para quem tem que se ausentar da plataforma. Depois do hedge à posição, é a melhor coisa, sem dúvida alguma.
Hoje o mercado está a penalizar o USD enquanto os operadores voltaram a desafiar o BOJ para ver se este tem força de vontade. A moeda americana cai em todas as frentes.
Em relação ao Euro, voltámos ao nosso ponto pivot da semana e espera-se daqui a minutos o indicador de sentimento empresarial na Alemanha, algo que costuma ter influência, alías dos poucos indicadores europeus que mexe com a cotação do Forex.
Ainda é cedo para falar, mas quer parecer que o mercado está preparado para o regresso ao status quo anterior à crise de 11 de Março !!
Daqui a pouco, volto
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Um 1/2 off topico!
A CMS acabou de lançar um sistema com um stop loss interactivo: escolhe-se o valor do stop e ele vai subindo conforme a cotação sobe mas quando esta inverte ele não desce, fica no valor por nós colocado e dá uma ordem de fecho ou inversão quando tocado. Muito bom! Já tinha tentado fazer isso mas nunca consegui andar perto da perfomance apresentada por este!
...
Bom dia,
Num gráfico de 8 horas, e com uma Lt muito simples, parece-me que estamos num momento que poderá ser importante para os próximos dias...
SirPatrick
Num gráfico de 8 horas, e com uma Lt muito simples, parece-me que estamos num momento que poderá ser importante para os próximos dias...
SirPatrick
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Passado o efeito do repique do JPY, sobre o qual se falou e bem noutro tópico, a normalidade regressou.
O USD acabou o dia com nota fraca face ao JPY, CHF, EUR e GBP, para não falar do AUD e NZD, ainda com os investidores a ponderarem sobre o risco implícito nos diversos activos pós-11 de Março.
Acções dos diversos continentes continuaram a perder terreno num movimento que já vinha de antes, mas que ampliou. Renda fixa é o refúgio, mas o índice CRB está pertinho pertinho dos máximos de mais de uma década. Continuam os fenómenos neste mercado. Dir-se-ia que a Economia pode crescer, mas o espaço para os lucros das empresas já não é muito.
Certo certo é que o Forex não reflectiu pânico - um sinal positivo para os mercados, com a maioria das divisas a negociarem em amplitudes inferiores a 100 pips, excepto, claro, o agitado Cable.
O EUR/USD ainda andou hoje pelos 1.2320 (o nosso ponto pivot da semana) mas caíu até 1.221x, configurando-se um máximo mais baixo e um mínimo mais alto. Acabou por recuperar até 1.2250 e acima, ficando uns pips acima de fecho de sexta-feira, que tinha sido 1.2220. Recuperação em fecho da ordem de 40 a 50 pips, muito normal num dia que poderia ter sido bem mais nervoso.
No diário, ainda temos a cotação do par abaixo das MME de 5, 13, 21, 55 dias, sendo que não há sinal claro de compra, pelo menos até 1.2350 e 1.2460 !!
Shortar, só abaixo de 1.22 e 1.2150 !!
Fecho do dia: 1.2266
Um abraço
djovarius
O USD acabou o dia com nota fraca face ao JPY, CHF, EUR e GBP, para não falar do AUD e NZD, ainda com os investidores a ponderarem sobre o risco implícito nos diversos activos pós-11 de Março.
Acções dos diversos continentes continuaram a perder terreno num movimento que já vinha de antes, mas que ampliou. Renda fixa é o refúgio, mas o índice CRB está pertinho pertinho dos máximos de mais de uma década. Continuam os fenómenos neste mercado. Dir-se-ia que a Economia pode crescer, mas o espaço para os lucros das empresas já não é muito.
Certo certo é que o Forex não reflectiu pânico - um sinal positivo para os mercados, com a maioria das divisas a negociarem em amplitudes inferiores a 100 pips, excepto, claro, o agitado Cable.
O EUR/USD ainda andou hoje pelos 1.2320 (o nosso ponto pivot da semana) mas caíu até 1.221x, configurando-se um máximo mais baixo e um mínimo mais alto. Acabou por recuperar até 1.2250 e acima, ficando uns pips acima de fecho de sexta-feira, que tinha sido 1.2220. Recuperação em fecho da ordem de 40 a 50 pips, muito normal num dia que poderia ter sido bem mais nervoso.
No diário, ainda temos a cotação do par abaixo das MME de 5, 13, 21, 55 dias, sendo que não há sinal claro de compra, pelo menos até 1.2350 e 1.2460 !!
Shortar, só abaixo de 1.22 e 1.2150 !!
Fecho do dia: 1.2266
Um abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Antes de mais, gostei de ver várias opiniões sobre o Forex, na sequência do tópico. Sobretudo, o que é bom verificar é que a análise sempre é dependente do time-frame que estamos a considerar.
Hoje, temos uma nota de quase neutralidade, mas já deu para observar que o USD mantém uma nota positiva que já vem das últimas semanas. Um aparte - o USD/JPY está em ligeira queda para 110.50, pelo que podemos antever o regresso ao mercado por parte do BOJ, o que vai beneficiar principalmente o USD.
Mas o tom geral é de neutralidade num mercado que está a assistir a uma fuga de investimentos de acções para obrigações, sinalizando maior percepção de risco, mesmo com dados positivos nos EUA, melhores do que na Europa. No velho continente, o mercado afina pelo mesmo diapasão.
Para Gonzaga: índice CRB - é o que mede o valor das 17 commodities cotadas nos mercados internacionais, de onde se destacam itens tão diferentes, como Ouro, prata, platina, aço, soja, café, algodão, crude, gás, etc..
Recuperação mais a Oriente... eu refiro-me a crescimento económico real e não a especulação bolsista. Mesmo assim, ontem à noite, o Nikkei subia num ambiente geral de queda das bolsas, mas é verdade que se as americanas cairem, todas as restantes cairão, mais cedo ou mais tarde.
Posições abertas EUU/USD no mercado monetário interbancário (IMM), podem ser em cash (o forex tradicional) ou em opções ou futuros, cotados na Bolsa de Chicago.
Agora, vamos esperar para ver, como se comportam os crosses e pares num resto de sessão que começou mexida mas foi perdendo o fôlego.
Um abraço
dj
Hoje, temos uma nota de quase neutralidade, mas já deu para observar que o USD mantém uma nota positiva que já vem das últimas semanas. Um aparte - o USD/JPY está em ligeira queda para 110.50, pelo que podemos antever o regresso ao mercado por parte do BOJ, o que vai beneficiar principalmente o USD.
Mas o tom geral é de neutralidade num mercado que está a assistir a uma fuga de investimentos de acções para obrigações, sinalizando maior percepção de risco, mesmo com dados positivos nos EUA, melhores do que na Europa. No velho continente, o mercado afina pelo mesmo diapasão.
Para Gonzaga: índice CRB - é o que mede o valor das 17 commodities cotadas nos mercados internacionais, de onde se destacam itens tão diferentes, como Ouro, prata, platina, aço, soja, café, algodão, crude, gás, etc..
Recuperação mais a Oriente... eu refiro-me a crescimento económico real e não a especulação bolsista. Mesmo assim, ontem à noite, o Nikkei subia num ambiente geral de queda das bolsas, mas é verdade que se as americanas cairem, todas as restantes cairão, mais cedo ou mais tarde.
Posições abertas EUU/USD no mercado monetário interbancário (IMM), podem ser em cash (o forex tradicional) ou em opções ou futuros, cotados na Bolsa de Chicago.
Agora, vamos esperar para ver, como se comportam os crosses e pares num resto de sessão que começou mexida mas foi perdendo o fôlego.
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Bem, eu hoje não tenho muita disponibilidade...
...mas deixo aqui mais uma hipótese: uma cunha descendente. 

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- EURUSD_d_fw_20040315.gif (26.32 KiB) Visualizado 1145 vezes
Para quem está curto, como eu, o gráfico horário acabou de realizar um movimento fantástico:
1. Cot abaixo de todas as MMEs;
2. RSI cruzou em baixa os 50.00;
3. MACD cruzou o sinal em baixa;
4. Linha intermédia das BB confirmado o cruzamento em baixa.
Um abraço,
MozHawk
1. Cot abaixo de todas as MMEs;
2. RSI cruzou em baixa os 50.00;
3. MACD cruzou o sinal em baixa;
4. Linha intermédia das BB confirmado o cruzamento em baixa.
Um abraço,
MozHawk
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- eurusd.JPG (80.35 KiB) Visualizado 1221 vezes
o q espero:
um engulfing bullish no diário. dps de ter feito ontem um engulfing bearish, fazer hj um engulfing bullish anulando e dando sinal contrário, é um sinal forte (a favor da tendência), nmo.
amanhã, com a mantida das taxas, quebra o máximo de ontem servindo de trigger para uma substancial valorização do euro, dando sinais "oficiais" q recomeçou a tendência.
parte gaga da questao:
subida das taxas...
abraço,
D1as


parte gaga da questao:

abraço,
D1as
-
Visitante
algumas duvidas
Agradeço as duas analises, mas restao-me duas duvidas quanto aquilo que o djovarius disse:
Ouro em baixa, apesar do indice CRB atingir maximos historicos - desculpem a ignorancia mas que indice é este?
Retoma mais a oriente do que a ocidente...No entanto o nikkei 225 parece-me um seguidor das tendencias do ocidente e nao um reflexo da legitima recuperaçao niponica
Posiçoes abertas do euro no IMM - o que quer dizer esta sigla?
Obrigado,pela atençao
Pedro Gonzaga
Ouro em baixa, apesar do indice CRB atingir maximos historicos - desculpem a ignorancia mas que indice é este?
Retoma mais a oriente do que a ocidente...No entanto o nikkei 225 parece-me um seguidor das tendencias do ocidente e nao um reflexo da legitima recuperaçao niponica
Posiçoes abertas do euro no IMM - o que quer dizer esta sigla?
Obrigado,pela atençao
Pedro Gonzaga
- Mensagens: 46
- Registado: 11/3/2004 12:48
Excelente análise DJO.
Apresento também uma breve análise com referências que penso que se manterão válidas por algumas semanas.
No actual cenário, as EMA130 e EMA260 assumem particular importância. Desde o início do bull a EMA 130 foi quebrada uma única vez. Nessa altura o par foi suportado pela EMA260.
Gosto em particular destas duas médias. Já que 260 é, tendencialmente, o número de sessões por ano num mercado aberto 24 horas por dia, 5 dias por semana. E parece-me que a quebra da EMA260 pela cotação pode significar o primeiro sinal forte de transição de regimes bull para bear e vice-versa. A EMA130 tende a funcionar como guarda avançada do regime em causa.
No presente momento a EMA130 foi testada e funciona como suporte do par.
Cenários para os próximos dias, próximas semanas:
BEAR
Este cenário tem duas hipóteses de desenvolvimento:
Bear 1 – existe uma retracção que não deve ser superior muito superior a 50% do movimento descendente desenhado desde o máximo a 1.2927, nas cercanias de 1.25 e retoma a tendência descendente para de novo tentar quebrar a EMA130. Nesta altura serão bastante fortes as probabilidades de quebra daquela MME.
Bear 2 – Não retrai acima dos 38.2% e quebra a EMA130, actualmente em próxima de 1.2150. Aqui ganharia mais força a possibilidade de pelo menos testar a EMA260, actualmente próxima de 1.17.
BULL
Para se desenvolver um cenário bull, visando o ataque aos anteriores máximos a 1.2927, o par deveria confirmar a quebra de 1.26.
Abaixo fica o gráfico.
Um abraço,
semprefrio
Apresento também uma breve análise com referências que penso que se manterão válidas por algumas semanas.
No actual cenário, as EMA130 e EMA260 assumem particular importância. Desde o início do bull a EMA 130 foi quebrada uma única vez. Nessa altura o par foi suportado pela EMA260.
Gosto em particular destas duas médias. Já que 260 é, tendencialmente, o número de sessões por ano num mercado aberto 24 horas por dia, 5 dias por semana. E parece-me que a quebra da EMA260 pela cotação pode significar o primeiro sinal forte de transição de regimes bull para bear e vice-versa. A EMA130 tende a funcionar como guarda avançada do regime em causa.
No presente momento a EMA130 foi testada e funciona como suporte do par.
Cenários para os próximos dias, próximas semanas:
BEAR
Este cenário tem duas hipóteses de desenvolvimento:
Bear 1 – existe uma retracção que não deve ser superior muito superior a 50% do movimento descendente desenhado desde o máximo a 1.2927, nas cercanias de 1.25 e retoma a tendência descendente para de novo tentar quebrar a EMA130. Nesta altura serão bastante fortes as probabilidades de quebra daquela MME.
Bear 2 – Não retrai acima dos 38.2% e quebra a EMA130, actualmente em próxima de 1.2150. Aqui ganharia mais força a possibilidade de pelo menos testar a EMA260, actualmente próxima de 1.17.
BULL
Para se desenvolver um cenário bull, visando o ataque aos anteriores máximos a 1.2927, o par deveria confirmar a quebra de 1.26.
Abaixo fica o gráfico.
Um abraço,
semprefrio
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- eurusd 15032004.GIF (31.07 KiB) Visualizado 1318 vezes
Para hoje, considero interessantes os seguintes dados macro dos EUA, horários de NY
3/15/2004 9:15:00 AM US Feb Industrial Production
3/15/2004 9:15:00 AM US Jan Capacity Utilization
3/15/2004 9:00:00 AM US Jan Capital Flows Report
3/15/2004 8:30:00 AM US NY Fed Manufacturing Index.
Com uma produção industrial a subir, mas com uma baixa utilização da capacidade instalada, poucas são as hipóteses de subidas de juros na América, nos próximos tempos.
Um abraço
djovarius
3/15/2004 9:15:00 AM US Feb Industrial Production
3/15/2004 9:15:00 AM US Jan Capacity Utilization
3/15/2004 9:00:00 AM US Jan Capital Flows Report
3/15/2004 8:30:00 AM US NY Fed Manufacturing Index.
Com uma produção industrial a subir, mas com uma baixa utilização da capacidade instalada, poucas são as hipóteses de subidas de juros na América, nos próximos tempos.
Um abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
EUR/USD - terror, crise, dúvidas no Forex
Saudações e boa semana para todos. Sem a ajuda do computador, estamos aqui tarde e a más horas.
Esta semana, algumas palavras sobre o comportamento do Forex em tempos de crise ou sobressalto. Terrorismo, questões políticas e as suas consequências económicas tendem a ser absorvidas pelos mercados, os quais descontam no preço dos activos os cenários positivos e negativos. Historicamente, um evento político ou militar causa "tremor" nos mercados, mas passado o choque inicial, estes seguem o seu caminho. Se antes de um atentado terrorista, por exemplo, os mercados accionistas estiverem num bias de baixa, o mais provável é que ele se acelere ao ponto de atingir mínimos, encurtando também o tempo necessário até se dar uma certa recuperação. Mas o que o mercado vai considerar mesmo é o ambiente macroeconómico global e as perspectivas. Vejamos o 11 de Setembro: as acções caíram, em pânico, para depois recuperar bastante. No entanto, voltariam ao seu caminho de queda, que era o normal no ambiente económico da época.
Já o mercado cambial tem outro ritual: se o USD é a moeda de reserva mundial, o Franco Suíço é a moeda de refúgio, tal como a posse de Ouro. São símbolos que vêm do passado, sobrevivendo ao longo do século XX, porque o Ouro é visto como uma verdadeira moeda e porque a Suíça é o país da neutralidade. Mas em caso de pânico nos mercados, a tendência é para uma fuga em massa do dólar. No entanto, os Bancos Centrais têm mecanismos estabilizadores para acudir a situações originadas por eventos de tal natureza, sendo um erro apostar numa tendência definida na sequência dos acontecimentos. Exceptuando casos de extremo pânico, o mercado não tem comportamentos muito extremos. Exceptuando o CHF, todo o papel-moeda sofre no mercado livre. Há a tendência, muitas vezes errada, de considerarmos o USD como a principal divisa a abater. Nem sempre é assim: muitas vezes prevalece a velha máxima - em tempos de crise, o dinheiro $$ volta para casa !! Sendo o dólar americano um veículo de investimento (elevada liquidez global) internacional, a comunidade especulativa alavancada, sedenta de rendimentos mais elevados, investe em risco = rendimento mais elevado. Aumentando a percepção de risco geral nos mercados, o fluxo de capitais inverte, nem que seja por uns tempos apenas. Em muitos casos, isto pode acontecer. Nos tempos da crise Asiática, num primeiro momento, o dólar foi penalizado. Foi uma questão de dias ou semanas. Depois, deu-se o tempo de inversão de que falamos - nada mais natural. No 11 de Setembro, a mesma coisa sucedeu, embora em moldes um pouco distintos e com menos pânico do que seria de esperar.
Acontece, porém, que antes deste assustador 11 de Março, já víamos um comportamento pouco ortodoxo nos mercados globais. Renda fixa em alta, acções em queda, dólar em alta, Ouro em tendência de baixa, comportando-se como uma moeda, apesar do índice CRB atingir máximos de muitos anos.... o mercado está a prever inflação e deflação ao mesmo tempo??? Crise e crescimento em simultâneo nos preços dos activos financeiros ???
Ou o mercado está mais consciente e sabe separar as coisas? Às vezes, o que parece é. E o que parece é um mercado que prevê crescimento global, ao ponto de considerar que alguns recursos escassos vão ficar mais caros. Mas esse crescimento, mais a Oriente do que a Ocidente, não seria o sufuciente para absorver um recurso abundante - a mão de obra - de modo que não existem outras pressões inflacionistas para lá daquelas muito pontuais em itens conhecidos como "commodities", neste caso, apenas algumas delas. O mercado está a "dar um preço" à influência da Índia e da China na Economia global, ao mesmo tempo que desconfia da capacidade de crescimento americana, mas sobretudo europeia.
Isto era antes do massacre de Madrid. Agora, a situação é um pouco pior. Com a Europa debaixo do espectro dos atentados, o clima de negócios piora, os investimentos avançam com desconfiança, o consumidor desconfia, o assalatiado teme pelo futuro. Como a Europa não tem essa capacidade Americana de resolver rapidamente certos problemas, poderá ser um dos blocos que poderá ver a recuperação económica adiada.
Daí que o bull market EUR/USD está colocado em causa. Veremos até que ponto os especuladores colocam as pedras na mesa. Qual das duas moedas será a mais penalizada nos próximos meses. Para já, continua em andamento uma recuperação do USD, que subiu 4 semanas consecutivas face ao Euro, algo que já não acontecia desde 2001 - é um sinal de uma recuperação que ainda tem lógica e pernas para andar, mau grado o ambiente de desânimo que se vai apoderando de diversos mercados.
Na semana passada, além das quedas do Euro, quedas do Cable, AUD e NZD - muita gente a tirar alguns lucros da mesa, certamente a pensar em vender novamente dólares a melhores preços. As posições de médio prazo inverteram, enquanto as de longo prazo não têm razões para sair das divisas de elevado rendimento.
Nos gráficos semanal e diário, estão patentes os sinais de venda do EUR/USD - estes serão maiores abaixo de 1.2150/60 e depois abaixo de 1.2050 ! Em caso de inversão em alta, acima de 1.2330 e 1.2460 há sinais de compra. No horário, já considerando a alta do par hoje de manhã, não temos agora uma direcção definida. Somente uma queda abaixo de 1.2250 dá espaço para curtos de curtíssimo prazo, enquanto longos só na ruptura de 1.2320 !!
Novidade nos gráficos: a utilização de MME baseadas em números de Fibonacci, algo que temos vindo a acompanhar, pois é muito utilizada na AT da velha escola do Forex. Gostamos sinceramente dos resultados, adoptando-os em futuras análises.
E o nosso ciclo semanal normal fica em:
1.2050 - 1.2450, sendo o ponto pivot 1.2320
O ciclo alargado está em:
1.1950 - 1.2550 (mais volátil)
Curiosamente, hoje o mercado foi até ao nosso ponto pivot, mas não o ultrapassou. Sem isso, os longos não terão muitas hipóteses, mas se o conseguirem, podem virar o mercado.
Atenção a esta pequena actualização:
Resistências: 1.23 / 1.2350 / 1.2380 / 1.2420 / 1.2450/60 / 1.25 / 1.2540/50
Suportes: 1.2270 / 1.22 / 1.2160/70 / 1.2130 / 1.2050 / 1.20 / 1.1950/60
Quanto às posições abertas do Euro no IMM, contratos de futuros em Chicago, já vai se notando um esvaziamento de muitas posições longas em Euro v. dollar. O mercado já não está totalmente virado só para um lado, embora a aposta futura em subidas do Euro seja de realçar.
Longos / Curtos
Large Speculators 17% 7%
Small Speculators 33% 24%
Industry Hedgers 50% 69%
Só resta pedir desculpa por esta análise tão fraca, mas às vezes nem tudo corre como queremos.
Boa semana e grandes negócios, um grande abraço, muito obrigado
djovarius
Esta semana, algumas palavras sobre o comportamento do Forex em tempos de crise ou sobressalto. Terrorismo, questões políticas e as suas consequências económicas tendem a ser absorvidas pelos mercados, os quais descontam no preço dos activos os cenários positivos e negativos. Historicamente, um evento político ou militar causa "tremor" nos mercados, mas passado o choque inicial, estes seguem o seu caminho. Se antes de um atentado terrorista, por exemplo, os mercados accionistas estiverem num bias de baixa, o mais provável é que ele se acelere ao ponto de atingir mínimos, encurtando também o tempo necessário até se dar uma certa recuperação. Mas o que o mercado vai considerar mesmo é o ambiente macroeconómico global e as perspectivas. Vejamos o 11 de Setembro: as acções caíram, em pânico, para depois recuperar bastante. No entanto, voltariam ao seu caminho de queda, que era o normal no ambiente económico da época.
Já o mercado cambial tem outro ritual: se o USD é a moeda de reserva mundial, o Franco Suíço é a moeda de refúgio, tal como a posse de Ouro. São símbolos que vêm do passado, sobrevivendo ao longo do século XX, porque o Ouro é visto como uma verdadeira moeda e porque a Suíça é o país da neutralidade. Mas em caso de pânico nos mercados, a tendência é para uma fuga em massa do dólar. No entanto, os Bancos Centrais têm mecanismos estabilizadores para acudir a situações originadas por eventos de tal natureza, sendo um erro apostar numa tendência definida na sequência dos acontecimentos. Exceptuando casos de extremo pânico, o mercado não tem comportamentos muito extremos. Exceptuando o CHF, todo o papel-moeda sofre no mercado livre. Há a tendência, muitas vezes errada, de considerarmos o USD como a principal divisa a abater. Nem sempre é assim: muitas vezes prevalece a velha máxima - em tempos de crise, o dinheiro $$ volta para casa !! Sendo o dólar americano um veículo de investimento (elevada liquidez global) internacional, a comunidade especulativa alavancada, sedenta de rendimentos mais elevados, investe em risco = rendimento mais elevado. Aumentando a percepção de risco geral nos mercados, o fluxo de capitais inverte, nem que seja por uns tempos apenas. Em muitos casos, isto pode acontecer. Nos tempos da crise Asiática, num primeiro momento, o dólar foi penalizado. Foi uma questão de dias ou semanas. Depois, deu-se o tempo de inversão de que falamos - nada mais natural. No 11 de Setembro, a mesma coisa sucedeu, embora em moldes um pouco distintos e com menos pânico do que seria de esperar.
Acontece, porém, que antes deste assustador 11 de Março, já víamos um comportamento pouco ortodoxo nos mercados globais. Renda fixa em alta, acções em queda, dólar em alta, Ouro em tendência de baixa, comportando-se como uma moeda, apesar do índice CRB atingir máximos de muitos anos.... o mercado está a prever inflação e deflação ao mesmo tempo??? Crise e crescimento em simultâneo nos preços dos activos financeiros ???
Ou o mercado está mais consciente e sabe separar as coisas? Às vezes, o que parece é. E o que parece é um mercado que prevê crescimento global, ao ponto de considerar que alguns recursos escassos vão ficar mais caros. Mas esse crescimento, mais a Oriente do que a Ocidente, não seria o sufuciente para absorver um recurso abundante - a mão de obra - de modo que não existem outras pressões inflacionistas para lá daquelas muito pontuais em itens conhecidos como "commodities", neste caso, apenas algumas delas. O mercado está a "dar um preço" à influência da Índia e da China na Economia global, ao mesmo tempo que desconfia da capacidade de crescimento americana, mas sobretudo europeia.
Isto era antes do massacre de Madrid. Agora, a situação é um pouco pior. Com a Europa debaixo do espectro dos atentados, o clima de negócios piora, os investimentos avançam com desconfiança, o consumidor desconfia, o assalatiado teme pelo futuro. Como a Europa não tem essa capacidade Americana de resolver rapidamente certos problemas, poderá ser um dos blocos que poderá ver a recuperação económica adiada.
Daí que o bull market EUR/USD está colocado em causa. Veremos até que ponto os especuladores colocam as pedras na mesa. Qual das duas moedas será a mais penalizada nos próximos meses. Para já, continua em andamento uma recuperação do USD, que subiu 4 semanas consecutivas face ao Euro, algo que já não acontecia desde 2001 - é um sinal de uma recuperação que ainda tem lógica e pernas para andar, mau grado o ambiente de desânimo que se vai apoderando de diversos mercados.
Na semana passada, além das quedas do Euro, quedas do Cable, AUD e NZD - muita gente a tirar alguns lucros da mesa, certamente a pensar em vender novamente dólares a melhores preços. As posições de médio prazo inverteram, enquanto as de longo prazo não têm razões para sair das divisas de elevado rendimento.
Nos gráficos semanal e diário, estão patentes os sinais de venda do EUR/USD - estes serão maiores abaixo de 1.2150/60 e depois abaixo de 1.2050 ! Em caso de inversão em alta, acima de 1.2330 e 1.2460 há sinais de compra. No horário, já considerando a alta do par hoje de manhã, não temos agora uma direcção definida. Somente uma queda abaixo de 1.2250 dá espaço para curtos de curtíssimo prazo, enquanto longos só na ruptura de 1.2320 !!
Novidade nos gráficos: a utilização de MME baseadas em números de Fibonacci, algo que temos vindo a acompanhar, pois é muito utilizada na AT da velha escola do Forex. Gostamos sinceramente dos resultados, adoptando-os em futuras análises.
E o nosso ciclo semanal normal fica em:
1.2050 - 1.2450, sendo o ponto pivot 1.2320
O ciclo alargado está em:
1.1950 - 1.2550 (mais volátil)
Curiosamente, hoje o mercado foi até ao nosso ponto pivot, mas não o ultrapassou. Sem isso, os longos não terão muitas hipóteses, mas se o conseguirem, podem virar o mercado.
Atenção a esta pequena actualização:
Resistências: 1.23 / 1.2350 / 1.2380 / 1.2420 / 1.2450/60 / 1.25 / 1.2540/50
Suportes: 1.2270 / 1.22 / 1.2160/70 / 1.2130 / 1.2050 / 1.20 / 1.1950/60
Quanto às posições abertas do Euro no IMM, contratos de futuros em Chicago, já vai se notando um esvaziamento de muitas posições longas em Euro v. dollar. O mercado já não está totalmente virado só para um lado, embora a aposta futura em subidas do Euro seja de realçar.
Longos / Curtos
Large Speculators 17% 7%
Small Speculators 33% 24%
Industry Hedgers 50% 69%
Só resta pedir desculpa por esta análise tão fraca, mas às vezes nem tudo corre como queremos.
Boa semana e grandes negócios, um grande abraço, muito obrigado
djovarius
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Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Quem está ligado: